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📐📏📚🖊️O que parecia ser mais um dia normal de aula na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, no município do Rio de Janeiro, terminou na maior tragédia cometida dentro de uma escola no Brasil: o Massacre de Realengo, que completa hoje seus dez anos. Wellington Menezes de Oliveira (23 anos), ex-aluno da escola, invadiu com dois revólveres a escola e começou a disparar contra os estudantes. O atirador matou doze estudantes com idade entre 13 e 15 anos (dez garotas e dois meninos), e deixou mais de 22 feridos.
A motivação do crime estaria relacionada aos bullyngs que Wellington teria sofrido nos tempos que estudou na Tasso da Silveira, pelo menos é o que atestam a nota de suicídio de Wellington e o testemunho público de sua irmã adotiva e o de um colega próximo que o apontavam como reservado e vítima de bullyng. Ele também pesquisava muito sobre assuntos ligados a atentados terroristas e a grupos religiosos fundamentalistas, além de ser um assíduo frequentador de fóruns extremistas. Um dia antes do ataque, publicou uma extensa carta de suicídio em seu perfil na extinta rede social Orkut, além de deixar dois vídeos enfatizando o impacto mental da adolescência socialmente desfavorável: “A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”, dizia ele.
Wellington entrou na escola pelo portão principal e tranquilamente, retirou dois revólveres (de calibres .38 e .32,7) de uma bolsa e revelou uma cinta repleta de speedloaders, um tipo de carregador de munições de uso rápido. Por volta das 8:00 h. começou a atirar contra crianças de idades entre 13 e 15 anos, aleatoriamente, mas tinha como alvo principal as garotas. Devido ao deslocamento massivo de crianças em meio a gritaria, o sargento Márcio Alves teve de ser cuidadoso para acometer o atirador e o atingiu com sucesso na perna e abdômen. Evitando ser detido, Wellington disparou contra a própria cabeça na escadaria da escola.
O crime causou comoção no país e teve ampla repercussão em noticiários internacionais. A então presidente do Brasil, Dilma Rousseff, decretou luto nacional de três dias em virtude das mortes. O Massacre do Realengo provocou a discussão entre educandos e educadores sobre as questões relacionadas ao bullyng praticados dentro das instituições educacionais, muitas vezes com a omissão dos profissionais envolvidos na prática pedagógica. Começando pela própria Escola Tasso da Silveira, que desde a tragédia, tem trabalhado conceitos como inclusão, diversidade e bullying em sala de aula e tomou medidas para reforçar a segurança e melhorar o ambiente escolar. Em 2015 foi inaugurado um memorial ao lado da escola com esculturas de 1,5 metros de altura representando cada estudante assassinado, uma delas foi representada por uma borboleta a pedido dos pais. A praça ao lado da escola recebeu um novo nome: Anjos da Paz. Em 2019, mais um massacre de estudantes, desta vez na Escola Estadual Professor Raul Brasil no município de Suzano (SP). A dupla de atiradores Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro, ex-alunos, mataram cinco estudantes e duas funcionárias da escola. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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