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199 anos nos separam de uma tarde às margens do Ipiranga quando um príncipe português proclamou que seriamos livres de Portugal. De lá pra cá passaram imperadores, presidentes, ditadores, e o que mudamos enquanto povo? Se em 1822 a maioria da população era analfabeta e escrava, hoje temos um país desigual, cheio de preconceitos, com uma elite econômica subserviente ao capital estrangeiro. A independência, que não veio de um brado retumbante, mas de centenas de mortos e feridos no Grão-Pará, no Maranhão, e principalmente na Bahia, último baluarte lusitano a cair diante da coragem de heróis como Maria Quitéria, Maria Felipa, corneteiro Lopes e Joana Angélica. Somos livres? De quem? Se após o capítulo do Ipiranga caímos na dominação capitalista inglesa! Para quê? Se a monarquia manteve a escravidão até 1888 e os grandes latifundiários, independentes de serem liberais ou conservadores, continuavam controlando o jogo político? Até a primeira Constituição (1824), que deveria ser votada por uma assembleia constituinte, foi imposta por um imperador adepto de um absolutismo nos trópicos. Somos um grande país territorialmente falando, mas ainda falta muito para sermos uma grande nação, onde o Brasil seja dos brasileiros, e a que a riqueza socialmente construída seja equitativamente repartidada. A cada 7 de setembro surge uma nova esperança de conquistarmos uma nova independência. A independência da fome, da pobreza, da miséria, do preconceito, do atraso em que estamos vivendo. 😞😔😟
#199anosdeindependenciadobrasil
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#ProcessodeEmancipacaoPoliticadoBrasil
🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Leia meu artigo sobre esse tema:
http://josericardope.blogspot.com/2020/09/o-processo-de-emancipacao-politica-do.html?m=1
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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