quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 22.12.21 - 228 Anos do Nascimento de Pedro de Araújo Lima

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🎂🎉 Num dia como hoje, 22 de dezembro, há 228 anos, nascia no Engenho Antas (PE), distrito de Serinhaem, Pernambuco, o político mais influente do País durante o Segundo Reinado. Estamos falando de PEDRO DE ARAÚJO LIMA, que durante sua carreira política exerceu importantes cargos públicos. Foi Senador, Regente, Ministro do Império, Ministro da Justiça, Ministro da Fazenda e dos Estrangeiros, Presidente do Conselho de Ministros e Conselheiro do Estado.

Pedro de Araújo Lima era filho do capitão Manoel de Araújo Lima e de Anna Teixeira Cavalcanti, ambos da mais fina aristocracia açucareira de Pernambuco. Descendente em linha reta da família dos Barbosas Correia de Araújo, de Ponte de Lima, na Província do Minho em Portugal, que se passaram para Pernambuco com o donatário Duarte Coelho, e que, trazendo consigo os seus haveres, se foram estabelecer nas terras das Alagoas, sendo eles os seus primeiros povoadores e que se espalharam, nos primeiros tempos do Brasil, por Pernambuco e pela Bahia.

Na juventude, estudou no Seminário de Olinda, então o melhor centro de ensino do Brasil, e em 1813 foi cursar Direito em Coimbra, a única universidade do Reino. De volta à sua terra, em 1819, foi logo nomeado ouvidor. Então, os lusos se levantaram contra o poder absoluto de D. João VI, em 1820, na Revolução Liberal do Porto. E Araújo Lima iniciou sua carreira política como um dos representantes de Pernambuco nas “Cortes”, uma assembleia de deputados de todo o Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, reunida em Lisboa. Em 1821 ele propôs às Cortes de Lisboa a criação de uma biblioteca pública no Recife e de escolas de primeiras letras em todas as paróquias do Reino. 

Nas cortes portuguesas, em 1821, concordou em assinar a Constituição, considerada perigosa aos interesses do Brasil, uma vez que os portugueses, em ampla maioria, tentavam suprimir algumas vantagens adquiridas pelo Brasil após a mudança de D. João para o Rio de Janeiro, em 1808, tal como a liberdade de comércio e a elevação do Brasil a Reino Unido de 1815. Quando regressou ao Brasil, no dia 30 de abril de 1823, já estava eleito para a Assembléia Constituinte convocada por D. Pedro I.

Quando Araújo voltou, em 1823, foi eleito deputado por Pernambuco à Assembleia Nacional Constituinte, reunida naquele ano, no Rio de Janeiro. D. Pedro I, contudo, logo fechou aquele congresso, à força. E enquanto perseguia seus adversários políticos, convidou o serinhaense a fazer parte do seu ministério; mas ele pediu demissão, alegando ser muito jovem e inexperiente para o cargo, e partiu novamente para a Europa.

De volta à sua terra, Araújo Lima dirigiu o curso de Direito de Olinda, um dos dois primeiros do Brasil, criado juntamente com o de São Paulo, em 1827. Mas logo foi novamente eleito deputado, e nos dez anos seguintes presidiu por quatro vezes a Assembleia Nacional, além de comandar os ministérios do Exterior e da Justiça, até se tornar senador, em 1837. Ainda naquele ano, Araújo ajudou a criar o Partido Conservador, a primeira agremiação política de âmbito nacional.

No período da Regência, com a renúncia de Feijó, Araújo Lima conseguiu se eleger regente interino em 18 de setembro de 1837 e em seguida, efetivo em 22 de abril de 1838. Ao assumir o poder, Araújo Lima montou um ministério composto apenas por políticos conservadores. Seu governo decidiu usar toda a violência possível para acabar com as revoltas políticas populares que agitavam o país (Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Farroupilha, etc.). Os regressistas diziam que a descentralização do poder era responsável pelas agitações. Por isso, foram criadas várias leis visando à centralização, como, por exemplo, a Lei Interpretativa do Ato Adicional, que reduzia o poder das províncias e colocava os órgãos da Polícia e da Justiça sob o comando do poder central.

Como a maioridade do imperador só seria atingida em 1843, aos 18 anos, Araújo Lima passaria cinco anos usufruindo de grande poder. Entretanto o Partido Liberal, criado para fazer frente ao Conservador, promoveu o “Golpe da Maioridade”, e o jovem D. Pedro II assumiu o trono aos 15 anos, em 1840. O que, na prática, não melhorou a situação do povo, já que os dois partidos eram controlados pelos produtores de café e açúcar. Na coroação de D. Pedro II, em 1841, Araújo Lima recebeu o título de Visconde de Olinda e em 1854 foi elevado para Marquês.

Araújo Lima era um político com idéias conservadoras e grandes habilidades, mantinha fortes ligações com o poder. Foi chefe de gabinete por quatro vezes (1848, 1857, 1862 e 1865). Apesar de pernambucano viveu quase toda sua vida no Rio de janeiro. Foi oito vezes ministro de várias pastas, conselheiro de Estado durante 27 anos, Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro, da Ordem da Rosa, Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, detentor da Grã-Cruz da Ordem de Cristo do Brasil e da de Santo Estevão na Hungria, da Legião de Honra da França, a de São Maurício e São Lázaro na Itália, além da de N. S. de Guadalupe do México. Foi também fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838.

Pedro de Araújo Lima faleceu no dia 7 de junho de 1870., no Rio de Janeiro, onde viveu a maior parte da vida. Lá, tornou-se nome de rua, no bairro do Botafogo, e em Recife foi homenageado com uma importante avenida no bairro do Recife Antigo. A maioria dos livros de História esquecem e/ou se omitem de mencionar que o último regente brasileiro e o político mais importante do segundo reinado era PERNAMBUCANO. 👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

🖱️ Site E-Biografia
🖱️ Agência Senado
🖱️ Blog Pernambuco, História e Personagens, elaborado por Paulo Santos de Oliveira (adaptados) 🙂

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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