sábado, 29 de janeiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 29.01.22 - 75 Anos do Nascimento de Jerry Adriani

🎶❤️🎤🎸🧑‍🦰 🎻🎤❤️

🎙️🎉 Num dia como hoje, 29 de janeiro, há 75 anos, nascia no bairro do Brás, em São Paulo, o ator e cantor JERRY ADRIANI, conhecido pelo seu pioneirismo no rock e por participar de movimentos como a Jovem Guarda. Ele lançou mais de 30 discos, apresentou programas na televisão, gravou filmes e participou de novelas, séries e programas de TV.

O saudoso Jerry Adriani nasceu Jair Alves de Sousa em São Paulo, cresceu no Brás, como um típico descendente italiano, aprendendo a cantar no idioma com a avó. Aprendeu a tocar acordeom e teve aulas de canto no conservatório. Ele começou a se apresentar em programas de rádio e adotou seu nome artístico, Jerry Adriani, inspirado no ator Jerry Lewis e no cantor italiano Adriano Celentano.

Os boleros em espanhol estavam saindo de cena nos rádios, dando maior visibilidade aos artistas italianos como Rita Pavone e Gianni Morandi no incío dos anos 60. Integrando o conjunto Os Rebeldes em 62 como Jerry Hudson, foi convidado pela gravadora para lançar o LP "Italianíssimo" (1964) com o nome artístico que usaria por toda a vida: Jerry Adriani, que dava um ar internacional e napolitano.

No mesmo ano lançou o LP "Credi a Me", mas em 1965 passou a gravar versões brasileiras no disco "Um Grande Amor" fazendo sucesso com canções de Rossini Pinto, como "Querida" "Don't Let Them Move" (George Garrett/Chuck Howard), Getúlio Vargas com "Deixe-me Levá-la Pra Casa" "Baby Let Me Take You Home" (Bert Russell/Wes Farrell) e Roberto Nunes, que adpatou a faixa-título da "I Knew Right Away" (Alma Cogan/Stan Foster).

Ganhou seu primeiro programa na TV, ao lado de Luiz Aguiar: "Excelsior a Go Go" (TV Excelsior, 1965) criado para a juventude recebendo artistas como Os Vips, Cidinha Santos, Os Incríveis e Prini Lorez. Também se apresentava em programas da época: do Chacrinha na emissora e "Reino da Juventude" (Record TV), um precursor do indelével "Jovem Guarda".

Seguiu gravando e apresentando programas, desta vez na Tupi com "A Grande Parada" (1967), dividindo o palco com Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marilia Pêra, onde se apresentavam os maiores nomes da MPB. Namorado de Bethânia, que despontava no início de carreira, Jerry furou a bolha e se aproximou de Nara Leão e outros artistas "engajados". Numa viagem à Bahia, assistiu a apresentação de Raulzito e Seus Panteras em 67, chamando o grupo para o Rio de Janeiro, lançando Raul Seixas nas gravadoras e ganhando a acompanhamento da banda em shows e apresentações.

Outra faceta de Jerry Adriani foi a carreira de ator, com belo porte, virou galã de filmes, atuando em "Essa Gatinha É Minha" (1966), ao lado de Pery Ribeiro, com direção de Jece Valadão; "Jerry, A Grande Parada" e "Jerry em Busca do Tesouro" (1967), de Carlos Alberto de Souza Barros. Esse estilo de bom moço galã fomentou a imprensa para gerar uma rivalidade entre Jerry e Wanderley Cardoso, embora os dois sempre tivessem vivido como amigos. 

Outra faceta de Jerry Adriani foi a carreira de ator, com belo porte, virou galã de filmes, atuando em "Essa Gatinha É Minha" (1966), ao lado de Pery Ribeiro, com direção de Jece Valadão; "Jerry, A Grande Parada" e "Jerry em Busca do Tesouro" (1967), de Carlos Alberto de Souza Barros. Esse estilo de bom moço galã fomentou a imprensa para gerar uma rivalidade entre Jerry e Wanderley Cardoso, embora os dois sempre tivessem vivido como amigos. 

Jerry Adriani também aproveitou de sua fama para dar apoio a novos artistas. Ele, por exemplo, foi um dos primeiros a incentivar um então pouco conhecido Raul Seixas. Raulzito e os Panteras atuaram como banda de apoio de Jerry por três anos. O cantor gravou músicas de Raul (”Tudo que é bom dura pouco”, “Tarde demais” e “Doce doce amor”) e foi produzido pelo maluco beleza entre 1969 e 1971 na gravadora CBS.

Nos anos 70 excursionou por diversos países como Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, Canadá e outros, retornando ao Brasil para estrear o musical no Hotel Nacional, “Brazilian Follies” (1975), dirigido por Caribe Rocha, que ficou em cartaz por um ano e meio. Seguiu com seu repertório romântico, algumas canções italianas, composições próprias e de outros compositores como Carlos Colla, Paulo César Valle, Marcos Valle, Maurício Duboc, José Augusto, Ed Wilson, Martinha... Até celebrar a Jovem Guarda no disco "Tempos Felizes" (1985), iniciando um intercâmbio com a nova geração do rock brasileiro.

No inicio da década de 1990, Jerry se dedicou a um disco sobre as origens do rock, com o nome "Elvis Vive". Em 1994, participou da novela “74.5 uma onda no ar”, exibida pela TV Manchete. Um ano depois, fez shows para comemorar os 30 anos da Jovem Guarda e participou como convidado especial de uma coletânea do estilo.

Durante a carreira dividiu o palco com diversos artistas, além de Raul Seixas, Ronnie Von, Wanderley Cardoso, Silvio Britto, LS Jack e até Restart. Também foi tratado como amigo e admirado por muitos, dedes Erasmo Carlos, Agnaldo Timóteo, Caetano Veloso, Bethânia, Nara Leão, Renato Russo (que identificou semelhança entre as vozes), Lobão, Márcio Greyck, Tim Maia, Tavito, Leno e tantos outros. 

O primeiro DVD da carreira foi gravado em 2007, no Canecão, no Rio. “Jerry Adriani Acústico Ao Vivo” trouxe sucessos e inéditas em formato acústico. Em 2011, lançou o CD “Pop, Jerry & Rock”, incluindo homenagem para Raul Seixas e Tim Maia na música “2012”. A ideia de cantar outros ícones da músicas brasileira e do rock rendeu ainda o show “Jerry toca Raul & Elvis”. Seu último álbum foi o CD/DVD "Família", lançado em 2012 pela LGK Music, uma coletânea de canções religiosas e inspiradoras.

Jerry Adriani morreu aos setenta anos, em 23 de abril de 2017, vítima de um câncer agressivo no pâncreas. A doença evoluiu rapidamente, depois de duas semanas de internação no Hospital Vitória da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Desde 2 de março, o cantor já vinha fazendo tratamento de uma trombose venosa na perna, mas continuou a fazer shows até o final do mês. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no bairro do Caju. Deixou saudades para uma legião de fãs que até hoje cantam e se encantam com seus eternos sucessos. 😞😓😥😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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