segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 31.01.22 - 49 Anos da Morte de Evaldo Braga

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🎤😭 A musicalidade de EVALDO BRAGA é etéria e eterna. Abandonado numa lata de lixo quando recém-nascido (o que foi contestado pelo seu irmão no documentário chamado "O Ídolo Negro", disponível no Youtube), adotado pelas freiras num orfanato, depois passou anos no antigo Serviço de Amparo ao Menor (SAM). Ele passava os dias engraxando sapatos na Rua Mayrink Veiga, perto da famosa Praça Mauá, rua onde ficava a não menos famosa Rádio Mayrink Veiga, e ali acabou por fazer contato com os artistas daquela rádio e pouco a pouco foi acalentando o desejo de se tornar cantor.

Seu timbre de voz chamou a atenção do compositor Osmar Navarro que o apresentou ao produtor Jairo Pires da gravadora Polydor. Cantou e encantou. Em poucos anos fez uma carreira meteórica. Nada de play-backs, nem de sintetizadores, sua voz era gravada ao vivo junto com o falecido maestro Perucci. O Brasil cantou e encantou-se com músicas que revelavam seu lado mais biográfico: "A Cruz que Carrego", "Meu Delicado Drama", "Tudo Fizeram pra me Derrotar".

Mas em 1972 a música mais tocada no país ficou conhecida por um refrão: "nesta cidade todos tem felicidade, só eu vivo a meditar, eu só quero é viver, pra nunca mais chorar". O LP com a música "Só Quero" vendeu 500 mil cópias. No dia 31 de março de 1973, há 49 anos, um acidente automobilístico na BR-03, Rio-Bahia, em um Wolkswagem TL, numa ultrapassagem mal sucedida, calou para sempre a voz do maior representante brega da black music brasileira. Evaldo Braga faleceu aos 25 anos com apenas dois discos gravados. Um terceiro foi lançado no ano de sua morte, mas era na realidade, uma coletânea.

Em 1987 a Gravadora Polydor lançou um LP "Eu Ainda Amo Vocês" com músicas remixadas e acrescidas de vozes de artistas convidados em ''duetos'' póstumos, inclusive com o potiguar Carlos Alexandre, que se inspirou em Evaldo Braga para seguir a carreira artística e que também morreu num acidente automobilístico no dia 30 de janeiro de 1989. Coincidentemente, o último disco de Carlos Alexandre foi um tributo a Evaldo Braga, onde gravou "Revelação de um Sonho", baseado nos sonhos que tinha com o falecido cantor.

Em condições normais, Evaldo Braga teria caído no esquecimento, mas, no entanto ainda hoje seu túmulo no cemitério do Cajú é um dos mais visitados no dia de finados, seus discos continuam a ser adquiridos e podem ser encontrados com facilidade nos locais que cultuam a chamada música brega. Em levantamento recente feito no site Dicionário Cravo Albin da MPB chegou-se a conclusão que seu nome era o mais pesquisado entre todos os quase sete mil verbetes ali catalogados. A obra de Evaldo Braga perpassa o tempo e seus fãs nunca o esquecerão. A ele, Evaldo Braga, minha homenagem. 😞😓😥😢😭

#saudadesdoidolonegro 
#lutoporevaldobraga
#EternoEvaldoBraga

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Carlos Alexandre, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

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