quarta-feira, 22 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 22.06.22 - Morre o Cantor e Compositor Paulo Diniz

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🎤😭 E agora José? Que a vida passa, telefono e você já não me atende mais... Ou eu encanto a vida, ou desencanto a morte! Quantos versos juntos ficarão na lembrança dos fãs de PAULO DINIZ, que morreu hoje às 7:00 h. em sua residência no bairro de Boa Viagem, na capital pernambucana, aos 82 anos, segundo a família de causas naturais. O artista se inspirava na vida boêmia e na poesia do século XX, com um estilo marcado pelos diversos ritmos que compõem o cancioneiro nacional.

Ao longo dos seus 56 anos de carreira, Paulo Diniz chegou a ser um dos maiores vendedores de discos no começo dos anos 1970, e conquistou o sucesso com canções como "Canoeiro", "Um Chopp pra Distrair", "Ponha um arco íris na sua moringa" e "Quero Voltar Pra Bahia". Mas a sua música mais conhecida é "Pingos de Amor" lançada em 1971, regravada por diversos artistas, incluindo Paula Toller, do Kid Abelha, em 2000.

Paulo Lira de Oliveira, seu nome de batismo, nasceu na cidade pernambucana de Pesqueira em 24 de janeiro de 1940. Dos 12 aos 16 anos trabalhou numa fábrica de doces lá mesmo em Pesqueira, e aos 12 anos atuou como locutor na "Rádio Jornal" de Pesqueira. Mudou-se para o Recife, onde tentou ganhar a vida engraxando sapatos, como crooner e baterista em casas noturnas, locutor de casas comerciais e, em seguida, locutor e ator da "Rádio Jornal do Commercio", de onde foi despedido depois de errar todas as pronúncias das palavras e nomes em inglês quando substituiu um outro apresentador. Desempregado, passou por cidades como Caruaru e Fortaleza, até que decidiu ir para o Rio de Janeiro.

Após alguns anos trabalhando como locutor na Rádio Globo, Paulo Diniz começou a se apresentar no programa Jovem Guarda, estourando o iê-iê-iê "O Chorão", de Edson Mello e Luiz Keller. O primeiro sucesso de Paulo Diniz foi "O Chorão" (Edson Mello e Luiz Keller, 1966). Um ano depois, ele lançou a canção "O Chorão no Dentista" (1967), em alusão à primeira.

Em parceria com o amigo Odibar, compôs sucessos como "Pingos de Amor" (1971), "Um Chope pra Distrair" (1971), "Piri Piri" (1970) e "Ponha um Arco-íris na sua Moringa" (1970), além do hino de protesto "Quero Voltar Pra Bahia" (1970), inspirado nas cartas de Caetano Veloso. Lançou cerca de 10 discos.

Assim como “José” de Carlos Drummond de Andrade, ele musicou outro clássico do modernismo brasileiro, “Vou-me embora pra Pasárgada”, do seu conterrâneo Manuel Bandeira. Suas canções foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Caetano Veloso, Simone e outros cantores.

Paulo Diniz, aliás, foi inquilino do casarão Solar da Fossa, na Zona Sul do Rio, onde moravam artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Paulo Leminski, Odete Lara, Naná Vasconcelos, Glauber Rocha, Torquato Neto e o próprio Caetano Veloso. Por causa de uma esquistossomose contraída em um banho de rio no interior de Minas Gerais, o cantor estava afastado da carreira artística. A doença demorou a se manifestar e quase paralisou o cantor nos anos 80 do século passado.

O velório e sepultamento de Paulo Diniz está previsto para amanhã, dia 23 de junho de 2022, no Cemitério Memorial Guararapes. O cantor deixou uma filha, duas enteadas e a esposa, Iluminata Rangel, além de três netos e dois bisnetos. Seu legado para a musicalidade brasileira é incontestável e suas músicas serão eternamente lembradas pelas centenas de fãs que durante anos se deleitaram com as letras icônicas de suas canções, pontuadas de versos que nos faziam ao mesmo amar, pensar e se encantar. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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