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✝️ LUTO 🖤 Um sábado triste para a literatura brasileira, morreu hoje (17/12/2022), aos 85 anos, a escritora e integrante da Academia Brasileira de Letras NÉLIDA PIÑON, em um hospital em Lisboa, Portugal. A informação foi confirmada por Rodrigo Lacerda, editor na Record, casa que publicou livros da autora. A informação foi confirmada pelo também membro e ex-presidente da ABL, Marco Lucchesi. A causa da morte ainda não foi confirmada. Nélida Piñon estava em viagem por Portugal – tinha passado recentemente também pela Espanha – quando passou mal por problemas nas vias biliares. Há cerca de 10 dias, ela foi submetida a uma operação de emergência, teve um pós-operatório complicado, chegou a ficar na UTI, mas tinha sido transferida para o quarto recentemente.
A carioca de Vila Isabel foi a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras em 1996, ano do centenário da ABL. Quinta ocupante da Cadeira 30, eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989), foi recebida em 3 de maio de 1990 pelo acadêmico Lêdo Ivo. Nélida era, também, acadêmica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa como também, em outubro de 2014, entrou na Real Academia Galega.
Nascida no Rio de Janeiro em 3 de maio de 1937, Nélida Piñon teve seu primeiro romance "Guia-mapa de Gabriel Arcanjo" publicado em 1961, e em 1972, lançou "A Casa da Paixão", considerado um de seus mais notórios romances, e vencedor do Prêmio Mário de Andrade. Ela formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais.
A autora é, ao lado de Jorge Amado e Paulo Coelho, o nome mais internacionalizado da nossa literatura. Nélida Piñon foi fundamental na promoção da literatura brasileira no exterior, apresentando nomes como Machado de Assis a autoras como Susan Sontag. Ao longo da carreira, ela conquistou mais de 20 prêmios e 40 condecorações nacionais e internacionais. Com "Vozes do Deserto", ganhou o Prêmio Jabuti, em 2005, o mais tradicional reconhecimento literário do Brasil. Com quase 30 livros publicados, suas obras foram traduzidas em mais de 30 países. Entre eles, romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias.
Entre os prêmios recebidos, está o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe (o Nobel da América Latina), em 1995 (primeira vez dado a uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prêmio Ficção PEN Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”. Além disso, em 1998, para a felicidade da Literatura Brasileira a nossa Dama das Letras Nélida foi primeira mulher a receber o Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 1998 o Doutor Honoris Causa das universidades Poitiers, Rutgers, Florida Atlantic, Montreal e UNAM. Em 2012, foi nomeada Embaixadora Ibero-Americana da Cultura.
Nélida Piñon escreveu seu último livro "Um dia chegarei a Sagres" durante a pandemia. Ela deixa uma obra ficcional de vasta relevância e talento, em que tematizou especialmente a memória e as relações humanas. Seu legado permanece para a autoria feminina e para toda a literatura brasileira. O sepultamento será no mausoléu e a ABL fará uma Sessão da Saudade no dia 02 de março, no Salão Nobre, em homenagem à autora. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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