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🎉📡 Num dia como hoje, 15 de janeiro, há exatamente 100 anos nascia um dos pioneiros da TV brasileira, o polêmico, destemido, irreverente e sinônimo de audiência FLÁVIO CAVALCANTI, que também era jornalista, apresentador de rádio e televisão e ainda compositor. Flávio criou os programas de júri e descobriu nomes da MPB como Alcione, moldando o perfil de apresentador seguido por tantos outros comunicadores ao longo da história. Seu falecimento, em 26 de maio de 1986, causou uma comoção tão grande que o SBT, sua casa na época, chegou a ficar fora do ar por 24 horas como sinal de luto.
Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ao entrar para a televisão, ele construiu um estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da televisão brasileira. Chiquinho Scarpa, Jorge Kajuru e Conrado foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. Artistas que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti.
Em 1923, ainda jovem conseguiu um feito impressionante: uma entrevista exclusiva com o presidente norte-americano John F. Kennedy. Flávio gostava do sensacionalismo. Entrevistou Tenório Cavalcanti, o poderoso chefão da Baixada Fluminense, e o médium Seu Sete da Lira. A Globo estreou o “Fantástico”, em agosto de 1973, para concorrer com ele.
Na década de 1970, todos os domingos, uma voz em off anunciava: "Entra no ar via Embratel, para todo o Brasil, pela Rede Tupi de Televisão, o Programa Flávio Cavalcante". A chamada já marcava o início de um dos programas mais polêmicos da TV e era líder de audiência. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel. Flavio também apresentou “Um instante, maestro!”, “Boa noite, Brasil” e “A grande chance”.
Seu estilo era contundente. Letras medíocres e músicas fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e em logo em seguida a frase: "Nossos comerciais, por favor!, ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos óculos também foi marcante. Ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em 1980 e a partir de 1976, passou a ser transmitido também pela TVS, de Silvio Santos, para o Rio de Janeiro. Em 1982, ele foi para a Rede Bandeirantes apresentar o Boa Noite, Brasil. De 1983 a 1986, ele fez no SBT o Programa Flávio Cavalcanti.
Em 22 de maio de 1986, após chamar os comerciais, Flavio Cavalcanti não voltou do intervalo para dar sequência a seu programa. Uma isquemia no coração o levou para o hospital, onde ele morreu quatro dias depois, aos 63 anos. O falecimento motivou o SBT a substituir a programação do canal por uma nota de pesar durante 24 horas. Este momento notável é apenas uma representação do impacto de Cavalcanti para a TV brasileira e de sua ligação inegável com o público. Foi a forma encontrada por Silvio Santos para homenagear o polêmico e carismático Flavio, que tivera isquemia coronariana, quatro dias antes, enquanto comandava o programa que levava seu nome.
Depois de anos de sua morte, Flávio Cavalcanti teve sua história contada no livro "Senhor TV – A vida com meu pai, Flávio Cavalcanti", escrito por Flávio Cavalcanti Junior, filho do comunicador. A obra traz um relato emocionante sobre a vida e história do icônico apresentador.
Flávio Cavalcanti consagrou-se como uma das lendas da mídia brasileira e virou símbolo de uma época. Também responsável por criar o formato inovador de júri da televisão, o famoso show de calouros. Ele era o Senhor dos Domingos, a maior audiência da tv brasileira. Criativo, ágil, destemido, eloquente, dramático, influente, Flávio Cavalcanti fez história na televisão do século XX com reportagens polêmicas, performance carismática e bordões como "nossos comerciais, por favor!" Um personagem importante para a história da televisão brasileira. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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