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🎂🎉 Num dia como hoje, 14 de fevereiro, há exatos 80 anos, nascia em Recife, Reginaldo Rodrigues dos Santos, que seria conhecido nacionalmente como REGINALDO ROSSI, a principal voz da música brega pernambucana. Infelizmente, o Rei do Brega nos deixou em 20 de dezembro de 2013, em decorrência do câncer no pulmão que foi detectado dias antes. Mas dizem que quem é rei, nunca perde a majestade, e Rossi sempre será lembrado no imaginário boêmio das noites recifenses, onde desafetos e desiludidos do amor afogam as mágoas entre copos e espumas, cantando e chorando ao som de "Garçon", seu icônico sucesso.
Recifense de coração, Rossi estudou Engenharia Civil por quatro anos e chegou a dar aulas de matemática. Iniciou a carreira em 1964, imitando Roberto Carlos em apresentações em bares e clubes de Recife. Na época, era acompanhado pelo conjunto The Silver Jets. Em 1966 lançou selo Chantecler seu primeiro LP, “O pão”. No ano seguinte lançou o LP “Festa dos pães”, música título feita em parceria com Waldemar Pimentel, além de outras de sua autoria como “Maior que Deus” e “Mexerico dos quadrados”. Lançou o disco seguinte somente em 1970, já pela CBS, onde estreou com o LP “À procura de você”.
Por essa época, afastou-se do gênero rock e passou a apresentar um repertório dentro do chamado brega-romântico, do qual se tornou um ícone. Lançou ainda mais quatro LPs pela CBS. Em 1976, passou a gravar pelo selo Beverly. No ano seguinte lançou o disco “Chega de promessas”, novamente pela CBS. Ficou sem gravar até 1980, quando foi contratado pela EMI, e gravou o LP “A volta”, com inúmeras composições de sua autoria, entre as quais, “Volta”, com Dom Pixote, “Uma tentação”, com Baby Santiago e “A idade do lobo”.
Seguindo-se nove discos ao longo da década, nos quais gravou, entre outras, “Sua ausência”, e “A volta”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Por essa época era um fenômeno de vendas no Norte e Nordeste, mas continuava esquecido no eixo Rio-São Paulo. Em 1987 lançou um de seus maiores sucessos, “Garçon”, de sua autoria e que estouraria no sul do país como grande sucesso no final da década de 1990. Em 1989 lançou o LP “Momentos de amor”, com músicas como “Saí da tua vida”, “Me tira da solidão”, e “Momentos de amor”, de sua autoria.
Em 1998 lançou pela Polydisc o CD “Reginaldo Rossi ao vivo”, com seus grandes sucessos, entre os quais, “A raposa e as uvas”, e “Mon amour, meu bem, ma femme”. Em 1999, o CD “Reginaldo Rossi the king”, contou com a participação de convidados como Wanderléia, em “Prova de fogo”, de Erasmo Carlos, Golden Boys, em “Fumacê”, de Solange Corrêa e Rossini Pinto, Roberta Miranda, em “Vá com Deus”, de autoria da própria cantora e do grupo de rock Planet Hemp, em “Negro gato”, Getúlio Cortes. O disco vendeu 1 milhão de cópias.
Em 2006, gravou seu primeiro DVD da carreira pela EMI Music, “Reginaldo Rossi – Ao vivo”, cujo repertório, constituído apenas de grandes sucessos, foi escolhido pelo próprio cantor. Ao longo da carreira recebeu 14 discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo e um de diamante. Teve diversas de suas composições gravadas por diferentes cantores e grupos.
Em 2010, mantendo-se fiel ao estilo romântico exagerado, lançou, novamente pela EMI Music, seu segundo DVD, “Cabaret do Rossi”. Na apresentação ao vivo, que contou com um cenário de tecidos aveludados, poltronas vermelhas, entre outros elementos decorativos de um cabaret, fez releituras de grandes sucessos, tais como “Taras & Manias”, “Dama de Vermelho”, e “Boate Azul”. O DVD foi indicado ao 22° Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor álbum de canção popular. No mesmo prêmio, foi o vencedor na categoria de melhor cantor.
Além da carreira política, Reginaldo Rossi também se aventurou na política, como candidato a vereador do município de Jaboatão dos Guararapes e depois como candidato a deputado estadual pelo PDT, porém não conseguiu se eleger em nenhuma das ocasiões. Por outro lado, sua carreira como músico era de muito sucesso, com agenda cheia de shows. No mês de novembro de 2013, descobriu que estava com câncer de pulmão, doença que o vitimou no dia 19 de dezembro, aos 69 anos. Reginaldo Rossi foi sepultado no Cemitério Morada da Paz em Paulista-PE.
Em 2 de fevereiro de 2021, o Rei do Brega ganhou uma homenagem no Circuito da Poesia, conjunto de estátuas espalhadas pelo centro do Recife que retratam as principais personagens da cultura pernambucana, feitas pelo arquiteto e escultor Demétrio Albuquerque. A obra dedicada ao Rei do Brega pode ser apreciada no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, onde sentado numa mesa de bar, Reginaldo Rossi eterniza o garçom, personagem de seu principal sucesso, que o consagrou no cancioneiro musical recifense.
Boêmios e apaixonados ainda hoje lembram das canções que embalaram paixões e romances, entre bailinhos e beijinhos de uma época nostálgica que não volta mais. Reginaldo Rossi vive na lembrança desses bons tempos. O legado de Reginaldo Rossi para a musicalidade romântica popular, que muitos rotulam como brega, e outros torcem o nariz por achar cafona, continua mais vivo do que nunca na memória do cancioneiro popular recifense, e porque não dizer brasileiro. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas:
📺 Canal History Channel Brasil
📚 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (versão web)
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