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💣💥 Num dia como hoje, 24 de fevereiro, por volta da madrugada, tropas RUSSAS ultrapassavam as fronteiras da UCRÂNIA, na chamada "operação militar especial". Começava assim a Guerra na Ucrânia, que hoje completa um ano deixando um legado de mortes e destruição no leste europeu, com milhares de fatalidades, impactos econômicos e geopolíticos no restante do planeta.
Na última contagem divulgada pela ONU foram contabilizados mais de 8000 civis mortos e mais de 13 mil feridos. Apesar dessa divulgação, a própria ONU admite que o número real de mortes é muito maior, e isso porque há uma grande dificuldade na coleta de dados em campo de batalha. A ONU informou também que entre os mortos existem pelo menos 487 crianças. Quase 18 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária e mais de 14 milhões tiveram que deixar as próprias casas. Foram documentados também mais de 100 casos de violência sexual relacionados ao conflito, como relatados pelo próprio presidente Volodymyr Zelensky.
Mesmo depois de meses de guerra, as tensões as tensões seguem em alta. Na última terça-feira (21/02) o presidente russo Vladimir Putin anunciou a suspensão da participação do país no New Start, um Tratado de desarmamento nuclear firmado entre a Rússia e os Estados Unidos e assinado em 2010 pelo então presidente norte-americano Barack Obama e pelo então presidente russo, Dmitry Medvedev. Putin ameaçou realizar novos testes nucleares se os Estados Unidos fizessem testes primeiro. Em seu discurso colocou a culpa da continuidade da Guerra nas nações ocidentais.
No dia anterior, segunda-feira (20/02), o presidente norte-americano Joe Biden havia desembarcado em Kiev para se encontrar com o presidente ucraniano Zelensky. A viagem a viagem foi feita em sigilo. A agenda oficial indicavam apenas uma visita à Polônia, país Vizinho ao leste da Ucrânia. A ida de Biden foi vista como um gesto de solidariedade próximo aniversário da invasão russa e retirou o apoio norte-americano às forças ucranianas. Ele se encontrou com presidente Zelensky e anunciou um novo pacote: 500 milhões de dólares em ajuda militar para a Ucrânia, incluindo munição.
Os Estados Unidos são o maior apoiador financeiro e militar do esforço da Ucrânia para repelir os invasores russos de seu território. Durante a visita Biden disse que o governo norte-americano vai seguir dando suporte às forças ucranianas pelo tempo que for necessário. A visita de Biden acontece num momento crucial também por outras razões. Aliados dos americanos tem pressionado a Ucrânia para negociação de um acordo de paz que pode envolver a cessão de territórios. Dentro dos Estados Unidos, a pressão também está crescendo. O apoio do povo americano aos esforços e ajudas do país tem diminuído segundo as pesquisas. O novo presidente da Câmara, o Republicano Kevin McCartney, também já pediu o fim do suporte financeiro às tropas ucranianas.
Vale lembrar que Rússia e Ucrânia já fizeram parte do mesmo bloco durante a Guerra Fria: o dos países socialistas, que se contrapunham aos Estados Unidos da América. A continuidade do conflito pode degenerar num confronto entre as forças da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte –, aliadas de Kiev, e as forças do Exército Russo comandadas por Putin. Como ambas possuem armamentos nucleares, a tensão gerada pelo conflito reacendeu temores que aparentemente haviam desaparecido com a queda do muro de Berlim, a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria (1945-1989). Um enfrentamento bélico entre duas superpotências nucleares, não terá vencedores, apenas vencidos, isso se alguém sobreviver a um hecatombe nuclear! 😱💥🌇🔥
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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