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💣💥 Num dia como hoje, 23 de maio, há 201 anos explodia na capital da província de São Paulo uma revolta local que ficou conhecida como BERNARDA DE FRANCISCO IGNÁCIO, cujas causas estão ligadas à divergência entre os membros da junta do governo provisório, conservadores e liberais, que desde 1821 dirigiam os destinos da Província de São Paulo.
A situação vinha se agravando há muito. Em 10 de maio de 1822, o príncipe regente requisitou ao presidente da junta do governo provisório de São Paulo, João Carlos Oeynhausen Grevembourg, que fosse ao seu encontro na Corte, na cidade do Rio de Janeiro. Nesse mesmo dia, foi nomeado governador das Armas o marechal de campo José Arouche de Toledo Rendon. Na ausência do presidente da junta, ligado aos conservadores, assumiria Martim Francisco Ribeiro de Andrada, secretário do Interior e Fazenda, da corrente política divergente (liberal).
Francisco Ignácio de Souza Queiroz, também membro do governo provisório, instigou a população a não permitir a partida de Oeynhausen, criando um impasse. A Câmara, que deveria destituir Martim Francisco e o brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, vogal pelo Comércio na junta, recusou-se a fazê-lo e a população, inconformada, invadiu o prédio obrigando os vereadores a demitir os dois. Preso, Martim Francisco foi levado para o Rio de Janeiro e o brigadeiro Jordão para Santos. João Carlos Oeynhausen permaneceu no cargo de presidente, não cumprindo a ordem de D. Pedro de ir para a Corte.
Rendon, impossibilitado de assumir o cargo de governador das Armas, recebeu determinação do ministro da Guerra para destituir o presidente da junta e assumir, com a ajuda do corpo de artilharia de Santos e de dois corpos de milicianos, enviados do Rio de Janeiro. Sendo assim, foi determinado que lhe entregassem 10 mil cartuchos de espingarda e 2 mil de pistola.
No dia 25 de maio, D. Pedro expediu decreto "para dar pronto remédio a tais desordens e atentados que diariamente vão crescendo" e destituiu o governo da Província paulista. Determinou ainda eleições para deputados à Assembleia Geral e Constituinte e a "nomeação de um governo provisório legítimo". Uma carta da mesma data ordenou aos membros da junta governativa de São Paulo que dessem pronta e fiel execução às ordens do príncipe regente.
As tropas, vindas de Santos, foram hostilizadas pela população paulistana, e o comandante marechal Cândido Xavier de Almeida e Sousa resolveu recuar e aguardar os acontecimentos. Em 24 de julho de 1822, com a desistência do marechal Rendon de tomar posse, a nomeação do próprio Xavier de Almeida para esse cargo e com o retorno das tropas para Santos, a situação na capital normalizou-se.
Em razão desses fatos, o príncipe regente D. Pedro, resolveu vir à cidade de São Paulo e à de Santos, a fim de apaziguar os ânimos. Foi nessa viagem que ele, influenciado pela sua esposa Maria Leopoldina e por José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, decidiu (quase) às margens do Ipiranga dar o famoso Grito de Independência do Brasil. 👊 🇧🇷 👊
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.
📖 Fonte consultada:
🖱 Site da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP
👉 Para saber mais sobre a Bernarda de Francisco Ignácio, acesse:
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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