segunda-feira, 12 de agosto de 2024

HOJE NA HISTÓRIA - 12.08.24 - Morre Delfim Netto - Economista e Ex-Ministro da Fazenda

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✝️ LUTO 😞 Na madrugada desta segunda-feira, 12 de agosto de 2024, morreu aos 96 anos, o economista DELFIM NETTO. Ele estava internado desde a última segunda-feira no Hospital Israelita Albert Einstein. A assessoria de Delfim não informou a causa da morte. Em nota, diz que ele morreu "em decorrências de complicações no seu quadro de saúde".

Delfim Netto foi um dos mais longevos ministros da Fazenda do país, tendo ocupado o cargo entre os anos de 1967 e 1974, durante o regime militar. Delfim ficou marcado também por ser um dos signatários do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), que fortaleceu o regime militar, dando aval para a perseguição a rivais políticos do governo. Após a redemocratização, permaneceu como figura de destaque nos meios econômico e político.

Antônio Delfim Netto era neto de imigrantes italianos e nasceu no bairro do Cambuci, em São Paulo. Filho de José Delfim, funcionário da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), e Maria Delfim, dona de casa e costureira, ele iniciou a trajetória profissional aos 14 anos como auxiliar de escritório na companhia Gessy, após o falecimento do pai.

Renomado professor e economista, Delfim Netto foi professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Também foi um dos principais nomes da economia brasileira, atuando diretamente ou indiretamente no governo brasileiro.

Defim Netto ocupou a pasta da Fazenda entre 1967 e 1974, durante a ditadura militar, servindo os governos dos generais Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Na gestão do general Ernesto Geisel, foi embaixador do Brasil na França. Teve breve passagem na pasta da Agricultura no governo do general João Baptista Figueiredo, entre março e agosto de 1979, antes de assumir a Secretaria do Planejamento da Presidência do Brasil, cargo que exerceu até o final da ditadura, em 1985.

A respeito do "Milagre Econômico" dos regimes militares a ele atribuído, ao qual teria prometido que "primeiro fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo", ele teria dito que "Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem causa". Apesar dos avanços econômicos, as políticas adotadas por Delfim Netto não resolveram o crescimento da desigualdade social, que aliás, aumentou após o fim da ditadura.

Após o regime militar, Delfim Netto participou das eleições de 1986 como candidato à Câmara dos Deputados. Em 2014, Delfim doou a biblioteca de 250 mil livros para a Universidade de São Paulo.

O ministro que assinou em 1968 o AI-5, o ato que inaugurou os Anos de Chumbo no país, foi também o deputado federal que, 20 anos depois, chancelou a Constituição de 1988, considerada uma das mais democráticas do planeta. Foi o homem forte dos generais durante o regime militar (1964-1985) e, quase duas décadas depois, um dos principais interlocutores de Lula nos dois primeiros mandatos do ex-metalúrgico.

O ex-ministro deixa uma filha e um neto. Conforme a vontade da família, o velório será reservado aos parentes mais próximos, sem a realização de cerimônia aberta ao público.

Delfim, que serviu em vários governos militares e depois se tornou conselheiro econômico dos presidentes Lula e Dilma, foi um dos economistas mais influentes do país. Envolvido em controvérsias, como as investigações da Lava Jato, Delfim também foi um crítico das políticas econômicas recentes. Deixa um legado complexo e uma marca indelével na história política e econômica do Brasil. 💶💷💸💴💵

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#adeusdelfimnetto 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

📷Agência Brasil
💻 Portais G1, R7 e UOL
📰 Jornais O Globo e Folha de São Paulo

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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