sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 07.01.21 - 7 Anos do Atentado ao Jornal Charlie Hebdo

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⚰️😭🖤 Num dia como hoje, 7 de janeiro, há 7 anos por volta do meio-dia, homens armados invadem os escritórios da revista satírica francesa CHARLIE HEBDO, matando 12 pessoas. O ataque, uma resposta às críticas da revista ao Islã e à descrição de Maomé, demonstrou o perigo do terrorismo local na Europa, bem como os profundos conflitos na sociedade francesa.

A Charlie Hebdo foi fundada em 1969, suspensa em 1981 por falta de leitores e relançada em julho de 1992. Por meio do humor, a revista expôs suas críticas à extrema direita, ao catolicismo, ao judaísmo e ao islamismo, entre outros. O Charlie Hebdo tinha um histórico de hostilidade e ameaças de islâmicos. Em 2006, a revista reimprimiu um cartoon polêmico retratando Maomé do jornal holandês Jyllands-Posten, recebendo ameaças de morte de sua equipe. Em 3 de novembro de 2011, o escritório do Charlie Hebdo foi bombardeado em resposta à questão da "Sharia Hebdo", que continha várias representações do profeta. O diretor de publicação da revista, o cartunista Stéphane "Charb" Charbonnie, era um crítico franco da religião, particularmente do islamismo radical, e foi nomeado para a lista dos mais procurados da Al Qaeda em 2013. Como muitos na França, a equipe do Charlie Hebdo acreditava estritamente em um Estado secular e era crítico tanto do Islã radical quanto da Igreja Católica.

Dois irmãos franceses de ascendência argelina, Saïd e Chérif Kouach, Kouachi, nascidos em Paris no início dos anos 1980, e pertencentes à organização Al Qaeda, executaram o ataque. Eles forçaram uma cartunista, Corinne "Coco" Rey, a abrir a porta do escritório, que estava trancada devido ao incidente anterior com bombas incendiárias e aos gritos de "Vingamos o Profeta!" começaram a atirar. Os pistoleiros mataram Charb e outros membros da equipe, incluindo a colunista Elsa Cayat, mas pouparam a vida de outra escritora, dizendo que eles não matavam mulheres. Entre as vítimas estavam o editor Stéphane Charbonnier e os cartunistas Jean Cabut, Georges Wolinski e Bernard Verlhac. Ao deixar o prédio, os Kouachi ainda mataram a sangue frio um policial muçulmano, Ahmed Merabet, que estava deitado ferido na calçada.

O presidente da França, François Hollande, decretou estado máximo de alerta terrorista. Depois de uma caça aos terroristas que durou dois dias, os autores dos atentados foram rastreados até uma área industrial nos arredores de Paris e mortos em um tiroteio com a polícia. Quase ao mesmo tempo, sua conhecida Amedy Coulibaly, que havia jurado lealdade ao Estado Islâmico do Iraque e ao Levante, fez reféns em um supermercado kosher em Paris. Ele matou quatro pessoas, todas judias, antes de ser morto pela polícia.

Na sequência dos ataques, choveram tributos de todo o mundo, muitos usando a frase "Je suis Charlie". Os assassinatos foram vistos não apenas como atos de terrorismo, mas também como um atentado à liberdade de expressão e de imprensa. "Marchas republicanas" em homenagem às vítimas e ao direito à liberdade de expressão foram realizadas em toda a França nos dias 10 e 11 de janeiro. À medida que a frase "Je suis Charlie" se tornou um grito de guerra em todo o mundo, alguns, incluindo a equipe sobrevivente, criticaram seu uso por aqueles que discordavam ou desconheciam a visão de mundo ateísta de esquerda da publicação. Outros perguntaram por que os assassinatos receberam muito mais atenção do que outros, como os ataques de drones americanos contra civis no Oriente Médio. Alguns clérigos muçulmanos radicais culparam a própria Charlie Hebdo pelo ataque, enquanto o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a revista de "desonesta e desagradável" e afirmou que estava "falida".

O Charlie Hebdo continuou sua programação normal de publicação. Sua primeira edição após o ataque teve mais de 8 milhões de cópias, exponencialmente mais do que qualquer edição anterior. Apresentava obras dos mortos e representava Maomé na capa, com uma lágrima nos olhos, segurando uma placa que dizia "Je suis Charlie". Ainda na ativa, o Charlie Hebdo publicou uma nova capa contra o radicalismo islâmico hoje para relembrar os sete anos do atentado contra sua redação. A imagem mostra um homem barbado vestido com cintos de espinhos e com os pés sobre um casal nu de quatro no chão. Na charge, o religioso chicoteia a dupla para ser levado a um recipiente com exemplares do Corão. "Vontade de ser dominado? Ousemos com o islamismo", diz a manchete. 👊💪👊

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

📺 Canal History Channel do Brasil
🖱️ Site do History Latino-America
🖱️ Site do History Channel - EUA (adaptados)

👉 Para saber mais sobre os atentados em série em Paris em 2015, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

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