quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 24.02.22 - 50 Anos do Incêndio no Edifício Andraus

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😓🖤 Num dia como hoje, 24 de fevereiro, há exatos 50 anos, ardia em chamas o EDIFÍCIO ANDRAUS, deixando um saldo de 16 pessoas mortos e mais de 300 feridas no maior incêndio da história de São Paulo até então. Um luminoso de propaganda das Casas Pirani, instalado na marquise do edifício Andraus, no centro de São Paulo, foi o foco inicial do incêndio. A companhia de luz da cidade já havia enviado cartas aos donos do prédio, advertindo sobre o perigo do excesso de carga elétrica. Em 15 minutos, os seis primeiros andares foram tomados pelo fogo.

Localizado no distrito da República, esquina da avenida São João com a rua Pedro Américo, o Edifício Andraus possuía 115 metros de altura e 32 andares, e sua construção foi finalizada no ano de 1962. Originalmente, o edifício chamar-se-ia "Edifício 50", por ser o quinquagésimo a ser erguido pela construtora Organização Construtora e Incorporadora Andraus (Ocian), mas esta acabou optando por mudar o nome, em homenagem a seu fundador. Além das lojas de departamentos, o prédio era ocupado por empresas como a Petrobrás e a Companhia Adriática de Seguros, e também escritórios empresariais, entre eles os das multinacionais Henkel e Siemens. 

O incêndio teve início por volta das 16h e se estendeu por mais de sete horas. O edifício não possuía sistema de hidrantes, extintores ou medidas de compartimentação vertical, o que fez com que o fogo se alastrasse muito rapidamente. Para se proteger da fumaça, os bombeiros usaram lenços úmidos, já que não havia máscaras suficientes. Como a escada Magirus não alcançava os andares mais altos, quase 500 pessoas se dirigiram para a cobertura do prédio e foram resgatadas por helicópteros.

Dezesseis pessoas morreram carbonizadas ou se atiraram pelas janelas, outras 320 ficaram feridas. Entre as vítimas fatais, dois executivos da Henkel: Paul Jürgen Pondorf, presidente da empresa, e Ottmar Flick. Também foi destruído seu escritório central. A maioria dos sobreviventes da tragédia, impossibilitados de utilizar as escadas de emergência, optaram por subir ao último pavimento do edifício, onde ficaram até que os bombeiros controlassem o fogo. Foram posteriormente resgatados de helicóptero pelo piloto Olendino de Souza. 

O gerente-geral das Casas Pirani, Nilson Cazzarini, foi condenado a dois anos de prisão, com direito a sursis – suspensão da execução da pena privativa de liberdade imposta sob determinadas condições. A tragédia do incêndio no Edifício Andraus marcou o início da legislação de segurança contra incêndio que perdura nos dias atuais, cada vez tornando as edificações mais seguras, e também impulsionou a reestruturação e equipagem do Corpo de Bombeiros paulista na época.

Uma grande reforma aconteceu no edifício após o incêndio, que ganhou parapeitos entre um andar e outro, portas corta-fogo, iluminação de emergência, escadas externas e brigada de incêndio treinada. Hoje recuperado, abriga repartições públicas e é ainda conhecido como "Prédio da Pirani", por à época da tragédia abrigar em seus primeiros andares, térreo e subsolos uma popular loja hoje não mais em atividade.

Dois anos depois, um novo incêndio, desta vez mais intenso e fatal, destruiu o Edifício Joelma no dia 1° de fevereiro de 1974, provocando a morte de 187 pessoas e deixando mais de 300 feridas. 😞😓😪😢😭

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Site Memória Globo
🖱️ Site da Revista Aventuras na História
🗄️ Acervo Digital do Jornal Folha de São Paulo

👉 Para saber mais sobre o incêndio no Edifício Joelma, acesse:


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