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🌧️ Num dia como hoje, 1° de fevereiro, numa manhã chuvosa, por volta das 8h45 da manhã, um curto-circuito no sistema de refrigeração no 12º andar, iniciava o INCÊNCIO NO EDIFÍCIO JOELMA, uma das maiores tragédias ocorridas em edifícios arranha-céus no mundo. Quinze minutos após o curto-circuito, era impossível descer as escadas, que foram bloqueadas pelo fogo e a fumaça. Durante três horas, o fogo consumiu 14 dos 25 andares do prédio.
O edifício Joelma, no Vale do Anhangabaú, foi inaugurado em 1971. Com 25 andares, sendo dez de garagem, o prédio fica no número 225 numa das avenidas mais movimentadas da capital paulista, a Avenida Nove de Julho. Na época estava alugado pelo Branco Crefisul de Investimentos, que contava com mais de 750 empregados trabalhando no local.
Apesar da estrutura do Joelma ser de concreto armado, as chamas tomaram conta do edifício com rapidez. As salas eram repartidas por divisórias e havia carpetes, móveis de madeira, cortinas de tecido e outros materiais inflamáveis que contribuíram para o alastramento do fogo. Além disso, os botijões de gás nas copas das empresas explodiram como bombas, lançando blocos de paredes para baixo.
Não havia escadas de incêndio ou heliporto na cobertura do Joelma, o que impossibilitou o pouso dos helicópteros, que se aproximavam apenas para jogar toalhas molhadas e cordas. Mais de sessenta pessoas que fugiram para o terraço morreram carbonizadas.
O socorro mobilizou 1.500 homens, entre bombeiros e tropas de segurança, as equipes de cinco hospitais estaduais e outros particulares, quatorze helicópteros, trinta e nove viaturas e todas as ambulâncias da rede hospitalar. Todos os carros-pipa da prefeitura e vários particulares foram utilizados. Diversos soldados começaram a passar mal devido ao forte calor e também ao forte cheiro de carne incinerada.
Por volta de 10h30, o fogo já havia consumido praticamente todo o material inflamável do prédio. Às 14h20, todos os sobreviventes haviam sido resgatados. Após o incêndio, o prédio ficou interditado para obras por quatro anos, sendo e inaugurado em setembro de 1978.
As pessoas desesperadas tentavam fugir pelas escadas de incêndio, elevadores e, em casos mais extremos, muitas desistiram de lutar pelas próprias vidas e se jogaram pelas janelas. Ao todo, o incêndio catastrófico deixou 300 feridos e vitimou 187 pessoas.
A investigação sobre as causas do acidente, concluída e encaminhada à justiça, em julho de 1974, apontava a Crefisul e a Termoclima, empresa responsável pela manutenção elétrica, como principais responsáveis pelo incêndio. Afirmava que o sistema elétrico do Joelma era precário e estava sobrecarregado. Além disso, os registros dos hidrantes do prédio estavam inexplicavelmente fechados, apesar do reservatório contar na ocasião com 29000 litros de água.
Nos escombros do Joelma, 13 cadáveres foram encontrados dentro de um elevador. Na época, sem meios de fazer a identificação dessas vítimas, os corpos foram enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro, com a lápide “As Treze Almas”. Tempos depois, o zelador do cemitério e alguns visitantes passaram a ouvir gritos e lamúrios vindos das sepulturas. Para “aliviar a dor dos mortos”, eles jogaram água nos túmulos (já que as pessoas morreram queimadas) e os gritos pararam. Desde então, o local atrai devotos, que atribuem às 13 almas várias graças alcançadas e, em gratidão, deixam um copo de água em cima de cada túmulo.
Após todos esses anos, o acidente do Joelma continua sendo o maior que ocorreu de forma acidental em um arranha-céu – ele só perde em número de vítimas para as torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Após o incêndio, o prédio ficou interditado para obras por quatro anos. Com o fim das reformas, em outubro de 1978, foi rebatizado edifício Praça da Bandeira. Curiosamente, outros grandes incêndios ocorreram em prédios paulistanos no mês de fevereiro: Edifício Grande Avenida (14 de fevereiro de 1981) e o do Edifício Andraus, que completará 50 anos no próximo dia 24. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas:
🖱️ Site Memória Globo
🖱️ Site da Revista Aventuras na História
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