terça-feira, 5 de julho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 05.07.22 - Centenário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana

Num dia como hoje, 5 de julho, no Rio de Janeiro (que era a capital do Brasil na época), há exatos 100 anos começava a primeira revolta tenentista brasileira contra a República Velha: OS 18 DO FORTE DE COPACABANA, também conhecida como Revolta dos dezoito do Forte.

A Revolta tinha por finalidade derrubar o governo de Epitácio Pessoa e demonstrar insatisfação com a maneira que ocorreu a eleição para presidente, marcadas pelas fraudes e muita violência nos grotões.

Durante o processo eleitoral no ano de 1921 para presidência da República, o jornal Correio da Manhã publicou cartas ofensivas com a autoria do candidato Artur Bernardes, de Minas Gerais, ao ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca. Bernardes negou a autoria, mas os militares principalmente do Clube Militar onde o Marechal Hermes da Fonseca era presidente ficaram descontentes com a publicação.

As eleições ocorreram em 1º de março de 1922 e o candidato Artur Bernardes foi eleito. Ocorreu contestação e insatisfação de outros estados e principalmente dos militares pela eleição de Bernardes. 

Os estados com clima político tenso realizaram rebeliões populares, então o exército foi acionado para conter os rebeldes no estado de Pernambuco. 

Hermes da Fonseca ordenou que os militares não interviessem nas revoltas. Tal atitude causou a sua prisão e o fechamento do Clube Militar. E dentro de todos os acontecimentos políticos, o presidente da república ainda nomeou um civil como Ministro da Guerra.

O descontentamento por parte dos militares mediante as ações do governo ocasionou a elaboração da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. 

No dia 4 de julho de 1922, o capitão do forte Euclides Hermes da Fonseca — filho do Marechal Hermes da Fonseca que estava preso, apoiado pelo tenente Siqueira Campos preparavam o forte para revolta que iniciaria pela manhã do dia seguinte. 

Os planos iniciais da revolta eram que alguns estados brasileiros e áreas militares do Rio de Janeiro participariam do levante, porém no final a revolta só ocorreu no forte, pois o governo federal já sabia da organização militar e a impediu.

No dia 5 de julho, o Forte de Copacabana foi bombardeado fortemente a mando do governo. Euclides Hermes da Fonseca e Siqueira Campos receberam um telefonema do Ministro da Guerra, solicitando a rendição do militares. Dos 301 militares que estavam no forte, renderam-se 272. 

O capitão Euclides Hermes saiu do forte para negociar com o Ministro da Guerra, e acabou sendo preso. 

Os que permaneceram no forte sob o comando do tenente Siqueira Campos, não bombardearam a cidade como o plano inicial, mas saíram em marcha pela Av. Atlântica, porém alguns militares abandonaram a revolta e restaram apenas 18 militares.

No fim da marcha, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes ficaram feridos além de dois soldados, o restante morreu em combate desigual.

A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana não obteve êxito, entretanto foi a primeira ação articulada contra a República Velha. Após essa revolta iniciaram-se outros movimentos com a mesma ideologia como a Comuna de Manaus (1924), a Revolução de Paulista (1924) e a Coluna Prestes (1925-1927), todas com a mesma finalidade: destituir a Oligarquia Cafeeira. 👊👊👊

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, acesse:

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