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💣 Num dia como hoje, 5 de julho, há 99 anos, coragem e heroismo se misturaram ao sangue derramado na praia de Copacabana. Terminava a REVOLTA DOS DEZOITO DO FORTE, a primeira de uma série de manifestações ligadas ao Tenentismo, movimento dos jovens militares de baixa patente (em sua maioria tenentes) que buscava reformas políticas e sociais na década de 20 do século passado.
Ao se aproximar a sucessão presidencial de Epitácio Pessoa, em 1922, aguçaram-se as contradições entre o Exército e as oligarquias dominantes. O Exército já guardava ressentimento contra Epitácio Pessoa , que havia nomeado o civil Pandiá Calógeras para o Ministério da Guerra. As coisas pioraram quando, em outubro de 1921, a imprensa divulgou cartas supostamente escritas pelo candidato oficial, Artur Bernardes, contendo acusações ao Exército e ofensas ao marechal Hermes da Fonseca, presidente do Clube Militar.
Em março de 1922, apesar da oposição, Artur Bernardes foi eleito presidente da República. Sua posse estava marcada para novembro. Em junho, o governo, ainda chefiado por Epitácio, interveio na sucessão estadual de Pernambuco e foi duramente criticado pelo marechal Hermes da Fonseca. Em reação, Epitácio, ordenou a prisão do marechal e o fechamento do Clube Militar, no dia 2 de julho de 1922.
Na madrugada de 5 de julho, a crise culminou com uma série de levantes militares. Na capital federal, levantaram-se o forte de Copacabana, guarnições da Vila Militar, o forte do Vigia, a Escola Militar do Realengo e o 1° Batalhão de Engenharia; em Niterói, membros da Marinha e do Exército; em Mato Grosso, a 1ª Circunscrição Militar, comandada pelo general Clodoaldo da Fonseca, tio do marechal Hermes. No Rio de Janeiro, o movimento foi comandado pelos "tenentes", uma vez que a maioria da alta oficialidade se recusou a participar do levante.
Os rebeldes do forte de Copacabana dispararam seus canhões contra diversos redutos do Exército, forçando inclusive o comando militar a abandonar o Ministério da Guerra. As forças legais revidaram, e o forte sofreu sério bombardeio. O ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, empreendeu em vão várias tentativas no sentido de obter a rendição dos rebeldes.
Finalmente, no início da tarde do dia 6 de julho, ante a impossibilidade de prosseguir no movimento, os revoltosos que permaneciam firmes na decisão de não se renderem ao governo abandonaram o forte e marcharam pela avenida Atlântica de encontro às forças legalistas. A eles aderiu o civil Otávio Correia, até então mero espectador dos acontecimentos.
Conhecidos como os 18 do Forte - embora haja controvérsias quanto a seu número, pois os depoimentos dos sobreviventes e as notícias da imprensa da época não coincidem -, os participantes da marcha travaram tiroteio com as forças legais. Os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram com graves ferimentos. Entre os mortos, estavam os tenentes Mário Carpenter e Newton Prado.
Em 15 de novembro de 1922, Artur Bernardes assumiu a presidência da República sob estado de sítio, decretado por ocasião do levante de julho.
Dois anos depois, nessa mesma data, foi a vez dos tenentes paulistas se rebelarem. A cidade de São Paulo foi bombardeada. Pouco conhecido e rotulado de “Revolução de 1924” nos manuais escolares, o espantoso episódio resultou num absurdo bombardeio que durou 29 dias e tinha como objetivo desalojar as tropas rebeldes dos tenentistas que haviam ocupado a cidade – mas acabou atingindo residências, indústrias, escolas, hospitais e igrejas –, deixando um saldo trágico de mais de 500 mortos, 4 mil feridos e quase dois mil imóveis destruídos, muito mais do que na Revolução Constitucionalista que viria a explodir em 1932. Os derrotados da Coluna Paulista se juntaram à Luis Carlos Prestes e formaram a Coluna Prestes que percorreu mais de 25000 Km no país combatendo as oligarquias e os coronéis. 👊👊👊
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 🖱️ Site da FGV-CPDOC (o primeiro e o último parágrafo são nossos) 😃
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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