sexta-feira, 28 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 28.11.25 - 50 Anos da Morte de Érico Verissimo

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✝️😭 Num dia como hoje, 28 de novembro, há exatamente 50 anos, morria em Porto Alegre, na sua casa, no bairro de Petrópolis, o escritor ÉRICO VERISSISMO, considerado um dos mais importantes nomes da literatura brasileira no século XX. Um infarto, enquanto escrevia segundo volume de suas memórias, Solo de clarineta, publicado postumamente, foi a causa de sua morte. Grande contador de histórias, Verissimo conquistou milhares de leitores com seu estilo simples e direto.

Érico Verissimo nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1905. Foi diretor, redator, ilustrador e paginador da Revista do Globo e conselheiro literário da Editora Globo. De 1943 a 1945, viveu nos Estados Unidos, onde lecionou Português e Literatura Brasileira na Universidade de Berkeley. Entre 1953 a 1956, retornou aos Estados Unidos, dessa vez para Washington DC, como diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana.

As gerações de leitores brasileiros que se formaram no último meio século certamente devem muito a Erico Verissimo, que escreveu o seu primeiro texto literário atrás de um balcão de farmácia, em sua cidade natal. Até hoje, muitas crianças começam a gostar de ler pelas páginas de As aventuras do avião vermelho, Os três porquinhos pobres, ambos publicados originalmente em 1936. E ainda são muitos os adolescentes que fazem a travessia do universo infantil para a literatura adulta com a leitura do romance Clarissa, de 1933, e do clássico Olhai os lírios do campo, de 1938, um best-seller instantâneo, publicado atualmente pela Companhia das Letras.

Criador de personagens emblemáticos, Verissimo lançou em 1949 o primeiro romance da trilogia que lhe garantiu um lugar definitivo e indiscutível entre os maiores escritores brasileiros. A arrebatadora saga histórica O tempo e o vento (Companhia das Letras) é composta por O continente, O retrato, de 1951, e O arquipélago, de 1961. Neles, o escritor refez o caminho da formação do povo gaúcho ao narrar a história da família Terra Cambará, de meados do século XVIII a meados do XX. A obra foi adaptada para a televisão nos anos 80, em uma produção de grande sucesso, e, em 2013, ganhou uma versão para o cinema com direção de Jayme Monjardim.

Em sua última fase, concentrou-se, sobretudo, na temática política. Em Incidente em Antares, seu último romance, de 1971, o escritor apostou no realismo fantástico, em voga na América Latina, para criar uma sátira política em uma crítica direta e contundente à ditadura militar vigente no Brasil. Verissimo nos deixou aos 69 anos, há 50 anos. Até hoje, seus livros são lidos e recomendados para o deleite dos amantes da boa literatura. 👏👏👏👏👏👏

#50anosdamortedeericoverissimo
#historiadaliteraturabrasileira
#SaudadesdeEricoVerissimo

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Luís Fernando Veríssimo, filho de Érico, que faleceu este ano, acesse:


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terça-feira, 25 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 25.11.25 - Militares Golpistas são Condenados à Prisão pela primeira vez no Brasil

MORAES MANDA PRENDER GENERAIS E ALMIRANTE CONDENADOS POR TENTATIVA DE GOLPE — PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DO BRASIL 🚨⚖️

Pela primeira vez na história do Brasil, militares de alta patente foram presos após serem condenados pela Justiça por tentativa de golpe de Estado. Nesta terça-feira (25), a Polícia Federal cumpriu as ordens de prisão contra os generais da reserva Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ambos ex-ministros do governo Jair Bolsonaro, e contra o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

As detenções ocorreram após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o fim do trânsito em julgado das ações que envolvem todos os condenados do chamado “núcleo 1” da tentativa de ruptura institucional julgada pela Suprema Corte. A decisão representa um avanço decisivo nos desdobramentos jurídicos ligados ao caso.

Além das prisões, Moraes também determinou a cassação do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem.

De acordo com as sentenças já proferidas pelo STF:

Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de prisão;

Paulo Sérgio Nogueira, a 19 anos;

Almir Garnier, a 24 anos.

Heleno e Nogueira foram conduzidos ao Quartel-General do Comando Militar do Planalto, em Brasília. Garnier, por sua vez, irá cumprir pena na Estação Rádio da Marinha, também na capital federal.

As prisões desta terça-feira marcam um momento histórico e um divisor de águas na responsabilização de autoridades militares envolvidas em atos contra a ordem democrática. 👏👏👏

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 24.11.25 - Morre o Cantor Jamaicano Jimmy Cliff - pioneiro do Reggae

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✝️ LUTO 😞 O mundo se despediu hoje de um dos maiores nomes do reggae internacional. JIMMY CLIFF, cantor e compositor jamaicano que marcou gerações com sua genialidade e originalidade, faleceu nesta segunda (24), em Kingston, aos 81 anos, após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia. A informação foi divulgada pela conta oficial do artista nas redes sociais, num post assinado pela esposa dele, Latifa, que também agradeceu o apoio de fãs e pediu privacidade.

Cliff foi "fundamental na apresentação do reggae a uma audiência internacional, em grande parte devido à sua atuação no marcante filme The Harder They Come", de Perry Henzell, como lembra a entrada da Enciclopédia Britânica sobre o artista. Reconhecido como um dos pioneiros do reggae, Jimmy Cliff nasceu em Saint James, na Jamaica, em 30 de julho de 1944. Dedicou-se à música desde os 14 anos e começou a gravar ainda adolescente quando se mudou para Kingston, antes de seguir para Londres, em 1965.

Ao longo de uma trajetória prolífica, lançou mais de 30 álbuns. Autor de êxitos como "You Can Get It If You Really Want" ou "Wonderful World, Beautiful People". Sua carreira ganhou projeção internacional em 1967, com o lançamento de seu primeiro disco fora da Jamaica, Hard Road to Travel.

Com um grande número de adeptos na América do Sul, Cliff fez sucesso em 1970 com "Wonderful World, Beautiful People", dois anos antes de "The Harder They Come", mantendo-se uma figura de renome a nível internacional para lá dos anos 1990, com versões de temas como "I Can See Clearly Now".

Vencedor de dois Grammys, ambos por melhor álbum de reggae (em 1986 e em 2013), Cliff entrou para o Rock and Roll Hall of Fame em 2010.

Além da música, Jimmy Cliff marcou presença no cinema. Em 1972, estrelou o filme The Harder They Come, que narra a história de um cantor de reggae em busca do sucesso — obra que se tornou um marco cultural. No Brasil, sua música Hot Shot integrou a trilha sonora da novela Ti Ti Ti, exibida pela TV Globo entre 1985 e 1986. Já em 1990, a canção Rebel In Me foi incluída na novela Rainha da Sucata, da mesma emissora.

Cliff virou presença frequente no Rio e na Bahia, onde mergulhou na história da diáspora africana e encontrou parte de sua identidade cultural. Em Salvador nasceu sua filha, Nabiyah Be, que anos depois brilhou em “Pantera Negra”.

Desde os seus primeiros passos na música, Jimmy Cliff transformou dor, sonho e persistência em melodias que romperam fronteiras. Suas canções se tornaram hinos de esperança e transformação — ecos de um artista que, mesmo vindo de Saint James, na Jamaica, alcançou o mundo. ✨️🖤🙏 👏👏👏

#morrejimmycliff 🖤
#lutoporjimmycliff 🥀
#adeusjimmycliff 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Bob Marley, outro ícone do reggae internaional, acesse:



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domingo, 23 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 23.11.25 - Morre o Ator Alemão Udo Kier

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✝️ LUTO 😞 Morreu neste domingo (23 de novembro), aos 81 anos, o ator alemão UDO KIER, um dos rostos mais marcantes do cinema mundial. A informação foi publicada pela Variety e confirmada por Delbert McBride, artista visual com quem Kier era casado. Com uma carreira prolífica que ultrapassa 200 filmes ao longo de seis décadas, Kier tornou-se uma presença inconfundível em produções de diferentes linguagens, estilos e países. Kier ganhou projeção internacional ao colaborar com nomes como Andy Warhol, Lars von Trier e Madonna ainda nos anos 70.

Seu nome ganhou destaque internacional nos anos 1970 ao protagonizar Carne para Frankenstein e Sangue para Drácula, filmes dirigidos por Paul Morrissey e produzidos no universo artístico da Factory, de Andy Warhol. Esses papéis o consolidaram como ícone do cinema de horror e do underground europeu. Ao longo da carreira, tornou-se colaborador frequente de cineastas de forte assinatura, como Lars von Trier, com quem trabalhou em Ondas do Destino, Dogville, Manderlay, The Kingdom e Nymphomaniac.

Em Hollywood, seu rosto expressivo abriu portas em grandes produções. Udo brilhou como o vampiro Dragonetti em Blade (1998), de Stephen Norrington, e apareceu em títulos como O Fim dos Dias, Ace Ventura: Um Detetive Diferente e Barb Wire. Transitava com naturalidade entre blockbusters, thrillers, filmes independentes e obras cult, sempre emprestando singularidade aos personagens. Kier, que trabalhou com nomes como Lars von Trier, Werner Herzog, Paul Morrissey e Gus Van Sant

Kier também marcou presença na indústria dos games, dublando o vilão Yuri em Command & Conquer: Red Alert 2, um dos antagonistas mais emblemáticos da série. Recentemente, havia sido escalado por Hideo Kojima para o jogo OD Knock, anunciado no The Game Awards.

Nos últimos anos, desenvolveu uma relação especial com o cinema brasileiro, tornando-se parte fundamental do elenco de Bacurau (2019), onde fez o papel do vilão. Sua interpretação de Michael rendeu elogios internacionais e ampliou ainda mais o alcance de sua filmografia. Ele também está no elenco de O Agente Secreto (2025), novo filme de Kleber Mendonça Filho.

Udo Kier deixa uma obra vasta, excêntrica, corajosa e inesquecível — um artista que transformou cada aparição em um gesto de liberdade criativa e que influenciou gerações de cineastas e espectadores ao redor do mundo. ✨️🖤🙏 👏👏👏

#morreudokier 🖤
#lutoporudokier 🥀
#adeusudokier 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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sábado, 22 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 22.11.25 - Decretada Prisão Preventiva de Jair Bolsonaro

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⚖👨‍⚖ O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22). Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta-feira (21) o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocou, pelas redes sociais uma vigília de orações próxima à casa onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.  

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes diz que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu". Foi ainda verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica. Moraes também determina que seja realizada, neste domingo (23), audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, além da disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao réu. 

A decisão diz ainda que todas as visitas deverão ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção da dos advogados e da equipe médica que acompanha o tratamento de saúde do réu. Também nesta sexta, a defesa de Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente.  

Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que demandam "acompanhamento médico intenso" e, por esse motivo, o ex-presidente deve continuar em prisão domiciliar. O pedido da defesa pretende evitar que Bolsonaro seja levado para o presídio da Papuda, em Brasília. Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, determinada após o descumprimento de medidas cautelares já fixadas pelo STF. Ele estava usando tornozeleira eletrônica e proibido de acessar embaixadas e consulados, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras e de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por intermédio de terceiros.

O ex-presidente Jair Bolsonaro usou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica. As informações estão em relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) junto a um vídeo em que o próprio Bolsonaro admite a avaria: “[Foi] curiosidade”, disse ele, informando que a tentativa de abrir o equipamento ocorreu no final da tarde de sexta-feira (21). Às 00h07 deste sábado (22), o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) gerou o alerta de violação da tornozeleira. Pela manhã, Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal.

Vários indiciados nos inquéritos das manifestações antidemocráticas do 8 de janeiro de 2023 estão foragidos do Brasil, dentre eles, o próprio filho de Bolsonaro, Eduardo, que abriu mão até do mandato de deputado federal, Carla Zambelli, que foi presa na Itália, e mais recentemente o delegado e deputado Alexandre Ramagem. Jair Bolsonaro é o quarto ex-presidente brasileiro a ser preso. 😒 🗳 👎

#prisaopreventivadejairbolsonaro
#inqueritosdasmanifestacoesantidemocraticas
#historiarecentedarepublicabrasileira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

📰 Agência Brasil
📰 Agência Senado
🖱 Portal da Câmara dos Deputados

👉 Para saber mais sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, acesse:




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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 21.11.25 - 102 Anos da Morte do Historiador Francisco Augusto Pereira da Costa

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😓🖤 Num dia como hoje, 21 de novembro, há 102 anos, morria o advogado, jornalista, historiador e político brasileiro FRANCISCO AUGUSTO PEREIRA DA COSTA, considerado o maior cronista da história de Pernambuco, autor dos célebres Anais Pernambucanos.

Pereira da Costa nasceu no Recife, em 16 de dezembro de 1851. Era filho de Manuel Augusto Menezes Costa  e Maria Augusta Pereira Costa. De família pobre, mal terminou o curso primário e já começou a trabalhar em uma livraria e depois em cargos públicos.

Em 1872, deu início à carreira de jornalista do Diário de Pernambuco. Em 1891, com a família constituída, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife. Foi professor do Ginásio Pernambucano e do Liceu de Artes e Ofícios. Exerceu cargos de membro do Conselho Municipal do Recife e foi eleito deputado estadual, pela primeira vez, em 1901, sendo reeleito por oito mandatos (até 1923)

Foi um dos fundadores da Academia Pernambucana de Letras (1901, patrono da cadeira 32) e integrante do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP) a partir de 1876, e de Institutos Históricos Geográficos de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e São Paulo, entre outras.

Pereira da Costa deixou uma grande quantidade de obras, ao longo de 50 anos de carreira literária, dentre as quais, os Anais pernambucanos, pesquisa em 10 volumes, onde são encontrados a maioria dos assuntos da história e da vida pernambucana de 1493 a 1850. São também de sua autoria, A Confederação do Equador (1876), Dicionário biográfico de pernambucanos célebres (1882), Enciclopédia brasileira (1889), Folclore pernambucano (1909), Vocabulário pernambucano(1936) e Arredores do Recife, reeditada pela Editora Massangana, em 2001.

A CEPE dentro das comemorações do centenário de falecimento de Pereira da Costa (2023) lançou duas obras organizadas pelo historiador e pesquisador Bruno Melo: "Os bispos de Olinda (1676-1910)", que foi lançada em 2023 e "Tempos de Jornal - Reminiscências histórico-pernambucanas", lançado em 2024, e que conta com a colaboração do saudoso Leonardo Dantas Silva.

Pereira da Costa é homenageado em vários lugares do Estado de Pernambuco. Seu nome é citado em nomes de ruas e avenidas, como por exemplo a rua Pereira da Costa, no bairro do Pina. Pelo menos duas escolas da rede pública estadual receberam seu nome: uma de Ensino Médio, a EREM Francisco Pereira Costa localizada em Iati, e a EREF Historiador Pereira da Costa, que fica em Jardim Maranguape, cidade do Paulista.

Seu busto que ficava no Parque Treze de Maio, no centro de Recife, foi vandalizado e posteriormente roubado. Até hoje nenhuma autoridade se prontificou a recuperá-lo. O maior historiador pernambucano faleceu em 21 de novembro de 1923 e seus restos mortais descansam na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Boa Vista, que fica na rua da Conceição. Oliveira Lima o descreveu como "O Mestre de Todos Nós". ❤✨ 👏👏👏

#102anosdamortedepereiradacosta
#historiadahistoriografiapernambucana
#historiadepernambuco
#anaispernambucanos

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo de Souza 🖋 professor e historiador.

👉 Acessse a postagem publicada sobre Pereira da Costa no Blog do Projeto Muita História pra contar:


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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 17.11.25 - Morre Jards Macalé - o Anjo Torto da MPB

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✝️ LUTO 😞 A música brasileira se despediu hoje do músico, cantor e compositor JARDS MACALÉ, aos 82 anos, após sofrer uma parada cardíaca enquanto estava internado tratando um enfisema pulmonar, no Hospital Unimed Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro. Multiartista, Macalé trabalhou com música, cinema, televisão, teatro e artes plásticas. Ícone da contracultura brasileira, parceiro de Torquato Neto, Waly Salomão, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Macalé deixa um legado de rebeldia, inovação e liberdade artística.

Segundo informações da equipe, o Macalé teve uma parada cardíaca após passar por um procedimento cirúrgico. Mesmo fragilizado, acordou cantarolando “Meu Nome é Gal”, “com toda a energia e bom humor que sempre teve”, destacou o comunicado.

Jards Anet da Silva nasceu na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, vizinho ao Morro da Formiga, em 3 de março de 1943. Por diversas vezes ao longo da sua carreira, que completou 60 anos recentemente, o compositor mencionou a influência dos batuques do morro em sua formação musical. Essa imersão nas culturas de origem africana desde a infância foi a base de sua música experimental.

Desde cedo, Macalé se destacou pela postura ousada e pela recusa a se enquadrar em padrões comerciais, o que lhe rendeu o apelido de “anjo torto” da MPB. Seu primeiro grande impacto nacional ocorreu em 1969, com a apresentação de “Gotham City” no IV Festival Internacional da Canção.

Marcado por uma obra densa e politicamente engajada, Macalé foi guitarrista do "Grupo Opinião" em 1965 e atuou como diretor musical nas primeiras apresentações da cantora Maria Bethânia. O primeiro álbum, lançado em 1972, se tornou referência pela mistura incomum de gêneros como rock, samba, jazz, blues e baião com altas doses de melancolia e sarcasmo.

As canções escritas por ele se tornaram referência afetiva e estética, entre elas Vapor Barato (eternizada na voz de Gal Costa), Movimento dos Barcos, Soluços, Mal Secreto e Hotel das Estrelas; obras que ganharam novas vidas nas vozes de Gal, Bethânia, e O Rappa.

Seu álbum mais recente, "Coração Bifurcado" (2023), foi apontado pela crítica como um dos grandes discos do ano, este trabalho trouxe músicas inéditas e parcerias com o poeta Capinan (como em "A arte de não morrer") e a compositora Alice Coutinho.

Em 2010, o cineasta Marco Abujamra e o jornalista João Pimentel revisitam a trajetória de quatro décadas dessa personalidade controversa da música brasileira com o documentário Jards Macalé, um Morcego na Porta Principal. A repercussão do filme inspira a produção do show Cine Macalé e o convite ao artista para participar da 29ª Bienal Internacional de São Paulo.

No ano de 2020 escreveu a apresentação da biografia “Meu nome é ébano – A vida e a obra de Luiz Melodia”, escrita pelo jornalista Toninho Vaz e lançada pela Editora Tordesilhas. Neste mesmo ano, foi a vez de sua biografia ser lançada. Intitulada “Jards Macalé – Eu só faço o que quero”, o livro foi escrito pelo jornalista Fred Coelho e editado pela Numa Editora.

Hoje nos despedimos de um anjo torto da música brasileira, um artista que fez da ousadia sua casa e da liberdade sua maior lei. Macalé cruzou a história com voz ruminada, violão indomável e uma estética que recusava rótulos. Ele misturou rock, samba, jazz, blues, baião e o que mais a alma pedisse. Hoje a música brasileira se cala por um instante, mas a obra de Macalé segue acesa, inquieta, viva – como ele sempre foi.

#morrejardsmacale 🖤
#lutoporjardsmacale 🥀
#adeusjardsmacale 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
💻 Portais G1, UOL e Metropolis.
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre Lô Borges, do Clube da Esquina, que faleceu recentemente, acesse:


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HOJE NA HISTÓRIA - 17.11.25 - 136 Anos do Massacre de 17 de Novembro

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💣💥 Num dia como hoje, 17 de novembro, há 136 anos, milhares de libertos em São Luís, no Maranhão, foram às ruas protestar com medo de que a República restaurasse a escravidão. Os chamados “homens de cor”, “cidadãos do 13 de Maio” e ex-escravizados, como eram chamados, desconfiavam da recém proclamada República e temiam perder a pouca liberdade que tinham acabado de conquistar. Eles também temiam pela segurança da Princesa Isabel (afinal, o Atentado de julho de 1889, contra o imperador, ocorrera há apenas quatro meses antes).

A multidão marchou até a sede do jornal O Globo, e uma tropa de doze soldados respondeu com tiros contra o povo. Quatro manifestantes foram mortos e vários ficaram feridos, muitos atingidos no peito e nos braços, sinais claros de execução, não de dispersão, caracterizando assim o MASSACRE DOS LIBERTOS ou MASSACRE DO 17 DE NOVEMBRO, um episódio quase esquecido pela historiografia brasileira entre os séculos XIX e XX, porque as vítimas eram justamente pessoas que tinham sido escravizadas até meses antes e lutavam para não voltar ao tronco e aos maus tratos.

O medo da reescravização era real: após 1888, alguns senhores ainda tentavam manter libertos sob controle, explorando brechas legais. A violência após o massacre – amputações, tortura policial, raspagem de cabelos – reforçou a percepção de que o novo regime significava uma não um avanço, mas um retrocesso. O Massacre de 17 de Novembro expõe como raça, medo e memória moldaram a transição do Brasil para o regime republicano e como esse episódio marcou profundamente a experiência negra no pós-Abolição.

Enquanto a narrativa oficial fala de um povo “bestializado” diante do golpe da República, em São Luís a resistência negra foi sufocada (um eufemismo para reprimida) pela violência estatal no pós-abolição, evidenciando as tensões raciais e sociais que se seguiram após a liberdade formal de 1888. Mais que um episódio local, o massacre simboliza  a dor e a resistência de um povo que buscou afirmar sua condição de liberdade. Resgatar essa memória é um ato de justiça histórica. 👊🏼👊🏽👊🏾👊🏿

#136anosdomassacredoslibertos
#136anosdomassacredo17denovembro
#historiadarepublicabrasileira
#guerraserevoltasnarepublicavelha

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a proclamação da República no Brasil, acesse:




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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 12.11.25 - 80 Anos do Nascimento do Mestre Salustiano

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🎂🎉 Num dia como hoje, 12 de novembro, há 80 anos, nasceu em Aliança, na Zona da Mata Norte, o rabequeiro, cantor, compositor e brincante MESTRE SALUSTIANO, um dos maiores músicos da cultura popular pernambucana. Sua contribuição foi fundamental para o fortalecimento de manifestações como o maracatu, o cavalo-marinho e a ciranda, promovendo a valorização das expressões artísticas regionais.

Anos mais tarde, Salustiano, que passou a residir em Olinda, começou a ganhar fama comandando o Cavalo Marinho Matuto. Foi fundador do Maracatu Piaba de Ouro. Em 1997, participou, com o seu grupo, do Festival de Cultura Caribeña, em Cuba. Dentre suas iniciativas estão a Casa da Rabeca do Brasil, localizada na Cidade Tabajara. Os principais registros de sua atuação musical são os álbuns Sonho da rabeca (1998), As três gerações (2002), Cavalo-marinho (2002), Mestre Salú e a rabeca encantada (2006).

Em Pernambuco Salustiano é considerado um "patrono espiritual" da geração manguebeat. Suas músicas são aclamadas por membros de todas as latitudes artísticas do Recife e do país. Salustiano é um ícone da cultura popular brasileira. Sedutor, intuitivo e talentoso, ele envolve as platéias e faz todo mundo dançar sob os mais diversos gêneros musicais. Foi assessor de Ariano Suassuna na Secretaria de Cultura de Pernambuco. Em 2007, foi homenageado pelo seus 54 anos de carreira recebendo o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Salustiano faleceu no Recife, em 31 de agosto de 2008. Seus restos mortais repousam no Cemitério Morada da Paz. Seu legado é mantido vivo também por meio de artistas que o têm como inspiração, senão como professor. Além dos seus 15 filhos, que se mantêm envolvidos nas artes populares, destacam-se, como propagadores de sua vida e obra, o artista multidisciplinar Antônio Nóbrega (1952), o músico e poeta Siba (1969) e os grupos musicais Nação Zumbi e Mestre Ambrósio. 👏🎶👏🎵👏

#80anosdonascimentodomestresalustiano
#historiadaculturapernambucana
#historiadosfolguedospopularesdepernambuco

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
💻 Portal da Prefeitura de Olinda
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre o Mestre Salustiano, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

domingo, 9 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 09.11.25 - 1 Ano do Lançamento do E-Book Consciência Negra com Muita História pra Contar

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💪🏾🤗👊🏾 É com imensa satisfação que há exatamente um ano, lançamos nosso primeiro e-book: "CONSCIÊNCIA NEGRA COM MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR", voltado para atender a demanda de estudantes, professores, pesquisadores e à comunidade em geral que procuram um material didático sobre o Dia Nacional da Consciência Negra, a ser comemorado no próximo dia 20 de novembro.

O e-book está dividido em quatro partes: personalidades do Brasil; personalidades do mundo; datas, lugares e fatos; e religião e religiosidade com links para as postagens publicadas no Blog do Projeto Muita História pra Contar. O e-book está disponível gratuitamente nos grupos e perfis do Projeto Muita História pra Contar ou através do e-mail josericardo@gmail.com.

A ideia é que este material chegue ao maior número de pessoas possíveis e possa despertar e estimular o debate sobre a questão afro-brasileira nas escolas, faculdades, universidades e no espaço público, e virtual também.

A concepção do projeto foi do professor e historiador José Ricardo, editado no aplicativo Canva Educacional, com artes do próprio aplicativo. Mais uma iniciativa do projeto Muita História pra Contar, a primeira rede de disseminação de conhecimento histórico que publica diariamente e simultaneamente nas principais redes sociais os principais personagens e fatos históricos de cada data. ⏳❤⌛

Serviço:

E-BOOK CONSCIÊNCIA NEGRA COM MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR
Distribuição gratuita nos grupos e perfis do projeto Muita História pra Contar ou através do link abaixo:


#DiadaConscienciaNegra
#AprendizadoAfroBrasileiro
#HistorianasRedesSociais
#LivroDigital

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo de Souza 🖋 professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre o projeto Muita História pra Contar, digite na busca do Google: muita história pra contar professor José Ricardo.

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⏳#muitahistoriapracontar⌛

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 07.11.25 - Bicentenário do Diario de Pernambuco - o Jornal mais antigo em Circulação na América Latina

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🗞🕰 Num dia como hoje, 7 de novembro, há exatamente 200 anos, era fundado pelo tipógrafo Antonino José de Miranda Falcão, o DIARIO DE PERNAMBUCO, o mais lonjevo jornal em circulação na América Latina e em língua portuguesa. Com título de Patrimônio Imaterial Histórico e Cultural do Recife e acervo declarado Patrimônio Cultural Material do Brasil, o jornal é um símbolo de Pernambuco, com 3,7 milhões de leitores mensais. Nascido no recém-instaurado Império, o Diario de Pernambuco abriu espaço para o debate e divulgou textos e ideias abolicionistas e republicanos, com nomes como Joaquim Nabuco e José Mariano.

Criado em 1825 por Antonino José de Miranda Falcão, nasceu como uma pequena folha de anúncios – inclusive de venda e fuga de escravos – impressa em uma prensa manual na antiga Rua da Praia, área que mais tarde se tornaria o coração comercial do Recife. No início, de fato, era impresso numa única folha, com um caderno de anúncios de imóveis, achados e perdidos, leilões etc.

O primeiro número do Diário circulou quando o Brasil tinha apenas três anos de Império, e o Recife começava a se expandir para além dos arrecifes e dos mangues. Naquele tempo, a cidade ainda era uma vila portuária, formada ao redor do Capibaribe e cercada por engenhos de cana e casas modestas de pescadores.

A fundação do jornal coincidiu com um período de tensão política: Pernambuco ainda sentia os ecos da Confederação do Equador, movimento nortista que tentou implantar o regime republicano no Brasil, desafiando diretamente o poder de Dom Pedro I. Essa efervescência é sentida até hoje.

Em relação à vida literária do País, colaboraram no Jornal: Tristão de Ataíde, Otavio Tarquino de Souza, José Lins do Rego, Menotti del Picchia, Murilo Mendes e Augusto Frederico Schmidt, Gilberto Freyre, dentre outros.

O jornal acompanhou, e sobreviveu a, quase todos os grandes abalos da história brasileira: enfrentou empastelamentos no início do século XX, foi censurado na Era Vargas e teve sua redação monitorada na ditadura militar. O prédio histórico, na Praça da Independência apelidada pelos recifenses de Pracinha do Diário – foi, por décadas, um marco simbólico da liberdade de expressão.

Um dos capítulos mais emblemáticos desta luta pela liberdade e democracia ocorreu em 3 de março de 1945, quando o estudante Demócrito de Souza Filho, que se encontrava na sacada do Jornal, foi morto pela polícia do Estado Novo que tentava dissolver manifestação popular concentrada em frente ao edifício. Nessa época, o Jornal já fazia campanhia contra a ditadura varguista.

No final da segunda década do século 20, o então jovem advogado Barbosa Lima Sobrinho iniciava sua trajetória no jornalismo com artigos para o Diario de Pernambuco, na seção Tribuna Livre. Estreou, em 1919, com a série de textos intitulada “A Inelegibilidade do Marechal”. No mesmo período, o time de redatores do DP passava a contar com Assis Chateaubriand, que dava os primeiros passos no jornalismo antes de se tornar o dono do maior grupo de comunicação do Brasil na época e incorporar o próprio Diario de Pernambuco.

Nos anos 1960, de fato, Pernambuco passaria a “exportar” jornalistas para o Rio de Janeiro e São Paulo. Ricardo Noblat, que chegou a contar a história de uma vendedora de bilhetes premiados que perambulava pelo centro do Recife, na coluna Opinião, em 1967, foi um deles. Assim como Ângelo Castelo Branco, Geneton Moraes Neto, Gerson Camarotti, entre outros.

O Diário também sobreviveu a um século de idas e vindas empresariais. Em 1931, foi comprado por Assis Chateaubriand e incorporado aos Diários Associados, grupo que chegaria a reunir dezenas de jornais, emissoras de rádio e televisão em todo o país. Sob o império de Chatô, o jornal consolidou-se como referência no Nordeste e manteve essa posição por 84 anos, mesmo enfrentando longos períodos de instabilidade financeira.

A era dos Associados terminou em 2015, quando o grupo vendeu o controle majoritário ao Sistema Opinião de Comunicação, ligado à família Pinheiro, do grupo Hapvida. A transação, no entanto, durou poucos meses: ainda no mesmo ano, os irmãos Maurício e Alexandre Rands assumiram o controle, iniciando um breve ciclo de reestruturação.

Em 2019, o Grupo R2 vendeu o jornal, juntamente com as rádios Clube FM e Rádio Clube, para o advogado e empresário Carlos Frederico de Albuquerque Vital, conselheiro do Sport Club do Recife e vice-presidente jurídico da Associação dos Cronistas Desportivos de Pernambuco, além de proprietário de outros empreendimentos. Vital é o atual presidente do DP.

Em 2016, as edições de sábado e domingo do jornal foram unificadas e transformadas numa super edição impressa aos sábados, a exemplo de outros jornais. Assim, a edição dominical passou a ser oferecida online para os assinantes das versões impressa e digital. Essas medidas ocorreram por conta da crise econômica no País, mas não foram suficientes para estancar os problemas financeiros do jornal.

As redes sociais são o novo trunfo do jornal que, só em setembro, alcançou 317 milhões de visualizações no Instagram. m 2024, o site alcançou uma média de 5 milhões de visualizações por mês, um crescimento de 37% em relação ao ano anterior. Já em outubro de 2025, no mês de celebração do bicentenário, o portal contabilizou 8,75 milhões de views.

A antiga sede do Diário de Pernambuco foi construída em 1903. Em 2014 sua antiga sede foi cedida pelo Governo do Estado, pelo prazo de 10 anos, ao Porto Digital. Atualmente se encontra em situação de grande e lamentável abandono.

Para marcar o bicentenário, o Diario circula nesta sexta (07) com o caderno especial “A gente escreve essa história”. São 32 páginas que mostram como o periódico cobriu e apresentou fatos marcantes de Pernambuco, do Brasil e do mundo. Ainda hoje, está programada a abertura da cápsula do tempo, lacrada no centenário do jornal, e o lançamento do livro "Diario de Pernambuco: 200 anos", escrito por Ennio Benning, com colaboração de Ângelo Castelo Branco, Fernando Barros Correia e Ítalo Rocha Leitão.

O bicentenário chega em um momento de profunda mudança no ecossistema da mídia. Entre algoritmos, redes sociais e novas linguagens digitais, o Diário de Pernambuco reafirma sua vocação de ser mais que um veículo de notícias, uma testemunha viva da história, adaptando-se aos tempos sem abrir mão da credibilidade que o fez atravessar séculos. 👏👏👏👏👏👏

#bicentenariododiariodepernambuco
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#DiariodePernambuco200Anos
#historiadaimprensapernambucana
#JornalMaisAntigodasAmericas

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

💰 Site da Revista Exame
💻 Site do Diario de Pernambuco
🖱️ Site do CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. 

🖼 Créditos da imagem original adaptada para esta postagem: "Olha o Diario!" (1989) óleo sobre eucatex, de Jurandyr (Jurandyr Cavalcanti) pintor alagoano. Acervo de Lêda Rivas.

👉 Para saber mais sobre o primeiro jornal brasileiro e seu fundador, acesse:



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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 05.11.25 - 4 Anos da Morte de Marília Mendonça - A Rainha da Sofrência

🎶🖤🎤🎸 👱‍♀️ 🪕🎤🖤🎶

😭🖤 E assim se passaram 4 anos desde aquela fatídica final de tarde de um início de novembro, em 2021, quando um acidente aéreo com um bimotor calou para sempre uma das vozes mais promissoras do chamado feminejo, a cantora e compositora MARÍLIA MENDONÇA, no auge de sua carreira musical, com apenas 26 anos. Nessa época, o Brasil inteiro já cantava  “Infiel”,  “Eu sei de Cor”, “Alô Porteiro”,  “Amante não tem Lar”, e outros sucessos que falavam de amores frustrados, relações extraconjugais, relacionamentos tóxicos e empoderamento feminino, temas comuns ao universo de milhares de mulheres que se identificavam com as letras da intitulada Rainha da Sofrência.

A voz potente de Marília Mendonça ecoou além dos barzinhos de Goiânia, onde ela começou a carreira, e ganhou números impressionantes para o mercado fonográfico nacional. Sua composição, “Até Você voltar” (parceria com  Juliano Tchula), gravada pela dupla Henrique e Juliano foi uma das as canções mais executadas em todo o Brasil no ano de 2015, e seu clipe alcançou mais de 145 milhões de acessos no site Youtube no período. A música “Infiel” foi a quinta mais executada nas rádios do Brasil em 2016, alcançou a posição de quarta mais visualizado no Youtube. No ano seguinte, 2017, foi indicada ao Grammy Latino, na categoria “Melhor álbum de música sertaneja”, com o disco “Realidade – Ao vivo em Manaus”. Também em 2017, sua gravação “Amante Não Tem Lar”, foi uma das dez músicas mais executadas nas rádios brasileiras. O clipe da música, no ano de lançamento, ultrapassou 250 milhões de acessos em seu canal oficial no Youtube.

Segundo o Ecad, a sertaneja deixou 324 músicas cadastradas e 391 gravações dela sozinha e com parceiros. Um legado que ainda vai dar muitos frutos nos próximos anos, com Álbuns e EPs póstumos como o mais recente single  “Segundo amor da sua vida” lançado no último dia 23 de outubro, escrita e registrada em áudio em 2018; seguindo a mesma linha de “Decretos Reais”, três álbuns pós-mortem lançados em 2022 e 2023. No começo desde ano (24 de janeiro) foi lançado “De Quem é a Culpa”, dueto em que ela divide as vozes com Cristiano Araújo, morto em 24 de junho de 2015. A gravação feita sem auxílio de IA contemplou uma versão guia – voz do artista sem toda a produção feita em estúdio) gravada em 2015. O encontro entre as duas vozes mais icônicas do chamado sertanejo universitário rendeu mais de 12 milhões de visualizações em apenas nove meses.

Quatro anos depois e o legado da Rainha da Sofrência está mais vivo do que nunca. Em cada lágrima de uma amante, em cada amiga que sexta num bar com as amigas, em cada olhar apaixonado não correspondido de uma mulher sonhadora, em cada mulher que não aceita mais ser inferiorizada, vai ter um pouco da musicalidade de Marília Mendonça. Ela deu voz a tantos sentimentos abafados, reprimidos, silenciados, que hoje sabemos o quanto foi importante dizer musicalmente aquilo que muitas mulheres precisavam ouvir, seja para se divertir ou para dar um novo rumo às suas vidas. O Brasil que cantou suas músicas hoje chora sua ausência, mas ela bem que avisou... “ninguém vai chorar sozinho, todo mundo vai sofrer”. Valeu Marília. 👏👏👏👏👏👏

#4anosdamortedemariliamendonca 🖤
#historiadamusicasertaneja 🎶
#SaudadesdeMariliaMendonca 🌹

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Marília Mendonça, a eterna Rainha da Sofrência, acesse:




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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

HOJE NA HISTÓRIA - 02.11.25 - Morre Lô Borges - cantor e compositor do Clube da Esquina

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✝️ LUTO 😞 O Brasil se despede de um dos grandes nomes da música popular. LÔ BORGES, cantor e compositor mineiro que marcou gerações com sua sensibilidade e genialidade, faleceu neste domingo (2), no hospital Unimed de Contorno, em Belo Horizonte, aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (3), pela família do artista.

O artista estava internado desde 17 de outubro, em decorrência de uma intoxicação medicamentosa. No último dia 25, Lô precisou de ventilação mecânica e foi submetido a uma traqueostomia. Musicalmente, Lô Borges é reconhecido por fundir estilos: a base da música popular brasileira, com samba, bossa nova e música mineira de raiz, dialoga tranquilamente com o rock e o jazz.

Nascido em Belo Horizonte em 10 de janeiro de 1952, Salomão Borges Filho (seu nome de batismo), cresceu entre as ruas do bairro Santa Tereza, onde descobriu a música e formou laços que mudariam a história da MPB. Foi ali que conheceu Milton Nascimento e Beto Guedes, amizades que dariam origem ao lendário Clube da Esquina, movimento musical nascido na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza. 

O Clube da Esquina marcou a música brasileira ao combinar elementos de MPB, rock, jazz, folk e música clássica, influenciando gerações de artistas e conquistando fãs em todo o país. , considerado um marco da música nacional, com clássicos como “O Trem Azul”, e “Um Girassol Da Cor Do Seu Cabelo”.

Em 1972, Lô co-assinou com Milton o álbum duplo Clube da Esquina, que se tornaria uma obra-prima, amplo sucesso entre público e crítica. A obra inclui clássicos eternos como “O Trem Azul”, “Paisagem da Janela”, “Paisagem da Janela” e “Um Girassol Da Cor Do Seu Cabelo”. O álbum foi ranqueado pela revista Rolling Stone na 7ª posição entre os 100 maiores álbuns da música brasileira.

Ao longo da carreira, Lô Borges lançou mais de 14 discos e deixou um legado que atravessa décadas, consolidando-se como referência na história da MPB. Mesmo após o auge nos anos 1970, Lô Borges manteve uma trajetória marcada pela autenticidade e pela busca artística. De O Disco do Tênis a Via Láctea, suas composições seguiram tocando o público com delicadeza e poesia.​

A notícia de sua morte gerou imediata comoção no cenário cultural. Diversos artistas, fãs e veículos de imprensa registraram homenagens e lembranças da importância de sua obra para a música brasileira. Partiu um dos maiores nomes da música brasileira, mas ficam suas canções que continuarão nos encontrando em cada esquina. Descanse em paz! 🌹🎶🖤

#morreloborges 🖤
#lutoporloborges 🥀
#adeusloborges 👋

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas para a postagem:

🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
💻 Portais G1, UOL e Metropolis.
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre Milton Nascimento, parceiro de Lô Borges no Clube da Esquina, acesse:


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domingo, 2 de novembro de 2025

🖤⏳ HOJE NA HISTÓRIA - FINADOS - Obituário do Blog - 2025 ⌛🖤

🖱️ Clique nos links para ler as postagens no blog do projeto Muita História pra Contar.

🖤 🗳  07.01.25 -  Jean-Marie Le Pen


🖤 ⚽  19.01.25 - Léo Batista


🖤 📝  28.01.25 - Marina Colasanti


🖤 🎙  13.02.25 - Henrique Bruckman


🖤 🎥  14.02.25 - Cacá Diegues


🖤 📝  04.03.25 - Affonso Romano de Sant'Anna


🖤 🗳 14.03.25 - Antônio Speck


🖤 📝  29.03.25 - Marcos Vilaça


🖤 ⌛  30.03.25 - Aneide Santana


🖤 ⛪  21.04.25 - Papa Francisco


🖤 🎙  25.04.25 - Armando Fahel


🖤 🇺🇾  13.05.25 - José Pepe Mujica


🖤 🎼  14.05.25 - Zeca do Rolete


🖤 ♒  04.06.25 - Niède Guidon


🖤 🎭  19.06.25 - Francisco Cuoco


 🖤 🎼  20.07.25 - Preta Gil


 🖤 🎸  22.07.25 - Ozzy Osbourne


🖤 📰  02.08.25 - J.R. Guzzo


🖤 📝  30.08.25 -  o Escritor Luis Fernando Verissimo


🖤 📰  02.09.25 - Mino Carta


🖤 🎼  08.09.25 - Angela Ro Ro


🖤 🎼  13.09.25 - Hermeto Pascoal


🖤 🖥  30.09.25 - Malba Lucena


🖤 🦧  01.10.25 - Jane Goodall


🖤 🤝  07.10.25 - José de Paiva Netto


🖤 🎶  28.10.25 - Carlos Sandroni


#diadefinados2025
#falecidosde2025
#adeusaosmortos2025

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⚰ Para acessar os obituários dos anos de 2022, 2023, e 2024 clique nos links abaixo:




📱📲 Sigam minhas redes sociais no Instagram, Threads, Tiktok e X (antigo Twitter) 👉 @josericardope01

📜 Para saber mais sobre o projeto Muita História pra Contar digite na busca do Google: muita história pra contar professor José Ricardo

💻 Acesse todo o material do Muita História pra Contar pelo Linktree:


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sábado, 1 de novembro de 2025

HOJE NA HISTORIA - 01/11/25 - 103 Anos da Morte de Lima Barreto

📚🖤 📖✍️ 👨🏽‍🦱 📖✍️ 🖤📚

✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 1° de outubro, há 103 anos, morria precocemente aos 43 anos no Rio de Janeiro, o escritor e jornalista LIMA BARRETO, autor de várias obras relevantes da literatura brasileira como Triste Fim de Policarpo Quaresma, transformado em filme em 1998, sob a direção de Paulo Thiago.

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu na capital fluminense em 31 de maio de 1881, ele, apesar de ser mulato em um país que havia abolido oficialmente a escravatura apenas recentemente, teve acesso a uma boa educação. Sua mãe morreu cedo, e seu padrinho, o Visconde de Ouro Preto, custeou seus estudos.

Em 1904, porém, ele teve que abandonar a escola para sustentar os irmãos, pois seu pai começou a sofrer de problemas mentais. Lima Barreto entrou por concurso no Ministério da Guerra, onde era encarregado de cópias, registros e correspondências, e ao mesmo tempo colaborava com diversos jornais e revistas.

Em 1909, estreou como escritor de ficção com o romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, carregado de traços autobiográficos. Em seus textos, Lima Barreto sempre criticou a sociedade brasileira, que considerava preconceituosa e hipócrita.

Em 1911, publicou Triste Fim de Policarpo Quaresma em formato de folhetim no Jornal do Commercio, do Rio. Ele enfrentou críticas pelo uso do português coloquial, típico da imprensa, mas sua escrita influenciou os modernistas. Sua obra era focada na temática social, com destaque para os pobres e boêmios.

Lima Barreto, com seu espírito inquieto e rebelde, seu inconformismo com o preconceito de cor, se entrega ao álcool. Suas contínuas crises de alienação mental o conduzem para o hospital. Em 1914 e 1919 é recolhido ao Hospício. A novela inacabada “Clara dos Anjos”, publicada postumamente em 1924, retrata bem a questão do preconceito racial, com a história da moça suburbana e um rapaz burguês.

A maior parte de sua obra foi redescoberta e publicada em livro após sua morte por meio do esforço de Francisco de Assis Barbosa e outros pesquisadores.

A historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz lançou em 2017 a biografia Lima Barreto - Triste visionário (Companhia das Letras), onde investiga as origens, a trajetória e o destino do escritor carioca sob a ótica racial no Rio de Janeiro da Primeira República. A obra recebeu o prêmio de melhor biografia no ano de 2017 pela APAC.

Sua cinebiografia foi lançada em 2019. "Lima Barreto, ao Terceiro Dia" (Globo Filmes), dirigido por Luiz Antonio Pilar, foca nos 3 dias da sua última internação em uma clínica psiquiátrica, quando após sair ele relembra sua juventude e suas personagens (disponível no streaming Telecine).

Sobre ele foi feito também um documentário: “Noite e Dia - Lima Barreto, Obra & Vida”,  disponível no streaming CurtaOn.

A obra de Lima Barreto permanece atemporal e necessária, ainda mais num país que ainda luta contra o racismo estrutural e lida com situações cotidianas de discriminação e preconceito contra pretos, pardos e mestiços, principalmente aqueles que, assim como Barreto, nasceram nas camadas mais baixas da sociedade, seja nas periferias ou marginalizados e entregues à própria sorte. 😞😓😥😢😭

#103anosdamortedelimabarreto
#historiadaliteraturabrasileira
#grandesescritoresbrasileiros

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Site O Pensador
📺 Canal History Channel Brasil

👉 Para saber mais sobre sobre Lima Barreto, acesse:

💻  https://jrscommuitahistoriapracontar.blogspot.com/2021/05/hoje-na-historia-130521-140-anos-do.html

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