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🪐 Há 421 anos, em 17 de fevereiro de 1600, uma quinta-feira ensolarada, Roma presenciou um espetáculo dantesco. Centenas de pessoas lotaram o Campo dei Fiori (Campo das Flores), uma praça no centro da cidade, para assistir à morte na fogueira de Giordano Bruno, por ordem da Santa Inquisição. O padre, filósofo, místico, poeta, autor de peças de teatro, nascido Filippo Bruno em 1548 em Nola, no reino de Nápoles, pagava com a vida pela ousadia de ter desafiado a Igreja e discordado das ideias então vigentes, entre as quais a de que a Terra era o centro do universo, a existência de mais planetas do que os conhecidos até então, a divisão da matéria em átomos e que o Universo seria infinito. Tudo partia da ideia de o Universo ser infinito. É assim porque Deus é infinito. Um universo infinito não tem centro - por isso ele apoiou a teoria de Copérnico, de que a Terra é só um planeta que gira em torno do Sol. A sentença do Tribunal do Santo Ofício havia sido proferida oito dias antes de sua execução, pelo papa Clemente VIII, depois de sete anos de julgamento, ao recebê-la ele respondeu à sua condenação com um desafio: "Talvez vocês pronunciem essa sentença com mais medo que eu a recebo". E foi para a fogueira amordaçado, para nada mais dizer. Bruno negou-se diversas vezes a renunciar às suas ideias e arrepender-se. Resistiu até o fim. Conta-se que, enquanto ardia na fogueira, ainda teve forças para virar o rosto a um crucifixo que alguém lhe havia mostrado. Em 1973 o diretor iltaliano Giuliano Montaldo levou para as telas sua história no drama biográfico que leva seu nome: Giordano Bruno. Em 1992, o papa João Paulo II afirmou que o julgamento de Galileu foi um erro. Seu legado foi aproximar a teologia do pensamento científico e buscar na racionalidade explicações para suas crenças. Mas ao desafiar dogmas estabelecidos pelo Catolicismo pagou com a própria vida. 🔥
#421anosdaexecucaodegiordanobruno
#historiadopensamentocientifico
🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️professor e historiador
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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