terça-feira, 29 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 29.08.23 - 202 Anos da Junta Governativa de Goiana

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🏛️📜 Num dia como hoje, 29 de agosto, há 202 anos, liberais constitucionalistas e remanescentes da Revolução Pernambucana e Republicana de 1817, e que envolveu várias vilas que hoje são cidades que fazem parte da Zona da Mata e da Região Metropolitana, descidos dos engenhos da zona oeste do município de Goiana e de outras vilas e povoações, entraram na então egrégia vila de Goiana, e proclamaram adesão às bases da Constituição Portuguesa, juradas pelo Dom João VI na chamada JUNTA GOVERNATIVA DE GOIANA.

Elegeu-se um Governo Provincial provisório, constitucional, que teve como sede a Casa de Câmara e Cadeia que ficou, naquele momento, sendo o Palácio do Governo Provisório de Pernambuco, composto em sua maioria por goianenses, dentre eles, o vereador e advogado Francisco de Paula Gomes dos Santos, que posteriormente foi eleito presidente do governo provisório.

Em seguida, as tropas liberais partiram de Goiana e cercaram a vila do Recife, obrigando o governador de Pernambuco, General Luiz do Rego Barreto, a assinar o Tratado da Convenção de Beberibe, em 5 de outubro daquele ano, pelo qual haveria eleição para uma Junta Provisória e Constitucional, eleita na capital, Olinda, composta de civis pernambucanos, e consequentemente a expulsão do governador de volta para Portugal.

Em virtude de tais fatos, a Câmara Municipal de Goiana, em reconhecimento à bravura de nossos antepassados, decidiu pela criação da Data Magna de Goiana, instituída pela Lei Nº 2.539 de 25 de agosto de 2022. Parabéns Goiana! Aqui se iniciou a Independência do Brasil. 👊👊👊🦁👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a Junta Governativa de Goiana e a Convenção de Beberibe, acesse:



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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 28.08.23 - 60 Anos do Discurso I Have a Dream de Martin Luther King

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🙅🏾‍♂️🙅🏽‍♀️ Num dia como hoje, 28 de agosto, há 60 anos, nos degraus do Memorial Lincoln em Washington, DC, Martin Luther King, Jr. fez seu famoso discurso "EU TENHO UM SONHO" (I Have a Dream) para uma platéia de cerca de 250 mil pessoas. Durante a "Marcha sobre Washington por Empregos e Liberdade" em que o povo exigia direitos de voto para os afro-americanos, o fim da segregação racial e a discriminação, o ativista que apoiava o protesto não violento, fez um de seus melhores discursos, entrando para história.

O seu discurso tornou-se famoso e emblemático pela frase reiterada "eu tenho um sonho". Nele, o ativista perspetivou um futuro em que "os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos" poderiam "sentar-se juntos à mesa da fraternidade", um futuro em que os seus filhos não seriam julgados "pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo do seu caráter". Esse icônico e emotivo discurso tornou-se uma peça central do seu legado.

Nascido em 1929 em Atlanta, na Geórgia, Martin Luther King Jr. estudou Teologia e tornou-se pastor batista, à semelhança do seu pai e do seu avô. Em 1957, foi eleito presidente da Conferência de Liderança Cristã do Sul, que seria uma das principais organizações de defesa dos direitos civis. Sob a sua liderança, a organização não governamental promoveu a resistência pacífica à segregação, com frequência sob a forma de marchas e de boicotes. Na sua campanha e luta pela igualdade racial, Martin Luther King fez centenas de discursos e foi preso mais de vinte vezes.

No ano seguinte à Marcha, o movimento pelos direitos civis conseguiu a Emenda à Constituição, que aboliu o imposto e, portanto, uma barreira para os eleitores afro-americanos pobres do Sul, e a passagem do Ato dos Direitos Civil de 1964, que proibiu a discriminação racial no emprego, na educação e a segregação racial em estabelecimentos públicos. Em outubro de 1964, Martin Luther King, Jr., foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. Em 4 de abril de 1968, aos 39 anos, ele foi morto a tiros enquanto estava na varanda de um hotel em Memphis, Tennessee.

Até hoje Martin Luther King é lembrado como um ícone da luta pelos direitos civis dos afrodescendentes norte-americanos. Seu instrumento? A força do seu pensamento, do seu carisma para promover o amor e a paz entre brancos e negros. Seu exemplo de luta por direitos com base na não-violência inspirou tanto Gandhi como Mandela. Existem 900 ruas nos Estados Unidos que levam o seu nome. Fora de seu país é um dos mais homenageados líderes contemporâneos.

Hoje, 60 anos após sua fala marcante, temos avanços, sim, mas a sociedade mundial ainda precisa evoluir muito, compreender que todos somos irmãos, filhos da mesma natureza e com um mesmo sonho: uma vida de amor, dignidade e respeito a todas as pessoas. 👊🏽👊🏾👊🏿👊🏽👊🏾👊🏿

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Perfil Antena 1 RPT
📺 Canal History Channel do Brasil

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HOJE NA HISTÓRIA - 28.08.23 - 201 Anos da Chegada do Brigue Três Corações ao Rio de Janeiro

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🌊⛵ Um dos episódios mais tensos no processo de emancipação política do Brasil foi a chegada no Rio de Janeiro do BRIGUE TRÊS CORAÇÕES com novos decretos das Cortes de Lisboa em 28 de agosto de 1822, portanto há exatamente 201 anos.

Numa manobra radical, que desalinhava as posssibilidades de um diálogo mais amistoso com os deputados portugueses, as Cortes destituíam, na prática, o papel de D. Pedro como príncipe-regente, reduzindo-o à condição de mero delegado das autoridades de Lisboa.

A partir daquele momento, seus ministros seriam nomeados em Portugal e sua autoridade não mais se estenderia a todo o Brasil. Ficaria limitada ao Rio de Janeiro e regiões vizinhas. As demais províncias passariam a se reportar diretamente a Lisboa.

As Cortes também determinavam a abertura de processo contra todos os brasileiros que houvessem contrariado as ordens do governo português. O alvo principal era o ministro José Bonifácio de Andrada, defensor da Independência e grande aliado de D. Pedro.

Convocadas à revelia de D. João VI, as Cortes vinham tomando decisões contrárias aos interesses do Brasil desde o ano anterior. No final de 1821, tinham ordenado a volta de D. Pedro a Portugal, de onde passaria a viajar incógnito pela Europa com o objetivo de se educar. O príncipe decidira ficar no Rio de Janeiro, mas desde então o seu poder vinha sendo reduzido.

Tribunais e repartições em funcionamento no Brasil durante a permanência da corte haviam sido extintos ou transferidos para a antiga metrópole. As províncias receberam instruções para eleger cada uma sua própria junta de governo, que se reportaria diretamente a Lisboa e não ao príncipe no Rio de Janeiro.

Em outra tentativa de isolar D. Pedro, as Cortes tinham nomeado governadores das armas, ou seja, interventores militares, encarregados de manter a ordem em cada província e que só obedeciam à metrópole. A radicalização se expressava no tom dos discursos em Lisboa. O deputado português Borges Carneiro havia chamado D. Pedro de “desgraçado e miserável rapaz” ou simplesmente de “o rapazinho”. 

Curiosamente, o mesmo brigue Três Corações que levou os decretos de Lisboa para o Rio de Janeiro, foi o mesmo mandado pelo o governador da Capitania de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, para recepcionar o príncipe D. João quando este veio para o Brasil em 1808, fugindo das tropas napoleônicas que haviam invadido Portugal. 👮‍♂️👮🏻‍♂️

#201anosdachegadadobriguetrescoracoes
#independenciadobrasil

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 O projeto Muita História pra Contar produziu em 2022 uma série de 200 postagens alusivas ao processo de emancipação política do Brasil, publicadas entre 19 de fevereiro e 6 de setembro de 2022, fazendo assim uma contagem regressiva de 200 dias para o dia do bicentenário. Quem quiser acessar, segue o link abaixo:


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domingo, 27 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 27.08.23 - 24 Anos da Páscoa de Dom Hélder Câmara, o Eterno Dom da Paz de Olinda e Recife

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😓🖤 Num dia como hoje, 27 de agosto, há 24 anos, na cidade de Recife, capital de Pernambuco, fazia a sua páscoa – dentro do Catolicismo é uma forma de citar que alguém faleceu – DOM HÉLDER CÂMARA, Arcebispo Emérito de Olinda e Recife, que durante 21 anos pastoreou o rebanho católico de uma das maiores e mais antigas Arquidioceses do Brasil: a de Olinda e Recife, criada em 1910. Ele foi um dos fundadores da CNBB e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil. Pregava uma Igreja voltada para os pobres e a não-violência.

Hélder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza-CE, no dia 7 de fevereiro de 1909. Logo aos 14 anos, entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde também cursou Filosofia e Teologia. Com apenas 22 anos, foi ordenado sacerdote, com a autorização da Santa Sé, pois não completara a idade mínima para ordenação (na época, 24 anos).

Em 1936, Dom Hélder foi nomeado diretor do Departamento de Educação do Estado do Ceará, onde permaneceu por cinco anos. Em 1950, apresentou seu plano ao Monsenhor Montini (que em 1963 se tornaria o Papa Paulo VI) para fundar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em 1952, Dom Hélder foi transferido para o Rio de Janeiro, onde permaneceu durante 28 anos. Nessa época desenvolveu diversas obras sociais. Exerceu também funções na Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e no Conselho Nacional de Educação.

Em 1962, Dom Hélder participou das reformas de base do governo João Goulart. Em 12 de abril de 1964, pouco antes do golpe militar, ele foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife. Foi de lá que se tornou uma das principais vozes a favor da dignidade humana e contra o autoritarismo instaurado no Brasil. Sempre muito envolvido com a causa dos mais necessitados, enquanto Arcebispo, criou o movimento “Encontro de Irmãos”, o "Banco da Providência” e a “Comissão de Justiça e Paz”, sempre com o desejo de aproximar a Igreja da realidade dos menos favorecidos.

Na luta em prol dos direitos humanos no Brasil, Dom Hélder passou a ser um dos alvos mais frequentes de ataques e ameaças diretas e indiretas por parte do regime militar, na época um dos casos mais graves foi a morte de um de seus assessores, o Padre Antônio Henrique Pereira Neto, morto em 27 de maio de 1969, além de ter tido sua casa metralhada.

Além das atividades pastorais de sua Arquidiocese, Dom Hélder atuou em movimentos estudantis, operários e ligas comunitárias contra a fome e a miséria. Foi indicado 4 vezes ao Prêmio Nobel da Paz, sendo o recordista brasileiro. O mais importante líder da Igreja Católica do Brasil foi chamado de o "bispo vermelho" pelos militares do regime ditatorial, por conta de suas ideologias, que segundo eles, eram de tendências comunistas.

O querido arcebispo faleceu no dia 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, de uma parada cardiorrespiratória, em sua residência, localizada ao lado da igreja das Fronteiras, no Recife. Morreu dormindo, às 22h20. O corpo de Dom Hélder foi sepultado na Sé de Olinda, ao lado do seu bispo auxiliar, Dom Lamartine, e de seu acessor, Padre Henrique.

O processo de beatificação e canonização de Dom Helder foi aberto pela Igreja pernambucana em 3 de maio de 2015 e a fase arquidiocesana foi concluída em 2018. No ano passado, no encerramento do 18º Congresso Eucarístico Nacional, a Santa Sé anunciou a validação jurídica de todo o material enviado a Roma, segundo frei Jociel Gomes, vice-postulador da causa de Dom Hélder Câmara.

Em 26 de maio de 2022, a arquidiocese de Olinda e Recife enviou 20 caixas com os escritos de dom Helder (360 livros de documentos, num total de 127 mil páginas) ao Vaticano, para serem analisados pelo Dicastério para as Causas dos Santos. O conteúdo, que está armazenado em 20 caixas e pesa 500 quilos, foi elaborado durante três anos pelo Instituto Dom Hélder Câmara (IDHeC), no Recife, e digitalizado e impresso pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).

Infelizmente, Dom Hélder não pôde presenciar esse Brasil que colocou o combate à fome e à miséria como uma de suas prioridades, tampouco pôde ver surgir a Comissão da Verdade para apurar os crimes da ditadura militar que ele tanto denunciou. Mas o seu exemplo permanece vivo nas CEBs, nos grupos alinhados à Teologia da Libertação, nos movimentos populares, e nas lutas do povo por justiça social.

O Eterno Dom da Paz de Olinda e Recife estará sempre no coração e nas orações daqueles que acreditam que o pão material é tão importante quanto o pão espiritual. Coincidentemente, na mesma data da partida do Dom da Paz, fizeram também sua páscoa os bispos Dom José Maria Pires (2017), conhecido como Dom Zumbi por assumir a pastoral Afro e com isso as causas do povo negro; e Dom Luciano Mendes de Almeida, SJ (2006), que dedicou sua trajetória à caridade, sobretudo às crianças e aos mais humildes e fundou a Pastoral do Menor. Três santos que não cabem nos altares, mas na esperança do seu povo!!! 👏👏👏👏👏👏

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#historiadocatolicismobrasileiro
#igrejacatolicapernambucana
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#domdapaz

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1 e NE10
💒 Sites da Arquidiocese de Olinda e Recife e da CNBB
📰 Jornais Diario de Pernambuco e Jornal do Commércio

👉 Para saber mais sobre Dom Hélder Câmara, o Dom da Paz, acesse:





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HOJE NA HISTÓRIA - 195 Anos do Final da Guerra da Cisplatina

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💣💥 Após três anos de conflito, foi num dia como hoje, 27 de agosto, há 195 anos, que terminava a GUERRA DA CISPLATINA, o primeiro embate externo do recém-criado Império brasileiro, cujas origens remontam à invasão da região por D. João em 1816. A região já era disputada pelas coroas de Portugal e da Espanha desde a fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento (1680), descoberta por espanhóis (1516), mas colonizada por portugueses. A região era estratégica para vários países do Cone Sul, pela sua privilegiada posição portuária, tanto no campo fluvial, quanto no litoral.

O cenário geopolítico nem era muito favorável ao pai de D. Pedro na época, uma vez que pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777), esta região ficaria com a Espanha – acordo este ratificado em 1801, pelo Tratado de Badajós –, mesmo sendo descoberta pelos espanhóis (1516), e colonizada pelos portugueses com o nome de Colônia do Sacramento. A independência das Províncias Unidas do Rio da Prata (futura Argentina) em 1810 e a presença da família real portuguesa ao Brasil em 1808 reacenderam o interesse pela região.

Os argentinos queriam que a Banda Oriental (como eles chamavam essa região) ficasse dentro da federação deles, mas D. João VI anexou a Banda Oriental ao Brasil com o nome de Província Cisplatina (Cis - a leste - Platina do rio da Prata) em 31 de julho de 1821, alegando que sua esposa, Carlota Joaquina, tinha parte naqueles territórios por ser de origem espanhola (na verdade se tratava de uma retaliação à Espanha pelo apoio dado aos franceses durante a invasão do território lusitano em 1807). A maioria da população possuía idioma e costumes muito diferentes dos brasileiros, e portanto não aceitou a ocupação lusitana.

Em 1825, os rebeldes cisplatinos, articulados num grupo denominado os "33 Orientais" liderado por Juan Antonio Lavalleja, assumiram o controle militar da Província Cisplatina e, como primeira medida, declararam-se separados do Brasil. Estrategicamente, declararam que a província deveria pertencer à República das Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina. A reação de D. Pedro I foi declarar guerra à Argentina. Começava a Guerra da Cisplatina, que se arrastou por três anos (1825-1828), provocou gastos desnecessários para o recém criado império, ceifou vidas, e contribuiu para desgastar a imagem política de D. Pedro I.

A principal batalha da Guerra da Cisplatina foi a de Monte Santiago, quando as forças navais do Brasil e da Cisplatina bateram entre si nos dias 7 e 8 de abril de 1827. Durante o conflito, o exército brasileiro contava com mais de 26 mil homens e, no final, não conseguiu derrotar as forças rebeldes da Cisplatina e das tropas argentinas em batalhas terrestres. Ainda que o Brasil Império estivesse dominando os conflitos nas águas, o exército nacional estava desfalcado. 

Com a mediação da França e da Grã-Bretanha (destaque para Lorde Ponsonby como mediador), foi assinado em 27 de agosto de 1828 o tratado do Rio de Janeiro acordado entre o Império brasileiro e as Províncias Unidas reconhecendo a criação de um novo país naquela região: a República Oriental do Uruguai. Como consequência, o Brasil perdeu a Província da Cisplatina e gastou mais de 30 milhões de dólares, além de aproximadamente 8 mil brasileiros mortos no conflito. A derrota para a Província Cisplatina desgastou ainda mais a popularidade de D. Pedro I, que acabou por abdicar em 7 de abril de 1831. 👑👋

#195anosdofinaldaguerradacisplatina
#historiadaamericalatina
#provinciacisplatina
#Uruguai

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a Província da Cisplatina, acesse:




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quarta-feira, 23 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 23.08.23 - 60 Anos do Nascimento da Atriz Glória Pires

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🎂🎉Num dia como hoje, 23 de agosto, há 60 anos, nascia no Rio de Janeiro, GLÓRIA PIRES, uma das atrizes mais bem sucedidas e queridas da televisão brasileira. Ícone da televisão, atriz tem personagens como Maria de Fátima, Nice, Maria Moura, Ruth e Raquel entre seus trabalhos mais marcantes.

Glória Maria Cláudia Pires de Morais entrou com 5 anos no meio artístico, pela mão do seu pai, com uma breve aparição, em 1968, na abertura da novela “A Pequena Órfã”, da TV Excelsior. Porém, foi na novela “Selva de Pedra” que teve a sua estreia “oficial”, embora tenha sido em “Duas Vidas” (1976) que obteve o seu primeiro papel de relevo.

Durante a década de 1970 participou de alguns programas da linha de shows da Rede Globo, como Satiricom, Faça Humor, Não Faça Guerra e Chico em Quadrinhos. 

Mas seria com a novela de Gilberto Braga “Dancin’ Days”, que fez com 14 anos, que obteria o reconhecimento do público. A partir desse êxito, que lhe permitiu no ano seguinte protagonizar a novela “Cabocla”, de Benedito Ruy Barbosa, emancipou-se como atriz que até aí era vista como a “menininha que fazia novelas por causa do pai que era ator”.  

Em 1980, volta a trabalhar com Gilberto Braga em “Água Viva”, fazendo ainda desse autor as novelas “Louco Amor” (1983), “Vale Tudo”, de 1988 (cujo papel da amoral Maria de Fátima foi um dos mais marcantes da sua carreira), “O Dono do Mundo” (1991), “Paraíso Tropical” (2007), “Insensato Coração” (2011) e “Babilônia” (2015).

A atriz brilhou ainda em “Mulheres de Areia”, no duplo papel das gêmeas antagônicas Ruth e Raquel, ou nas minisséries “O Tempo e o Vento” (1985) e “Memorial de Maria Moura” (1994). A atuação marcante como as gêmeas Ruth e Raquel lhe rendeu o prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como melhor atriz do ano de 1993, além do Troféu Imprensa de melhor atriz de 1993. Apesar do apelo sexual das personagens, a atriz negou todos os convites da edição brasileira da revista Playboy para posar nua.

Em 2017, retornou às mídias, aceitando o convite para atuar no sucesso O Outro Lado do Paraíso. Na novela, interpreta a reprimida Elizabeth, uma mulher sofrida que, após ser vítima de um grande golpe, tem que se passar e esconder sua verdadeira identidade, adotando o nome de Maria Eduarda. Em 2019 protagoniza o remake de Éramos Seis na pele de Dona Lola.

Glória Pires também fez cinema, onde se estreou em 1981 em “Índia, a Filha do Sol”, de Fábio Barreto. Do mesmo realizador entrou ainda em “O Quatrilho” (1995), que concorreu ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, e em “Lula, o Filho do Brasil” (2009), na pele de Dona Lindu, mãe do futuro presidente (papel que lhe valeu o Grande Prémio do Cinema Brasileiro). 

No grande ecrã fez ainda “Memórias do Cárcere” (1984), de Nélson Pereira dos Santos, o êxito de bilheteira seguido de sequela “Se Eu Fosse Você” (2006/2009), de Daniel Filho, ou “É Proibido Fumar” (2009), de Anna Muylaert (que também lhe valeu o prémio de melhor atriz no Festival de Brasília). Em 2013 interpretou Lota de Macedo Soares em “Flores Raras”, filme de Bruno Barreto que retrata a relação da arquiteta com a poetisa americana Elizabeth Bishop.

Em “Terra e Paixão” (2023), sua 26.ª novela na Globo, faz par com Tony Ramos. Um grande atriz, cujo papel relevante na História da Dramaturgia brasileira não pode ser relegado. Parabéns a sexagenária Glória Pires, uma grande e talentosa estrela das telas nacionais. ✨🎬📺👏👏👏

#60anosdonascimentodegloriapires
#historiadadramaturgiabrasileira
#ParabensGloriaPires

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📖 Fontes consultadas:

📰 Memória Globo
💻 Portais G1 e Antena 1 RPT

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terça-feira, 22 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 22 de Agosto - Dia Nacional do Folclore

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📆 Anualmente, no dia 22 de agosto, comemora-se o DIA DO FOLCLORE, data estabelecida com o objetivo de valorizar e preservar as tradições culturais, lendas, mitos, músicas, danças, artesanato e demais manifestações do folclore, um tesouro cultural que nos conecta às raízes e tradições do país em que vivemos.

O termo folclore (folklore) aparece pela primeira vez cunhado por Ambrose Merton – pseudônimo de William John Thoms (1803-1885) – em uma carta endereçada à revista The Athenaeum, de Londres, no dia 22 de agosto de 1846 (por isso a escolha desta data para comemorar o Dia do Folclore), onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo.

No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 17 de agosto de 1965 por meio do Decreto nº 56.747, assinado pelo então presidente militar Humberto de Alencar Castello Branco e por seu Ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda. No texto do decreto, há referência direta a William John Thoms e ao seu pioneirismo na pesquisa das culturas populares. Em 2005, foi criado no Brasil o Dia do Saci, comemorado em 31 de outubro. Muitas festas populares do mês de Agosto têm temas folclóricos como destaque. 

O Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares transmitidas de geração em geração. Ele reflete a identidade cultural de um povo e engloba uma variedade de elementos, como histórias, superstições, festas, crenças, costumes e personagens do imaginário popular. 

O Folclore brasileiro é uma verdadeira tapeçaria de lendas, mitos, danças, músicas e costumes transmitidos ao longo de gerações. A base da cultura do povo brasileiro vem da mistura de povos que fizeram o Brasil. Inclui as numerosas tribos indígenas, os portugueses, os diversos povos africanos que foram trazidos, além de um sem-número de imigrantes, como alemães, italianos e japoneses.

Nossas raízes são entrelaçadas com histórias fascinantes, que atravessam gerações. O folclore é a essência que une passado e presente, conectando-nos a nossas origens de maneira única e especial. Cada canção, dança, conto e personagem folclórico carrega consigo a alma de nosso povo, preservando nossas memórias mais preciosas.

Das densas florestas da Amazônia aos sertões áridos do Nordeste, o Folclore brasileiro nos apresenta personagens fascinantes que habitam os recantos mais remotos da imaginação: Saci Pererê, Comadre Florzinha, Negrinho do Pastoreio, Boto Cor-de-Rosa, Mula-sem-Cabeça, Lobisomem, Curupira, Boitatá, Cuca, Iara, etc.

No Brasil, nossas raízes culturais são vibrantes e diversas, e as danças e músicas folclóricas refletem isso com maestria. Desde o frevo no Nordeste até o samba no Rio de Janeiro, cada região possui suas próprias formas de expressão que merecem ser celebradas e preservadas.

Muitos países ao redor do mundo comemoram o Dia do Folclore, embora a data exata e a forma como é celebrada. No México, o Dia do Folclore é comemorado em 3 de maio, em homenagem à jornada de campo realizada por Franz Boas, um antropólogo alemão, em 1913. Na Colômbia, o Dia Nacional do Folclore é celebrado em 22 de agosto, em homenagem ao nascimento do pesquisador folclorista Roberto Martínez López.

As manifestações folclóricas são múltiplas e diversificadas, incluem desde os ditados populares, passando pelas frases de pará-choque de caminhão, passando pelas parlendas e trava-línguas, e chegando até aos remédios caseiros, brincadeiras como o pião e a pipa, cantigas de ninar e de roda, a literatura de cordel, etc.

Celebrar o Dia do Folclore é celebrar a riqueza de histórias, lendas e costumes que moldaram nossa identidade. Na educação, o folclore desempenha um papel fundamental, ensinando lições valiosas sobre diversidade, respeito e criatividade. Através do Folclore, nossa identidade cultural se manifesta, refletindo a diversidade e a riqueza do nosso país. Unidos, podemos celebrar o Folclore como um tesouro compartilhado, enriquecendo nossas vidas e fortalecendo os laços que nos unem como comunidade. 🇧🇷✨❤

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre o Folclore, o Dia do Curupira, e o Dia do Saci, acesse:




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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 21.08.23 - 1 Ano do Translado do Coração de Dom Pedro I

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❤️👑 Num dia como hoje, 21 de agosto, há exatamente um ano, saía do Aeroporto de Lisboa, Portugal, num avião da Força Aérea Brasileira, o CORAÇÃO DE D. PEDRO I (D. Pedro IV para os portugueses), rumo ao Brasil para a Exposição “Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I”, que fez parte das comemorações do Bicentenário da Independência, que se deu em 7 de setembro de 2022.

Dias antes, os moradores e visitantes da cidade do Porto, em Portugal, puderam visitar a inédita exposição pública do coração de D. Pedro I. Segundo informações da Câmara Municipal do Porto, só nas primeiras oito horas, três mil visitantes fizeram fila para ver a relíquia, exposta no salão nobre da Igreja da Lapa, em uma vitrine de vidro temperado. Uma curiosidade é que o órgão foi posicionado a 1,30m de altura, metragem que leva em conta o tamanho médio de brasileiros e portugueses (1,74m para homens e 1,63m para mulheres).

O coração de D. Pedro I está conservado há 188 anos. O órgão fica guardado em um vaso de vidro com formol, numa urna trancada por cinco chaves dentro de um cofre na Irmandade da Lapa, na cidade portuguesa do Porto, atendendo a um pedido dele em testamento. Em fevereiro de 2022 começaram as negociações para o translado do órgão do imperador para o Brasil por ocasião das comemorações do Bicentenário da Independência.

Um parecer técnico do Instituto de Medicina Legal do Porto aprovou a viagem, mas pediu que o transporte do órgão fosse feito em um ambiente pressurizado, ou seja, com pressão controlada. Na noite de 21 de agosto, começou a viagem do coração de D. Pedro I para o Brasil. O coração veio na cabine de passageiros de um avião da FAB acompanhado de três autoridades portuguesas, além de um representante do governo brasileiro.

Foi a bordo da aeronave VC-99 Legacy, escoltada por dois caças F-5M, que o coração chegou à Capital Federal no dia 22 de agosto, sendo recebido com todas as honras de chefe de Estado pelo Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; pelo Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente- Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior; pelo Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Filipe Melo e Faro Ramos; e demais autoridades civis e militares.

Na terça-feira, dia 23, houve uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do atual presidente da época. Ao chegar ao país, o órgão foi levado da Base Aérea de Brasília até a Praça dos Três Poderes "de modo silencioso", segundo o Ministério das Relações Exteriores. Depois, o coração ficou "em repouso", no Itamaraty, até ser exposto, com todas as honrarias. No Palácio do Itamaraty, o coração ficou na sala Santiago Dantas, que é climatizada, mas dentro de uma cripta.

A exposição ficou aberta para a visitação de escolas da rede pública do Distrito Federal nos dias da semana. Já o público geral pode conferir a mostra apenas nos fins de semana (nos dias 27 e 28 de agosto e 03 e 04 de setembro). A exposição foi encerrada no dia 7 de setembro. E o órgão foi levado de volta a Portugal no dia 9, depois das comemorações dos duzentos anos da Independência do Brasil. A relíquia ainda ficou exposta por mais dois dias na cidade do Porto antes de ser guardada novamente no cofre.

O translado do coração do imperador tem gerado críticas de historiadores, pesquisadores e escritores, como Lilia Moritz Schwarcz, Paulo Rezutti, e Valdirene do Carmo Ambiel, que consideraram a exibição do órgão preservado do imperador como algo mórbido, necrófilo e de gosto duvidoso. Esta não é a primeira vez que restos mortais de Dom Pedro I são apresentados nas comemorações da Independência do Brasil. Em 1972, durante a ditadura militar, parte da ossada do imperador foi exposta em várias cidades brasileiras, antes de ser depositada no Monumento da Independência, em São Paulo. ⚰️💀

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👉 Para saber mais sobre o processo de emancipação política do Brasil, acesse o Blog Contagem Regressiva para o Bicentenário da Independência, com 200 postagens sobre o rompimento dos laços coloniais entre Brasil e Portugal, que, em 2022 completaram seus 200 anos. O link pode ser acessado abaixo:


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HOJE NA HISTÓRIA - 21.08.23 - 608 Anos da Conquista de Ceuta no Marrocos

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🌊⛵💣💥 Num dia como hoje, 21 de agosto, há 608 anos, a cidade islâmica de CEUTA, no norte da África (atualmente localizada no Marrocos) era conquistada por tropas portuguesas comandadas por João I de Portugal. A conquista da "pérola do mediterrâneo", como era conhecida a cidade de Ceuta, é considerada pelos historiadores como o marco inicial da Expansão Marítima Mercantil Europeia, cujo pioneirismo coube aos portugueses, cujas consequências foram a formação do Império Colonial Português, com descobertas e ocupações estratégicas de terras e praças na costa africana, asiática e americana.

Há muito que os portugueses olhavam para as praças do norte de África como uma saída para os seus problemas econômicos e sociais. Abrir caminho para as rotas do ouro africano, expandir a fé cristã e dominar o comércio além-mar, foram as principais motivações para esta expedição que começou com uma vitória.

A frota naval zarpou de Lisboa em 25 de julho de 1415 (data em que os portugueses relembram a Batalha de Ouriques quando os lusos derrotaram os almorávidas e proclamam como Afonso Henriques, aquele que quatro anos mais tarde será reconhecido como monarca de Portugal com o nome de Alfonso VII, imperador leonês).

A esquadra portuguesa era composta por 212 navios e estima-se o transporte entre 19.000 a 20.000 homens, onde se incluíam personagens da família real e da aristocracia portuguesa. Dizem os relatos que morreram milhares de mouros e que, do lado dos portugueses, apenas caíram oito homens, apedrejados na praia onde aportaram. O rei ganhava assim uma cidade comercial importante, ao mesmo tempo que conquistava a admiração dos outros monarcas europeus e da própria Igreja, que apoiava a luta contra os muçulmanos.

No regresso da expedição, os navios vieram carregados com os despojos de Ceuta, mas a praça revelou-se um abismo para os cofres do reino, que mais gastava com a sua manutenção do que de lá tirava: quase todo o comércio tinha sido desviado pelos muçulmanos. Apesar de não ter correspondido às expetativas, a conquista de Ceuta marca o início dos Descobrimentos, um dos períodos mais importantes da história de Portugal. Convém lembrar que a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 22 de abril de 1500 é uma das consequências do expansionismo ultramarino português. ⛵⚓⛵

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👉 Para saber mais sobre a Expansão Marítima Portuguesa, acesse:




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HOJE NA HISTÓRIA - 20.08.23 - Prefeitura Manda Demolir Prédio do Tiro de Guerra

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😓🏭 A cidade do Paulista, região metropolitana de Recife, sofreu hoje pela manhã mais um atentado ao seu patrimônio histórico. O prédio onde funcionava a Junta de Alistamento Militar, situado na praça João XXIII, no centro da cidade, foi completamente demolido. Uma retroescavadeira pôs abaixo um prédio com mais de 70 anos de história (alguns afirmam que o mesmo tinha mais de 80 anos), e que já foi sede da Biblioteca Pública Municipal, Tiro de Guerra, e abrigava os equipamentos do chamado Cine Goteira, exibições de filmes feitos pela C.T.P. – Companhia de Tecidos Paulista – nas décadas de 40 e 50 do século passado em plena praça pública, para diversão das famílias dos operários das fábricas têxteis dos Lundgren.

A ideia de demolição do prédio histórico e dos demais monumentos que compõe a praça João XXIII, um busto do referido papa, que ficou conhecido como o "Papa Bom" ou "Papa da Bondade", e um obelisco já vinham sendo ventiladas desde o final de julho, despertando a indignação da sociedade civil e de alguns parlamentares da Câmara de Vereadores da cidade.

No dia 25 de julho de 2023, um ato de protesto foi realizado em frente à edificação. Sob a liderança do recém-criado IHGAAP – Instituto Histórico/Geográfico, Arqueológico/Antropológico da Cidade do Paulista –, e com o apoio da ALAP - Academia de Letras e Artes da Cidade do Paulista –, Movimento Pró-Museu, e Sindicato dos Tecelões do Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, um grupo se manifestou contra a demolição do prédio, e cobrou políticas públicas no sentido de restaurar e preservar o equipamento então abandonado, depredado e ocupado por moradores de rua.

Já estava em negociação a possibilidade de cessão pública do prédio ao IHGAAP por 30 anos, onde deveria ser instalado um memorial da cidade e a sede do Instituto, mas não houve avanços junto à gestão municipal, que sem alarde, numa manhã de domingo, aproveitou e fez a demolição do imóvel. A comunidade assistiu pasma e perplexa com o fim de mais um prédio histórico da cidade. Não foi o primeiro, diga-se de passagem. A Capela de São José que ficava dentro da Fábrica Velha (onde hoje é o Shopping Paulista Norte Way) foi derrubada de madrugada durante as obras da duplicação da PE-15, restando apenas o cruzeiro, que ainda hoje pode ser visto na entrada do Shopping.

As duas lições que ficam disso são: a necessidade urgente de tombamento dos principais prédios e equipamentos históricos da cidade do Paulista, seja pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –, ou pela Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco , ou mesmo com a ampliação do número de imóveis/bens que podem ser contemplados pela Lei dos IEP (Imóveis Especiais de Preservação)E a formação dos estudantes em educação patrimonial, visando educar as pessoas para olharem para estes bens antigos como elementos de memória a ser preservados, que proporcionam um sentimento de pertencimento à comunidade local onde nasceram, cresceram e conviveram com seus amigos e familiares.

Quem viu o prédio do antigo Tiro de Guerra, viu. Quem não conheceu, só por fotos agora. Este é o preço que se paga quando não se desenvolve o sentimento de guarda do passado, da memória, e da História. Os europeus não precisaram demolir o Coliseu (que fica no centro de Roma), nem o Parthenon grego, e muito menos as centenas de castelos medievais para modernizarem seus centros urbanos. Apenas souberam conciliar o antigo e o novo, a tradição e a modernidade, o passado e o presente, mas sem perder o olhar para o futuro! Aprendamos com eles! 👏👏👏👏👏👏

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👉 Assista o vídeo sobre a derrubada do Tiro de Guerra, feito exclusivamente para o nosso canal:


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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 16.08.23 - Centenário do Nascimento de Millôr Fernandes

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🎂❤️🎉 Num dia como hoje, 16 de agosto, há exatamente 100 anos, nascia no Rio de Janeiro, o humorista, dramaturgo, desenhista, escritor, poeta, tradutor, jornalista e artista plástico MILLÔR FERNANDES. ELE foi um dos mais importantes nomes da cultura brasileira do século XX. Seu trabalho teve um impacto duradouro na literatura, no teatro e no humor do país.

Millôr nasceu no Méier, bairro do Rio de Janeiro, e Começou a trabalhar ainda jovem na redação da revista “O Cruzeiro”, iniciando precocemente uma trajetória pela imprensa brasileira que deixaria sua marca nos principais veículos de comunicação do país. Em seus mais de 70 anos de carreira produziu de forma prolífica e diversificada, ganhando fama por suas colunas de humor em publicações como “Veja”, “O Pasquim” e “Jornal do Brasil”, entre várias outras.

Em seus trabalhos costumava valer-se de expedientes como a ironia e a sátira para criticar o poder e as forças dominantes, sendo em consequência confrontado constantemente pela censura. Dono de um estilo considerado singular, era visto como figura desbravadora no panorama cultural brasileiro, como no teatro, onde destacou-se tanto pela autoria quanto pela tradução de um grande número de peça. Frasista afiado, eternizou reflexões atemporais. 

Eis alguns exemplos da sua pena afiada: “Especialista é o que só não ignora uma coisa”. “Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim.” “A sociedade brasileira é das mais curiosas do mundo. Mal tem condição de te dar um emprego de salário mínimo. Mas, se um pobre transgride suas regras, bota-o numa prisão que custa seis salários mínimos.” "O Brasil tem um enorme passado pela frente".

Na internet mantinha o site Millôr Online e seu perfil no Twitter já contava com mais de 285 mil seguidores. Sua fama era tão grande que, em 1948, foi apresentado ao próprio Walt Disney, em viagem aos Estados Unidos. Em 1953, viu a estreia de sua primeira peça de teatro, "Uma mulher em três atos". Foi no teatro que ele mais colecionou prêmios, tanto por seus textos como por traduções de espetáculos conhecidos.

Millôr foi uma das mentes mais criativas e críticas que o Brasil já teve nascida há um século, com um estilo coloquial e irônico, uma profundidade sem ostentação e um talento ímpar para o aforismo. O mestre das letras nos deixou em 27 de março de 2012, após sofrer um acidente vascular cerebral no começo de 2011. No dia do centenário de seu nascimento, nada mais justo do que render-lhe esta singular homenagem em forma de postagem. Viva Millôr! Salve Millôr! 👏👏👏👏👏👏

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HOJE NA HISTÓRIA - 16.08.23 - 201 Anos da Composição do Hino da Independência do Brasil

🇧🇷🎉 2️⃣0️⃣1️⃣ 🎉🇧🇷

🎼✍️ Num dia como hoje, 16 de agosto, há 201 anos, Evaristo da Veiga, compôs o Hino Constitucional Brasiliense – musicalizado pelo maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830) – cujos versos seriam incorporados anos mais tarde ao Hino da Independência, musicalizado pelo próprio D. Pedro I. Vale lembrar que Evaristo da Veiga compõs a letra dele dois dias após a partida de D. Pedro para a província de São Paulo, onde deveria resolver contendas entre as oligarquias paulistas e os irmãos Andrada. Evaristo Ferreira da Veiga e Barros era poeta, jornalista, político e livreiro. Ele nasceu no Rio de Janeiro em 8 de outubro de 1799 e faleceu na mesma cidade em 12 de maio de 1837. Em 1823, Evaristo inaugurou sua livraria, na rua da Quitanda. Publicou seus primeiros versos. Sua Livraria, não era apenas uma livraria, mas se tornou um ponto de reunião e debate. Para o desgosto dos liberais, a Constituição de 1824 dera ao imperador excessiva autoridade, e as discussões eram frequentes. Em 1827 ingressou no jornal “Aurora Fluminense”, de oposição ao governo, difusor de ideias constitucionalistas e liberais. Logo tornou-se proprietário, escrevendo todos os artigos. Nesse mesmo ano casa-se com Ideltrudes d'Ascensão. Em 1831 foi eleito deputado pela província de Minas Gerais, sendo reeleito por três mandatos. Fez oposição aos irmãos Andradas e apoiou a nomeação de Diogo Antônio Feijó, como Ministro da Justiça, indicado pelo partido Liberal. Evaristo da Veiga foi membro fundador da Sociedade Defensora da Liberdade e da Independência Nacional, precursora do Partido Moderado. Foi membro do Instituto Histórico de França e da Arcádia de Roma. Em 1937 voltou ao Rio de Janeiro. Fechou seu jornal, passando a se dedicar à literatura, tornando-se um dos precursores do Romantismo no Brasil. Suas poesias só foram publicadas em 1915, nos anais da Biblioteca Nacional, vol. XXXIII. Evaristo da Veiga é o patrono da cadeira n° 10 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Rui Barbosa. O Hino da Independência, cuja letra é de autoria de Evaristo da Veiga, só foi musicalizado depois dos feitos de sete de setembro de 1822. No ano de 1922, data que marcava a comemoração do centenário da independência, o hino foi novamente executado com a melodia criada pelo maestro Marcos Antônio. Somente na década de 1930, graças à ação do ministro Gustavo Capanema, que o Hino da Independência foi finalmente regulamentado em sua forma e autoria. Contando com a ajuda do maestro Heitor Villa-Lobos, a melodia composta por D. Pedro I foi dada como a única a ser utilizada na execução do referido hino. 🎻🎶

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terça-feira, 15 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 15.08.23 - 200 Anos da Adesão do Pará à Independência do Brasil

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🌊👮‍♂️💣⛵ Num dia como hoje, 15 de agosto, há exatos 200 anos, a cidade de Belém, capital da província do Grão-Pará, capitulava (se rendia) ao governo imperial recém-proclamado por D. Pedro I às (quase) margens do riacho Ipiranga em São Paulo. Apesar da emancipação política anunciada no 7 de setembro de 1822, nem todas as províncias brasileiras aderiram ao projeto político articulado pelas províncias do sul-sudeste, pensado e decidido nos salões maçônicos com o apoio das oligarquias escravistas, que pretendiam evitar uma emancipação à maneira haitiana, onde escravos e nativos protagonizaram o processo separatista.

As províncias do Norte, formadas pelo Maranhão, Piauí e pelo Grão-Pará, estavam mais ligadas a Portugal do que às províncias do Sul. Assim, quando foi proclamada a Independência, preferiram se manter fiéis a Lisboa. No seu período áureo, a província do Grão-Pará sua abrangia os atuais Estados do Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Amapá e Roraima. Na província do Grão-Pará, mesmo antes da Independência já havia lutas entre a população e a junta governativa. O ano de 1823 marcou o auge dos conflitos.

A verdade é que a província do Grão-Pará sempre se mostrou um como um território à parte da colônia brasileira, até por conta de também fatores geográficos, pois por ser mais ao norte do país, era muito mais fácil para os paraenses se reportarem diretamente à Lisboa, se valendo das correntes marítimas, do que para o Rio de Janeiro, então capital brasileira. Para se ter uma ideia, as notícias vindas de Portugal chegavam primeiro em Belém, maior cidade do Grão-Pará, do que no Rio de Janeiro.

Não é de se estranhar que foi o Grão-Pará a primeira província brasileira a aderir à causa da Revolução Liberal do Porto de 1820, inclusive com a eleição precipitada de dois representantes para as Cortes de Lisboa: o militar Domingos Simões da Cunha e o estudante Felipe Alberto Patroni, que é considerado o primeiro constitucionalista do Brasil, e junto com Simões da Cunha e outro sócio eles compraram uma tipografia em Lisboa e conseguiram mandar para Belém, passando a publicar o primeiro jornal da província: "O Paraense", que defendia a separação do Grão-Pará em relação a Portugal e a junção do Grão-Pará com a província do Rio Negro. Além de criticar duramente o comandante de armas da província: José Maria de Moura. Com tudo isso, as tensões na província do Grão-Pará tenderiam apenas a crescer e explodiriam com força em 1823, um ano após a proclamação da Independência em São Paulo, por D. Pedro.

A esquadra imperial sob o comando do capitão inglês John Pascoe Greenfell, quando ancorou seu navio – o brigue São Miguel que fora capturado em São Luís no Maranhão e rebatizado com o nome de Maranhão – na baía do Guajará em frente à cidade de Belém, capital da província do Grão-Pará, e ameaçou bombardear a cidade e sitiar o seu porto. Greenfell mandou um emissário ao governo paraense com um ofício de Thomas Cochrane, almirante escocês que havia debelado a resistência no Maranhão.

Os portugueses que resistiam à Independência no Grão-Pará ficaram apreensivos das consequências caso desobedecem às intimidações de Greenfell e Cochrane; mas o que eles não sabiam era que apenas um navio estava mesmo em Belém (os demais tinham ficado para trás, no Maranhão). O Grão-Pará foi a última província a reconhecer a Independência do Brasil, e o fez em 15 de agosto de 1823, após uma assembleia no Palácio Lauro Sodré, sede da Colônia Portuguesa à época, atual sede do Governo do Pará, encerrando assim o ciclo de revoltas e conflitos que formaram as chamadas Guerras pela Independência do Brasil – que não corresponde ao mito disseminado de que a Independência se deu de forma pacífica e ordeira.

A capitulação teve um preço amargo e cruel. A instabilidade política na província provocou uma convulsão social e Belém mergulhou numa caos com cenas de vandalismo por toda a cidade. Nem Greenfell escapou da violência, sendo esfaqueado nas costelas por um português (ele sobreviveu ao atentado).

Mas um dos episódios mais fatídicos da Guerra pela Independência no Grão-Pará se deu em 20 de outubro de 1823, quando 256 pessoas foram presas pelo próprio Greenfell no porão do brigue São José Diligente (depois rebatizado como brigue Palhaço). Os prisioneiros ficaram amontoados uns sobre os outros, e o comandante do navio ordenou que fechassem as escotilhas e ficassem apenas uma fresta aberta para entrar ar. Sem ar e com sede, bateu o desespero nos prisioneiros, que lutavam para sair do porão, sendo recebidos a tiros e com pás de cal virgem sobre eles pelos soldados.

Após duas horas, nenhum barulho foi ouvido, e apenas na manhã do dia seguinte se teve noção da tragédia: dos 256 que estavam no porão, apenas 4 estavam vivos, e foram socorridos, porém apenas um conseguiu sobreviver, um rapaz de 20 anos. Os cadáveres foram retirados do navio e transportados para a margem esquerda da baía do Guajará onde foram sepultados numa vala comum. Foi o primeiro massacre do Estado brasileiro contra seu próprio povo no processo de emancipação política. Greenfell continuou na Marinha brasileira, foi julgado, mas inocentado da tragédia no brigue Palhaço. 😠⚖️

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋 professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a Adesão do Pará à Independência do Brasil, acesse:




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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 14.08.13 - 638 Anos da Batalha de Aljubarrota

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💣💥 Num dia como hoje, ao entardecer do dia 14 de agosto, há 638 anos, as tropas portuguesas com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por João I de Castela se confrontaram no campo de São Jorge, pertencente à freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, nas imediações da vila de ALJUBARROTA, nome pelo qual ficou conhecida a batalha mais decisiva da história da nação portuguesa.

O grande herói da Batalha de Aljubarrota foi Nuno Álvares Pereira, comandante do exército português que, com apenas um pouco menos de 7 000 soldados, venceu o poderoso exército castelhano, com cerca de 30 000 homens, usando uma tática militar inovadora, designada como “tática do quadrado”. 

D. Nuno pôs em prática as novas táticas de guerra que aprendera com os ingleses, e escolheu o terreno decisivo, o planalto de S. Jorge, em função do qual concebeu e montou o dispositivo de defesa, usando a “tática do quadrado” – que, naquele terreno, esta figura geométrica pouco ou nada tinha de quadrado –, articulando genialmente o emprego das forças apeadas e montadas e a utilização judiciosa do terreno, cujo valor defensivo foi potenciado pela sua organização com obstáculos, nomeadamente covas de lobo, fossos e abatises. Ao fim de cerca de três horas de intensos combates, o Exército Português derrotava os castelhanos e reafirmava a independência lusitana.

Em 14 outubro de 1385, dois meses depois de Aljubarrota, trava-se a Batalha de Valverde, onde o Condestável Nuno Álvares Pereira alcança nova vitória sobre os castelhanos. Castela retira-se e acaba por reconhecer anos mais tarde D. João como Rei de Portugal.

A Batalha de Aljubarrota foi uma das grandes batalhas campais da Idade Média entre dois exércitos régios e inovou a tática militar, permitindo que os homens de armas apeados fossem capazes de vencer uma poderosa cavalaria adversária.

Aljubarrota marcou um momento de unidade e resistência do povo português. As forças portuguesas, embora numericamente inferiores, aproveitaram o terreno e táticas de guerrilha para esmagar o exército castelhano. A vitória não apenas afastou a ameaça castelhana, mas também reforçou a autoconfiança e o senso de identidade nacional dos portugueses.

Além disso, a batalha teve implicações políticas e diplomáticas, já que assegurou a independência de Portugal em relação à Espanha. Isso permitiu que o país procurasse alianças internacionais e estabelecesse relações comerciais sem a influência direta de Castela.

No contexto histórico, a Batalha de Aljubarrota é lembrada como um símbolo da resistência portuguesa contra as pressões externas e como um evento que solidificou a nação. A sua importância vai muito além do campo de batalha, contribuindo para a formação da identidade nacional e para a construção das bases de um Portugal soberano e independente.

Aljubarrota assumiu especial relevância, permitindo a afirmação de Portugal como reino independente, abrindo caminho, sob a Dinastia de Avis, para uma das épocas mais marcantes da história de Portugal: a Era dos Descobrimentos. D. João I – também conhecido como João de Avis – reivindicou o trono após a morte do último rei da dinastia de Borgonha. A vitória em Aljubarrota assegurou a sua posição e a estabilidade do novo governo.

A Batalha de Aljubarrota proporcionou definitivamente a consolidação da identidade nacional portuguesa, que até então se encontrava apenas em formação, e permitiu às gerações futuras a possibilidade de se afirmarem como nação livre e independente. Sem a vitória lusa em Aljubarrota, o pequeno reino português teria, muito provavelmente, sido para sempre absorvido pelo seu poderoso vizinho castelhano. Resumindo, a vitória em Aljubarrota consolidou a dinastia de Avis e confirmou a independência de Portugal como nação livre de Castela. 💪👊💪

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👉 Para saber mais sobre Dom Sebastião, o Desejado, e a Batalha de Alcácer Quibir, acesse:



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domingo, 13 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 13.08.23 - Morre o Historiador e Acadêmico José Murilo de Carvalho

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✝️ LUTO 🖤 No dia em que se comemoram o afago e o cuidado paternos, o Brasil perde, como em um ato de tragédia, um de seus maiores historiadores: JOSÉ MURILO DE CARVALHO. Considerado um intérprete do período republicano no país, como poucos o foram, o historiador faleceu aos 83 anos de idade, no Rio de Janeiro. Com uma habilidade quase literária para a descrição dos fatos históricos nacionais, José Murilo de Carvalho tornou-se um dos mestres da História Social, aquela em que os objetos de pesquisa vão além das elites políticas constituídas.

José Murilo estava internado com covid-19 no Hospital Samaritano no Rio de Janeiro, onde veio a falecer na madrugada de hoje, 13 de agosto de 2023. Considerado um dos maiores historiadores e intelectuais brasileiros, José Murilo nasceu em Andrelândia (Minas Gerais) em 9 de setembro de 1939. Era bacharel em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Ciência Política pela Universidade de Stanford (EUA), onde defendeu tese sobre o Império Brasileiro.

Também foi professor e pesquisador visitante em universidades de vários países, como Oxford (Reino Unido), Leiden (Holanda), Stanford (EUA), Notre Dame (França) no Instituto de Estudos Avançados de Princeton e na Fundação Ortega y Gasset, em Madri (Espanha). Foi também professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).⁣ Publicou e organizou dezenas livros e mais de cem artigos em revistas. Era membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Brasileira de Letras.

José Murilo deixa à historiografia brasileira um legado de obras de grande relevância, entre elas as premiadas "Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi" (1987), "A formação das almas: o imaginário da República no Brasil (1990)", e "Cidadania no Brasil - o Longo Caminho" (2001), além da formação de toda uma geração de intelectuais.

Devido à sua leitura e visão abrangentes sobre a realidade social do povo brasileiro, o mineiro ocupou a cadeira de número 5 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em setembro de 2004, antes reservada a Rachel de Queiroz.

O velório será às 9h desta segunda-feira (14) na Academia Brasileira de Letras, no Centro do Riode Janeiro. Em seguida, às 13:00 h, o corpo do historiador será enterrado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. Ele deixa um filho, Jonas Lousada de Carvalho.

Ao longo de sua carreira, Carvalho se destacou por sua capacidade de analisar de maneira profunda e perspicaz a história política e social do Brasil. Sua escrita eloquente e suas análises críticas enriqueceram nossa compreensão dos acontecimentos que moldaram a nação brasileira. A morte de José Murilo de Carvalho deixa um vazio na intelectualidade brasileira, mas seu trabalho continuará a inspirar estudantes, pesquisadores e todos aqueles interessados em compreender as complexidades da história do Brasil.

A academia e o Brasil perderam um ícone. Morre o homem, fica o autor, e a obra de ambos permanecerá sendo lembrada pelo seu legado atemporal. Obrigada por tudo Professor! Descanse em paz. 😞😓😥😢😭

#morrejosemurilodecarvalho
#lutoporjosemurilodecarvalho
#adeusjosemurilodecarvalho

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👉 Para saber mais sobre Boris Fausto, outro grande historiador brasileiro, acesse:


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sábado, 12 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 12.08.23 - 2 Anos da Morte do Ator Tarcísio Meira

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😓🖤 Num dia como hoje, 12 de agosto, há 2 anos, morria no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o premiado ator brasileiro TARCÍSIO MEIRA, Considerado um dos maiores atores e galãs de sua geração, e que marcou época com personagens fortes, no cinema, no teatro e na televisão. Durante décadas eternizou a televisão com mocinhos e vilões que marcaram a teledramaturgia nacional. Tarcísio fez história ao se tornar o galã da primeira telenovela diária brasileira.

Tarcísio Pereira de Magalhães Sobrinho nasceu em São Paulo no dia 5 de outubro de 1935. Começou sua trajetória artística no teatro na década de 1950, com peças, como “Chá e Simpatia” e “Quando As Paredes Falam”. A estreia nas telinhas se deu em 1959 na TV Tupi, no teleteatro Noites Brancas. Ele foi o protagonista da primeira telenovela diária do Brasil, “2-5499 Ocupado”, transmitida pela TV Excelsior.

Três anos mais tarde, Meira entrou para a TV Globo, canal em que cravou seu nome na história da dramaturgia. Foram vários os personagens e as tramas inesquecíveis, dentre as principais: Irmãos Coragem (e Janete Clair, exibida entre junho de 1970 e julho de 1971), Cavalo de Aço (1973), O Semideus (1973), Guerra dos Sexos (1983), O Tempo e o Vento (1985), Desejo (1990), Rei do Gado (1996), Torre de Babel (1998), Hilda Furacão (1998), A Muralha (2000), O Beijo do Vampiro (2002), Senhora do Destino (2004), Páginas da Vida (2006), A Favorita (2008), A Lei do Amor (2016).

No cinema, atuou em 22 longas-metragens, dentre eles “Independência ou Morte” (1972), de Carlos Coimbra, e “A idade da Terra” (1981), de Glauber Rocha. Em 1961, contracenou com Glória Menezes pela primeira vez, com quem se casou no ano seguinte. Juntos, viveram um dos amores mais lindos de se ver, e tiveram um único filho, Tarcísio Filho, em 1964. 

Entre seus papéis mais marcantes estão João Coragem, na novela Irmãos Coragem (1970), Capitão Rodrigo, na minissérie O Tempo e o Vento (1985) e Renato Villar, na novela Roda de Fogo (1986). Tarcísio e Glória tiveram seus contratos encerrados com a Rede Globo em 11 de setembro 2020, depois de 52 anos na emissora, e se aposentaram. Seu último trabalho foi em 2018, em “Orgulho e Paixão”, novela global das seis, como o Lorde Williamson. 

Após a aposentadoria, o casal passou a morar em uma fazenda de criação de gado e plantações em Porto Feliz, no interior de São Paulo. Glória e Tarcísio já moravam na propriedade quando estourou a pandemia de COVID-19. Em 16 de março de 2021 receberam a segunda dose da vacina contra a COVID-19 em Porto Feliz. A primeira dose havia sido aplicada em 16 de fevereiro, também no município.

Em 6 de agosto de 2021 o casal foi internado no hospital Albert Einstein em São Paulo, após confirmação do diagnóstico de COVID-19. Segundo boletim do hospital, divulgado no dia 10 de agosto, o ator encontrava-se internado na UTI, contando com apoio de ventilação mecânica invasiva e diálise contínua.

Em 12 de agosto, seis dias depois da internação, Tarcísio morreu vítima da COVID-19, aos 85 anos. Glória recebeu alta quatro dias depois, já sabendo da morte do marido. O ator foi velado e cremado em uma cerimônia privada no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. Pouco antes de morrer, Tarcísio pediu para que suas cinzas fossem jogadas na fazenda de propriedade do casal em Porto Feliz. 

A morte do ator Tarcísio Meira representou uma perda para a arte no país, em especial para a teledramarturgia. A  maioria dos brasileiros assistiu a muitas novelas, seriados e filmes estrelados por este talentoso ator. Tarcísio nos fez rir e chorar e agora nos traz ao coração o sentimento de perda e saudade, compensado somente pela certeza de que sua arte segue viva em todos nós. 👏👏👏👏👏👏

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#historiadadramaturgiabrasileira
#saudadesdetarcisiomeira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

📰 Memória Globo
📺 Canal History Channel Brasil
💻 Portais G1, UOL e Metropólis

👉 Para saber mais sobre Tarcísio Meira, acesse:


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HOJE NA HISTÓRIA - 12.08.23 - 25 Anos da Morte do Cantor Barrerito

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😓🖤 Num dia como hoje, 12 de agosto, há 25 anos, morria em Belo Horizonte, vítima de um infarto aos 56 anos, o cantor sertanejo BARRERITO, que durante sete anos foi a primeira voz do famoso Trio Parada Dura, um dos mais importantes grupos da chamada música sertaneja que despontaram nas décadas de 80 e 90 do século passado.

Élcio Neves Borges, seu nome de batismo, nasceu em São Fidélis, Rio de Janeiro, no dia 22 de outubro de 1942. Barrerito era muito vaidoso. Gostava de usar anéis e colares de ouro, além de cortes de cabelo inusitados. Em 1991, foi detido após atirar para o alto, assustando um frentista que riu de sua aparência incomum.

Formou dupla com Creone, que depois seria seus companheiro no Trio Parada Dura. Na dupla, gravaram três LPs
Integrou, de 1975 a 1982, o Trio Parada Dura, um dos nomes mais conhecidos da música sertaneja, em sua formação mais consagrada, ao lado de Creone e Mangabinha.

Em 1982, o avião que transportava o Trio Parada Dura sofreu um acidente, em Espírito Santo do Pinhal (SP), e Barrerito ficou paralítico. A partir daquele momento, cedeu seu lugar no Trio ao irmão Parrerito.

Em 1987, retomou a carreira e passou a cantar sozinho. Lançou, na ocasião, o LP “Onde Estão Os Meus Passos”, pela gravadora Copacabana, sendo a faixa-título uma parceria sua com Carlos Randall e Nilza Carvalho, sua esposa, com quem viveu até 1990, e ganhou quinze discos de ouro, sempre com a ajuda dela. Ao que consta, o Barrerito gravou 8 LP's em carreira-solo pelos selos Copacabana e RGE.

Em 1997, formou o Trio Alto Astral, com Creone e o sanfoneiro Voninho. Em 1998, no Trio Alto Astral, gravou o CD “Dor De Cotovelo”, pela RGE. Barrerito faleceu logo em seguida e o Trio teve que mudar de formação.

Ao longo da carreira, ganhou quinze discos de ouro, e compôs vários sucessos, consagrados na voz do Trio Parada Dura, como “Uma vez por mês”, parceria com Neusa Rodrigues e José Russo, “Bobeou… A gente pimba”, parceria com Jotha Luis e César Augusto, “Bicho bom é mulher”, parceria com Vicente Dias e Luis de Lara, “Castelo de amor”, parceria com Nenzico e Creone, e “Não quero piedade”, parceria com Ronaldo Adriano e Zé da Praia.

Suas músicas foram gravadas também por nomes como Chitãozinho e Xororó, André Ricardo, Zé Mulato e Cassiano, Hugo Santana, Sérgio Reis, Durval e Davi, João Bosco e Vinicius, Zezé di Camargo e Luciano, Miltinho Rodrigues, e Celita.

O saudoso cantor das andorinhas, como ele mesmo se chamava, deixou uma legião de fãs que até hoje cantam suas canções repletas de poesia e romantismo brejeiros, cujas temáticas vão desde as frustrações amorosas, à vida na roça e na estrada, e seus personagens cativantes, como o caminhoneiro ou a dama da noite. Icônico, e sobretudo relevante, a obra de Barrerito permanece viva em seus admiradores, e está disponível nas principais plataformas de streaming. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽

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#historiadamusicasertaneja
#saudadesdocantordasandorinhas
#prasemprebarrerito

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Wikipedia e portal G1
🎼 Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

👉 Para saber mais sobre Parrerito, irmão do cantor Barrerito, acesse:


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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 11.08.23 - 2 Anos da Morte do Ator Paulo José

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😓🖤 Num dia como hoje, 11 de agosto, há dois anos, morria aos 84 anos, no Rio de Janeiro, o ator e diretor PAULO JOSÉ. O artista marcou a história do teatro, cinema e televisão do Brasil. Ele estava internado em um hospital, onde se tratava de uma pneumonia. A confirmação de sua morte foi feita pela Rede Globo, onde ele começou a trabalhar em 1969.

Paulo José Gómez de Souza nasceu em Lavras do Sul, interior do Rio Grande do Sul, em 20 de março de 1937. Teve o primeiro contato com o teatro ainda na escola, iniciando a carreira no teatro amador anos mais tarde, em Porto Alegre. No início dos anos 60, Paulo José foi morar em São Paulo e começou a trabalhar no Teatro de Arena, onde exerceu diferentes funções. A primeira peça em que trabalhou como ator foi Testamento de um Cangaceiro, de Chico de Assis, em 1961.

Estreou na Globo como ator na novela Véu de Noiva, de Janete Clair, em 1969. Seu primeiro grande personagem foi o mecânico-inventor Shazan, que formava uma dupla bem humorada com Xerife, personagem de Flávio Migliaccio, na novela O Primeiro Amor (1972), de Walther Negrão. A dobradinha fez tanto sucesso que deu origem ao seriado Shazan, Xerife e Cia, escrito, dirigido e interpretado por Paulo e Flávio entre 1972 e 1974. A atração fez muito sucesso entre o público infanto-juvenil durante três temporadas. Outros personagens marcantes foram o comerciante cigano Jairo em Explode Coração (1995), de Gloria Perez, e o alcóolatra Orestes de Por Amor (1997), de Manoel Carlos.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, atuou em mais de 20 novelas e minisséries. Sempre ativo e atuante, mesmo depois de descobrir o mal de Parkinson, doença que o acompanhou por mais de 20 anos, Paulo José sempre esteve preocupado com a valorização do ofício de ator no Brasil, sendo nome de destaque na luta pela regulamentação da profissão no final dos anos 70.

Na década de 1980, atuou em atrações como a minissérie O Tempo e o Vento e o seriado Armação Ilimitada. Além disso, participou de novelas como Roda de Fogo e Tieta. Nos anos seguintes, continuou a estrelar e dirigir inúmeras atrações da Rede Globo. Sua última atuação na TV foi na novela Em Família (2014).

Sua última e mais emocionante aparição na TV foi como o vovô Benjamin na novela Em Família (2014), de Manoel Carlos. Como na vida real, seu personagem sofria de mal de Parkinson. Deixa esposa e quatro filhos: Ana, Bel e Clara Kutner, de seu relacionamento com a atriz Dina Sfat, além Paulo Henrique Caruso.

Um dos maiores nomes da nossa dramaturgia, como ator e diretor, e também dono de uma voz marcante, Paulo José é daqueles artistas de quem o público sempre se sentiu próximo. Nas últimas décadas, entrou em nossas casas por meio de uma infinidade de personagens que ficam, assim como ele, para a história”, destacou a Globo, em nota à imprensa. 👏👏👏👏👏👏

#2anosdamortedepaulojose
#historiadadramaturgiabrasileira
#saudadesdepaulojose

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋 professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

📰 Agência EBC de notícias
📺 Canal History Channel Brasil

👉 Para saber mais sobre o ator e diretor Paulo José, acesse:


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HOJE NA HISTÓRIA - 11.08.23 - 53 Anos do Nascimento da Atriz Daniella Perez

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🎂😓🖤 Num dia como hoje, 11 de agosto, há 53 anos, nascia no Rio de Janeiro, a atriz DANIELLA PEREZ, filha da autora Glória Perez, que estava no auge na carreira aos 22 anos quando foi brutalmente assassinada no dia 28 de dezembro de 1992 por Guilherme de Pádua, também ator e que vivia seu par romântico na novela "De Corpo e Alma", que estava no ar na ocasião. O crime teria ocorrido por inveja, vingança e ciúme, já que Guilherme queria mais espaço na novela, e sua esposa tinha ciúmes da relação dele com Daniella. A esposa dele na ocasião, Paula Thomaz, também ajudou no crime. 

Com Daniella em ascensão e brilhando na trama que fazia sucesso naquele ano, a notícia da morte causou grande comoção popular e teve vasta cobertura da imprensa. Guilherme e Paula foram presos definitivamente no dia 31 de dezembro, condenados por homicídio qualificado por motivo torpe e com impossibilidade de defesa da vítima. Em 6 de novembro deste ano, Guilherme morreu vítima de infarto, exatamente no dia do aniversário de 27 anos de “Explode Coração”, primeira novela que Glória Perez escreveu após o assassinato da filha.

Seus principais papéis na TV foram: Daniela/Eduarda Maria (Kananga do Japão-1989), Clotilde - Clô (Barriga de Aluguel - 1990), Yara (O Dono do Mundo - 1991), a inesquecível Yasmin (De Corpo e Alma - 1992), e Maria (Roberto Carlos Especial - 1992). Finalmente a novela "Barriga de Aluguel", um dos maiores sucessos da televisão, entrará no catálogo da GloboPlay em 2023. Poderemos rever a inesquecível Daniella Perez como a dançarina Clô. 

A série documental "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez estreou em 21 de julho de 2022, com depoimentos de Glória Perez, Raul Gazolla, Fábio Assunção, Cláudia Raia, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Wolf Maya, Eri Johnson, Roberto Carlos, entre outros; e focou na luta de Glória por justiça, quando a escritora reuniu em apenas três meses um milhão e 300 mil assinaturas num abaixo-assinado, com intuito de tornar os homicídios qualificados como hediondos (inafiançáveis). A série se tornou a produção da HBO Max mais assistida no mundo em 2022.

O corpo de Daniella Perez foi enterrado inicialmente no Cemitério São João Batista na cidade do Rio de Janeiro, sendo posteriormente transferido para o Cemitério Vertical Memorial do Carmo, sepultura 2155, no bairro do Cajú na cidade do Rio de Janeiro, onde se encontra atualmente. Se estivesse viva, Daniella Perez completaria hoje 53 anos. Quantos sonhos foram interrompidos dessa menina! Daniella Perez será sempre lembrada na história da dramaturgia brasileira. A garotinha que encantava a todos enquanto dançava cresceu, virou atriz de sucesso, mas perdeu a vida para a violência tosca e gratuita. A mesma que atinge centenas de Daniellas todos os dias... mulheres que são mortas, vidas que são perdidas... 😞😓😥😢😭

#53anosdonascimentodedaniellaperez
#historiadadramaturgiabrasileira
#saudadesdedaniellaperez

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

📰 Memória Globo
📺 Canal History Channel Brasil
💻 Portais G1, UOL e JC On Line

👉 Para saber mais sobre Daniella Perez, acesse:



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