segunda-feira, 31 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 31.05.21 - 24 Anos da Morte de Frei Damião de Bozzano

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😭⚰️ Há 24 anos, terminava a missão de um missionário que durante anos percorreu o interior nordestino levando adiante a religiosidade católica: FREI DAMIÃO DE BOZANNO. Nascido a 5 de novembro de 1898 em Bozzano, na Itália, Frei Damião começou sua formação religiosa aos 12 anos, na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Aos 19 anos foi convocado para o exército italiano e participou da I Guerra Mundial. Com o fim da Guerra, retornou à vida conventual entre os Capuchinhos. Aos 27 anos formou-se em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma). Aos 33 anos transfere-se para o Brasil no ano de 1931, estabelecendo-se em Recife, no Convento Senhora da Penha, da Ordem dos Capuchinhos. Durante 66 anos, Frei Damião dedicou sua vida às "santas missões".

Frei Damião evangelizou, especialmente, os Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Sergipe. As santas missões duravam de sete a quinze dias, dependendo das necessidades do lugar. São marcas relevantes da Semana Missionária: a santa missa, o atendimento às confissões, os sermões e as visitas aos doentes e encarcerados. Multidões iam ao seu encontro para ouvi-lo e tocá-lo. Tinha fama de taumaturgo e conselheiro. Era estimado e reverenciado por pessoas de todas as classes sociais. Escreveu um único livro intitulado “Em defesa da fé”, com o objetivo de catequizar o povo. 

Em 27 de setembro de 1977, recebeu o título de Cidadão de Pernambuco e, em 4 de maio de 1995, o título de Cidadão do Recife. A partir de 1983, já em idade avançada e com problemas de coluna, Frei Damião viveu seus últimos no Convento São Félix de Cantalice, no bairro do Pina, em Recife. No dia 31 de maio de 1997, faleceu no Real Hospital Português do Recife. Dias depois, mais precisamente 4 de junho, seu corpo foi velado no Estádio do Arruda, na capital pernambucana, onde foi celebrada uma missa com a presença de centenas de sacerdotes, muitos religiosos e uma multidão de fiéis. Seu corpo foi sepultado na capela de Nossa Senhora das Graças, anexa ao Convento São Félix, no Pina, onde se encontra até hoje.

No dia 8 de abril de 2019 o Frei Damião foi reconhecido como venerável pelo Papa Francisco, ficando mais perto da beatificação. Na cidade de Guarabira, interior paraibano, foi construído um Santuário Memorial Frei Damião, composto de um museu e uma estátua, em homenagem ao frade capuchinho. Atualmente é considerada a terceira maior estátua do Brasil. No interior de Pernambuco, na cidade de São Joaquim do Monte, todos os anos milhares de romeiros chegam para prestar suas homenagens ao Frade. O Encontro de Romeiros, ou Romaria de Frei Damião como é mais conhecida, acontece todos os anos entre o fim de agosto e início do mês de setembro. Programação religiosa e cultural modificam totalmente o aspecto da cidade. O ponto central da peregrinação é a estátua erguida em sua homenagem localizada no Cruzeiro. Com a divisão do antigo Presídio Professor Aníbal Bruno em três unidades prisionais, a partir de 2012, uma delas foi denominada Frei Damião de Bozanno.

Há diversos relatos de graças alcançadas e possíveis milagres, realizados por sua intercessão. Foi cantado por poetas e músicos e está presente em outras expressões culturais: da literatura de cordel às artes plásticas. Sua memória permanece viva. Tornou-se um ícone religioso e cultural do povo nordestino. 🛐🌵

#24anosdamortedefreidamiaodebozanno
#freidamiaomissionariodonordeste
#historiadareligiosidadenordestina

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Site dos Capuchinhos, Paulinas e Wikipedia

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sábado, 29 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 30.05.21 - 590 Anos da Execução de Joana D'Arc

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Joana D'Arc viveu na França durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) quando os ingleses dominavam várias regiões do território francês. Aos 13 anos começou a ouvir vozes das santas Margarida e Catarina e de São Miguel Arcanjo que incentivavam ela a libertar a França. 🇫🇷 Foi nessa época que saiu de casa para procurar o delfim, príncipe herdeiro, Carlos VII 🤴que ainda não havia sido coroado. A donzela de Domrémy, como ficou conhecida, conseguiu convencer o príncipe a ceder um exército para combater os ingleses (nessa fase ela já tinha seus 17 anos) Joana D'Arc cortou o cabelo, vestiu-se de homem (um dos supostos pecados a ela atribuídos pela igreja) e empunhava uma bandeira branca, nas batalhas ela era a grande encorajadora. ⚔️ Nas suas tropas não se permitia uso de bebidas alcoólicas, nem prostituição. Joana D'Arc conquistou várias vitórias, levando Carlos VII a ser coroado em Reims em 1429. ⚜️ Joana D'Arc foi traída pelos burgueses de Borgonha, que preferiam manter alianças com os ingleses. As vozes à avisaram que ela seria derrotada e presa em Compiégne, mas ela insistiu em ir e acabou acontecendo as previsões (1430). Os franceses a venderam para a Inglaterra. Em 1431 Joana D'Arc foi julgada pela Inquisição. ⛓️Pesavam sobre ela as acusações de bruxaria, heresia e apostasia, além do fato de se vestir de roupas masculinas. O rei francês que ela ajudou a coroar nada fez para salvá-la. Joana D'Arc foi queimada viva em Roen aos 19 anos. Suas últimas palavras foram "Jesus, Jesus, Jesus". Conta-se que seu coração não foi consumido pelo fogo, suas cinzas foram jogadas no rio Sena (hoje fazem 590 anos desse martírio).🔥 A mesma Igreja que condenou e executou Joana D'Arc foi a mesma que na década de 1456 a declarou inocente pelo papa Calisto III. Em 1909, cinco séculos depois, começou o processo de beatificação e finalmente em 1920 ela é elevada a categoria de santa pelo papa Bento XV. ✝️ Joana D'Arc é a padroeira dos franceses, protagonista de vários livros e filmes 🎥 (o último foi dirigido por Luc Besson em 1999), virou personagem de games e ícone pop. No Brasil, Érico Verissimo escreveu sua biografia romanceada 📖 (1935); a banda de rock Camisa de Vênus gravou a música "eu não matei Joana D'Arc" (1985). 🎶 Joana D'Arc transcendeu até em outras religiões: no espiritismo kardecista ela é considerada a reencarnação de Judas Iscariotes; nas religiões de matriz afro, ela é o orixá Obá que representa a energia, força e vida femininas. Joana D'Arc mais que uma santa católica, virou um ícone da história francesa.

#590anosdamortedejoanadarc
#donzeladedomremy
#historiafrancesa

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HOJE NA HISTÓRIA - 29.05.21 - 568 Anos da Queda de Constantinopla

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⚜️ Há 568 anos, segundo a periodização tradicional terminava o período medieval e começava a Idade Moderna. O fato histórico escolhido para separar os dois períodos foi tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, que significou a destruição final do Império Romano do Oriente. Originalmente, o nome da cidade era Bizâncio, mas mudou para Constantinopla no ano 330, quando o imperador romano Constantino I tornou esta cidade a capital do Império Romano do Oriente. Constantinopla se tornou depois a capital do Império Bizântino cujo maior representante foi o imperador Justiniano, que preservou boa parte da cultura grego-romana no oriente. Pela sua posição geopoliticamente privilegiada entre o Codiente europeu e o Oriente muçulmano, serviu de importante entreposto comercial, intermediando a famosa rota das especiarias que vinham da longíqua China. Em 1453, a capital bizantina foi tomada pelo sultão Maomé II, e o último imperador bizantino, Constantino XI, morto. Com esta vitória, o império otomano estendeu seus domínios para o Mediterrâneo oriental e os Bálcãs. Constantinopla seguiu como capital do Império Otomano até sua dissolução em 1922. Depois, em 1930, foi oficialmente renomeada Istambul pela República da Turquia. 🕍

#568anosdaquedadeconstantinopla
#historiadaperiodizacaotradicional

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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HOJE NA HISTÓRIA - 29 de maio - Dia do Geógrafo

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A Geografia é irmã da História e ambas são filhas das ciências humanas. São duas irmãs muito unidas. Se tudo o que existe, existiu numa determinada época, recorremos à História que lida com o tempo; mas tudo o que existe também ocupa um espaço, aí lidamos com a Geografia. Ambas ajudam o ser humano a encontrar seu lugar no tempo e no espaço, qual seu papel no mundo e em sua época, e que planeta vamos deixar para aqueles que virão. Geografia e História: duas ciências inseparáveis.

#diadogeografo
#geografiacienciadoespaco

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 27.05.21 - 80 Anos do Afundamento do Couraçado Bismarck

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🕰️ Em 14 de fevereiro de 1936 em Hamburgo os alemães inauguravam o encouraçado Bismark, sua principal arma de guerra marítima, com seus 251 metros, 41700 toneladas, e capacidade para aproximadamente 2000 tripulantes. O Bismarck foi considerado o início do renascimento da indústria bélica naval alemã (desde o Tratado de Versalhes - 1918 - que eles eram proibidos de construírem ou terem este tipo de embarcação). O Bismarck foi encurralado pela marinha britânica no dia 24 de maio de 1941, mas conseguiu escapar após afundar o cruzador Hood matando seus 1421 ocupantes. Mesmo avariado conseguiu chegar aos mares da costa francesa, mas foi detectado e bombardeado no dia 26 de maio de 1941 massivamente. No dia seguinte uma esquadra britânica de três navios pôs fim à odisseia do "terror dos mares" afundando o Bismarck e aproximadamente 2000 ocupantes. Em 2019 a banda sueca Sabaton lançou um single sobre o Bismarck. 🎼📀🎼

#80anosdoafundamentodobismarck
#historiadasegundaguerramundial

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quarta-feira, 26 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 26.05.21 - 57 Anos da Fundação da O.L.P.

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A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é um organismo político que representa os interesses de mais de 8 milhões de palestinos árabes que viviam durante o mandato britânico da Palestina antes da proclamação do Estado de Israel em 1948, e seus descendentes. Foi constituída em 1964 para concentrar a direção de diversos grupos de resistência palestinos que até esse momento operavam como movimentos clandestinos contra Israel.

A OLP adotou a luta armada contra Israel dos anos 1960 até os 1980; no final do século XX, nos anos 1990, abriu-se uma fase de negociações que culminaram nos Acordos de Paz de Oslo, de 1993. Nos anos posteriores, esse processo de paz foi se deteriorando, até fracassar. No início, a OLP se propôs a lutar pela destruição do Estado de Israel e pelo direito de autodeterminação do povo palestino, no qual incluía as centenas de milhares de refugiados nos países limítrofes. Em 1969, Iasser Arafat, líder da Fatah – a facção predominante entre as agrupadas na OLP –, foi nomeado presidente da organização.

Os ataques guerrilheiros lançados da Jordânia obtiveram uma contundente resposta militar israelense, o que criou graves problemas ao rei Hussein, daquele país. Em 1971, o exército jordaniano expulsou da Jordânia os guerrilheiros da OLP após sangrentos combates, episódio que ficaria conhecido como “Setembro Negro”. Os milicianos da OLP foram para o Líbano, de onde prosseguiram seus ataques contra Israel. Sua chegada foi um dos fatores que desencadearam a guerra civil no Líbano, na qual a OLP se envolveu plenamente. Israel invadiria o país em 1982, cercando Beirute e, após duros combates, forçando os guerrilheiros da OLP ao exílio.

A OLP foi reconhecida pelos países árabes como única representante do povo palestino e, em 1976, ingressou na Liga Árabe. Na década de 1980, desprovida de territórios próximos a Israel de onde lançar ataques, a OLP deu um importante giro estratégico. Por um lado, em 1987 lançou a Intifada, verdadeira rebelião popular contra a ocupação israelense, nos territórios ocupados da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, e por outro aceitou as resoluções 242 e 338 das Nações Unidas, pelas quais, tacitamente, reconhecia o direito à existência do Estado de Israel. Daí em diante, o objetivo era a edificação de dois Estados separados na antiga Palestina: o de Israel e um novo Estado palestino nos territórios ocupados da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

O fim da Guerra Fria propiciou a abertura de negociações que culminaram, em 1993, com os Acordos de Oslo, que colocavam fim ao estado de guerra entre Israel e a OLP e criavam um órgão do governo palestino autônomo, a Autoridade Nacional Palestina. Após a morte de Arafat, em 2004, Mahmud Abbas tomou as rédeas da OLP e da Fatah. 🇵🇸

#57anosdafundacaodaolp
#historiaarabeisraelense

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📖 Créditos do texto - 365 Dias Que Mudaram o Mundo. The History Channel Iberia. Planeta.  

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terça-feira, 25 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 25.05.21 - 44 Anos da Estreia de Star Wars

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🎬🎞️ Neste dia, no ano de 1977, um verdadeiro estrondo "intergaláctico" atingiu os cinemas nos Estados Unidos. Tratava-se da estreia do primeiro filme da série Star Wars, ou Guerra nas Estrelas, do diretor George Lucas. A expectativa por um filme fora do comum e repleto de novidades fez com que muitos fãs dormissem nas portas dos cinemas para assistir à obra.

O grande sucesso rendeu sete oscars para a produção e também US$ 461 milhões em bilheteria nos Estados Unidos - mundialmente, o filme teve um faturamento bruto de US$ 800 milhões. Com seus inovadores efeitos especiais, Star Wars levou o público à empolgante saga em uma "galáxia muito, muito distante". O filme também trouxe ao sucesso instantâneo aos atores que interpretaram principais personagens como Luke Skywalker (Mark Hamill), Han Solo (Harrison Ford), a Princesa Leia (Carrie Fischer) e aos robôs C3PO e R2D2. Neste filme, a trama é em torno da missão de resgate da Princesa Leia, sequestrada pelo Império Galáctico, que tem Darth Vader como alto oficial. 🤖🚀💥

#44anosdaestreiadestarwars
#historiadocinema

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📖 Créditos do texto 📺 Canal History Brasil

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HOJE NA HISTÓRIA - 25 de Maio - Dia do Orgulho Nerd

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🖥️ Em uma iniciativa que teve origem na Espanha, a data de 25 de maio de 2006 ficou conhecida como o Dia do Orgulho Nerd, uma iniciativa em que é defendido o direito da pessoa que deseja ser um nerd ou geek. A data de 25 de maio foi escolhida por ser o dia da première do primeiro filme da série Star Wars, o Episódio IV: Uma Nova Esperança, de 1977.

Há também quem diga que a data foi escolhida por conta da obra Discworld, do autor britânico Terry Pratchett. No livro, no dia 25 de maio é comemorada a Revolução Gloriosa, onde a monarquia de Discworld dá vez a uma república. No mesmo dia também é celebrado Dia da Toalha, em homenagem ao autor Douglas Adams, da série O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Sob o slogn de "quem não é nerd que levante sua espada laser", o evento de 2006 ocorreu em vários pontos da Espanha, organizado via internet. Durante os encontros, foram realizados vários tipos de atividades, desde concursos de fantasia, games e até um desafio para ver quem era o geek “inquestionável”. Mais tarde, a comemoração se espalhou pelo mundo. Num geral, o termo nerd surgiu como forma depreciativa para identificar a pessoa tímida e de poucos amigos, que se destaca em atividades intelectuais e/ou áreas da ciência, como computação e tecnologia. 📱🖱️🖲️💻

#diadoorgulhonerd
#historiadasideiasposmodernas

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📖 Créditos do texto 📺 Canal History Brasil

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HOJE NA HISTÓRIA - 25 de Maio - Dia Mundial da África

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O Dia da África, anteriormente conhecido como Dia da Libertação Africana, é comemorado anualmente em 25 de maio. Celebra o aniversário da fundação da Organização da Unidade Africana (OUA), desde 2002 substituída pela União Africana. Fundado no ano de 1963, esse organismo nasceu no bojo da luta de países africanos pela independência. Naquele dia 25 de maio de 1963, representantes de 30 nações africanas foram recebidos em Adis Abeba por Sua Majestade Imperial Hailé Selassié I, imperador da Etiópia e último governante da dinastia salomônica, que garantira por muitos séculos a excepcionalidade da Etiópia no quadro geral da África conquistada e partilhada pela Europa.

Foi também em Adis Adeba que, em 2001, se aprovou a transformação da OUA na União Africana a partir do ano seguinte, e nessa cidade mantém-se a Comissão da União Africana. Hoje reunindo 55 países membros, a União Africana não se restringe à concertação política e econômica das nações africanas. Pelo contrário, sustenta esforços pela divulgação das culturas africanas no próprio continente e em todo o mundo, de modo especial pela celebração do Dia da África anualmente no 25 de maio.

Como explica em entrevista recente o africanista Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras e doutor honoris causa em História pela UFF, "o africano não deu contribuições para o Brasil: o africano ajudou a formar o Brasil! [...] Não foi só um grupo africano que influenciou o Brasil, foram muitos, e com culturas completamente diferentes [...]. O Brasil não repete a África, o Brasil reinventa a África. [...] Entre a África e o Brasil há uma permanente troca, de maneira de viver, de maneira de sentir, pensar e atuar, de falar, dizer, criar. É muito mais profundo do que, simplesmente, contribuir".

A comemoração anual do Dia da África é ocasião de reverenciar a luta política dos países africanos contra o imperialismo europeu dos séculos XIX e XX, e também de celebrar a herança cultural que ajudou a formar o Brasil, país-ponte entre América, África e Europa. 👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿

#diamundialdafrica
#historiadasrelacoesafrobrasileiras

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📖 Créditos do texto 🖱️ Site da Biblioteca Nacional.

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domingo, 23 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 23.05.21 - 89 Anos da Morte dos Estudantes do M.M.D.C.

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✝️😭⚰️ Há 89 anos um confronto entre estudantes paulistas e a polícia getulista culminou com a morte de quatro deles: MÁRIO Martins de Almeida, Euclides MIRAGAIA, DRAUSIO Marcondes de Sousa, e Antônio CAMARGO de Andrade. As iniciais dos seus nomes inspirou o lema de uma das mais sangrentas guerras civis brasileiras: a Revolução Constitucionalista de 1932. Alijados do poder central desde a Revolução de 1930, os paulistas nunca engoliram a nomeação de interventores ligados ao tenentismo e articularam um levante para derrubar o governo de Getúlio Vargas que tinha se iniciado em 1930. As iniciais dos quatro estudantes mortos viraram o símbolo do movimento: MMDC (mais tarde foi acrescentado A de Alvarenga, que morreu dias depois). Após 85 dias de luta, 200 mil soldados inscritos (embora aproximadamente apenas 66 mil tenham participado dos combates), 830 soldados mortos (bem menos que a Revolta Paulista de 1924), os paulistas depõem suas armas e rendem-se ao governo getulista. Apesar de derrotada militarmente, a Revolução Constitucionalista de 1932 conseguiu pressionar Vargas para que ele elaborasse uma nova Constituição brasileira, votada numa Assembleia Constituinte e finalmente promulgada em 1934. ⚖️📜⚖️

#89anosdamortedosestudantesdommdc
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quinta-feira, 20 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 20 de Maio - Dia do Pedagogo

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🧑‍🏫👩‍🏫 Nossa homenagem aos profissionais que lidam diariamente com a árdua missão de levar às crianças, adolescentes e jovens o quanto o saber é fundamental na vida pessoal, social, acadêmica e profissional de um indíviduo. Não apenas levar informação, mas transformar isso em formação, conhecimento, cultura. Na linha de frente contra o obscurantismo, o negacionismo, o revisionismo estão estes profissionais cujas armas mais poderosas são o estudo, a pesquisa e o conhecimento. Cada pedagogo que se forma e leva adiante o que aprendeu na Academia é uma fagulha de luz em tempos de trevas como o nosso. Adiante meus caros. Não desanimeis, pois a seara é grande e longa, mas os frutos da lida de vocês decidirão qual futuro teremos para o nosso país. Meus sinceros parabéns a todos pedagogos e pedagogas! 👏👏👏👏👏👏

#diadopedagogo
#salveprofissionaisdosaber

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 19.05.21 - 435 Anos da Execução de Ana Bolena

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🛡️👑 ANA BOLENA foi a segunda esposa de Henrique VIII, rei da Inglaterra. O casamento foi polêmico já que o rei teve que anular sua união com Catarina de Aragão, o que era proibido. Por conta do episódio, Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII e fundou a Igreja Anglicana. Ana foi coroada rainha no dia 23 de maio de 1533 e manteve-se no trono por aproximadamente 1000 dias. Da união com Henrique VIII, Ana teve uma filha, mas nunca conseguiu gerar um menino. Sua filha, Elizabeth, se tornou umas das maiores rainhas da Inglaterra.

Ana Bolena nasceu em torno de 1501, provavelmente em Bickling (Norfolk), na Inglaterra, e foi executada no dia 18 de maio de 1536, na Torre de Londres. Ela era filha de sir Thomas Bolena (Boleyn) e de Isabel Howard, filha do duque de Norfolk. Após passar os anos 1519 a 1521 na corte francesa, Ana regressou à Inglaterra e foi cortejada pelo próprio rei. Ela era uma das mais admiradas senhoritas da corte e chamava a atenção de vários homens.

Henrique VIII estava cansado do seu casamento com Catarina de Aragão, que nunca lhe deu um menino. Além do mais, o rei parecia apaixonada por Ana, que a esta altura era a sua amante. Ana, por sinal, foi apresentada ao rei pela irmã Mary, outra amante de Henrique VIII. O rei teria escrito uma carta a Ana, prometendo-lhe que se ela se entregasse totalmente a ele, ela seria sua única amante e que todos serviriam a ela. Ana, no entanto, não aceitou e disse que se não pudesse ser sua esposa também não seria mais sua amante.

A partir dali, o rei tentou de todas as formas terminar o seu casamento com Catarina de Aragão, ao mesmo tempo em que manteve um discreto relacionamento de seis anos com Ana Bolena, que, em determinado momento, descobriu que estava grávida. Em janeiro de 1533, os dois casaram em segredo, sem a bênção do Papa, em uma cerimônia secreta, conduzida por Thomas Cranmer, arcebispo de Canterbury.

Em 7 de setembro de 1533 nasceu Elizabeth I, a única criança de Henrique VIII que sobreviveria à infância. Ana ainda ficaria grávida duas vezes, mas em ambos os casos os bebês nasceram mortos. No ano seguinte, Henrique VIII decretou que seu casamento com Catarina de Aragão era inválido por que ela era sua cunhada. Além disso, rompeu com a Igreja em Roma e fundou a Igreja Anglicana. Catarina de Aragão morreu dois anos depois, em 1536.

Enquando rainha, Ana nunca foi totalmente aceita por seus súditos, que preferiam Catarina de Aragão e consideravam Ana promíscua. Ela também mostrou que não estava preparada para lidar com os vários casos extraconjugais do rei, que justificava os adultérios pelo fato de a rainha não ser capaz de gerar um menino. Em vez de fingir que nada acontecia, como Catarina de Aragão, o comportamento ciumento de Ana logo deixou a relação impraticável.

Rapidamente, Henrique VIII tratou de tomar Jane Seymour como sua futura esposa e buscou a anulação de seu casamento com Ana. Para isso, prendeu Ana na Torre de Londres, sob falsas acusações, entre elas adultério, incesto e conspiração. Acredita-se que Thomas Cromwell, ministro-chefe do rei e ex-amigo de Ana, planejaram sua queda.

No dia 2 de maio de 1536, Ana foi presa na Torre de Londres, acusada de manter relações com seu próprio irmão, Jorge, assim como com outros três cavaleiros da câmara privada e com um músico da corte. Também foi julgada por bruxaria e conspiração contra o rei. O seu casamento com Henrique VIII foi anulado dois dias depois. Os quatro homens foram julgados no dia 12 de maio e Ana e seu irmão três dias mais tarde. Todos foram acusados de alta traição. A culpabilidade de Ana nunca pôde ser provada. O tio de Ana, Thomas Howard, terceiro duque de Norfolk, presidiu o tribunal que a condenou à morte. Em 17 de maio, o músico foi enforcado e os outros quatro homens decapitados. Dois dias depois, em 19 de maio de 1536, Ana foi decapitada, portanto há 435 anos. Sua história seria lembrada em dezenas de produções cinematográficas e séries de TV. 😞😓😥😢😭

#435anosdaexecucaodeanabolena
#historiadasmonarquiasinglesas

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Brasil.

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HOJE NA HISTÓRIA - 19.05.21 - 35 Anos da Noite dos OVNIs no Brasil

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🌙🏘️ A noite já caía sobre a cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, quando no céu foram avistados 21 pontos luminosos que mudavam de localização em alta velocidade. Naquele 19 de maio de 1986, portanto há 35 anos, cinco caças da Força Área Brasileira (FAB) foram enviados para combater os objetos que causavam aquele show de luzes desconhecido. 

O evento foi notado, em um primeiro momento, pelos radares da torre de comando do aeroporto de São José. Posteriormente, o controlador de voo Sérgio Mota da Silva notou o espetáculo misterioso e acionou o piloto Alcir Pereira da Silva, que viajava em sentido aos objetos com o então presidente da Embraer, Ozires Silva, como passageiro. Alcir, que pilotava um Xingu, estava em viagem de Brasília para São José dos Campos. Em um áudio daquela noite, revelado 28 anos depois, ele afirma que tentou se aproximar do “alvo”, mas que ao chegar, ele mudou de localização em alta velocidade.

Depois da primeira tentativa frustrada de aproximação, a FAB sensibilizou cinco aeronaves oficias da frota de defesa para irem de encontro com as luzes. Ao todo, a perseguição se estendeu por 4 horas. Mesmo com a repercussão do caso na época e das declarações da Aeronáutica, que se somavam as capas de jornais e documentos e áudios que traziam detalhes do episódio, que ficou conhecido como “Noite dos Ovinis”, o caso foi considerado confidencial pelo governo por quase três décadas e a investigação do evento foi dado como inconclusivo.

Além do mais, o único registro fotográfico daquela noite, feita pelo um fotojornalista da cidade, foi confiscado pela Nasa — esse material jamais foi recuperado. “À época um cientista que se dizia da Nasa foi ao jornal recolher o negativo desse material para análise. Era o único registro que tínhamos do que aconteceu naquela noite. Eles nunca devolveram esse material ou apresentaram um parecer sobre o que a análise das imagens”, revelou o fotografo Adenir Brito em entrevista ao G1.

Após três décadas, o controlador Sérgio Mota, que hoje tem mais de 60 anos, revelou que, na época, recebeu ordens diretas para que não falasse sobre o ocorrido tanto com seus colegas, quanto com a imprensa. Já desligado da FAB, revelou que o que viu foi “surpreendente”.  Na época, lhe foi passado que as luzes avistadas no céu eram de uma guerra eletrônica, mas ele jamais acreditou nessa versão. “Nesses eventos, possíveis inimigos usam aparelhos para confundirem o radar, colocando pontos de luz. Eles se confundem com aviões e bagunçam o controle do espaço aéreo. Apesar da explicação, esses pontos não poderiam ser vistos por olhos humanos, diferente do que aconteceu naquele dia”.

Outro envolvido no caso, Ozires Silva, corrobora com a opinião de Sérgio, mas nutre incertezas sobre o que aconteceu. "Claro que pode haver vida fora da Terra. Mas que nós possamos nos comunicar com eles e eles se comunicarem conosco me parece muito pouco viável. As distâncias no espaço sideral são de tal ordem que é muito difícil haver comunicações entre planetas, mesmo do Sistema Solar". Mesmo o relato não constando nos registros oficiais, Ozires conta que dividiu com Alcir a tarefa de pilotar a aeronave naquela noite. Sobre o evento, o piloto declarou: “Eu fui piloto por muitos anos e nunca tinha visto algo como aquilo. Era ágil demais, impossível que houvesse um humano dentro dela. Eu não sei se era disco, mas era um brilho muito forte”.

Após o ocorrido, o então Ministro da Aeronáutica, o brigadeiro Júlio Moreira Lima, afirmou para os pilotos que o fato seria apurado pela entidade. De fato, foi, mas o resultado do dossiê elaborado em 1986 foi mantido em sigilo até 2014. No documento, há o relato dos pilotos que alegam terem visto no céu pontos de luz que mudava de cor e se movimentavam com uma velocidade incrível. Segundo o relatório, que ganhou o nome de Possível Aparecimento de Ovini em São Jose dos Campos e Anápolis, “os fenômenos eram sólidos e refletem de certa forma inteligências, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores”.

Os relatórios, hoje, fazem parte do acervo do Arquivo Nacional e podem ser acessados pela internet. O Comando da Aeronáutica declarou, 30 anos após o evento, que “não dispõe de estrutura e de profissionais especializados para realizar investigações científicas ou emitir parecer a respeito desse tipo de fenômeno aéreo”. 🛸🔰❓🔰 🛸

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terça-feira, 18 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 18.05.21 - 48 Anos da Morte de Araceli Cabrera

🖤😭⚰️ 👧 ⚰️😭🖤

✝️ 🚓 O sequestro de uma criança, no dia 18 de maio de 1973, é a mais alta e cruel prova de como a ditadura militar brasileira de 1964 impactou pessoas inocentes. O regime ditatorial contribuiu para queimar os arquivos de um crime, que aniquilou a vida de uma garotinha, chamada ARACELI CABRERA SÁNCHEZ CRESPO, brutalmente assassinada quando tinha apenas 8 anos de idade.

O crime ocorreu no estado do Espírito Santo, numa sexta-feira comum para a família de Araceli. Como sempre, ela saiu de casa, no bairro de Fátima, na Serra, e foi estudar na Escola São Pedro, na Praia do Suá, em Vitória. Após as aulas acabarem, em seu caminho de volta para a casa, Araceli retornaria, como de costume, mais cedo. Isso pois sua mãe, Lola Cabrera Crespo, solicitou à escola que assim fosse, por conta do horário do ônibus que a menina pegava todos os dias. Mas naquele dia tudo mudou, segundo uma testemunha, que viu a criança pela última vez. Era um adolescente, que estava em um bar entre o cruzamento das avenidas Ferreira Coelho e César Hilal, em Vitória, a alguns minutos de onde Araceli estudava. Mais tarde, ele contou à polícia que, na época, percebeu que a garotinha não tinha entrado no ônibus. Em vez disso, a menina estava brincando com um gato no bar. Depois daquilo, ela jamais foi vista novamente.

Quando anoiteceu, no mesmo dia, o pai de Araceli, Gabriel Sanchez Crespo, iniciou as buscas pela filha. O corpo dela só foi encontrado no dia 24 de maio, totalmente desfigurado, em uma mata nos fundos do Hospital Infantil, em Vitória. Exames de autópsia confirmaram que, de fato, o cadáver era da criança desaparecida. O responsável por encontrar o corpo foi o policial Ronaldo Monjardim, junto com o seu pai. As investigações sobre o cadáver da menina foram atrapalhadas, pois grande parte das testemunhas estavam sendo ameaçadas. 

São muitas as versões do crime que foram analisadas pela Polícia. No entanto, há três principais suspeitos do assassinato de Araceli: Dante de Barros Michelini (o Dantinho), Dante de Brito Michelini (pai de Dantinho) e Paulo Constanteen Helal. Dantinho era um latifundiário que gozava de enorme influência junto ao governo militar. A versão da morte da menina que envolve ele afirma que Araceli foi raptada por Paulo Helal, no bar, logo após ela deixar o colégio. No mesmo dia, a menina teria sido sequestrada e levada para o então Bar Franciscano, na Praia de Camburi, que pertencia a Dantinho. Lá, a criança foi estuprada e mantida em cárcere privado sob efeito de drogas. Os entorpecentes foram ministrados pelo filho de Dantinho e por Paulo Helal, que teriam cometido a violência sexual contra a criança. Como a menina foi muito dopada, perdeu a consciência e entrou em coma. Mas aí foi tarde demais: quando foi encaminhada ao hospital, já estava morta. Paulo Helal e Dantinho teriam então jogado o corpo de Araceli no matagal, que fica atrás do Hospital Infantil, em Vitória. 

Segundo denúncia do promotor Wolmar Bermudes, revelada em entrevista ao programa Globo Repórter de 1977, Dantinho passou a usar a sua influência com oficiais da ditadura para não ser condenado pelo crime. O homem tinha forte ligação com a polícia capixaba e a usou para dificultar o trabalho de investigação dos policiais. Durante o julgamento, Paulo Helal e Dantinho negaram conhecer Araceli ou qualquer outro membro da família Cabrera Crespo. Em 1980, o juíz Hilton Silly definiu uma sentença para os acusados. Paulo Helal e Dantinho deveriam cumprir 18 anos de reclusão e o pagamento de uma multa de 18 mil cruzeiros. Dante Michelini (filho de Dantinho), por outro lado, foi condenado a 5 anos de encarceramento.

O novo juíz responsável pelo caso escreveu uma sentença de mais de 700 páginas que absolvia os acusados por falta de provas. O processo foi engavetado e até hoje permanece sem solução. Segundo o relato do autor José Louzeiro, que escreveu o livro Araceli, Meu Amor, o caso sobre a morte da criança resultou em 14 óbitos - seja de possíveis testemunhas, até pessoas interessadas em desvendar o crime. Ele próprio, enquanto pesquisava sobre o homicídio em Vitória, durante a produção do livro, teria sido alvo de uma tentativa de queima de arquivo.

Sobre o caso Araceli também ocorreram denúncias de subornos a policiais e álibis forjados. Entre os mortos durante as investigações estão o jovem de 17 anos Fortunato Piccin; Jorge Michelini; o sargento e agente do serviço de inteligência da PM José Homero Dias; e o traficante José Paulo dos Santos, conhecido como “Paulinho Boca Negra”. O assassinato de Araceli fez com que o Congresso Nacional instituísse o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, conforme Lei Nº 9.970, de 17 de maio de 2000. Se estivesse viva, Araceli estaria com 57 anos. Sua mãe ainda está viva, morando na Bolívia, seu pai já é falecido. A memória da garotinha é lembrada todo dia 18 de maio. 😞😓😥😢😭

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#historiacriminalbrasileira
#dianacionalcontraabusodecriancaseadolescentes

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HOJE NA HISTÓRIA - 18.05.21 - 240 Anos da Morte de Tupac Amaru II

⚰️😭 👊🏾🇵🇪👊🏾 😭⚰️

💣⛓️ Há 240 anos, em 18 de maio de 1781, no atual departamento de Cusco, então parte do Vice-Reino do Peru, era assassinado o caudilho José Gabriel Condorcanqui Noguera, mais conhecido como José Gabriel TUPAC AMARU II, líder da maior rebelião anticolonial da América Latina, conhecida como a Grande Rebelião, que começou em 4 de novembro de 1780.  Túpac Amaru, que em quíchua significa "serpente brilhante", era filho de Túpac Amaru I, o último Inca de Vilcabamba executado pelos anfitriões espanhóis no século XVI, de quem herdou o curacazgo de Surimana, Tungasuca e Pampamarca. De origem mestiça, o último rei Inca teve uma educação através dos jesuítas e no século XX inspirou revolucionários, como o próprio Che Guevara.
No comando da revolução da independência, ele foi o primeiro líder inca a exigir a libertação de todos os povos submersos pela coroa real da Espanha, não só no nível político, mas também em qualquer nível de exploração comercial. 

Após derrotar os espanhóis na batalha de Sangarara, Tupac Amaru II foi traído por um dos seus oficiais que o entregou aos europeus, enquanto o líder revolucionário rumava às montanhas para reunir suas tropas. Amaru foi submetido a torturas para delatar onde estava seus oficiais, mas ele se negou a passar as informações. No dia 18 de maio de 1781, o líder rebelde presenciou a morte de sua esposa, dois dois filhos e de aproximadamente 50 rebeldes na praça central de Cusco. Depois, foi amarrado a quatro cavalos, que deslocaram os seus membros. Depois, um carrasco espanhol decapitou e mutilou o corpo do primeiro líder revolucionário que lutou pela independência de seu povo na América do Sul.

Hoje, Tupac Amaru II é lembrado como o líder que deu início ao processo de independência do Peru e, com ele, de toda a América espanhola. Foi considerado de política plural, unindo índios, mestiços, crioulos e, até mesmo, espanhóis na causa da emancipação, e nos deixa uma brilhante história inspiradora para enfrentar dias difíceis. 👊🏾👊🏾👊🏾

#240anosdamortedetupacamaru
#historialatinoamericana

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📖 Créditos do texto 📺 Canal History Latino America.

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segunda-feira, 17 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 17.05.21 - Dia Internacional Contra a Homofobia

👊 🧑🏼💚🧑🏾‍🦲 🌈 👩🏻‍🦱💜🧑🏽‍🦰 👊

🏳️‍🌈 Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Por conta deste marco na luta contra o preconceito foi criado o Dia Internacional contra a Homofobia oficialmente declarado em 1992. A data é celebrada no mundo inteiro, com marchas, beijaços e diversos eventos para conscientização das pessoas. O dia não marca apenas a luta dos homossexuais, mas também dos transgêneros, travestis e bissexuais. Apesar de todos os avanços alcançados nos direitos dos LGBTs, a data não é uma comemoração, mas símbolo da luta por direitos humanos e pela diversidade sexual, contra a violência e o preconceito.

Entre os país que realizam levantamentos do tipo, o Brasil é o país que mais mata pessoas por homofobia e transfobia. Foram 445 mortos em crimes motivados por ódio e discriminação no ano passado, estudo do Grupo Gay da Bahia (GGB). Essa pesquisa se baseia principalmente em informações veiculadas pelos meios de comunicação. O fenômeno pode ser ainda maior, uma vez que muitos casos não chegam à mídia.

Em 2018 foi assinado o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica. Com ele, governo federal e os estados buscariam ações que combatessem o preconceito. Entre as conquistas, o casamento igualitário, que já é reconhecido desde 2013, foi considerado um dos maiores marcos. No Congresso ainda tramita um projeto de lei que criminaliza a homofobia.

A homossexualidade passou a ser vista como patologia por volta do fim do século XIX. Em 1886, o psiquiatra alemão Richard von Krafft-Ebing definiu-a como "um distúrbio degenerativo". Essa crença rendeu uma série de preconceitos médicos por cerca de cem anos. Após 1990 ficou reconhecido que este comportamento é apenas um traço da personalidade, não um distúrbio da mente. De acordo com a OMS, após a retirada da homossexualidade do CID, houve uma rejeição das "terapias de conversão" e de conceitos como o de "cura gay", procedimentos que não possuem embasamento científico. Além disso, atualmente está havendo uma conscientização maior de que a identidade transgênero também não se qualifica como um distúrbio. 🏳️‍🌈👨‍❤️‍👨🏳️‍🌈👩‍❤️‍👩🏳️‍🌈

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📖 Créditos do texto 🖱️ Sites da VEJA.COM, E.B.C., e Canal History Brasil.

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domingo, 16 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 16.05.21 - 78 Anos do Fim da Revolta do Gueto de Varsóvia

✡️ 👊😠👊 ✡️

🕎💣Houve, em 1943, um grande evento da resistência contra o nazismo, que acabou em uma horrenda chacina. Trata-se do Levante do Gueto de Varsóvia, trecho da capital polonesa onde os judeus eram confinados. Os quais posteriormente, optaram pela luta armada contra a ocupação alemã e a perseguição racial. O Gueto de Varsóvia era uma das maiores concentrações urbanas de comunidade judaica, um dos corações do Holocausto. Foi um espaço de despojo de minorias de origem judaica estabelecido pelos nazistas como forma de conter, esconder e diminuir as condições de vida dos judeus na Polônia.

Em 1943, nesse gueto, viviam famílias judaicas que tentavam resistir. No processo de extermínio do fim da guerra, mais de 300 mil pessoas já tinham sido deslocadas ao campo de concentração de Treblinka, próximo ao complexo de Auchwitz-Birkenau e os que restavam no gueto já tinham plena noção do que os esperava. Em geral, esses contingentes levados de Varsóvia eram assassinados logo ao chegarem de trem ao campo. Cientes do destino fatal na indústria da morte patrocinada pelo Reich, os varsovianos optaram pela opção mais digna: era melhor morrer lutando e matando nazistas invasores do que se sujeitar ao extermínio na câmara de gás.

Seguindo essa lógica, em 19 de abril de 1943, os judeus do gueto iniciaram um levante em resistência aos planos genocidas de Hitler e a ocupação militar do país pelas forças armadas alemãs. Com um contingente de 1,5 mil pessoas, os judeus do gueto iniciaram a revolta com armas de fogo e pedras contra o policiamento nazista, que logo foi reforçado por um exército de 3 mil homens, comandados pelo então Brigadeführer da SS Jürgen Stroop.

O gueto estava em grande desvantagem. O que lhes favorecia era o conhecimento do terreno, pois eles atiravam e agrediam os nazistas entre as vielas e becos da cidade. Como represália, as tropas alemãs começaram a derrubar, uma à uma, as casas do complexo, destruindo as bases da revolta. Depois de dias de batalha, as chances de vitória pareciam nulas. Muitos optaram pelo suicídio (que tem um peso negativo forte no judaísmo) à câmara de gás. A resistência se manteve, mesmo que com a consciência de sua inutilidade.

O avanço nazista foi destruindo o gueto. No dia 16 de maio de 1943, portanto há 78 anos, os nazistas chegaram à sinagoga do gueto, explodindo-a. Isso marca o fim do levante e a completa derrota dos revoltosos. Os judeus que mantiveram o levante foram todos assassinados. Por ordens de Hitler, todo o gueto foi reduzido a ruínas e as obras completamente destruídas. Os alemães construíram sobre o gueto um campo de contenção de prisioneiros políticos e militantes polacos, levados lá para serem exterminados. Depois, foi montado naquele espaço o campo de concentração KL Warschau.

Por vezes é feita confusão entre a revolta no gueto de Varsóvia de 1943 com a revolta de Varsóvia de 1944. São eventos separados no tempo e tinham objetivos diferentes. O primeiro, no gueto, era uma opção desesperada pela morte em combate, por pessoas que sabiam que a morte os esperava num campo de extermínio, com a escolha feita no último momento, quando ainda havia a força para combater. A segunda revolta foi o resultado de acção coordenada. No entanto, também houve ligações entre os eventos. Alguns dos combatentes da revolta do gueto tomaram parte nas lutas posteriores. A brutalidade das forças nazis foi semelhante nos dois casos. Alguns dos líderes da revolta de Varsóvia tomaram inspiração nos combates do gueto. 💀✡️💀✡️💀

#78anosdofimdarevoltadoguetodevarsovia
#historiadasegundaguerramundial

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📖 Créditos do texto 🖱️ Sites da Revista Aventuras na História e Wikipedia.

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sábado, 15 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 15.05.21 - 25 Anos do Lançamento do Álbum Afrociberdelia

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🎧📀 Há 25 anos era lançado o segundo álbum da banda Chico Science & Nação Zumbi: "AFROCIBERDELIA", eleito em 2007 como um dos 100 discos mais importantes da música brasileira e foi o último álbum de Chico Science, que morreria pouco menos de um ano depois, em um acidente automobilístico. O álbum foi produzido por Eduardo BiD e gravado no estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro. Com presença mais forte de elementos de música eletrônica e de hip hop que seu antecessor, "Da Lama ao Caos", ele chegaria ao disco de ouro em abril de 1997.

O primeiro sucesso de Afrociberdelia foi a versão de "Maracatu Atômico" (composta por Jorge Mautner e Nelson Jacobina, em 1972), mas músicas como "Manguetown" (que ganhou clipe dirigido por Gringo Cardia) e "Macô" acabaram se tornando clássicos do grupo. Em 1997, a pesada "Sangue de Bairro" foi incluída na trilha sonora do filme "Baile Perfumado" e também ganhou videoclipe. Um remix de "Maracatu Atômico", feito pelo DJ Soul Slinger, foi incluído na coletânea "Red Hot + Rio", que se destina a promover a conscientização sobre a AIDS.

Com 23 faixas, entre elas algumas instrumentais e três remixes, o álbum contou com as participações especiais de Fred 04 ("Samba do Lado"), Gilberto Gil e Marcelo D2 (vocais em "Macô"). Afrociberdelia apresenta claras influências da diversidade cultural pernambucana como o maracatu por exemplo, mas flertando com o rock, o funk, o rip hop, etc. A simbiose desses ritmos não poderia deixar de ser um trabalho aclamado pela crítica e que até hoje, 25 anos depois de seu lançamento, ainda influencia muitos músicos no país. Chico Science & Nação Zumbi elevaram a cena musical pernambucana nos anos 90 do século passado aos topos das principais paradas musicais do Brasil e do mundo. A musicalidade afro e psicodélica de Afrociberdelia resistiu ao tempo e se tornou uma das principais obras do movimento mangue-beat pernambucano. 👏👏👏👏👏👏

#25anodoalbumafrociberdelia
#historiadamusicapernambucana

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📖 Fontes 🖱️ Wikipedia e JC-On-Line. 

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HOJE NA HISTÓRIA - 15.05.21 - 5 Anos da Morte de Cauby Peixoto

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✝️😭⚰️ Ele não esperou a segunda-feira chegar. Na noite daquele domingo, 15 de maio, antes mesmo dos primeiros sons da madrugada seguinte, morreu CAUBY PEIXOTO, considerado pela crítica especializada um dos mais importantes intérpretes da música brasileira. Aos 85 anos, o cantor estava internado com pneumonia havia seis dias, no hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista. Doente desde abril daquele ano, Cauby subiu ao palco pela última vez doze dias antes de morrer, na noite de 3 de maio, quando se apresentou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro ao lado da cantora Ângela Maria, com quem estava em turnê de comemoração dos 60 anos de carreira de cada um deles. No repertório, estavam sucessos como “Vida de bailarina”, “Cinderela”, “Gente humilde”, “Bastidores”, “Babalu” e o clássico “Conceição”. 

Cauby Peixoto Barros, ou simplesmente Cauby Peixoto nasceu no dia 10 de fevereiro de 1931, em Niterói, no Rio de Janeiro. Na infância e adolescência, Cauby chegou a cantar nos coros da escola e da igreja, tendo trabalhado como comerciário até ter coragem de participar de programas de calouros em emissoras de rádio cariocas, no fim da década de 1940. Foi lá que ele começou a mostrar seu talento, proveniente da sua família de músicos.

Gravou em torno de 60 discos e mais de 20 CDs. Gravou seu primeiro disco, em 1951, com o samba "Saia branca", de Geraldo Medeiros, e a marcha "Ai, que carestia!", de Victor Simon e Liz Monteiro. Em 1952, mudou-se para São Paulo, onde cantou em boates e também se apresentou na Rádio Excelsior. Rapidamente Cauby se transformou em ídolo do rádio, no elenco da rádio Nacional, até substituir o fenômeno Orlando Silva. Passou a ser perseguido e muitas vezes teve as roupas rasgadas pelas fãs. 

Como tinha grande facilidade para interpretar canções em inglês, conseguiu fazer sucesso no mercado norte-americano. Convidado para uma excursão aos EUA, gravou com o nome artístico de Ron Coby um LP com a orquestra de Paul Weston. Em 1957, Cauby foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma canção de rock em português, "Rock and Roll em Copacabana", composta por Miguel Gustavo.

Em 1959, realizou uma temporada de 14 meses nos EUA, onde apareceu na televisão e gravou, em inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o nome de "I go". Em uma terceira visita aos EUA, participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Na década de 60, realizou shows em diversas boates e clubes. Nos anos 70, fez apresentações em programas de TV no Rio de Janeiro e também curtas temporadas em casas noturnas do Rio e de São Paulo. Em 1980, quando completou 25 anos de carreira, lançou o disco "Cauby, Cauby", com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Em 1982, lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores em disco. Seis anos depois, participou do LP duplo "Há sempre um nome de mulher", para a Campanha do Aleitamento Materno. Em 1993, foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio Sharp. Em 1998, foi lançado o CD "20 super sucessos - O professor da MPB - Cauby Peixoto". Em 2010, gravou o seu primeiro trabalho em Blu-ray, com o show "Cauby canta Sinatra", onde interpretou músicas imortalizadas na voz do cantor norte americano. Em 2002, foi lançada uma biografia autorizada, "O astro da canção", escrita pelo jornalista Rodrigo Faour.

Seu corpo foi velado com honrarias no salão da Assembleia Legislativa de São Paulo, e o túmulo, no cemitério de Congonhas, é visitado regularmente regularmente até hoje. 👏👏👏👏👏👏

#5anosdamortedecaubypeixoto
#historiadamusicapopularbrasileira

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📜 Créditos do texto:

📺 Canal History Brasil
📖 Nunes, Valentina. 365 Dias Que Mudaram A História Do Brasil. Planeta. Edição do Kindle. 

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sexta-feira, 14 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 14.05.21 - 73 Anos da Criação do Estado de Israel

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🙇‍♀️🙇‍♂️ O Estado de Israel completa hoje, dia 14 de maio de 2021, seus 73 anos de criação pela O.N.U., após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após séculos de perseguições, que incluem desde as fogueiras da Inquisição católica, passando pelos pogrons russos, até chegar ao holocausto feito pelos nazistas (shoá), os judeus que mantiveram suas raízes culturais alinhadas principalmente com sua religiosidade, puderam migrar para um território onde pudessem ter seu próprio Estado. As origens do sionismo remonstam ao final do século XIX com as ideias do jornalista Theodor Herzl. A discussão em torno da partilha da Palestina (cujo território era controlado pelos britânicos nessa época) ganhou notariedade após os seis milhões de mortos nos campos de concentração nazista. A O.N.U. em assembleia presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha aprovou o plano de partilha que prévia a criação de dois Estados: um judeu e outro árabe (palestino). Em 16 de maio de 1948, Ben Gurion declara a independência do Estado de Israel, com capital em Tel Aviv. Os árabes não reconheceram o plano de partilha e atacaram Israel. O impasse entre judeus e árabes está no cerne da chamada "questão palestina" que deu origem a quatro conflitos regionais, vários levantes populares (como a intifada), atentados e elevado número de mortos. Até hoje a região é geopoliticamente instável com conflitos na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Apoiado pelos Estados Unidos, o governo israelense mantém uma política externa ofensiva aos palestinos que reivindicam territórios controlados pelos israelenses, que revidam às agressões com uso de armas balísticas de médio e longo alcance. Milhares de pessoas morreram ao longo de décadas de confrontos que estão longe de serem solucionados. 💣💥🔥🏘️😭

#73anosdacriacaodoestadodeisrael
#historiadoorientemedio

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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quinta-feira, 13 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 13.05.21 - 133 Anos da Abolição da Escravatura

👊🏾 🧑🏾⛓️👨🏾⛓️🧑🏾‍🦱⛓️🧓🏾 👊🏾

📜 A assinatura da lei N°3353 pela princesa-regente Isabel acabava oficialmente com a escravidão no Brasil, após um processo longo e gradual, pautado pelos interesses dos escravocratas, que tinham neles sua maior fonte de mão-de-obra, principalmente os cafeicultores paulistas. Cabe destacar o protagonismo negro nas ações que resultaram no processo abolicionista, como por exemplo, a formação dos quilombos, as fugas das fazendas e a formação das Irmandades dos Homens Pretos em várias paróquias. Respaldar o mérito da causa abolicionista apenas à princesa Isabel ou à um grupo de letrados brancos das classes médias, é apagar da História que foram os próprios negros que mais lutaram pela sua liberdade.

A abolição, entretanto, não significou a liberdade total para os negros; muito pelo contrário, expulsos do trabalho não-qualificado das fazendas, sem instrução, nem recursos para recomeçar uma nova vida, os negros foram abandonados à própria sorte, engrossando ainda mais o contingente de miseráveis e excluídos. Na prática, trocaram o frio e a sujeira das senzalas pela dura realidade das favelas, expostos à fome, ao desemprego e à violência. Como cidadãos de segunda classe, ainda hoje seus descendentes lutam por espaços na sociedade, contra o racismo e o preconceito, e a demonização de suas religiões e religiosidades. O 13 de maio persiste como ponto de partida para novas lutas, e não como ponto final de um processo de segregação e exploração de um povo. 💪🏾👊🏾👊🏾👊🏾💪🏾

#133anodasabolicaodaescravatura
#historiaafrobrasileira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Saiba mais lendo o post completo no nosso blog 💻 https://josericardope.blogspot.com/2011/05/questao-abolicionista-no-brasil.html 🙂

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HOJE NA HISTÓRIA - 13.05.21 - 40 Anos do Atentado ao Papa João Paulo II

💒 🔫 👴🏻 🔫 💒

😱 Há quarenta anos, dia 13 de maio de 1981, um atirador disparou contra o Papa João Paulo II diante de milhares de pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano. O pontífice passava em um carro aberto cumprimentando os fiéis, no dia da Audiência Geral, quando foi atingido por duas balas. Além dele, duas mulheres também ficaram feridas. Aos 60 anos, João Paulo II passou por uma cirurgia de cerca de cinco horas e precisou retirar parte do intestino. Naquele dia, a Igreja Católica celebrava Nossa Senhora de Fátima, a quem o Papa atribuiu o milagre de estar vivo.

O responsável pelo atentado foi identificado como Mehmet Ali Ağca, de 23 anos. Natural da Turquia e integrante de um grupo extremista, o homem estava foragido de uma prisão turca, acusado de assassinato. Em dezembro de 1983, João Paulo II visitou o presídio na Itália onde estava o atirador Ali Ağca. O encontro dos dois durou 20 minutos mas o teor da conversa não foi revelado.

A batina manchada de sangue que o Papa João Paulo II vestia na hora do atentado está em um Santuário construído no local onde funcionava a fábrica em que o Papa trabalhou na juventude, em Cracóvia, na Polônia. Uma das balas que o atingiu foi doada ao Santuário de Fátima, em Portugal, e colocada na coroa da Santa. O turco Mehmet Ali Ağca cumpriu pena de 19 anos na Itália e mais dez anos em seu país. Em 2010, tornou-se um homem livre. Em 2014, voltou ao Vaticano, visitou o túmulo do Papa João Paulo II e deixou um buquê de rosas brancas. 🌼🌼🌼

#40anosdoatentadoaopapajoaopauloII
#historiadoterrorismo

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📖 Créditos do texto 📺 Agência Brasil - EBC

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HOJE NA HISTÓRIA - 13.05.21 - 140 Anos do Nascimento de Lima Barreto

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📚 Há 140 anos nascia um dos mais promissores escritores brasileiros: LIMA BARRETO. Em seus textos, jornalísticos ou literários, Lima Barreto costumava criticar os políticos desonestos e mostrar as injustiças e as desigualdades sociais. Denunciava também a discriminação racial, de que ele próprio era vítima, por ser negro e neto de escravos. Hoje, é considerado um dos maiores escritores brasileiros. Seus livros já foram traduzidos para vários idiomas.

Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881. Era filho do tipógrafo João Henriques de Lima Barreto e da professora Amália Augusta, ambos de origem humilde. Os dois valorizavam a educação e a cultura. Lima Barreto era afilhado do visconde de Ouro Preto, um político influente da época, por isso recebeu uma educação de qualidade apesar das poucas condições da família.

Amália Augusta morreu em 1888, quando Lima Barreto tinha 7 anos. No mesmo ano, a escravidão foi abolida no Brasil, na data de seu aniversário: 13 de maio. No ano seguinte, 1889, o Brasil deixou de ser monarquia e se tornou república. Para os escravos libertos e para a população mais pobre, essas mudanças não significaram uma vida melhor. Muitos ex-escravos não conseguiam trabalho. Eles não tinham estudos nem recursos. A maioria das pessoas não conseguia um lote de terra para construir uma casa e plantar o que comer, porque a maior parte das terras pertencia a um pequeno grupo de proprietários.

João Henriques passou a sofrer de transtornos mentais. Lima Barreto, que estava na faculdade cursando engenharia, precisou abandonar os estudos para trabalhar e sustentar os irmãos mais novos. Tornou-se funcionário público e foi trabalhar no Ministério da Guerra. Trabalhou também na redação de vários jornais do Rio de Janeiro, como Correio da Manhã, Jornal do Comércio, Gazeta da Tarde e Correio da Noite, além das revistas Careta, Hoje e Fon-Fon!. Fazia reportagens, crônicas e artigos. Além disso, escrevia também romances e contos.

Lima Barreto produziu dezessete livros, mas grande parte deles foi publicada apenas depois de sua morte. Seu romance mais famoso é Triste fim de Policarpo Quaresma, publicado em 1915. O protagonista é um funcionário público fanático pelo Brasil. Ele acredita que o Brasil é o melhor em tudo, e chega a propor ao Congresso Nacional que o tupi-guarani passe a ser a língua oficial do país. É ridicularizado e enfrenta muitas dificuldades e desilusões. O romance é escrito em uma linguagem direta e próxima da fala cotidiana, com humor e ironia. É considerado o principal exemplo do pré-modernismo brasileiro, um período literário em que os escritores começavam a experimentar novas linguagens e a escrever sobre novos temas. Inspirado nele foi feito o filme "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil" (BRA/1998) dirigido por Paulo Thiago.

Lima Barreto escreveu também os romances Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909), Numa e a ninfa (1915), Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919) e Clara dos Anjos (1948). Seus artigos e crônicas foram reunidos em Os bruzundangas, Feiras e mafuás, Vida urbana e Marginália, entre outras coletâneas. Escreveu muitos contos, como “A nova Califórnia” e “O homem que sabia javanês”. Deixou suas memórias em Diário íntimo (1953) e O cemitério dos vivos (1953), que ficou inacabado.

Lima Barreto trabalhou muito, mas teve uma vida difícil e morreu na pobreza. Ele faleceu no Rio de Janeiro, no dia 1° de novembro de 1922 aos 41 anos. Em 2017 teve sua vida transcrita na célebre biografia Lima Barreto - Triste Visionário escrito pela historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, publicada pela Companhia das Letras, livro este que ganhou o Prêmio APCA 2017 de melhor biografia. 👏👏👏👏👏👏

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quarta-feira, 12 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 12.05.21 - Centenário de Ruth de Souza

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🎂 Comemoramos hoje o centenário de nascimento de uma das mais brilhantes e talentosas atrizes brasileiras: RUTH DE SOUZA, que se notabilizou pelo protagonismo negro nos palcos e telas do país. Em sua longa trajetória, de repercussão internacional, contrariou as construções estereotipadas de personagens negros. Ela foi a primeira atriz negra a atuar no Theatro Municipal e a primeira brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema (Festival de Veneza de 1954)

Ruth Pinto de Souza nasceu no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1921. Até os 9 anos de idade viveu com a família em uma fazenda em Porto do Marinho, pequena cidade do interior de Minas Gerais. Com a morte do pai, ela e a mãe voltam a morar no Rio de Janeiro, em uma vila de lavadeiras e jardineiras, no bairro de Copacabana. Interessa-se por teatro ainda menina, quando assiste a récitas no Municipal. Pela Revista Rio, toma conhecimento do grupo de atores liderados por Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro. Une-se ao grupo e faz sua estreia em O imperador Jones, de Eugene O’Neill, em 8 de maio de 1945, no palco do Municipal.

Por indicação de Paschoal Carlos Magno, recebe bolsa de estudo da Fundação Rockefeller e passa um ano nos Estados Unidos: na Universidade Harvard, em Washington, e na Academia Nacional do Teatro Americano, em Nova York. Em 1948, indicada pelo autor Jorge Amado, estreia no cinema em Terra violenta, adaptação do seu romance Terras do sem fim. Com direção do norte-americano Edmond Bernoudy, o filme tem ainda no elenco Anselmo Duarte, Maria Fernanda, Heloisa Helena e Ziembinski. A partir daí, sua carreira de atriz prossegue focada no cinema.

Participa de diversas produções das três empresas pioneiras: Atlântida, Maristela Filmes e Vera Cruz. Na Atlântida, roda Falta Alguém no Manicômio (1948) e Também Somos Irmãos (1959), ambos de José Carlos Burle, e A Sombra da Outra (1950), de Watson Macedo. Contratada para o elenco fixo da Vera Cruz, atua em Ângela (1951), Terra é Sempre Terra (1952) e Sinhá Moça (1953), todos dirigidos por Tom Payne, e Candinho (1954), de Abílio Pereira de Almeida, estrelado por Mazzaropi. Por seu desempenho em Sinhá Moça, torna-se a primeira atriz brasileira indicada para prêmio internacional: o Leão de Ouro, no Festival de Veneza de 1954, em que disputa com estrelas como Katherine Hepburn, Michele Morgan e Lili Palmer, para quem perde por dois pontos. Em 1958 filma Ravina, com Rubem Biáfora, um marco na cinematografia brasileira.

Muitas das personagens das peças e filmes nos quais trabalha ao longo das décadas de 1950 e 1960 remetem à resistência do corpo e à vivência negra na sociedade brasileira. Entre elas, a representação da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), autora do livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. A obra é adaptada para o teatro no ano seguinte, com texto de Edy Lima, direção de Amir Haddad (1937) e cenário de Cyro Del Nero (1931-2010). Ao lado da própria Carolina e do jornalista Audálio Dantas (1929-2018), visita a Favela do Canindé, onde a escritora morou, para compor as experiências narradas no livro.

Em 1959 vive um momento especial no palco, quando protagoniza Oração para uma Negra, de William Faulkner, com Nydia Licia e Sérgio Cardoso, no Teatro Bela Vista, em São Paulo. Com Roberto Farias aparece em Assalto ao Trem Pagador, em 1962, ao lado de Eliézer Gomes, Luíza Maranhão e Reginaldo Farias.

Depois de atuar em radionovelas, trabalha nos teleteatros da Tupi e da Record. Em 1969 integra o elenco da TV Globo e nela se torna a primeira atriz negra a protagonizar uma novela: A Cabana do Pai Tomás, na qual divide o estrelato com Sérgio Cardoso. Há 30 anos participa intensamente da teledramaturgia da emissora. Atravessando gerações, marca presença no cinema com cineastas mais jovens, como Walter Salles, em A Grande Arte (1991), Aluísio Abranches, em Um Copo de Cólera (1999), e Zito Araújo, em As Filhas do Vento (2004).

Em 1983, volta a interpretar Carolina Maria de Jesus na minissérie Caso Verdade: Quarto de Despejo, na Globo. Esta recriação, é elogiada pelo jornalista Artur da Távola (1936-2008) em O Globo por “traduzir a solidão, a tristeza e a certeza do abandono daquela mulher” e encontrar “uma forma de olhar desconfiada e temerosa, tão comum entre pessoas machucadas pela vida”. Em março de 2019, aos 97 anos, é homenageada no Carnaval carioca pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, com o samba-enredo “Ruth de Souza – Senhora Liberdade, abre as asas sobre nós”, que a celebra em versos como “talento é dom pra vencer/ preconceito não pôde calar”.

Ruth de Souza faleceu em 28 de julho de 2019, aos 98 anos, de pneumonia. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Penitência. Seu exemplo de protagonismo negro ainda hoje inspira atores, produtores e diretores artísticos. 👏👏👏👏

#centenarioderuthdesouza
#historiadadramaturgiabrasileira

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HOJE NA HISTÓRIA - 12.05.21 - 13 Anos da Morte de Irena Sendler

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✝️ Há 13 anos voltava para os céus um anjo, aquela que merecidamente recebeu o título de "o anjo de Varsóvia. Estamos fala de IRENA SENDLER, ativista polonesa na época da Segunda Guerra Mundial, responsável por salvar a vida de mais de 2.500 crianças judias dos horrores do Holocausto. À época da ocupação alemã, Irena era assistente social na Polônia. Trabalhando com enfermeiras, fazia refeições para os mais pobres e necessitados. Em meados da década de 1930, já tinha sido disciplinada por ser contra as discriminações acadêmicas contra os judeus e por ter influências comunistas. Uma de suas maiores preocupações eram os filhos nascidos fora de casamento, bem como suas mães, já que ambos eram marginalizados. 

Com a ocupação nazista, ela manteve seu emprego, conseguindo autorização dos alemães para frequentar o Gueto de Varsóvia, a fim de verificar se os habitantes não estavam com tifo (os nazistas temiam uma epidemia que atingisse, também, a eles). Ela se juntou à resistência polonesa, a maior dentre os países ocupados na guerra e responsável pelo resgate do maior número de judeus no conflito, mais do que qualquer outra organização ou nação aliada. Filiou-se à Zegota, um conselho oficial polonês para o resgate de judeus, tornando-se líder da divisão que cuidava das crianças, sob o codinome Jolanta.

Quando transitava pelos Guetos, Irena sempre usava a braçadeira com a Estrela de Davi para mostrar solidariedade aos judeus e não chamar a atenção dos alemães. Ela, secretamente, tirava as crianças dos guetos e fornecia identidades falsificadas. Levava-as, então, para casas de famílias dispostas a adotá-las, orfanatos e até conventos católicos. Tentava, também, manter listas das identidades dos infantes que resgatava, a fim de devolvê-los para suas famílias caso essas sobrevivessem à guerra.

Em 1943, a Gestapo, suspeitando das atividades de Irena, prendeu-a. Mesmo sob tortura, não revelou nada do que tinha feito, nem um nome sequer de alguém que tinha salvo. Ainda assim, foi condenada à morte por fuzilamento. No dia de sua execução, um dos guardas alegou que ainda precisava fazer-lhe algumas perguntas. Quando se afastaram, ele mandou que ela corresse para longe dali, tendo sido subornado pela Zegota. Ela foi dada como morta pelos nazistas e, sob nova identidade, continuou ajudando as crianças como podia.

Quando a guerra terminou, Irena continuou seu trabalho como ativista, além de ter construído uma carreira no governo da República Popular da Polônia, dominada pelos soviéticos. Logo obteve um certo reconhecimento pelas suas ações no conflito, com sua foto saindo em jornais e revistas. Isso levou muitas pessoas a ligarem para ela, dizendo: “eu me lembro do seu rosto. Você me tirou do Gueto. Você salvou a minha vida”. Anteriormente, as crianças só a tinham conhecido por seu codinome. Foi amplamente condecorada tanto na Polônia quanto por diferentes países e organizações, inclusive pelo Yad Vashem, o memorial israelense que lembra as vítimas do Holocausto. 

Sua história foi contada no filme O Coração Corajoso de Irena Sendler (The Courageous Heart of Irena Sendler. EUA/2009) dirigido por John Kent Harrison baseado na Die Mutter der Holocaust-Kinder: Irena Sendler und die geretteten Kinder aus dem Warschauer Ghetto, que a autora polonesa Anna Mieszkowska escreveu sobre a vida de Irena Sendler. Irena Sendler morreu aos 98 anos em 15 de maio de 2008, portanto há 13 anos, coincidentemente no dia internacional da enfermagem. Sobre seus atos, a ativista afirmava, com nobreza: “Toda criança salva com a minha ajuda é a justificativa da minha existência na Terra, não um título para glorificar”. 👏👏👏👏👏👏

#13anosdamortedeirenasandler
#historiadasegundaguerramundial

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Site da Revista Aventuras na História.

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terça-feira, 11 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 11.05.21 - 40 Anos da Morte de Bob Marley

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✝️⚰️😭 Há quarenta anos perdíamos o maior ícone do reggae internacional: BOB MARLEY! Considerado um ídolo a altura de Elvis Presley ou John Lennon, ele é o mais famoso músico de reggae de todos os tempos. Suas composições falam das lutas e da pobreza enfrentadas pelos moradores das Antilhas.

Robert Nesta Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945, na vila de Nine Miles, em Saint Ann Parish, na zona rural da Jamaica. Sua mãe, Cedella Malcolm, era negra; seu pai, Norval Marley, era branco. A família de Norval desaprovava o casamento dele com Cedella, e durante a infância Marley raramente via o pai.

Marley passou seus primeiros anos de vida em Nine Miles. Na adolescência, morou no bairro de Trench Town, em Kingston, capital da Jamaica. A pobreza e as influências culturais de Trench Town foram especialmente importantes para a música de Marley.

Bob foi casado com Rita Marley, mãe de quatro de seus 12 filhos (dois deles adotados). Entre eles estão Ziggy e Stephen Marley, que deram sequência ao legado musical do pai na banda Melody Makers. Outros filhos, Kymani, Julian e Damian (Jr. Gong) também seguiram no meio musical. 

No início da década de 1960, Marley e vários de seus amigos formaram uma banda. O grupo se apresentava com o nome de Bob Marley & The Wailers. Seu primeiro grande sucesso veio em 1963: “Simmer Down”, uma canção que deu voz aos pobres que viviam nas áreas urbanas da Jamaica. Marley logo se tornou um artista de sucesso. Suas canções — uma combinação de rhythm and blues, rock e reggae — ajudaram a tornar o reggae popular no mundo todo.

Além da carreira musical, Marley era ativo na área política. Um de seus principais atos foi tentar reconciliar grupos jamaicanos que lutavam pelo controle do país. Para isso, ele organizou, em 1978, o concerto chamado One Love (Um Só Amor), o que lhe rendeu um prêmio do governo em reconhecimento por seus esforços. 

Em julho de 1977, Bob Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que não cicatrizava e que resultou na queda de sua unha. Marley descobriu que estava com um tipo de câncer de pele, e os médicos o aconselharam a amputar o dedo. O músico se recusou por conta dos seus princípios rastafáris em que não se deve cortar ou amputar qualquer parte do corpo. Alguns anos de morrer, em 1977, Marley teria se convertido aos cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado. A esta altura, contudo, o câncer havia se espalhado – estava no seu cérebro, pulmão e estômago.

Durante uma turnê no verão de 1980, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park, em Nova York. Depois disso, foi fazer um tratamento na Alemanha, que acabou não dando resultado. Por conta da doença, o astro da música morreu aos 36 anos, no dia 11 de maio de 1981, em Miami, nos Estados Unidos. Após a sua morte, a data de seu aniversário, no dia 6 de fevereiro, foi decretada feriado nacional na Jamaica. Bob Marley e sua música se tornaram ainda mais conhecidos pelo mundo após a morte do artista. Legend, um álbum com canções de Marley lançado em 1984, é o disco de reggae mais vendido de todos os tempos. 👏👏👏👏👏👏

#40anosdamortedebobmarley
#historiadamusicainternacional

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📖 Créditos do texto:

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segunda-feira, 10 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 10.05.21 - 84 Anos do Massacre do Caldeirão do Deserto

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🌞🌵 Quem é do Cariri, no Ceará, com certeza sabe quem foi José Lourenço Gomes da Silva, o paraibano que saiu cedo de casa, em Pilões de Dentro, para lidar com gado nas fazendas da região, e que, em 1890, ao reencontrar a família em Juazeiro do Norte, no sertão cearense, conquistou a amizade e a liderança de padre Cícero Romão Batista, o Padim Ciço. Depois de integrar seitas que rezavam em cemitérios pelas almas do Purgatório e que praticavam autoflagelação para se purificar dos pecados, Lourenço arrendou o sítio Baixa Dantas, no Crato, e formou uma comunidade autossustentável e ecológica. Lá, entre 1894 e 1926, foi desenvolvida a primeira experiência de trabalho coletivo igualitário do Brasil.

Mas foi lá que ocorreu, também, um dos episódios mais sangrentos da luta pela posse da terra. Crime que, apesar do pouco conhecimento da sociedade, é considerado por ativistas dos direitos humanos comparável à Guerrilha do Araguaia. Trata-se do Massacre do Caldeirão, praticado por tropas do Exército e da Polícia Militar do Ceará, em 10 de maio de 1937. Naquele dia, foi dizimada a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que era liderada pelo beato José Lourenço. Acostumados a sobreviver com o que produziam dividido de forma igualitária, frequentando escola e igreja da comunidade, os humildes e destemidos trabalhadores rurais foram encarados como “socialistas periculosos” e, como tal, assassinados de forma covarde.

O ataque criminoso à comunidade começou com um bombardeio aéreo, seguido de assalto das tropas de infantaria, no solo. Os militares com armas potentes, como metralhadoras, fuzis, revólveres e pistolas, além de foices, facas e facões, não deram a mínima chance de reação, sequer de fuga, a homens, mulheres, adolescentes, velhos e crianças, inclusive doentes. O assassinato coletivo de cerca de setecentos camponeses ocorreu na localidade de Mata Cavalos, na Serra do Cruzeiro, ou Chapada do Araripe. Em nome de fazendeiros e coronéis do sertão, as forças federais e do estado do Ceará agiram, covardemente, como juízes e algozes. Alguns meses depois, José Geraldo da Cruz, o ex-prefeito de Juazeiro do Norte, localizou dezesseis crânios de crianças. 

Praticado por forças do Estado, trata-se de “crime de lesa-humanidade”, um genocídio, portanto, imprescritível, segundo a legislação brasileira e acordos e convenções internacionais. A organização não governamental SOS – Direitos Humanos, com sede em Fortaleza, ajuizou em 2008 ação civil pública na Justiça Federal contra a União e o estado do Ceará, para requerer o mínimo de justiça.

A ação solicitou informações sobre a localização da cova rasa coletiva onde foram sepultados os camponeses assassinados, a exumação dos restos mortais e identificação através de dna, para sepultamento digno. Foi requerido também que documentos do massacre fossem liberados ao público e o crime incluído nos livros de história do Brasil. Aos descendentes das vítimas e sobreviventes, foi estabelecida indenização no valor de 500 mil reais. O processo foi distribuído para o juiz substituto da 1a Vara Federal em Fortaleza, e depois, redistribuído à 16a Vara Federal, em Juazeiro do Norte, onde acabou extinto sem julgamento do mérito, em 2009.

Para fugir da exploração dos fazendeiros, até 3 mil camponeses passaram pela comunidade igualitária do Caldeirão. O beato José Lourenço morreu de peste bubônica, aos 74 anos, em Pernambuco, e teve o corpo levado para sepultamento em Juazeiro do Norte. ✝️😭⚰️

#84anosdomassacredocaldeirao
#historiadaslutaserevoltaspopulares

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto - Nunes, Valentina. 365 Dias Que Mudaram A História Do Brasil . Planeta. Edição do Kindle. 

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HOJE NA HISTÓRIA - 10.05.21 - 88 Anos da Queima de Livros pelos Nazistas

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🧑‍✈️🇩🇪 Uma campanha de queima de livros considerados subversivos foi iniciada na Alemanha nazista em 10 de maio de 1933. Tudo o que fosse crítico ou desviasse dos padrões impostos pelo terceiro reich foi destruído. Centenas de milhares de obras foram queimadas em uma ação iniciada pelas fraternidades estudantis, que apoiavam o regime de Adolf Hitler. 

A queima (que ficou conhecida como Bücherverbrennung) tinha como principal alvo obras escritas por autores judeus, pacifistas, religiosos, liberais, anarquistas, socialistas e comunistas. Livros que abordavam "arte degenerada", educação sexual e pornografia também eram destruídos. Mais de 25 mil obras foram jogadas em uma fogueira montada na Praça da Ópera, em Berlim.

A opinião pública e a intelectualidade alemãs ofereceram pouca resistência à queima. Entre os poucos escritores que reconheceram o perigo e tomaram uma posição, estava Thomas Mann, que havia recebido o Nobel de Literatura em 1929. Em 1933, ele emigrou para a Suíça e, em 1939, para os Estados Unidos. 

Em 1934, a "lista negra" incluía mais de três mil obras proibidas pelos nazistas. A queima de livros representou o ápice da perseguição a autores cujas ideias e opiniões eram vistas como oposição à ideologia nazista.

Este fato é mencionado no filme "A Menina que Roubava Livros" (The Book Thief. EUA-ALE, 2013) dirigido por Brian Percival e baseado no livro homônimo de Markus Zusak. 🎥🎞️📺

#88anosdabucherverbrennung
#historiadosregimestotalitarioseuropeus

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Brasil.

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HOJE NA HISTÓRIA - 10.05.21 - 6 Anos da Morte de Selma do Coco

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✝️😭⚰️ Há seis anos a cena cultural e musical pernambucana perdia uma de suas maiores expoentes: DONA SELMA DO COCO. Filha de Maria Valentina da Conceição e José Teodósio da Silva, Selma Ferreira da Silva nasceu em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, a 10 de dezembro de 1929. As lembranças mais antigas envolvendo a brincadeira do coco de roda remontam à infância, claro, quando pais e avós levavam aquela criança esperta e de voz melodiosa para dançar e se divertir nos terreiros de chão batido e luz de candeeiro. Freqüentemente cantavam coco nas casas dos compadres, sobretudo para comemorar São João. 

Ainda criança, aos 10 anos, transferiu-se para o Recife, bairro da Mustardinha, onde se casou, teve 14 filhos e, mal saía da juventude, ficou viúva. Há 50 anos, decidiu morar em Olinda, tradicional reduto de samba de coco, e daí por diante cultivou o hábito de promover concorridas rodas para animar os finais de semana da família e ganhar uns trocados. Quando foi tapioqueira no Alto da Sé, jogava charme para os turistas com o feitiço da voz, do temperamento e ritmo envolventes. Cantava coco na Sé, no Carmo e na frente da própria casa, aos domingos. 

Em 1996 participou do festival Abril pro rock no Recife. Fez sucesso no festival com "A rolinha", que foi sucesso no carnaval do ano seguinte, sendo em seguida gravada por diversos artistas. No mesmo período fez shows em São Paulo e na Europa. Em 1998 lançou pela Paradoxx seu primeiro CD, "Minha história", que também foi lançado na Europa. Nesse primeiro CD estão presentes diversas composições de sua autoria como a música título, parceria com Zezinho, "Santo Antônio", "Dá-lhe Manoel" e "A rolinha", todas em parceria com o mesmo Zezinho. Esse álbum conquistou o Prêmio Sharp de 1999.

Em 2001 foi a principal atração brasileira no 32º New Orleans jazz & Heritage Festival, considerado o maior evento do gênero nos Estados Unidos. Apresentou-se acompanhada por três percussionistas e três vocalistas, teve seu show transmitido pela Rádio pública de New Orleans. É considerada a musa da nova geração da música de Pernambuco. Em 2002 apresentou-se no Rio de Janeiro no Centro Cultural Ariano Suassuna.

Já conhecida em diversos países da Europa, em 2004, aos sessenta e oito anos, Selma integrou um grupo de artistas populares de Pernambuco, juntamente com Silvério Pessoa, entre outros, em 3 turnês internacionais, excursionando pela Europa, sendo dois meses só na Alemanha. O grupo foi convidado por diversos países para representar a música tradicional do Brasil em shows e eventos culturais. No mesmo ano lançou o CD "Jangadeiro". Em 2008, recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, pela relevância da sua obra musical para a cultura popular do estado.

Em 2015, ela sofreu uma queda em casa que provocou uma fratura no fêmur. Começava o fim da trajetória terrestre dessa grande artista, após passar pelo Hospital da Restauração e Hospital Miguel Arraes, onde veio a faleceu num sábado, dia 10 de maio, após sofrer sofreu parada cardíaca e depois falência múltipla de órgãos, aos 85 anos. Selma do Coco foi sepultada no Cemitério do Guadalupe em Olinda. Deixou um legado cultural imprescíndivel para a cena musical pernambucana que nunca deve ser esquecido. 👏👏👏👏👏👏

#6anosdamortedeselmadococo
#historiadamusicapernambucana

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Portal Cravo Albin da Música Popular Brasileira, Portal Cultura PE, e G1-PE.

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