quinta-feira, 31 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 31.03.22 - 58 Anos do Golpe Militar de 1964

🔰💣 🇧🇷 👨‍✈️ 🇧🇷💣🔰

⛓️⛓️ A renúncia de Jânio Quadros (25/8/1961) colocou o Brasil numa situação de instabilidade política. Setores conservadores, políticos udenistas como Carlos Lacerda, e militares não aceitavam João Goulart, vice-presidente eleito pelo PTB varguista, para suceder à Jânio. No Rio Grande do Sul, o governador Leonel Brizola liderou um movimento chamado "cadeia da legalidade", disposto a ir até as últimas consequências para garantir a posse de Jango. A solução para o impasse foi Jango assumir com menos poderes, com a implantação do parlamentarismo, e Tancredo Neves ficou com o cargo de primeiro-ministro. O parlamentarismo seria derrotado no plesbicito em 6 de janeiro de 1963. Jango estava disposto a levar a cabo seu projeto reformista chamado de "reformas de base", proclamado no celébre "Comício das Reformas" no dia 13 de março de 1964 quando subiram no mesmo palanque Jango, Brizola e Miguel Arraes.

A resposta dos conservadores, anticomunistas e reacionários viria no dia 19 de março com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, a passeata dos 500 mil que abriu caminho para o golpe planejado, na prática, no dia 28 de março, em Juiz de Fora, numa reunião com os generais Olímpio Mourão Filho e Odílio Denys e o governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto. A data acordada para o início da mobilização militar e tomada do poder seria 4 de abril. Entretanto, na madrugada de 31 de março, Mourão Filho, numa atitude intempestiva, deslocou suas tropas de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro. O Congresso providenciou medidas para legalizar o golpe, declarando a vacância do cargo presidencial. As principais cidades do país foram tomadas por soldados armados, tanques e jipes. Governadores opositores do golpe como Brizola e Arraes foram depostos e presos. No dia 1° de abril, a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Rio de Janeiro foi incendiada. 

Desde a destituição de João Goulart (Jango) até a reabertura democrática, em 1985, seriam 21 anos de autoritarismo. Nesse período o Brasil foi governado pelos generais Humberto de Alencar Castello Branco (15/4/1964 a 15/3/1967), Arthur da Costa e Silva (15/3/1967 a 31/8/1969), Emílio Garrastazu Médici (30/10/1969 a 15/3/1974), Ernesto Geisel (15/3/1974 a 15/3/1979) e João Baptista de Oliveira Figueiredo (15/3/1979 a 15/3/1985). Apenas com a eleição pelo colégio eleitoral em 1984 de Tancredo Neves e José Sarney, o ciclo de generais-presidentes foi quebrado. Entre os militares defensores do regime de exceção instaurado em 1964, o golpe era chamado de "revolução" ou " contrarrevolução", movimento respaldado pela força dos quartéis, com apoio de segmentos da sociedade civil.

Eram aliados dos militares os grandes proprietários rurais, a burguesia industrial paulistana, grande parte das classes médias urbanas, além de setores conservadores e anticomunistas da Igreja Católica e é claro apoio velado dos Estados Unidos. O golpe estabeleceu um regime autoritário, nacionalista e alinhado politicamente com os Estados Unidos e o anticomunismo. Houve profundas modificações políticas e sociais no país. O chamado "milagre econômico" resultou em grande endividamento externo e aumento das desigualdades sociais. Apesar da afirmação do ministro Delfim Netto de que era preciso "Fazer o bolo crescer para depois distribuí-lo", isso nunca aconteceu, pois "o bolo cresceu, mas nunca foi dividido"!

O regime militar de 1964 estabeleceu uma ditadura que, ao longo dos anos, endureceu, culminando com perseguições políticas, prisões, tortura e censura. Militares e agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) passaram a combater qualquer manifestação contrária ao governo. O golpe de 1964 foi apoiado por jornais como O Globo, Jornal do Brasil e Diário de Notícias. A data oficial do golpe, 31 de março, é contestada por historiadores, que apontam para o dia 1° de abril, o dia da mentira, por isso refutada pelos militares. Os historiadores argumentam que até o dia 1° de abril, Goulart ainda ocupava a presidência. 😞😓😥

#58anosdogolpede1964
#historiadaditaduramilitarbrasileira
#DitaduraNuncaMais

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

quarta-feira, 30 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 30.03.22 - 169 Anos do Nascimento de Van Gogh

🖼️🖌️🎨 🧐 🎨🖌️🖼️

🏞️ Num dia como hoje, 30 de março, nascia há 169 anos, Vincent Willem VAN GOGH, pintor pós-impressionista que pintou cerca de 900 pinturas, das quais 27 são autorretratos e 1.600 são desenhos, embora todo o desenvolvimento artístico tenha sido afetado e limitado por suas pinturas psicóticas. Sua vida estava intimamente ligada à de seu irmão Theo, de quem recebeu grande apoio moral e econômico: Van Gogh estudou em Zevenbergen a partir de 1864 e em 1866 foi para Tilburg, embora tenha deixado seus estudos em 1868.

Em 1869, começou a trabalhar como aprendiz em uma galeria de arte em Haia, até que, em 1875, foi transferido para Paris e depois para Londres, pouco antes de finalmente ser demitido em 1878. Depois de trabalhar por algum tempo como balconista de livraria, mudou-se para as minas de Borinage, onde Van Gogh permaneceu por 22 meses dedicado exclusivamente à tarefa de evangelizar os mineiros.

Em 1880, já estabelecido em Bruxelas, Van Gogh matriculou-se na Academia de Belas Artes e finalmente decidiu dedicar-se à pintura: estudou por dois anos em Nuenen, entre 1883 e 1885, e a partir daí continuou seu aprendizado em Paris, onde se encontrou com os impressionistas.

Em fevereiro de 1888, Van Gogh mudou-se para Arles, onde alugou uma casa na qual convidou para morar o pintor Paul Gauguin, que conhecera no outono de 1886, durante sua estada na cidade de Paris. Em 23 de dezembro, após uma forte discussão entre os dois, Gauguin foi ameaçado com uma faca, decidiu sair, e então Van Gogh arrancou o lóbulo de sua orelha direita, que ele deu a uma prostituta para dar a Gauguin como um gesto de arrependimento.

Van Gogh foi internado em um hospital, do qual recebeu alta em janeiro de 1890 e, uma vez instalado em sua casa, pintou vários autorretratos que deixaram evidências de sua mutilação. Nesse mesmo ano, depois de sofrer de insônia e alucinações que o levaram a antagonizar seus vizinhos, Van Gogh entrou voluntariamente no hospital psiquiátrico de Saint-Paul-de-Mausole. Em 27 de julho, Van Gogh atirou contra si com um revólver, recebeu atendimento médico, mas não permitiu que a bala fosse retirada. Ele morreu dois dias depois, em 29 de julho de 1890. 😔😓😢😥😭

#169anosdonascimentodevangogh
#historiadaartecontemporanea

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Site do History Latino-America (adaptado)

👉 Para saber mais sobre Van Gogh, acesse:



⏳#muitahistoriapracontar⌛

terça-feira, 29 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 29.03.22 - Morre o Ilustrador Elifas Andreato

🎶🖤 🖼️🖌️ 🧓 🖌️🖼️🖤🎶

✝️😭⚰️ O mundo da música perdeu hoje, 29 de março de 2022, um de seus maiores artistas gráficos: ELIFAS ANDREATO, ilustrador, cenógrafo e um dos maiores designers gráficos do Brasil. O ilustrador estava internado, desde a última semana, devido a um enfarte. A informação foi divulgada pelo seu irmão, o ator Elias Andreato, por meio do Instagram. "Meu irmão amado, obrigado por sua arte", escreveu.

Nome cultuado entre ícones da MPB, o paranaense ilustrou álbuns de artistas como Noel Rosa, Tim Maia, Adoniran Barbosa, Carmen Miranda, Pixinguinha, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Toquinho, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Elis Regina, Caetano Veloso, e mais recentemente do rapper Criolo. Ao todo foram mais de 460 capas icônicas e cartazes memoráveis, como os de "Calabar" e "A morte do caixeiro viajante".

Elifas Andreato revoluciou o conceito de capa de discos no Brasil. O artista, que nasceu em Rolândia, no interior do Paraná, em 1946, teve uma infância pobre, e ainda jovem foi criado nos cortiços de São Paulo, até ser descoberto quando trabalhava em uma fábrica de fósforos. Fez estágio em agência de publicidade, chegou até a Editora Abril, quando teve enorme destaque em 1970, com o lançamento da coleção de fascículos História da Música Popular Brasileira.

A primeira capa de disco foi para Paulinho da Viola, em 1971. Mas foi em 1973 com "Nervos de aço", também de Paulinho da Viola, que Andreato revolucionou para sempre a forma de criar capas e encartes de discos, além de cartazes para peças de teatro. Da geração do vinil, Elifas foi o maior capista, com destaque para a Ópera do Malandro, de Chico Buarque, A Rosa do Povo, de Martinho da Vila, Clementina de Jesus, O Sorriso Ao Pé da Escada, de Jessé e A Arca de Noé, obra de Vinícius de Moraes.

No período da ditadura, integrou a equipe de jornais da imprensa alternativa, fez cartazes para peças de teatro censuradas pelo governo militar, lutou pela redemocratização e pelo fim do regime autoritário.

Elifas e Elis Regina se conheceram e trabalharam juntos em 1981. Foi durante a temporada de "Trem Azul" que desenvolveram uma forte relação de amizade e companheirismo. Elifas foi o responsável pelo cartaz e cenário do último show da cantora. Postumamente, criou as capas dos álbuns inéditos 'Trem Azul Ao Vivo'(1982) e 'Luz das Estrelas'(1984) e da coletânea 'Elis Vive' (1984).

Nos últimos anos, Andreato estava desgostoso com o atual cenário da música. "Não há nada na música brasileira que me estimule hoje. A não ser artistas de altíssima qualidade. Fora isto, tem sempre a história de ter retrato na capa" – contou Elifas, em entrevista ao GLOBO. – "A caixinha do CD é uma camisa-de-força. A música brasileira também mudou muito. Há vigilância pesada das gravadoras para redução de custos e sempre eles querem uma foto. Não sou fotógrafo e nunca troquei meu trabalho por dinheiro", disse ele nessa entrevista.

Seu trabalho foi tema da exposição "Elifas Andreato - 50 anos" no Centro Cultural Correios, em São Paulo, no ano de 2016, cuja mostra celebrava a trajetória de sucesso do artista plástico. Elifas Andrato amou o Brasil apesar de todas as desigualdades que fazia questão de denunciar em suas obras. A cena do Menino correndo com a Bandeira Nacional, deixando um rastro de estrelas, é um marco nas artes gráficas brasileiras. Resume e revela toda a grandeza e beleza da obra do artista. O seu último trabalho foi o desenho criado para a capa da cartilha do Comitê Popular de Luta do PT.

Elifas portava o raro dom divino que o grande artista, em qualquer época e lugar do mundo, revela. Dava cores e formas perenes à nossa humanidade, às nossas dores e alegrias. Delicado e agudo, fustigava, com sua arte, o regime estúpido da ditadura, que não conseguia censurá-lo.

Coincidentemente, Elifas Andreato encantou-se no mesmo dia em que seu amigo e companheiro de tantos trabalhos artísticos, o cantor Jessé, completou seus 29 anos de partida. Que Elifas, cujo coração não suportou tanta exigência nesses tempos sombrios, descanse no afago do Artista Maior. Criatura criadora no colo do Criador. Estrela terrestre que agora se integra ao universo estelar da Luz Eterna. 😔😓😢😥😭

#morreelifasandreato
#lutoporelifasandreato
#adeuselifasandreato

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas: Jornal O Globo, perfis Metrópolis e Bem Blogado.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

segunda-feira, 28 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 28.03.22 - 43 Anos do Acidente Nuclear em Three Mile Island

😱 ☢️💦 🏭💦 ☢️ 😱

🧯🚨  Às 4 da manhã de 28 de março de 1979, o pior acidente da história da indústria de energia nuclear dos EUA começa quando uma válvula de pressão no reator Unit-2 em THREE MILE ISLAND não fecha. A água de resfriamento, contaminada com radiação, foi drenada da válvula aberta para os prédios adjacentes, e o núcleo começou a superaquecer perigosamente.

A usina nuclear de Three Mile Island foi construída em 1974 em um banco de areia no rio Susquehanna, na Pensilvânia, a apenas 16 quilômetros a jusante da capital do Estado em Harrisburg. Em 1978, um segundo reator de última geração começou a operar em Three Mile Island, que foi elogiado por gerar energia acessível e confiável em um momento de crise energética.

Depois que a água de resfriamento começou a drenar da válvula de pressão quebrada na manhã de 28 de março de 1979, as bombas de resfriamento de emergência entraram automaticamente em operação. Deixados sozinhos, esses dispositivos de segurança teriam evitado o desenvolvimento de uma crise maior. No entanto, os operadores humanos na sala de controle interpretaram mal as leituras confusas e contraditórias e desligaram o sistema de água de emergência. O reator também foi desligado, mas o calor residual do processo de fissão ainda estava sendo liberado. No início da manhã, o núcleo havia aquecido a mais de 4.000 graus, apenas 1.000 graus antes do derretimento. No cenário de colapso, o núcleo derrete e a radiação mortal se espalha pelo campo, adoecendo fatalmente um número potencialmente grande de pessoas.

Enquanto os operadores da usina lutavam para entender o que havia acontecido, a água contaminada estava liberando gases radioativos por toda a usina. Os níveis de radiação, embora não fossem imediatamente fatais, eram perigosos, e o núcleo cozinhava ainda mais à medida que a água contaminada era contida e as precauções eram tomadas para proteger os operadores. Pouco depois das 8 da manhã, a notícia do acidente vazou para o mundo exterior. A empresa controladora da usina, Metropolitan Edison, minimizou a crise e alegou que nenhuma radiação havia sido detectada fora da fábrica, mas no mesmo dia os inspetores detectaram níveis ligeiramente aumentados de radiação nas proximidades como resultado do vazamento de água contaminada. O governador da Pensilvânia, Dick Thornburgh, considerou chamar uma evacuação.

Finalmente, por volta das 20h, os operadores da usina perceberam que precisavam fazer a água circular novamente pelo núcleo e reiniciaram as bombas. A temperatura começou a cair e a pressão no reator foi reduzida. O reator chegou a menos de uma hora de um colapso completo. Mais da metade do núcleo foi destruído ou derretido, mas não havia quebrado sua casca protetora e nenhuma radiação estava escapando. A crise aparentemente acabou.

Dois dias depois, no entanto, em 30 de março, uma bolha de gás hidrogênio altamente inflamável foi descoberta dentro do prédio do reator. A bolha de gás foi criada dois dias antes, quando os materiais do núcleo expostos reagiram com vapor superaquecido. Em 28 de março, parte desse gás explodiu, liberando uma pequena quantidade de radiação na atmosfera. Naquela época, os operadores da usina não haviam registrado a explosão, que soou como uma porta de ventilação se fechando. Depois que o vazamento de radiação foi descoberto em 30 de março, os moradores foram aconselhados a ficar em casa. Os especialistas não tinham certeza se a bolha de hidrogênio criaria mais derretimento ou possivelmente uma explosão gigante e, como precaução, o governador Thornburgh aconselhou “mulheres grávidas e crianças em idade pré-escolar a deixar a área dentro de um raio de oito quilômetros das instalações de Three Mile Island até aviso prévio." Isso levou ao pânico que o governador esperava evitar; em poucos dias, mais de 100.000 pessoas fugiram das cidades vizinhas.

Em 1° de abril, o presidente Jimmy Carter chegou a Three Mile Island para inspecionar a fábrica. Carter, um engenheiro nuclear treinado, ajudou a desmontar um reator nuclear canadense danificado enquanto servia na Marinha dos EUA. Sua visita alcançou o objetivo de acalmar os moradores locais e a nação. Naquela tarde, os especialistas concordaram que a bolha de hidrogênio não corria o risco de explodir. Lentamente, o hidrogênio foi sangrado do sistema à medida que o reator esfriava.

No auge da crise, os trabalhadores da fábrica foram expostos a níveis insalubres de radiação, mas ninguém fora de Three Mile Island teve sua saúde prejudicada pelo acidente. No entanto, o incidente erodiu muito a fé do público na energia nuclear. O reator ileso da Unidade-1 em Three Mile Island, que foi desligado durante a crise, não retomou a operação até 1985. A limpeza continuou na Unidade-2 até 1990, mas estava muito danificada para ser usada novamente.

Além disso, o acidente reduziu notavelmente a confiança da população nas centrais nucleares, e foi para muitos um presságio dos piores temores associados a esta tecnologia. Até o Acidente de Chernobyl, ocorrido sete anos depois (1986), Three Mile Island foi considerado o mais grave dos acidentes nucleares civis (de categoria 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES). ☢️😨☢️😨☢️

#43anosdoacidentenucleardethreemileisland
#historiadaenergianuclear

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Site do History Channel - EUA.

👉 Para saber mais sobre o acidente na usina nuclear de Chernobyl, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

sábado, 26 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 26.03.22 - 195 Anos da Morte de Ludwig van Beethoven

🎼🖤🎼 🎹 🎼🖤🎼

🎻 O compositor Ludwig van Beethoven criou algumas das obras de maior influência na história musical. Ele transformou a música clássica ocidental. Por exemplo, Beethoven estabeleceu novos padrões para as sinfonias, compondo obras mais longas que serviam para expressar ideias importantes e sentimentos profundos, e não apenas para divertir (as sinfonias são peças musicais tocadas por orquestras). Seus trabalhos compreendem nove sinfonias, uma ópera e muitas peças musicais para pequenos grupos e para instrumentos solistas, como o piano.

Beethoven nasceu em Bonn, na atual Alemanha, em dezembro de 1770. Ele aprendeu composição musical com o organista oficial da corte de um nobre. Tornou-se organista assistente aos 11 anos e logo depois publicou sua primeira composição. Em 1787, Beethoven mudou-se para Viena, na Áustria, para estudar com o grande compositor Wolfgang Amadeus Mozart. No entanto, precisou voltar a Bonn pouco tempo depois. Não se sabe ao certo se Mozart e Beethoven chegaram a se conhecer. Cinco anos mais tarde, Beethoven foi morar em Viena permanentemente. Lá, estudou com Joseph Haydn e outros compositores famosos.

Beethoven se tornou conhecido como pianista de imenso talento. Muitos moradores ricos de Viena apreciavam sua música e pagavam bem para ouvi-lo tocar. Em 1800, ele apresentou algumas de suas obras em um grande concerto público em Viena. Esse evento contribuiu para torná-lo muito famoso. No final da década de 1790, Beethoven começou a perder a audição. Durante algum tempo, continuou a compor e a se apresentar como antes. Em 1819, no entanto, já estava completamente surdo. Daí por diante, não se apresentou mais em público, dedicando a maior parte de sua energia a compor música. Nos últimos anos de vida, Beethoven criou obras mais longas e mais complexas. Em 1824, regeu a primeira apresentação de sua Nona sinfonia, com grande sucesso — apesar de não conseguir mais escutar a música. Sua vida pessoal foi marcada por uma luta heróica contra a surdez invasora, e algumas de suas obras mais importantes foram compostas durante os últimos 10 anos de sua vida, quando ele era totalmente incapaz de ouvir.

Amplamente considerado como o maior compositor que já viveu, Ludwig van Beethoven domina um período da história musical como ninguém antes ou depois. Enraizado nas tradições clássicas de Joseph Haydn e Mozart, sua arte se estende para abranger o novo espírito de humanismo e nacionalismo incipiente expresso nas obras de Goethe e Friedrich von Schiller, seus contemporâneos mais velhos no mundo da literatura; os imperativos morais rigorosamente redefinidos de Kant; e os ideais da Revolução Francesa, com sua paixão pela liberdade e dignidade do indivíduo. Ele revelou mais vividamente do que qualquer um de seus predecessores o poder da música para transmitir uma filosofia de vida sem a ajuda de um texto falado; e em algumas de suas composições encontra-se a mais forte afirmação da vontade humana em toda música, senão em toda arte. Embora não fosse um romântico, tornou-se a fonte de muitas coisas que caracterizaram a obra dos românticos que o seguiram, especialmente em seu ideal de programa ou música ilustrativa, que definiu em conexão com sua Sexta Sinfonia (Pastoral) como “mais uma expressão de emoção do que pintura". Na forma musical, ele foi um inovador considerável, ampliando o escopo da sonata, sinfonia, concerto e quarteto, enquanto na Nona Sinfonia ele combinou os mundos da música vocal e instrumental de uma maneira nunca antes tentada. 

Ludwig van Beethoven morreu em Viena, em 26 de março de 1827, portanto há 195 anos hoje. As obras-primas que ele criou continuam a ser executadas, quase dois séculos depois de sua morte. 👏👏👏👏👏👏

#195anosdamortedebeethoven
#historiadamusicaclassica

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Versão WEB

👉 Para saber mais sobre Beethoven, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

sexta-feira, 25 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 25.03.22 - Centenário do Partido Comunista Brasileiro

🇧🇷👊 ⚒️ ⚙️ 🛠️👊🇧🇷

💪🥳 Num dia como hoje, 25 de março, há exatamente 100 anos, nove pessoas se reuniram, de forma clandestina, em uma casa na rua Visconde do Rio Branco, na cidade de Niterói, para fundar um movimento que transformaria para sempre a história política do Brasil. Seus nomes entrariam para a História: Manuel Cendon, Joaquim Barbosa, Astrojildo Pereira, João da Costa Pimenta, Luís Peres e José Elias da Silva, Hermogênio Silva, Abílio de Nequete e Cristiano Cordeiro. 

Com um pequeno grupo de trabalhadores, entre barbeiros, eletricistas, sapateiros, alfaiates, nascia a Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC), o PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL, que logo se espalharia por todo o território brasileiro em um movimento de massas. Foi o primeiro partido nacional do país, em uma época em que a política se organizava apenas regionalmente, com o poder do coronelismo, dos mandos e desmandos das elites rurais e urbanas.

O primeiro secretário-geral do partido foi Abílio Nequete, um barbeiro libanês naturalizado brasileiro. Depois, Nequete foi sucedido pelo jornalista Astrojildo Pereira, que se tornou um dos principais organizadores do PCB e um dos principais difusores das ideias socialistas no Brasil. Na década de 40, o partido altera seu nome para Partido Comunista Brasileiro.

Não demorou muito para o PCB ser colocado na ilegalidade, situação que só mudou em 1927, mas que duraria pouco tempo, pois em 1930, com o golpe de estado de Getúlio Vargas, seria novamente colocado em risco. Em 1935 aderiu à Aliança Nacional Libertadora, que foi também ilegalizada, o que motivou a Intentona Comunista de 1935, liderada por Carlos Prestes, futuro Secretário-Geral do PCB (1943-80). Durante a ditadura do Estado Novo (1937-45) o partido desagrega-se, voltando à legalidade apenas em 1945 e elegendo centenas de vereadores em 1946, entre os quais o escritor Jorge Amado.

Mais uma vez, a legalidade duraria pouco tempo e em 1947 o Tribunal Superior Eleitoral decidiu a sua ilegalização. No inicio dos anos 60 passou por um período de cisões, das quais resultaram o atual PCdoB e o Movimento Revolucionário 8 de Outubro.

Durante a ditadura militar, a repressão tentou por fim ao PCB. Só entre 1973 e 75, um terço do comité central foi assassinado e centenas de militantes foram presos e torturados, alguns até à morte, como o jornalista Vladimir Herzog, o operário Manuel Fiel Filho e o dirigente juvenil José Montenegro.

Em 1985, com o fim da ditadura militar, volta à legalidade e em 1992, a maioria dos seus dirigentes – que haviam abraçado a social democracia – extinguem o partido e formam o Partido Popular Socialista, que herdou a sua estrutura e patrimônio. Nos anos seguintes, centenas de antigos militantes lutariam para refundar o PCB, afastando qualquer formulação reformista e enfatizando o caráter revolucionário do partido.

Pelo PCB passaram figuras importantes da História brasileira: Claudino Silva, Ana Montenegro, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Minervino de Oliveira, Carlos Marighella, Tarsila do Amaral, Jorge Amado, Patrícia Galvão (Pagú), João Saldanha, Gregório Bezerra, Caio Prado Jr, Oscar Niemeyer, Maria Brandão, Graciliano Ramos, Zuleika Alembert, Astrojildo Pereira, Dias Gomes, etc.

A cultura política do Partido Comunista Brasileiro é reflexo de sua vinculação com a classe operária e camponesa.  Foi essa vinculação que legou ao PCB o carinhoso apelido de “Partidão” que, atuando pela primeira vez na legalidade em 1946, puxou a maior quantia de votos elegendo o “Senador do Povo”: Luís Carlos Prestes. Tendo enfrentado uma repressão sistemática do Estado, sobrevivendo à ditadura do Estado Novo (1937-1945) e à ditadura militar (1964-1985), o Partidão foi pioneiro na luta contra o imperialismo e o fascismo no Brasil.

Ao longo de sua trajetória, o PCB se tornou uma das principais referências partidárias da esquerda brasileira, presente em greves e revoltas populares como a Aliança Nacional Libertadora, a organização das primeiras Ligas Camponesas, na revolta de Porecatu, entre milhares de outras lutas. O PCB chega ao seu centenário como grande instrumento de ação da classe trabalhadora. O PCB publica atualmente "O Poder Popular" e o seu atual Secretário-Geral é Edmilson Costa. O legado do PCB para a História brasileira é imprescindível e antológico. Um legado que não pode, nem deve, ser desprezado. Parabéns ao partidão!!! 👏👏👏👏👏👏

#100anosdopartidocomunistabrasileiro
#historiadasideiascomunistasnobrasil
#aniversariodopartidao

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas: perfis oficiais do PCB no Facebook e de seus filiados.

👉 Para saber mais sobre o Partido Comunista do Brasil, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

quinta-feira, 24 de março de 2022

HOJE NA GEOGRAFIA - 24.03.22 - 18 Anos do Furacão Catarina no Brasil

🌎🇧🇷 🌊🌪️🌊 🇧🇷🌎

😨 No dia 24 de março de 2004, a formação do primeiro furacão de que se tem notícia no sul do oceano atlântico, denominado Catarina, deixa em alerta a população dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul na região Sul do Brasil. Ele foi na verdade um foi um ciclone tropical extremamente raro, sendo a única tempestade já registrada com força de furacão nessa região Oceano Atlântico. O Catarina que atingiu ventos de 180 km/h, o que o classificou na categoria 3 na escala Saffir-Simpson, que mede a intensidade de ciclones com base na velocidade dos ventos e vai de 1 até 5. Ao menos 40 cidades catarinenses foram atingidas. As atividades econômicas mais atingidas foram especialmente a agricultura de banana, que perdeu 85% da produção, e de arroz, que perdeu 40% das plantações. De acordo com o Centro de Estudos e Pesquisa em Engenharia e Defesa Civil da Universidade Federal de Santa Catarina, essas foram as consequências:

✅ 35.873 casas danificadas (993 destruídas)
✅ 4 mortes
✅ 518 feridos
✅ 33 mil desabrigados
✅ R$ 1 bilhão de prejuízo
✅ 14 cidades em estado de calamidade pública 

O Furacão Catarina fez mudar o paradigma sobre furacões no Atlântico Sul. Simulações com modelos climáticos globais indicam que num planeta mais aquecido poderia haver um número maior de sistemas meteorológicos como ciclones extratropicais no Atlântico Sul, ainda que tais projeções necessitem de estudos mais detalhados. Porém, devemos lembrar que o Furacão Catarina originou-se de um ciclone extratropical e estes normalmente, como o próprio nome diz, ocorrem fora da faixa tropical e sub-tropical. O efeito dos ciclones extra-tropicais sobre o Atlântico Sul é sentido nas ressacas que afetam todo o litoral Sul e também o litoral do Sudeste do Brasil. 🌧️⛈️🌩️🌨️

#18anosdofuracaocatarina
#historiadosdesastresnaturaisnobrasil

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

quarta-feira, 23 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 23.03.22 - 10 Anos da Morte de Chico Anysio

🎬 📺 🧓 📺 🎭

😓🖤 Num dia como hoje, 23 de março, há exatos dez anos, morria, no Rio de Janeiro, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, mais conhecido como CHICO ANYSIO, humorista cuja história se confunde com o surgimento da televisão brasileira. Chico morreu após uma parada cardiorrespiratória, causada por falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico por infecção pulmonar. Ele teve oito filhos e completaria 81 anos.

Nascido no dia 12 de abril de 1931, em Maranguape, no Ceará, Chico Anysio criou personagens que entraram para o imaginário nacional como Professor Raimundo, com o bordão "E o salário, ó!". Além de humorista, Chico Anysio também foi ator, dublador, escritor, compositor e pintor. O humorista começou a carreira na década de 50, na Rádio Guanabara, onde ficou evidente o seu talento para imitar vozes. Em 1957, ele fez sua estreia na telinha, na extinta TV Rio, onde criou o personagem Professor Raimundo.

Seus programas de maior sucesso foram na Rede Globo, onde comandou Chico City (1973-1980), Chico Total (1981 e 1996, em períodos espaçados) e Chico Anysio Show (1982-1990) e "Escolinha do Professor Raimundo". Como escritor, o humorista foi autor de 21 livros, entre eles sucessos da década de 70 como "O Batizado da Vaca", "O Telefone Amarelo" e "O Enterro do Anão". Seu último livro foi O canalha, lançada em 2000. Ele foi casado cinco vezes, sendo que o seu relacionamento mais conhecido foi o com a ex-ministra da Economia do governo do presidente Fernando Collor, Zélia Cardoso de Mello com quem teve dois filhos. Ao todo, foram mais de 200 personagens em 65 anos de carreira. E você, de qual personagem mais gostava? Deixe sua resposta nos comentários!!! 👏👏👏👏👏👏

#10anosdamortedechicoanysio
#historiadohumorbrasileiro

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel do Brasil.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

terça-feira, 22 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 22 de Março - Dia Mundial da Água

❄️⛈️💦💧💦🌧️❄️

🌊 No dia 22 de março de 1992 a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu que nessa data de cada ano seria celebrado o Dia Mundial da Água. Em um mundo coberto em seus dois terços por água, pode parecer um contrassenso mencionar que o difícil acesso à água potável é a causa de doenças e da miséria para 1.500 bilhões de pessoas. Contudo, esta é a realidade. A água apta para uso humano (doce, potável e de fácil acesso) é uma parte muito pequena do total e sua escassez não se deve só às condições naturais de determinadas regiões, mas tem muito a ver com o aumento da população, o desperdício e a contaminação. A situação é preocupante e muitos especialistas consideram a questão da água como o desafio mais importante que a humanidade deve enfrentar no século XXI. 😨😱😭

#diamundialdaagua
#historiadosrecursosnaturais

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel do Brasil.

👉 Para saber mais sobre o dia mundial da água, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

HOJE NA HISTÓRIA - 22.03.22 - 111 Anos do Nascimento do Historiador Amaro Quintas

⏳❤️ ✒️ 🧐 🖋️❤️⌛

📚 Num dia como hoje, 22 de março, há 111 anos, nascia no Recife, o historiador AMARO SOARES QUINTAS. Filho de Gabriel Soares Quintas, juiz de Direito, e Laura Pacheco Quintas, ele fez o curso secundário no Ginásio Pernambucano (onde anos mais tarde seria diretor). Ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Foi colaborador dos jornais Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio e um dos mais conceituados historiadores pernambucanos. Amaro Quintas foi um dos colaboradores da "História Geral da Civilização Brasileira", elaborada sob a direção de Sérgio Buarque de Holanda. É detentor de láureas e condecorações. Autor de vários livros de História, especialmente sobre a Revolta Praieira (1848-1850), um dos assuntos que mais estudou.

Foi amante da literatura francesa, homem elegante de gostos refinados, intelectual que sempre se posicionou a favor de causas humanitárias, mesmo correndo riscos, e historiador contextualizador que defendia um socialismo utópico, Amaro Quintas dirigiu o foco de suas pesquisas para a história das lutas libertárias, tendo por isso conquistado o título de "O Historiador da Liberdade". Participou de inúmeras conferências sobre temas históricos portugueses e brasileiros, especialmente sobre as revoluções libertárias de Pernambuco, e as diversas modificações ocorridas ao longo do tempo na sociedade brasileira.

Dedicou-se ao magistério, lecionou em importantes colégios do Recife. Foi professor de História da Civilização na Faculdade de Filosofia do Recife e na Universidade Católica de Pernambuco. Foi Professor Emérito da Universidade Federal de Pernambuco, onde lecionou História do Brasil. Foi o primeiro diretor do Departamento de História Social do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, atual Fundação Joaquim Nabuco. Foi sócio efetivo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, sócio do Instituto de Coimbra, Portugal e sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio efetivo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Foi membro da Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira nº 32. Amaro Soares Quintas faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 20 de maio de 1998, de insuficiência respiratória, deixando um legado imprescindível para a historiografia pernambucana e brasileira. 👏👏👏👏👏👏

📚 Obras de Amaro Quintas:

📖 O Sentido Social da Revolução Praieira
📖 Um Analista Político do Século Passado: O Padre Lopes Gama
📖 Reflexões Sobre o Destino do Mundo
📖 Capitalismo e Cristianismo
📖 Padre Lopes Gama Político
📖 Um Pioneiro da Ordem dos Advogados
📖 Capitalismo e Democracia
📖 A Revolução de 1817

#111anosdeamaroquintas
#grandeshistoriadorespernambucanos

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

segunda-feira, 21 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 21 de Março - Dia Mundial da Árvore

🔥🌳🔥🌱🔥🌴🔥

Infelizmente pouco temos a comemorar hoje em relação a preservação da natureza, principalmente em tempos em que as chamas da ganância do agro-negócio espalham a devastação de centenas de hectares de matas, seja na Amazônia, no Pantanal ou na Mata Atlântica. Assistimos, pasmados e entristecidos, a uma das maiores atrocidades contra o meio ambiente em nosso país. O preço a ser pago será muito alto, sem a formação arbórea corremos o risco de acelerar um processo de desertificação em várias regiões, além da perca de umidade relativa do ar, um essencial para a formação de precipitações pluviométricas (chuvas). A visão equivocada de que o lucro de uns deve estar acima dos interesses de todos, desrespeita os limites de um desenvolvimento ecologicamente sustentável e que atenda às necessidades das populações locais desses territórios que deveriam ser preservados. A natureza clama por socorro. A Terra é nossa casa. A natureza é nossa mãe. Somos parte da Terra, é dela a fonte primária de todas as coisas, e para ela retornaremos quando dermos nosso último suspiro. Quiçá, termos ainda alguma sombra de árvore para guardar nossa última lembrança! Salvem as matas! Salvem o verde! 😞😔😟😕😢

#sosamazonia
#sospantanal
#sosmatatlantica

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

HOJE NA HISTÓRIA - 21.03.22 - 62 Anos do Massacre de Sharpeville

🧑🏻‍✈️💣 ⛓️ 🧑🏽👱🏽‍♂️🧑🏾‍🦲 ⛓️💣🧑🏻‍✈️

⚰️✝️😭 Num dia como hoje, 21 de março, há 62 anos, a polícia da África do Sul disparou contra o público que participava de uma manifestação contra o apartheid, em frente a uma delegacia na localidade de SHARPEVILLE. De acordo com os números oficiais, 69 pessoas foram mortas, incluindo oito mulheres e dez crianças. Outras 180 ficaram feridas, entre elas 31 mulheres e 19 crianças. Muitas vítimas foram baleadas nas costas quando se viraram para fugir.

Os manifestantes protestavam contra a Lei do Passe. Essa medida obrigava os negros do país a carregarem cadernetas que continham listas de lugares nos quais eles poderiam circular. Estima-se que entre cinco mil e dez mil pessoas tenham participado do protesto.

Fontes divergem quanto ao comportamento da multidão. Alguns afirmam que os manifestantes eram pacíficos, enquanto outros dizem que algumas pessoas estavam atirando pedras contra a polícia e que o tiroteio teria começado quando o público começou a avançar em direção à cerca ao redor da delegacia.

As autoridades tentaram justificar a violência afirmando que os policiais que participaram da ação eram jovens e inexperientes. Eles teriam entrado em pânico, abrindo fogo espontaneamente. Além disso, poucos dos soldados presentes teriam recebido treinamento apropriado para enfrentar situações envolvendo questões de ordem pública.

A reação entre a população negra da África do Sul foi intensa. Na semana seguinte, houve manifestações, greves e rebeliões por todo o país. Em 30 de março de 1960, o governo declarou estado de emergência, prendendo mais de 18 mil pessoas, incluindo proeminentes ativistas anti-apartheid. Vários protestos por parte da comunidade internacional se seguiram ao massacre de Sharpeville, incluindo a condenação do ato pelas Nações Unidas.

Em 1966, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 21 de março como o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Na ocasião, são lembradas as vidas que foram perdidas na luta pela democracia e pela igualdade de direitos humanos na África do Sul. Através desta data, a ONU reafirma seu propósito de combater e erradicar o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e todas as formas relacionadas de intolerância que acontecem em diferentes partes do mundo. 👊🏾💪🏽👊🏾💪🏽👊🏾

#62anosdomassacredesharpeville
#diainternacionaldaeliminacaodadiscriminacaoracial

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel do Brasil (adaptado).

👉 Para saber mais sobre o massacre de Sharpeville, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

HOJE NA HISTÓRIA - 62 Anos do Nascimento de Ayrton Senna

🇧🇷 🏎️ 👦 🏎️ 🇧🇷

🏁 Num dia como hoje, 21 de março, há 62 anos, nascia, em São Paulo, AYRTON SENNA DA SILVA, grande ídolo do esporte do Brasil e considerado um dos melhores pilotos de Fórmula 1 da história. Ele teve sua primeira experiência ao volante aos quatro anos de idade, quando seu pai construiu um pequeno kart. Apesar da idade, o garoto já mostrava que tinha talento, dando sinal do seu grande futuro.

Em 1973, com apenas 13 anos, fez sua estreia profissional no kart, categoria que, em suas próprias palavras, trouxe as maiores alegrias da sua carreira. Três anos depois, venceu o Campeonato Paulista de Kart. Em 1977, conquistou o Campeonato Sul-Americano. Ele também participou do mundial da categoria, de 1978 a 1982, sagrando-se vice-campeão em 1979 e 1980. Desde então, após uma série de maus resultados, se dedicou ao desenvolvimento de uma técnica para pilotar sob a chuva, que o levou a grandes vitórias.

Depois de se mudar para a Inglaterra, começou a pilotar em diferentes categorias Fórmula Ford 1600, Fórmula Ford 2000 e Fórmula 3. Nesta época, decidiu adotar o sobrenome de sua mãe, assinando Ayrton Senna, em vez de Ayrton da Silva. Seu talento despertou os olhares de várias equipes de Fórmula 1, e Senna fechou contrato com a pequena Toleman. Sua estreia na categoria, em 1984, foi bastante difícil para o principiante, mas o brasileiro ganhou destaque ao mostrar habilidade para garantir um segundo lugar no GP de Mônaco.

Em 1985, assinou com Lotus, garantindo suas primeiras pole positions e sua primeira vitória em um GP, em Portugal. A sua permanência na equipe durou mais dois anos, período em que terminou a temporada na quarta colocação em duas ocasiões (1985 e 1986) e com um terceiro lugar (1987). Senna decidiu deixar escuderia em 1988, quando assinou com a McLaren. Pela sua nova equipe, conquistou três mundiais: 1988, 1990 e 1991, todos no GP de Suzuka.

Além de títulos, sua carreira também foi marcada por polêmicas e duelos históricos contra o seu maior rival, o francês Alain Prost, outro piloto que é considerado um dos maiores da história. Depois de uma época triunfante pela McLaren, Senna mostrava vontade de correr pela Williams, que tinha o carro mais competitivo. Seu desejo se realizou na temporada de 1994. Nas duas primeiras corridas, no Brasil e no Japão, Senna conseguiu a pole position, mas não completou nenhuma das provas.

No terceiro GP, em San Marino, no dia 1° de maio de 1994, o brasileiro sofreu um terrível acidente. Ele perdeu o controle do carro na curva Tamburello, chocou-se violentamente contra o muro de concreto e não resistiu aos ferimentos. Senna chegou a ser levado ao hospital, mas foi declarado oficialmente morto horas depois. Em seu carro, foi encontrada uma bandeira austríaca que, em caso de uma possível vitória, Senna planejava levantar em homenagem ao austríaco Roland Ratzenberger, morto um dia antes no mesmo circuito.

Morto aos 34 anos, Senna foi enterrado no cemitério do Morumbi, em São Paulo, e o governo brasileiro declarou três dias de luto oficial. Ao piloto também foram concedidas honras de chefe de Estado, com a salva de tiros. Estima-se que, no momento de sua morte, sua fortuna pessoal era de cerca de 400 milhões de dólares. Na sua carreira, Senna conquistou 41 vitórias e 80 pole positions. 👏👏👏👏👏👏

#62anosdonascimentodeayrtonsenna
#historiadoautomobilismobrasileiro

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

📺 Canal History Channel do Brasil
🖱️ Site do History Latino-America (adaptados)

👉 Para saber mais sobre Ayrton Senna, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

domingo, 20 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 20.03.22 - 69 Anos da Morte de Graciliano Ramos

🌵📖 ✒️ 🧐 ✒️📖🌵

😓🖤 Num dia como hoje, 20 de março, há 69 anos, morria, no Rio de Janeiro, vítima de câncer de pulmão, o escritor e jornalista GRACILIANO RAMOS. Nascido em 27 de outubro de 1892 na cidade de Quebrângulo, no sertão de Alagoas, ele se mudou para Palmeira dos Índios, em 1910, onde assumiu como prefeito da cidade em 1928. Renunciou ao cargo dois anos depois e mudou-se para Maceió. Dos relatórios que escreveu quando prefeito, lançou o livro Caetés. Um pouco depois, escreveu São Bernardo (1934), adaptado ao cinema por Leon Hirszman. Em 1936, lançou Angústia. Neste mesmo ano, foi preso pelo governo de Getúlio Vargas, sob suspeita de participação na Intentona Comunista. Graciliano foi demitido do emprego na Imprensa Oficial e preso no Rio de Janeiro. Os sofrimentos na prisão estão em seu livro Memórias do Cárcere, de 1953, ano de sua morte. Graciliano foi solto em 1937 e transferiu-se para o Rio, onde continuou a escrever outros romances, contos e livros infantis. Um ano depois lançou Vidas Secas, sua obra mais famosa, sobre os retirantes nordestinos. O livro também foi adaptado para o cinema pelo diretor Nelson Pereira dos Santos, em 1963. 🎥🎬📺

#69anosdamortedegracilianoramos
#historiadaliteraturabrasileira
#GrandesEscritoresBrasileiros

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel do Brasil (adaptado)

👉 Para saber mais sobre Graciliano Ramos, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

sexta-feira, 18 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 18.03.22 - 111 Anos da Constituição do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

🇵🇹 📝🗄️📜🗄️📝 🇧🇷

🏫📚 Num dia como hoje, 18 de março, há 111 anos, foi constituído o ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO, antigamente designado como Arquivo Geral do Reino, popularmente referido apenas como Torre do Tombo. A Torre do Tombo é de uma das instituições mais antigas de Portugal. Desde a sua instalação numa das torres do castelo de Lisboa, ocorrida provavelmente no reinado de D. Fernando e seguramente desde 1378, data da primeira certidão conhecida, até 1755, prestou serviço como Arquivo do rei, dos seus vassalos, da administração do reino e das possessões ultramarinas, guardando também os documentos resultantes das relações com os outros reinos.

Nos finais do século XIII, Lisboa passou a ser a principal cidade do reino e nela se começou a preparar um depósito para documentos, situado numa das torres do Castelo de S. Jorge. Esta torre conservaria os documentos régios até ao terramoto de 1755. Os arquivos nacionais ocuparam posteriormente vários espaços, como o Mosteiro de S. Bento. Ao longo dos séculos, a conservação dos seus documentos foi prejudicada por diversas circunstâncias: mudanças de local, incêndios, desvio de documentos para outros arquivos quando da Dinastia Filipina (1580-1640), o terramoto de 1755, a Guerra Peninsular, a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), e a Guerra Civil Portuguesa, as invasões francesas, entre outros.

A conceção de arquivo como serviço público de divulgação de conteúdos documentais surgiu tardiamente: a consulta pública dos documentos da Torre do Tombo, começou de forma tímida, em 1901, por Decreto de 24 de dezembro, estando prevista para os estudiosos a quem os conservadores deviam dar apoio.

O Decreto de 18 de março de 1911 reorganizou os serviços das bibliotecas e dos arquivos dependentes da Direção Geral da Instrução Secundária, Superior e Especial, denominou, definitivamente, o Arquivo da Torre do Tombo por Arquivo Nacional, acentuou a função de conservação e valorização dos manuscritos destinados ao estudo da História, bem como a função de promover a entrada de cópias de manuscritos portugueses, existentes no estrangeiro, e estabeleceu, pela primeira vez, um horário de abertura ao público.

Os documentos pertencentes ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo formam um acervo excepcional e indispensável para a memória histórica portuguesa e de suas possessões ao longo da História, inclusive do Brasil, afinal é na Torre do Tombo que está guardada num cofre especial o primeiro documento escrito sobre o Brasil escrito por um português: a carta do escrivão da esquadra de Cabral, Pero Vaz de Caminha, a famosa "carta do descobrimento". Outro importante documento para a História luso-brasileira guardado no acervo da Torre do Tombo é o Tratado de Tordesilhas de 1494, que dividiu o mundo entre espanhóis e portugueses.

Em 21 dezembro de 1990 foi inaugurado na Cidade Universitária um novo edifício para depósito e consulta dos documentos. Ocupando uma área de 54900 m² e contando com cerca de 100 km de prateleiras, este moderno edifício possui três áreas principais: uma para arquivo e investigação, uma para a realização de atividades culturais e a última para os serviços administrativos.

O Arquivo Nacional da Torre do Tombo encontra-se instalado na freguesia de Alvalade, em Lisboa, num edifício projetado pelo arquiteto Arsénio Cordeiro, classificado, desde 2012, como monumento de interesse público. Atualmente segue sendo uma moderna instituição, aberta a pesquisadores e ao público em geral. 📖✍️🧐

#111anosdaconstituicaodatorredotombo
#historiadosgrandesarquivosnacionais
#historialusobrasileira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas 🖱️ Infopedia e site da Rádio e Televisão de Portugal - RTP

⏳#muitahistoriapracontar⌛

HOJE NA HISTÓRIA - 151 Anos da Comuna de Paris

💣💥😠👊 ⚔️ 👊😡💥💣

🇫🇷 A Comuna de Paris foi um breve governo popular que governou esse país de 18 de março a 28 de maio de 1871. Alguns a consideram de ordem socialista, outros anarquista. Marx (filósofo alemão) a descreveu como uma reivindicação dos ideais socialistas, ao que Bakunin (filósofo russo) respondeu que ao não depender ela de uma vanguarda e ao não ter tomado o poder do Estado ou tentado criar um estado revolucionário, a comuna era anarquista. Em um sentido formal, a Comuna de Paris de 1871 foi simplesmente à autoridade municipal que exerceu o poder nessa cidade durante os dois primeiros meses da primavera de 1871. Mas as condições sob as quais ela foi formada, seus controvertidos decretos e seu sangrento final fazem dela um interessante episódio da história contemporânea. A comuna foi possível graças a uma revolta popular de todas as tendências revolucionárias dentro de Paris depois de que a Guerra Franco-prussiana terminasse com a França derrotada. A brecha entre ricos e pobres na capital tinha se ampliado enormemente nos últimos anos e a escassez de comida, somado ao constante bombardeio prussiano, levou a um descontentamento geral. 💪👊💪 

#151anosdacomunadeparis
#historiadasrevolucoespopulares

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel do Brasil

👉 Para saber mais sobre a Comuna de Paris, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

quinta-feira, 17 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 17.03.22 - 101 Anos do Nascimento do Compositor Antônio Maria

🎼❤️🎼 📀 🎼❤️🎼

📻 Recife, 17 de março de 1921. Rua da Aurora, nº 9, Boa Vista. No sobrado do usineiro Rodolpho Araújo, há 101 anos, nascia um menino gorducho de cor morena, que duas décadas mais tarde se tornaria um dos mais destacados personagens da vida cultural da Capital da República, o Rio de Janeiro, por sua atuação na imprensa escrita, no rádio, na televisão e na música popular brasileira. Seu nome: ANTÔNIO MARIA ARAÚJO DE MORAIS

Tendo deixado cerca de 3 mil crônicas publicadas no jornal (morreu inédito em livro), em muitas se abriu publicamente para os leitores como poucos cronistas, revisitando num misto de autobiografia e autoficção momentos vividos no Recife e nos engenhos da família e a vida na capital pernambucana nos anos 1930 e 40. Sua relação era tão forte a ponto de começar os seus três frevos clássicos falando da saudade pela cidade onde nasceu: 

🎶“Ai, ai, saudade/Saudade tão grande/ Saudade que sinto/Do Clube das Pás, do Vassouras trançando tesouras/Nas ruas repletas de lá”(Frevo nº 1)
🎶“Ai que saudade vem do meu Recife/Da minha gente que ficou por lá/ Quando eu pensava, chorava, falava/ Dizia bobagem, marcava viagem/ Mas não resolvia se ia/ Vou-me embora/Vou-me embora pra lá” (Frevo nº 2)
🎶“Sou do Recife,/ com orgulho e com saudade/Sou do Recife/ com vontade de chorar” (Frevo nº 3).

Mas o sucesso veio ao embalar corações desesperados com suas letras de amor sofridas, sendo o autor de clássicos do samba-canção como Ninguém Me Ama, Canção da Volta, Aquela Rosa, Suas Mãos, Onde Anda Você, Menino Grande. É autor de Valsa de uma Cidade, exaltado como um dos mais belos hinos ao Rio de Janeiro (parceria com Ismael Neto) e do samba Manhã de Carnaval, uma das músicas brasileiras mais regravadas no exterior, feita com Luiz Bonfá para o filme Orfeu Negro, do diretor francês Marcel Camus, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes.

Um dos salários mais bem pagos do rádio, diretor artístico, produtor, redator, apresentador, Antônio Maria liderou a audiência nos horários mais nobres da época de ouro do rádio, trabalhando nas rádios Clube (de Recife), Tamoio, Tupy e Mayrink Veiga, escrevendo programas musicais, alguns levando seu nome como assinatura, e de humor (Alegria da Rua, depois Rua da Alegria, é um deles), dividiu também com Ary Barroso jornadas antológicas de transmissões de futebol (incluindo a fatídica derrota para o Uruguai, na final da Copa do Mundo de 1950 – foi Maria quem narrou o gol de Ghiggia), além de ser pioneiro na televisão.

Como jornalista com passagem por O Jornal, Diário Carioca, O Globo, Última Hora, revistas Manchete e A Semana, Maria é mais lembrado por sua vida boêmia regada a uísque e fumaça nas desregradas noites do Rio, nas quais conviveu com os principais jornalistas, intelectuais, cantores, compositores e artistas do rádio (e, depois, da incipiente televisão brasileira), além de ter frequentado o café society da época.

Não à toa, o Menino Grande (título do seu primeiro samba-canção de sucesso) é apontado como sendo o melhor cronista de Copacabana, umbigo do mundo onde morou, montou ponto de escuta num bar (Pavão Azul) e numa distrito de polícia (retratando o submundo do bairro que era cartão-postal do Brasil), e tombou, vítima de mais um infarto, desta vez fulminante, na calçada do Le Rond Point, na rua Fernando Mendes, onde morava, aos 43 anos, na madrugada do dia 15 de outubro de 1964.

Antônio Maria dá nome à principal escola do bairro de Rio Doce (Olinda), inaugurada em 1974, a "Escola Polivalente Compositor Antônio Maria" de onde saíram nomes como o cantor Chico Science, o ex-secretário de Educação do Estado de pernambuco Anderson Leônidas, e a ex-vereadora de Olinda Mônica Ribeiro. Ele é também um dos homenageados do "Circuito da Poesia", com uma estátua na rua do Bom Jesus no Recife Antigo. Sua obra permanece imortal e atemporal. Grande e singela, mas sobretudo bela. Viva o poeta e escritor Antônio Maria!!! 👏👏👏👏👏👏

#101anosdonascimentodocompositorantoniomaria
#historiadaartebrasileira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖊️ Marcelo Pereira (jornalista) * O último parágrafo é de nossa autoria. 🙂

⏳#muitahistoriapracontar⌛

quarta-feira, 16 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 15.03.22 - Morre o Cabo Anselmo

⚰️ 👮‍♂️ ⚰️

✝️ Morreu na noite de ontem, 15 de março, num hospital na cidade de Jundiaí (São Paulo), José Anselmo dos Santos, mais conhecido como CABO ANSELMO, o mais conhecido agente duplo da ditadura militar, famosa figura da ditadura militar brasileira. Cabo Anselmo, depois do golpe de 64 fugiu para Cuba e quando voltou foi preso pelo DOPS e concordou em trabalhar para a repressão aos seus antigos companheiros. Dado como morto várias vezes, reapareceu dando entrevistas tentando justificar sua atuação como agente duplo e chegou a pedir indenização na Comissão de Anistia, o que lhe foi negado.

A História de Anselmo começa dias antes do golpe que instaurou a ditadura, quando marinheiros se rebelaram dentro de um sindicato, no Rio, numa mobilização que havia começado com reivindicações salariais e trabalhistas. O Ministério da Marinha queria a prisão dos rebelados pela quebra da hierarquia, mas o presidente João Goulart rejeitou a alternativa e anistiou os marinheiros. Um dos líderes dos rebelados era Anselmo. A decisão do presidente foi mais um componente na crise política da época e desagradou o comando das Forças Armadas, que dias depois deflagraria o golpe em 31 de março de 1964.

No regime militar, Anselmo foi agente infiltrado das forças de repressão do governo militar, coletando e fornecendo aos militares informações que lhes permitiram sequestrar, torturar e executar opositores da esquerda. Entre os delatados por ele a agentes do regime, estavam seis pessoas que foram mortas no massacre do Sítio São Bento em Pernambuco em 8 de janeiro de 1973, incluindo sua companheira, a poetisa paraguaia Soledad Barret Viedma, grávida de quatro meses, a quem Anselmo entregou para Sérgio Paranhos Fleury, que a torturou até a morte em uma prisão militar.

Anselmo reapareceu anos depois e concedeu algumas entrevistas: para o Jornal Folha de São Paulo em 2009, ele disse que tinha um acordo para que Soledad fosse libertada na ação e pudesse viajar a Cuba; no programa Roda Viva, na TV Cultura, em 2011, disse que vivia de ajuda paga por três empresários. Nas entrevistas, também negou que já atuasse a favor do golpe ainda no governo João Goulart: "Se eu fosse um sujeito da repressão, da CIA ou do diabo a quatro, você acha que estaria nessa condição que estou hoje?"

Em 2012, teve negado pedidos de indenização feitos ao governo federal e para ser reintegrado à Marinha. A Comissão de Anistia, ao rejeitar o pedido, pôs em dúvida desde quando o ex-militar passou a colaborar como o regime. O parecer citava, por exemplo, declaração do chefe de Inteligência do governo Goulart afirmando que Anselmo era um "agente provocador da CIA desde os eventos que antecederam o golpe".

O cabo Anselmo morreu aos 80 anos de idade, num hospital de Jundiaí, devido a uma infeção renal, após ter entregado para a morte sob tortura cerca de 40 companheiros de militância, sem nunca ter sido punido pela sua atuação pérfida, mesquinha e cruel, de alguém que colaborou para que dezenas de pessoas perdessem seu bem mais precioso: a própria vida. 😠😤

#morreucaboanselmo
#historiadaditaduramilitarbrasileira
#DitaduraNuncaMais

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1 e UOL
🗄️ Acervo da Folha de São Paulo
🖱 Site Memórias da Ditadura
🖱️ Site do CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil.

👉 Para saber mais sobre Soledad Barrett, uma das vítimas do Cabo Anselmo, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

terça-feira, 15 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 15.03.22 - 21 Anos do Acidente na Plataforma P-36

🚨⛑️ 😱 ⛑️🚨

👨‍🚒💥🔥 Num dia como hoje, 15 de março, há 21 anos, ocorria o maior acidente petrolífero da história do país, quando no início da madrugada a P-36, que operava no campo de Roncador, na Bacia de Campos, sofreu duas explosões em uma de suas colunas em um intervalo de 20 minutos (sendo a primeira às 0h22m e a segunda às 0h39m) e vitimou 11 pessoas. Depois das explosões, a plataforma inclinou-se em 16 graus, devido ao bombeamento de água do mar para o seu interior, o suficiente para permitir alagamento,que levou ao seu naufrágio. A plataforma era de propriedade da estatal brasileira Petrobrás e custou 350 milhões de dólares.

A P-36 foi a maior plataforma semi submersa de produção de petróleo no mundo, antes de seu naufrágio em março de 2001. Sua construção teve início na Itália em 1995 com um casco semi-submerso (com colunas estabilizadoras) e terminou no Canadá em 2000. A P-36 estava instalada na Bacia de Campos, distante 130 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, e produzia 184.000 barris de petróleo por dia.

Segundo a Petrobrás, 175 pessoas estavam no local no momento do acidente, das quais 11 trabalhadores que integravam a brigada de incêndio da unidade vieram a óbito: Adilson Almeida de Oliveira, Charles Roberto Oscar, Emanoel Portela Lima, Ernesto de Azevedo Couto, Geraldo Magela Gonçalves, Josevaldo Dias de Souza, Laerson Antônio dos Santos, Luciano Cardoso Souza, Mário Sérgio Matheus, Sérgio dos Santos Souza e Sérgio dos Santos Barbosa.

Segundo relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), após a segunda explosão, 138 trabalhadores foram desembarcados, o que durou três horas e meia, permanecendo a bordo da unidade apenas a equipe de emergência. O efetivo permaneceu na P-36 até às 6h30 para tentar mantê-la nivelada, mas, diante do insucesso na ação, foi desembarcada.

Houve diversas tentativas de estabilizar a unidade, “particularmente a injeção de nitrogênio e ar comprimido nos compartimentos alagados para expulsão da água”, aponta o documento da agência reguladora, mas nenhuma delas teve sucesso. Após cinco dias de angústia, a P-36 naufragou às 11h40 do dia 20 de março de 2001, em uma profundidade de 1200 metros e com estimadas 1500 toneladas de óleo ainda a bordo, levando consigo os corpos dos trabalhadores mortos na tentativa de combater o incêndio na unidade. Apenas dois corpos foram recuperados. 😞😓😥😢😭

#21anosdoacidentedaplataformaP36
#historiadosgrandesacidentesbrasileiros
#tragediadaplataformaP36

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

🗄️ Acervo do Jornal Folha de São Paulo
💻 Site do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo - SINDIPETRO

⏳#muitahistoriapracontar⌛

segunda-feira, 14 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 14.03.22 - 4 Anos do Assassinato de Marielle Franco

⚖️👊🏾🔫 👩🏾‍🦱 🔫👊🏾⚖️

⚰️✝️😭 Num dia como hoje, 14 de março, há 4 anos (1.461 dias), era assassinada a tiros, no Estácio (região central do Rio de Janeiro), a socióloga, vereadora do PSOL, presidente da Comissão da Mulher na Câmara, e integrante de grupos que investigavam abusos militares durante intervenção federal, MARIELLE FRANCO. No mesmo atentado, morreu o motorista do carro em que ela estava, Anderson Gomes. De acordo com a polícia, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde ela estava e dispararam. Ela foi atingida por quatro tiros na cabeça.

Uma assessora que estava no carro foi atingida por estilhaços, mas não se feriu gravemente. Nos dias seguintes ao crime, também teve início uma campanha difamatória, com fake news sobre relações que jamais existiram entre Marielle e traficantes. O assassinato de Marielle motivou reações nacionais e internacionais, como a organização de diversos protestos em todo o território brasileiro. Acredita-se que o crime tenha sido cometido por motivações políticas.

Nascida na capital fluminense, em 27 de julho de 1979, Marielle foi criada em uma favela do Complexo da Maré. Negra, homossexual e defensora ferrenha dos Direitos Humanos e das Mulheres, após perder uma amiga por bala perdida, entrou pelas batalhas dos menos assistidos, ainda no pré-vestibular comunitário. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora em 2016, com a quinta maior votação (46.502 votos).

Ela denunciava constantemente a atuação de milícias e abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Ela também militava pelas causas da comunidade LGBTQIA+. Como vereadora, Marielle também trabalhou na coleta de dados sobre a violência contra as mulheres, pela garantia do aborto nos casos previstos por lei e pelo aumento na participação feminina na política.

Marielle chegou à Casa das Pretas, na rua dos Inválidos, na Lapa, para mediar um debate promovido pelo PSOL com jovens negras, por volta das 19:00 h. Segundo imagens obtidas pela polícia, um Cobalt com placa de Nova Iguaçu (município da Baixada Fluminense) estava parado próximo ao local. Por volta das 21:00 h., Marielle deixou a Casa das Pretas com uma assessora e um motorista, sendo logo seguida por um carro do mesmo modelo que estava parado próximo ao local. Por 21:30 h., na Rua Joaquim Paralhes, no Estácio, um veículo emparelha com o carro de Marielle e faz treze disparos. Nove acertam a lataria e quatro acertam o vidro.

A vereadora foi atingida por três tiros na cabeça e um no pescoço e o motorista levou ao menos três tiros nas costas, causando a morte de ambos. A assessora foi atingida por estilhaços, levada a um hospital e liberada. A polícia declarou acreditar que o carro dela foi perseguido por cerca de quatro quilômetros. Os executores fugiram do local sem levar quaisquer bens.

Cinco delegados da Polícia Civil e ao menos dez promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro não conseguiram elucidar o crime. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos, e Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime, foram presos em 12 de março de 2019 e se tornaram réus pelo homicídio de Marielle. Desde então, as autoridades tentam identificar possíveis mandantes do assassinato. Ao longo de quatro anos, porém, as investigações foram marcadas por tentativas de obstrução, pistas falsas e frequentes trocas no comando do inquérito.

O assassinato de Marielle e Anderson é mais um capítulo da conturbada relação do Rio de Janeiro com o crime organizado, que faz centenas de vítimas, principalmente nas periferias cariocas. Mestra em Administração Pública, a história de Marielle influenciou centenas de pessoas a seguirem os bons exemplos por ela deixados. Franco é mais um modelo de sucesso a jovens do mundo inteiro. Estudou, elegeu-se vereadora e incentivou a transformar muitas vidas para melhor. Sua trágica morte e de seu motorista deixaram uma pergunta, que passados quatro anos ainda ecoa como um grito de justiça: "quem mandou matar Marielle Franco"? 🤔 👊🏽👊🏾👊🏿

#4anosdoassassinatodemariellefranco
#quemmatoumarielleeanderson
#justicapormarielleeanderson

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais UOL e G1.
👩🏽‍🦱 Instituto Marielle Franco.
📰 Sites dos Jornais Folha de São Paulo e O Globo.

👉 Para saber mais sobre Marielle Franco, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

HOJE NA HISTÓRIA - 14.03.22 - 139 Anos da Morte de Karl Marx

⚙️⛏️👊🏻 🇨🇳 👊🏾⛏️⚙️

😓🖤 Poucas pessoas na história moderna foram tão reverenciadas e odiadas, tão citadas e incompreendidas quanto Karl Marx. Marx é popularmente considerado o pai do socialismo moderno, que também foi chamado de marxismo. A obra pela qual ele é mais conhecido é "O Manifesto Comunista". Este trabalho clamava pela derrubada do sistema social do capitalismo e pela criação de uma sociedade nova, livre e igualitária.

Karl Marx nasceu em 5 de maio de 1818, na cidade de Trier, na atual Alemanha. Ele estava interessado em literatura em sua juventude, mas decidiu frequentar a universidade para estudar direito. Depois de se interessar por religião, história e filosofia, matriculou-se na Universidade de Berlim. Ele recebeu um doutorado em filosofia grega pela Universidade de Jena em 1841. Durante seus anos de faculdade, Marx tornou-se conhecido por suas visões socialistas e radicalismo político.

Depois de se formar, Marx começou sua longa carreira como jornalista, editor e teórico socialista. Em 1842 tornou-se editor de um jornal radical na cidade de Colônia, na Alemanha. Enquanto trabalhava lá, conheceu um jovem socialista chamado Friedrich Engels, com quem desenvolveu muitas de suas ideias.

Devido à censura do governo, Marx foi forçado a deixar a Alemanha e se mudar pela Europa durante a década de 1840. Durante esse período, Marx escreveu artigos contra os sistemas políticos de quase todos os países da Europa. Ele também criticou o sistema de capitalismo que se enraizou na Europa durante a Revolução Industrial. Em 1848, Marx e Engels abordaram essas questões em um panfleto que ficou conhecido como O Manifesto Comunista.

Vários meses depois que o manifesto foi escrito, uma revolução em massa eclodiu na Europa. Marx retornou à cidade de Colônia, onde se tornou membro ativo de um grupo revolucionário de trabalhadores. Em 1849, no entanto, a revolução que Marx há muito esperava foi finalmente esmagada. Marx foi forçado a fugir de Colônia mais uma vez. Ele finalmente se estabeleceu em Londres, Inglaterra.

Marx passou as últimas três décadas de sua vida estudando dia a dia na biblioteca do Museu Britânico e escrevendo sua obra mais importante, quatro volumes de livros, conhecidos simplesmente como O Capital. Ele também foi politicamente ativo em seus últimos anos, ajudando a formar o Partido Social Democrata da Alemanha e outras organizações socialistas. Marx morreu em Londres em 14 de março de 1883, há 139 anos.

As ideias políticas de Marx tiveram influências de longo alcance. No Manifesto Comunista, Marx argumentou que os trabalhadores do mundo realizariam uma revolução que derrubaria a ordem capitalista. Após essa revolução, uma nova sociedade comunista sem classes surgiria. Durante o século XX, muitos governos e regimes autodeclarados comunistas alegaram que seus regimes eram baseados nos primeiros escritos de Marx. O primeiro e mais famoso desses regimes existiu na extinta União Soviética, das quais a Rússia era a maior das repúblicas. 🇷🇺🪆🇷🇺

#139anosdamortedekarlmarx
#historiadasideiaspoliticasesociais

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Traduzida da versão em espanhol

👉 Para saber mais sobre Karl Marx, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

domingo, 13 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 13.03.22 - 30 Anos da Morte de Irmã Dulce

✝️💒🙏 👵 🙏💒✝️

😓🖤 Num dia como hoje, 13 de março, há 30 anos, morria no Convento Santo Antônio, em Salvador, na Bahia, IRMÃ DULCE, que dedicou toda sua vida a amparar os pobres e enfermos, recebendo o título de “Bem aventurada Dulce dos Pobres”. Suas obras de caridade são referência nacional, e ganharam repercussão pelo mundo. Por suas ações humanitárias e de assistência aos desfavorecidos, ficou também conhecida como “anjo bom da Bahia”.

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914. Desde jovem desejava seguir a vida religiosa. Muito caridosa, ainda na adolescência ajudava os mendigos e enfermos. Com 18 anos formou-se professora e no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, Sergipe. Em 1934, Irmã Dulce fez votos de fé, tornando-se freira e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

De volta a Salvador, começou a lecionar no Colégio mantido pelas Irmãs Missionárias. Em 1936, fundou a União Operária São Francisco e o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e suas famílias. Irmã Dulce também ajudou a criar várias instituições filantrópicas: uma das mais importantes e famosas é o Hospital Santo Antônio, que foi construído no lugar do galinheiro do Convento Santo Antônio.

Até o papa João Paulo II puxou a orelha de Dulce para que ela cuidasse mais da sua saúde. Em 7 de julho de 1980, quando visitou o Brasil pela primeira vez, ao se despedir de Dulce, o pontífice recomendou: “Continue, Irmã! Mas cuide da sua saúde. É necessário que a senhora se poupe um pouco mais”. Obviamente, que ela não parou. 

Só arrefeceu em 1991 quando, até morrer em 13 de março de 1992, agravou sua condição respiratória e ficou na UTI do Hospital Santo Antônio - inaugurado por ela em 1983. Foi paciente do seu próprio hospital. Nesse leito, o papa – que hoje também é santo reconhecido pela Igreja Católica, visitou Dulce cinco meses antes de sua morte quando ela pouco falava e se comunicava basicamente com olhares e sinais.

Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 1988 pelo então presidente do Brasil, José Sarney, porém não ficou com o título. Em 2001, foi eleita “a religiosa do século XX”, em uma eleição que foi publicada pela revista Isto É. Em 2012, foi eleita uma dos 12 maiores brasileiros de todos os tempos em pesquisa feita pelo SBT, para eleger a personalidade que mais contribuiu para o país.

O “anjo bom da Bahia” morreu em seu quarto, de causas naturais, aos 77 anos, em 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela, como as irmãs do convento. Seu corpo foi sepultado no altar do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, em Salvador. Anos depois, foi transladado para o Santuário que estão depositadas as relíquias do "Anjo Bom do Brasil", em um espaço chamado Capela das Relíquias – uma sala circular, com pé direito triplo, tendo ao centro o túmulo que guarda os restos mortais da Mãe dos Pobres.

O processo de canonização de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000. Em abril de 2009, o papa Bento XVI reconheceu suas virtudes heroicas. Irmã Dulce passou a ser considerada então venerável. Em 22 de maio de 2011, foi beatificada em missa presidida pelo cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, em Salvador. E finalmente em 13 de outubro de 2019, foi canonizada pelo papa Francisco. Na história contemporânea da Igreja, é o terceiro caso mais rápido de canonização: Irmã Dulce se tornou santa 27 anos depois de sua morte. 🕯️🙏🕯️

#30anosdamortedeirmadulce
#historiadocatolicismobrasileiro
#IrmaDulcedosPobres

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Site "O Pensador"
💻 Portais UOL e G1
💒 Site da Arquidiocese de Salvador

⏳#muitahistoriapracontar⌛

sábado, 12 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 12.03.22 - 77 Anos da Morte de Anne Frank

✡️👮‍♂️⚰️ 👩 ⚰️👮🏻‍♂️✡️

😓🖤 Num dia como hoje, 12 de março, há 77 anos, morria no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, ANNE FRANK, uma menina judia que viveu dois anos em um esconderijo para escapar dos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Anne e sua família foram vítimas do Holocausto, a campanha da Alemanha nazista para destruir os judeus. Durante o período em que ficou escondida, Anne Frank manteve um diário. Lendo esse diário, muitas pessoas descobriram o que os judeus viveram e sentiram durante o período do Holocausto.

Anne Marie Frank nasceu em 12 de junho de 1929, em Frankfurt, na Alemanha. Em 1933, o partido nazista de Adolf Hitler chegou ao poder e a Alemanha se tornou um lugar perigoso para os judeus viverem. A família de Anne se mudou então para a cidade de Amsterdã, nos Países Baixos.

Em maio de 1940, durante os primeiros meses da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu os Países Baixos. Por volta de 1942, os judeus estavam sendo presos e enviados para campos de concentração, nos quais a maioria deles morria.

O pai de Anne preparou alguns quartos no segundo andar do prédio de seu escritório. Eles eram o “anexo secreto”, onde sua família poderia se esconder. Em 6 de julho de 1942, a família Frank e outras quatro pessoas foram para o esconderijo. As oito pessoas dividiram o pequeno espaço durante dois anos. Apesar do medo, elas tentavam viver normalmente.

Quando completou 13 anos, Anne recebeu de presente um diário e nele escreve sobre o que se vai passando no anexo secreto, mas também sobre o que sente e pensa. Além disso, escreve histórias curtas, começa um romance e anota passagens de livros que lia no seu Livro de Belas Frases. Escrever ajudou-a a aguentar os dias. Quando o Ministro da Educação do governo holandês no exílio, na Inglaterra, fez um apelo na Radio Orange para se manter diários e documentos de guerra, Anne tem a ideia de reescrever os seus diários individuais numa única história, com o título Het Achterhuis (O Anexo Secreto).

A Gestapo (polícia secreta alemã) acabou descobrindo o anexo secreto. Em 4 de agosto de 1944, todos foram presos. Anne e sua irmã foram mandadas para o campo de Bergen-Belsen, na Alemanha. As duas morreram de uma doença chama tifo, em março de 1945, um mês antes do fim da Segunda Guerra Mundial. Todos os que estavam escondidos com ela morreram nos campos de concentração, menos o pai de Anne.

Depois do ataque ao anexo secreto, amigos descobriram e guardaram o diário de Anne. Em 1947, o pai dela o publicou. A edição brasileira ganhou o título de O diário de Anne Frank. O livro já foi traduzido para mais de 60 idiomas. Até hoje, o livro é lembrado como uma denúncia contundente contra o holocausto dos judeus promovido pelos nazistas. É citado inclusive no filme Escritores da Liberdade (Freedom Writers. EUA/2007) cujo enredo trata de uma professora que incentiva a leitura para negros e imigrantes empobrecidos de uma escola pública dos Estados Unidos. O prédio em que ficava o esconderijo em Amsterdã é hoje um museu, chamado Casa de Anne Frank. 🏛️📖⌛

#77anosdamortedeannefrank
#historiadoholocaustojudeu
#NazismoNuncaMais

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto:

📺 Canal History Channel do Brasil
🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Versão WEB (adaptados)

👉 Para saber mais sobre a libertação dos prisioneiros do Campo de Auschwitz, para onde foram levados os Franks, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

sexta-feira, 11 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 11.03.22 - 11 Anos do Desastre Nuclear na Usina de Fukushima

🌊😱 ☢️ 🏭 ☢️ 😱🌊

🧯🇯🇵 Num dia como hoje, 11 de março, há 11 anos, o maior terremoto já registrado no Japão causou uma devastação maciça, e o tsunami que se seguiu dizimou a região de Tōhoku, no nordeste de Honshu. Além da já terrível destruição e perda de vidas, o desastre natural também deu origem a um desastre nuclear na usina nuclear de Fukushima Daiichi. O desastre de Fukushima é considerado o segundo pior desastre nuclear da história, forçando a realocação de mais de 100.000 pessoas.

Durante a emergência, cada um dos três reatores nucleares operacionais da usina de Fukushima foi desligado com sucesso, mas os sistemas de energia e resfriamento de backup falharam. Como resultado, o calor residual fez com que as barras de combustível em todos os três reatores derretessem parcialmente. Enquanto as equipes vasculhavam os escombros em busca de sobreviventes e a nação se recuperava do terremoto e do tsunami que se seguiu, o desastre nuclear se desenrolou ao longo de vários dias. Os reatores 1 e 3 explodiram em 12 e 14 de março, respectivamente, levando o governo a evacuar todos em um raio de 20 km. Outra explosão no prédio que abriga o Reator 2 em 15 de março liberou ainda mais radiação, e milhares de pessoas deixaram suas casas enquanto os trabalhadores usavam helicópteros, canhões de água e bombas de água do mar para tentar resfriar a instalação de superaquecimento.

A extensão total das consequências tornou-se aparente nos meses seguintes, com o governo eventualmente evacuando todos os moradores em um raio de 30 km da usina. Nenhuma morte foi inicialmente atribuída ao incidente, embora isso tenha sido de pouco conforto para os 154.000 que foram evacuados ou para os entes queridos das mais de 18.000 pessoas que perderam suas vidas como resultado do terremoto e do tsunami. Alguns sugeriram que uma evacuação tão grande não era necessária, já que os níveis de radiação parecem ter caído abaixo do esperado logo após o acidente.

Embora muitos tenham conseguido voltar para suas casas, uma “zona de difícil retorno” de 371 quilômetros quadrados permanece evacuada a partir de 2021, e o número real pode não ser conhecido por décadas. Em 2018, o governo anunciou que o ex-trabalhador da usina que havia servido durante o colapso foi a primeira morte oficialmente atribuída à radiação do desastre, que hoje é considerado perdendo apenas para Chernobyl no ranking de incidentes nucleares infames. ☢️😨☢️😨☢️

#11anosdodesastrenucleardefukushima
#historiadosacidentesnucleares

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Site do History Channel - EUA

👉 Para saber mais sobre o acidente nuclear de Chernobyl, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

quinta-feira, 10 de março de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 10.03.22 - 196 Anos da Morte de D. João VI

🇵🇹🛡️ ⚜️🤴⚜️ 🛡️🇧🇷 

👑 João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís Antônio Domingos Rafael, ou D. João VI, governou Portugal de 1792 até sua morte. Nasceu em Lisboa em 1767 e morreu na mesma cidade em 1826. Era filho de dona Maria I e de dom Pedro III de Portugal. Em 1785 casou-se com Carlota Joaquina, filha do rei Carlos IV, da Espanha. Teve três filhos e seis filhas. Órfão de pai, assumiu o governo de Portugal em 1792, devido à doença mental de sua mãe, a rainha D. Maria I. No início, era apenas um representante da mãe. A partir de 1799, recebeu o título de príncipe regente. Só se tornou rei em 1816, após a morte de dona Maria I. Nessa ocasião, foi coroado com o título de D. João VI.

Quando ainda era príncipe regente, D. João veio para o Brasil, em 1808, porque as tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte estavam chegando para invadir Portugal. Com ele vieram a família real e a corte portuguesa, totalizando mais de 10 mil pessoas, em dezenove navios. Instalaram-se na cidade do Rio de Janeiro, que se tornou a sede do reino português. Portugal ficou sob o domínio dos franceses durante um ano. A Inglaterra, que era aliada de Portugal, enviou soldados e ajudou a expulsar os invasores. O governo de Portugal ficou nas mãos dos ingleses.

Antes da chegada do príncipe regente D. João ao Brasil, as indústrias eram proibidas na colônia. A economia brasileira se baseava no cultivo de açúcar, de algodão, de tabaco e de outros produtos agrícolas. A mineração estava em decadência. O Brasil só podia praticar o comércio com Portugal. Assim que chegou ao Brasil, dom João autorizou o funcionamento de indústrias e a abertura dos portos, ou seja, a liberdade para comerciar com outras nações.

D. João fundou escolas, criou o Banco do Brasil, a Imprensa Régia, a Casa da Moeda, a Faculdade de Medicina e o Jardim Botânico. Fundou também a Academia de Belas-Artes, que implantou o ensino de arte no Brasil. Trouxe artistas franceses célebres, como Nicolas-Antoine Taunay e Jean-Baptiste Debret.

Em 1815, uniu o Brasil e Portugal em um só reino: o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. “Algarves”, no caso, se referia à região sul de Portugal, chamada Algarve, e aos territórios do norte da África que Portugal tinha conquistado e perdido séculos antes, chamados Algarves dalém-Mar. Em seu reinado no Brasil, D. João VI enfrentou a Revolução Pernambucana de 1817. As tropas oficiais reprimiram o movimento e condenaram seus líderes à morte.

Em 1820, a agitação política tomou conta de Portugal. A população estava insatisfeita com a ausência do rei. Um movimento revolucionário afastou os representantes ingleses do poder. Os rebeldes exigiam a elaboração de uma Constituição. D. João VI teve que voltar para Portugal. Partiu do Rio de Janeiro em 1821 e deixou em seu lugar o filho, o príncipe dom Pedro. No ano seguinte, o príncipe proclamou a Independência do Brasil e foi coroado como dom Pedro I.

De volta a Portugal, D. João VI viu-se obrigado a assinar a Constituição, que limitava seus poderes. Pouco depois, porém, voltou a reinar com poderes absolutos. Até a morte, em 1826, enfrentou intrigas e golpes políticos de seu filho dom Miguel, que era apoiado pela mãe, dona Carlota Joaquina, mulher de D. João VI. No ano 2000, depois de muitas pesquisas, um grupo de cientistas concluiu que D. João VI morreu envenenado. 😞😓😥😢😭

#596anosdamortededjoaoVI
#historialusobrasileira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Versão WEB

👉 Para saber mais sobre a fuga da família real portuguesa para o Brasil, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

NOSSA LOGO OFICIAL DA REDE MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR

O projeto "MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR" surgiu da necessidade de levar às pessoas conhecimento e informação pautadas no conhecimento...