quinta-feira, 30 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 30.06.22 - 20 Anos do Desencarne do Medium Chico Xavier

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😓🖤 Num dia como hoje, 30 de julho, há 20 anos, desencarnava (usando a linguagem dos espíritas) em Uberaba, Minas Gerais, Francisco Cândido Xavier, o CHICO XAVIER (1910-2002), que costumava dizer que iria "desencarnar" em um dia de festa para o Brasil, para que sua morte não fosse lembrada com tristeza.

Para os céticos, uma coincidência; para os que acreditam, mais uma prova das capacidades do médium – Xavier morreu exatamente há 20 anos, no mesmo domingo em que o Brasil venceu a Alemanha na final da Copa do Mundo e conquistou o sonhado pentacampeonato.

Nascido em Pedro Leopoldo, pequeno município na região metropolitana de Belo Horizonte, Xavier alcançou a notoriedade com a publicação de seu primeiro livro – embora fenômenos mediúnicos já fizessem parte de sua vida desde a tenra idade. O filho de um vendedor de bilhetes de loteria e de uma lavadeira, ambos analfabetos, havia se tornado o maior médium brasileiro, tendo escrito mais de 10 mil cartas psicografadas e se consolidado como dono de uma obra de mais de 450 livros – cuja autoria sempre foi atribuída a espíritos, ao todo 468 psicografados. Nunca ficando com nenhum valor desses livros, todo os direitos autorais da venda dos livros foram para instituições de caridade. Também psicografou cerca de 10 mil cartas, sem nunca ter cobrado nada. 

Esta dedicação no trabalho em benefício do próximo possibilitou a Chico a indicação, ao Prêmio Nobel da Paz de 1981. E no ano de 2012, Chico foi eleito “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”, em evento promovido e realizado pela emissora de televisão SBT. O cantor e compositor Moacyr Franco gravou "Uma Lágrima no Rio" em sua homenagem.

Chico Xavier deixou o plano físico em 30 de junho de 2002, aos 92 anos de idade, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, às 19:30. Oito dias antes de completar 75 anos de trabalho para o Espiritismo.

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, cerca de 120 mil pessoas compareceram ao velório do médium, que aconteceu em Uberaba nos dias 1 e 2 de julho. Em um caminhão do Corpo de Bombeiros, o caixão com o corpo do médium percorreu 5km até chegar ao Cemitério São João Batista, em Uberaba, e mais de 30 mil pessoas acompanharam o cortejo a pé. Quando o caixão chegou ao cemitério, foi recebido com uma chuva de pétalas de 3 mil rosas lançadas em profusão de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal.

O legado de Chico Xavier permanece vivo até hoje em Uberaba, cidade do Triângulo Mineiro com alta concentração de espíritas e mais de 130 casas de atendimento, que chegam a funcionar 24 horas por dia. Amor ao próximo e caridade como exemplo são princípios dos quais os herdeiros de Chico Xavier ainda hoje não abdicam e levam adiante, 20 anos após a morte do grande mestre e mentor espiritual. 👏👏👏👏👏👏

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#historiadoespiritismobrasileiro

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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terça-feira, 28 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 28.06.22 - 53 Anos da Revolta de Stonewall

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🌈 Num dia como hoje, 28 de junho, há 53 anos a polícia invadiu o bar Stonewall Inn – local popular entre a comunidade LGBTQIA+ em Nova York – e os clientes resistiram. Após inúmeras batidas da polícia com violência recorrente e repressão à população LGBT que frequentava o bar, as travestis e lésbicas foram linha de frente e reagiram contra a repressão policial, com um levante que fez a polícia recuar e não levar ninguém preso naquele dia, fato este que entrou para a História como a REVOLTA DE STONEWALL, tida como o “marco zero” do movimento de igualdade civil dos homossexuais no século XX. 
 
Nas décadas de 1950 e 1960 os EUA tinham uma legislação antihomossexual, já que práticas homossexuais foram consideradas crimes até 1962 em todos os estados do país. Em 1969, ano da revolta, a prática já não era criminalizada, mas muitos estabelecimentos comerciais que eram frequentados por gays e lésbicas eram atacados e perseguidos pela polícia.

Na cidade de Nova York apenas um bar era abertamente gay, o Stonewall Inn, que ficava no bairro do Greenwich Village. Na noite de 28 para 29 de junho, o que era para ser uma batida policial comum tornou-se em revolta. Um grupo de homossexuais se recusou a ser revistado pela polícia, iniciando um confronto que durou cerca de 4 horas e resultou na destruição do bar.

As revoltas duraram 5 dias até que foram totalmente contidas. Ainda assim, a luta dos LGBTQIA+ por direitos ganhou apoio e visibilidade, de modo que até o final de 1969 muitas cidades americanas passaram a ter organizações pelos direitos dos homossexuais. E, no de 1970, após 1 ano das revoltas, aconteceram as primeiras passeatas do orgulho gay nos EUA.

Normalmente, são organizadas festas e desfiles nas grandes cidades para reunir os membros da comunidade e simpatizantes do movimento com o intuito de celebrar o amor e a igualdade entre todos os gêneros. Além disso, em algumas cidades, ainda acontece a tradicional Parada do Orgulho Gay, um gigantesco desfile que chega a reunir milhões de pessoas, como em São Paulo, por exemplo.

A sigla que representa esse orgulho foi evoluindo ao longo do tempo e ganhou letras conforme os anos. Na primeira sigla, GLS, o "S" representava os simpatizantes, pessoas aliadas à causa LGBTQIA+. Mas logo o acrônimo se mostrou ultrapassado e excludente porque deixava de fora as demais identidades. Nos últimos anos, o movimento passou a utilizar a sigla reduzida LGBTQIA+, cujo termo completo é LGBTQQICAPF2K+. A sigla remete à diversidade sexual existente entre os humanos e significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Intersexuais, Queer, Assexuais, Pansexuais, entre outros.

Brasil é o país com mais assassinatos de LGBTQIA+: uma morte a cada 29 horas, aponta levantamento. Número real deve ser ainda maior São Paulo – Pelo menos 300 pessoas LGBTQIA+ tiveram mortes violentas em 2021, crescimento de 8% em relação ao ano anterior, segundo balanço divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), com base em notícias coletadas em parceria com a Aliança Nacional LGBTQIA+. Foram 276 homicídios (92% do total) e 24 suicídios (8%). “O Brasil ainda é o país do mundo onde mais se assassinam LGBT: uma morte a cada 29 horas”, afirmam as entidades.

De acordo com o levantamento, 35% dos casos se concentraram na região Nordeste e 33%, no Sudeste. “É a primeira vez que o Sudeste concentra tantos óbitos. Mais do que a soma das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Não há regularidade sociológica que explique essa e muitas das ocorrências, como também, por exemplo, a redução das mortes nos meses de primavera”, segundo o GGB.

Em 2019, a LGBTfobia tornou-se crime no Brasil. Por meio de uma votação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por um placar de 8 votos a 3, que a discriminação contra homossexuais e transexuais é um crime com pena prevista de 1 a 3 anos de prisão, além de multa. Não importa a orientação sexual de uma pessoa, o importante é ser respeitada como um ser humano e ter todos os seus direitos garantidos.

Como memória dos protestos de Stonewall é que se comemora no dia 28 de junho o Dia Internacional do Orgulho LGBT ou simplesmente Dia do Orgulho Gay em todo o mundo. Esta data tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual, além de celebrar o amor, o respeito e a diversidade. Os movimentos LGBTQIA+ vêm conquistado cada vez mais a garantia direitos e de cidadania em diversos espaços – no mercado de trabalho, nas expressões artísticas, na produção de pensamento dentro da academia, na participação política... O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é também dia de comemorar as lutas e conquistas para o exercício pleno dessa cidadania, com muito orgulho! 👨‍❤️‍👨✊🏽🏳️‍🌈

#53anosdarevoltadestonewall
#historiadosmovimentosLGBTQIA+
#DiadoOrgulhoLGBTQIA+

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre o Dia Internacional Contra a Homofobia, acesse:


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🕰️ HOJE NA HISTÓRIA 🕰️ 28.06.22 - 302 ANOS DA REVOLTA DE VILA RICA

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🛡️ A instalação das Casas de Fundição (1719) na capitania de São Paulo e Minas foi o estopim para a explosão da Revolta de Vila Rica, ⚔️ liderada pelo minerador Felipe dos Santos Freire. O contrabando de ouro e a evasão fiscal 💸 fizeram o Conde de Assumar a proibir a circulação de ouro em pó e obrigar os mineradores a levarem o ouro para as casas de Fundição, onde seria transformado em barras e extraído a quinta parte como tributo para a Coroa portuguesa. 💰 Na véspera das festas de São Pedro, populares desceram o morro do Arraial do Ouro Podre e tomaram a cidade. O conde de Assumar estava ausente, mas se dispôs a negociar com os revoltosos. A negociação foi mera retórica para ganhar tempo e organizar a repressão. Felipe dos Santos e outros líderes foram perseguidos e presos. ⛓️ As casas dos populares do morro do Arraial do Ouro Podre foram incendiadas. 🏘️🔥 Felipe dos Santos foi condenado à morte por enforcamento e executado em 18 de julho de 1720, suas últimas palavras foram "jurei morrer pela liberdade, cumpro minha palavra". ⚰️ A repressão à Revolta de Vila Rica é citada por Cecília Meirelles no V Romance do Romanceiro da Inconfidência 📖 e musicalizado por Sueli Costa. A gravação de "Dorme, Meu Menino,  Dorme" foi feita pelo Quarteto em Cy. 🎶 A Revolta de Vila Rica não conseguiu acabar com as casas de Fundição, mas provocou a divisão da Capitania de Minas, separada de São Paulo em 2 de dezembro de 1720.

#302anosdarevoltadevilarica
#302anosdarevoltadefelipedosantos
#guerraserevoltascoloniais

🧭 Concepção e elaboração do post  📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a Revolta de Vila Rica, assista:


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domingo, 26 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 26.06.22 - Morre o Cantor Roberto Luna

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🎤😭 A música brasileira perdeu hoje, dia 26 de junho de 2022, um de seus maiores interprétes musicais, herdeiro da época de ouro dos Cantores do Rádio e seresteiro ROBERTO LUNA. O cantor, de 92 anos, morreu em São Paulo (SP), cidade onde residia no Palacete dos Artistas, espécie de retiro que concentra veteranos que já saíram de cena. 

Roberto Luna (Valdemar Farias) nasceu em Serraria, Paraíba em 1° de dezembro de 1929. Fez os primeiros estudos em Campina Grande e mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1945. Começou a trabalhar em teatro de revista e estudou com o ator Ziembinsky.

Apresentado por Assis Valente a Chianca de Garcia, para ser contratado como cantor, acabou tornando-se seu auxiliar no setor de divulgação da companhia teatral. Caixa de companhia imobiliária e auxiliar de escritório, por volta de 1948 apresentava-se também como crooner em dancings e boates do Rio de Janeiro. Foi o locutor Afrânio Rodrigues quem lhe deu o nome artístico de Roberto Luna, por ocasião de um show.

No ano seguinte gravou seu primeiro disco, com Por quanto tempo (Marino Pinto e Domal Bibi) e Linda (Erasmo Silva e Rui Rei), na Star.

Contratado por Sérgio Vasconcelos, da Rádio Clube, em 1953, participou dos programas Caderno de Melodias, Ciranda dos Bairros e das Audições Roberto Luna, lançando para o Carnaval desse ano, entre Outros, o samba Jurema (Luís Soberano e Washington Fernandes) e a marcha Deixa- me em paz (Guido Medina e Geneci Azevedo), na Copacabana. Para o mesmo Carnaval, gravou, ainda acompanhado pelo conjunto Os Copacabana, Minha casa é meu chapéu (Geraldo Queirós e Henrique Leoni) e o samba Pode voltar (Geraldo Queirós e Wilson Lopes).

Cantor de sucesso nacional na década de 1950 destacou-se interpretando versões de boleros e músicas de dor-de-cotovelo; seus maiores sucessos dessa época foram Molambo (Meira e Augusto Mesquita), o bolero Relógio (Cantoral, versão de Nely Pinto), Nunca (Lupicínio Rodrigues), Vingança (Lupicínio Rodrigues), Castigo (Dolores Duran), Por causa de você (Tom Jobim e Dolores Duran), o bolero História de um amor (versão de Edson Borges), e o tango El día que me quieras (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera).

Em 1961 gravou pela RGE o LP Adiós, pampa mia e outros tangos famosos, com Adiós, pampa mia (Francisco Canaro e Mariano Mores, versão de Haroldo Barbosa) e Confissão (Enrique Discepolo e Amadori, versão de Lourival Faissal).

Dois anos depois saiu pela mesma fábrica o disco Tangos famosos, incluindo O dia que me queiras (versão de Haroldo Barbosa) e Cristal (Mores, versão de Haroldo Barbosa). Em 1964 novo LP, Os grandes sucessos de Roberto Luna, e no ano seguinte O Luna que eu gosto, etiqueta Philips, com Tudo é magnífico (Haroldo Barbosa e Luís Reis) e Senhor saudade (com Dinho). Participou ainda como ator e cantor do filme O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla, em 1968.

A partir de 1970 apresentou-se quase exclusivamente em boates, tendo sido proprietário de uma. Em 1972 gravou na Chantecler o LP Roberto Luna, destacando-se Gaivota e Negro véu (Zé Bastos e João Reis). Na década de 1990, a RGE relançou em CD todo o seu repertório, em 10 volumes.

Em 2019, apresentou-se no programa “Senhor Brasil” apresentado por Rolando Boldrin na TV Cultura. Na ocasião, contou passagens de sua carreira e interpretou o samba “Boneca de pano”, de Assis Valente. O bolero "Molambo" fez parte da trilha sonora da minissérie Hilda Furacão exibida pela TV Globo em 1998. Roberto Luna chegou a participar do Festival Nacional da Seresta, realizado anualmente em Recife. Deixou uma obra inestimável e eterna para os amantes de uma boa e romântica seresta. 😞😓😥😢😭

#morrerobertoluna
#lutoporrobertoluna
#adeusrobertoluna

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
🖱️ Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (versão web)

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quinta-feira, 23 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 23.06.22 - Morre a Atriz Geninha da Rosa Borges - A Dama do Teatro Pernambucano

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✝️😭⚰️ A arte cênica pernambucana entardeceu hoje enlutada pela partida de GENINHA DA ROSA BORGES, atriz, diretora teatral, educadora e merecedora do título de "a dama do teatro pernambucano". Segundo a família, a atriz faleceu em sua residência na zona norte do Recife de causas naturais. A informação foi confirmada à imprensa local pelo filho da artista, Breno. Curiosamente, na última terça-feira, dia 21, ela completou seu centenário de vida. Apesar da felicidade pela efeméride alcançada, Geninha sentiu falta de ar no dia seguinte e uma médica da família foi chamada e alertou que seria um problema nas vias respiratórias, de acordo com informações da família.

Geninha da Rosa Borges foi dirigida entre outros por Valdemar de Oliveira e Ziembinski, mestra de várias gerações, atravessou o século XX como uma referência para o teatro pernambucano e brasileiro. Com mais de 81 anos de carreira, participou de 63 peças teatrais, 10 filmes e dirigiu 21 espetáculos, além dos trabalhos no rádio e para a TV. Além de ter ocupado os cargos de gestora cultural no Museu da Cidade do Recife, no Teatro de Santa Isabel e no Instituto de Assuntos Culturais da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Maria Eugênia Franco de Sá, filha de um amazonense e de uma carioca, nasceu em 21 de junho de 1922 na cidade de Recife, Pernambuco. Estuda no Colégio São José, onde participa de atividades culturais e revela o seu pendor para o teatro. Aos 19 anos, no ano de 1941, Geninha da Rosa Borges atuou em uma apresentação teatral beneficente no Colégio São José, a peça "Noite de estrelas", quando foi notada pelo médico e diretor Valdemar de Oliveira, que a convidou para integrar o grupo que originou o Teatro de Amadores de Pernambuco - TAP. Waldemar apresentou-a à Otávio da Rosa Borges, que era irmão de sua esposa Diná, com quem ela se casou em 1946.

De lá para cá foram dezenas de peças, filmes e novelas, onde se destacou como diretora e intérprete em Yerma, de Garcia Lorca (1978), A Promessa, de Luiz Marinho (1983) e As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Fassbinder (1987). Geninha já foi chamada de a "Greta Garbo do nordeste", e pavimentou grandes estradas para as mulheres no teatro brasileiro.

No final da década de 30, participa do primeiro filme pernambucano falado: O Coelho Sai, de Firmo Neto (1939). Em 1983 é contratada por Tizuka Yamazaki para fazer a diretora da escola no filme Parahyba Mulher Macho. Também atua no filme Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Teixeira (1997) e nos curtas-metragens Nóis Sofre Mais Nóis Goza, de Sandra Ribeiro e Conceição, de Heitor Dhalia, ambos filmados no ano de 2002.

"Um sábado em 30", é um dos seus mais memoráveis trabalhos, peça escrita por Luiz Marinho e ambientada na Revolução de 1930  que levou Getúlio Vargas à presidência da República. Na televisão, atuou na novela "Da cor do Pecado", da TV Globo em 2004, interpretando Dona Nonô, uma cortesã que contracenava com Ney Latorraca e Maitê Proença. Recebeu várias vezes os prêmios de “Melhor Atriz” e “Melhor Diretora”, e é conhecida como a “Grande Dama do Teatro Pernambucano”. Em 2007, a atriz virou enredo da peça "Geninha da Rosa Borges é Leão do Norte", em que, aos 85 anos, relatava a rica trajetória entremeada com poemas.

O velório de Geninha será realizado no Teatro de Santa Isabel, nesta sexta-feira (24). Em seguida, será realizada uma cerimônia de cremação no Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista. Ainda segundo o filho da atriz, Geninha gostaria de ser cremada e que as cinzas fossem jogadas no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife. 

Um mínimo de educação de qualidade ou um mínimo de cuidado com a nossa cultura bastariam para reverenciar Geninha da Rosa Borges. Mas o que esperar de um país eternamente sem memória? Artistas feito Geninha da Rosa Borges não morrem, se encantam para descansar nos elísios da dramaturgia, onde estrelas como ela deverão brilhar eternamente. Geninha da Rosa Borges plantou uma semente e deixou um legado. Sua arte é eterna, etérea e emblemática! Um nome que sempre será lembrado quando formos falar da cena teatral pernambucana. 👏👏👏👏👏👏

#morregeninhadarosaborges
#lutoporgeninhadarosaborges
#adeusgeninhadarosaborges

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Portais G1 e NE10
📰 Site da Folha de Pernambuco
💻 Portal Brasil Memória das Artes da Funarte

👉 Para saber mais sobre Reinaldo de Oliveira, outro grande nome do teatro pernambucano, acesse:


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quarta-feira, 22 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 22.06.22 - Morre o Cantor e Compositor Paulo Diniz

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🎤😭 E agora José? Que a vida passa, telefono e você já não me atende mais... Ou eu encanto a vida, ou desencanto a morte! Quantos versos juntos ficarão na lembrança dos fãs de PAULO DINIZ, que morreu hoje às 7:00 h. em sua residência no bairro de Boa Viagem, na capital pernambucana, aos 82 anos, segundo a família de causas naturais. O artista se inspirava na vida boêmia e na poesia do século XX, com um estilo marcado pelos diversos ritmos que compõem o cancioneiro nacional.

Ao longo dos seus 56 anos de carreira, Paulo Diniz chegou a ser um dos maiores vendedores de discos no começo dos anos 1970, e conquistou o sucesso com canções como "Canoeiro", "Um Chopp pra Distrair", "Ponha um arco íris na sua moringa" e "Quero Voltar Pra Bahia". Mas a sua música mais conhecida é "Pingos de Amor" lançada em 1971, regravada por diversos artistas, incluindo Paula Toller, do Kid Abelha, em 2000.

Paulo Lira de Oliveira, seu nome de batismo, nasceu na cidade pernambucana de Pesqueira em 24 de janeiro de 1940. Dos 12 aos 16 anos trabalhou numa fábrica de doces lá mesmo em Pesqueira, e aos 12 anos atuou como locutor na "Rádio Jornal" de Pesqueira. Mudou-se para o Recife, onde tentou ganhar a vida engraxando sapatos, como crooner e baterista em casas noturnas, locutor de casas comerciais e, em seguida, locutor e ator da "Rádio Jornal do Commercio", de onde foi despedido depois de errar todas as pronúncias das palavras e nomes em inglês quando substituiu um outro apresentador. Desempregado, passou por cidades como Caruaru e Fortaleza, até que decidiu ir para o Rio de Janeiro.

Após alguns anos trabalhando como locutor na Rádio Globo, Paulo Diniz começou a se apresentar no programa Jovem Guarda, estourando o iê-iê-iê "O Chorão", de Edson Mello e Luiz Keller. O primeiro sucesso de Paulo Diniz foi "O Chorão" (Edson Mello e Luiz Keller, 1966). Um ano depois, ele lançou a canção "O Chorão no Dentista" (1967), em alusão à primeira.

Em parceria com o amigo Odibar, compôs sucessos como "Pingos de Amor" (1971), "Um Chope pra Distrair" (1971), "Piri Piri" (1970) e "Ponha um Arco-íris na sua Moringa" (1970), além do hino de protesto "Quero Voltar Pra Bahia" (1970), inspirado nas cartas de Caetano Veloso. Lançou cerca de 10 discos.

Assim como “José” de Carlos Drummond de Andrade, ele musicou outro clássico do modernismo brasileiro, “Vou-me embora pra Pasárgada”, do seu conterrâneo Manuel Bandeira. Suas canções foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Caetano Veloso, Simone e outros cantores.

Paulo Diniz, aliás, foi inquilino do casarão Solar da Fossa, na Zona Sul do Rio, onde moravam artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Paulo Leminski, Odete Lara, Naná Vasconcelos, Glauber Rocha, Torquato Neto e o próprio Caetano Veloso. Por causa de uma esquistossomose contraída em um banho de rio no interior de Minas Gerais, o cantor estava afastado da carreira artística. A doença demorou a se manifestar e quase paralisou o cantor nos anos 80 do século passado.

O velório e sepultamento de Paulo Diniz está previsto para amanhã, dia 23 de junho de 2022, no Cemitério Memorial Guararapes. O cantor deixou uma filha, duas enteadas e a esposa, Iluminata Rangel, além de três netos e dois bisnetos. Seu legado para a musicalidade brasileira é incontestável e suas músicas serão eternamente lembradas pelas centenas de fãs que durante anos se deleitaram com as letras icônicas de suas canções, pontuadas de versos que nos faziam ao mesmo amar, pensar e se encantar. 👏👏👏👏👏👏

#morrepaulodiniz
#lutoporpaulodiniz
#adeuspaulodiniz

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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terça-feira, 21 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 18 Anos da Morte de Brizola

Morre no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 2004, aos 82 anos, vítima de insuficiência pulmonar seguida de infarto no miocárdio, Leonel de Moura Brizola, fundador do PDT, ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
Brizola protagonizou memoráveis embates contra forças conservadoras da política nacional. Como governador do Rio Grande do Sul, foi o principal líder da Campanha da Legalidade, resistência civil que impediu o golpe de estado após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, e assegurou a posse do vice-presidente João Goulart.
No golpe militar de 1964, já como deputado federal pela Guanabara, Brizola tentou organizar a resistência armada a partir do Rio Grande do Sul. Temendo uma guerra civil no país, Jango decidiu se refugiar no Uruguai, e o plano de Brizola não prosperou. Com seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 1, Brizola se exilou no Uruguai e só retornou ao Brasil em 1979, com a anistia.
Em 1982, foi eleito governador do Rio de Janeiro, superando inclusive tentativas de fraude. Em 1989, ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência da República, no primeiro pleito pós-ditadura — obteve 15,45% dos votos, logo atrás de Lula, o segundo colocado, com 16,08%.
Em 1990, foi novamente eleito governador do Rio de Janeiro, tendo a educação como a mais importante bandeira de suas três gestões estaduais. Em sua gestão, Brizola instituiu os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), idealizados por Darcy Ribeiro.
Brizola disputou a Presidência novamente em 1994 e, em 1998, a Vice-Presidência, na chapa com Lula.

Fonte: Memorial da Democracia
Imagem: Monitor Mercantil
#censaparecida #hojenahistoria

domingo, 19 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 19.06.22 - Aniversário do Professor Alfredo Boulos Jr.

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🧑‍🏫⌛ Quem leciona História com certeza já deve ter se deparado com os livros de ALFREDO BOULOS JUNIOR, autor de vários livros didáticos e paradidáticos, adotados em escolas de todo o país e reconhecidas pelo rigor conceitual, pela atualização historiográfica e pela comunicação real com os estudantes. Nosso queridíssimo autor completa hoje, dia 19 de junho, mais uma primavera. Boulos é doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP-SP). Lecionou nas redes pública e particular de ensino e, também, em cursos pré-vestibulares. Assessorou a Diretoria Técnica da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), do governo do Estado de São Paulo. Nós que também zelamos para que os feitos dos seres humanos não se percam nas névoas do tempo desejamos-lhe que esta comemoração possa repetir-se por muitos e longos anos, sempre encontrando-o em estado de paz, saúde e felicidade. Que os seus sonhos se tornem realidade, que os seus projetos saíam do papel e que você possa viver intensamente essa nova fase que se abre a partir de hoje. Que não falte-lhe sabedoria para buscar mais conhecimento, perseverança para investir no que é preciso, e discernimento para fazer boas escolhas. Viva o hoje, ele não se chama "presente" por acaso, porque daqui a pouco ele será passado, e cada instante é por si só, único e inesquecível. Que continues sendo esse autor, professor, palestrante magistral e que nunca lhe falte #muitahistoriapracontar 🤗👏👏👏

#parabens 🍰
#felicidades 🍰
#alfredoboulosjrfazniver 🍰

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

HOJE NA HISTÓRIA - 19.06.22 - 78 Anos do Cantor Chico Buarque

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🎂🎉 Num dia como hoje, 19 de junho, há 78 anos, nascia na capital fluminense o cantor, instrumentista, dramaturgo, escritor, diretor e multi–plural CHICO BUARQUE de Holanda, filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e Maria Amélia Cesário Alvim. Suas músicas marcaram a história do cancioneiro popular brasileiro, com letras que retratam o contexto social e político, principalmente do período militarista entre 1964 e 1985.

Desde pequeno Chico Buarque teve amplo contato com a cultura e muitos livros da biblioteca particular da família, podendo, deste modo, iniciar seu contato com a leitura. O pai de Chico Buarque mudou-se para São Paulo quando ele tinha apenas dois anos, posto que, como historiador respeitado acabou tornando-se diretor do Museu do Ipiranga.

Tempos depois todos se mudaram para a Itália onde o pai de Chico Buarque foi ser professor na Universidade de Roma. Essa mudança foi fundamental para o jovem Chico Buarque que aprendeu desenvolvendo dois idiomas e falando os dois, tanto o Italiano quanto o Português. Somente aos 16 anos o talentoso rapaz volta ao Brasil e, dois anos após foi que lançou seu primeiro conto.

A carreira de escritor seguia seu caminho, mas o amor pela música acompanhava o rapaz que já tinha suas composições, tocava violão e se destacava pela originalidade.

Foi em 1966 que lançou seu primeiro disco intitulado Chico Buarque de Holanda e concorreu ao Festival de Música Popular Brasileira, vencendo com a música “A Banda”. Foi em 1969 que por questões de ideologia política resolveu se auto exilar na Itália.

O artista mesmo a distância manifestava suas opiniões políticas e se aproximou das ideias socialistas e comunistas imperantes em muitos países europeus na época. O cantor e escritor dedicou-se muito a escrever neste período e pós-exílio ganhando alguns dos maiores prêmios da literatura brasileira, entre eles três prêmios Jabutis, entre outros prêmios.

O cantor foi um colecionador de vitórias nos grandes festivais que eclodiam no Brasil nas décadas de 60, 70 e 80 seja como compositor ou como compositor e intérprete. No Festival de Música Popular Brasileira de 1967 fez um enorme sucesso com a canção Roda Viva onde ele e o Grupo MPB – 4 interpretariam. Nos musicais para teatro e nos filmes Chico Buarque de Holanda é um dos mais ativos compositores, escritores e já até atuou como ator.

Uma das coisas sobre Chico Buarque que pouca gente sabe é que ele nunca foi fã de aparecer em televisão em programas populares. O cantor teve, ainda na década de 60, um entrave com um diretor de televisão e foi embora sem gravar o programa, ainda na extinta TV Excelsior.

Com o diretor da Rede Globo Boni o artista também teve seus entraves e ficou muitos anos cortado da grade, inclusive, sendo proibido de ser mencionado na emissora. Mas depois de alguns anos acabou o cisma e ele chegou a fazer um programa cantando com Caetano Veloso.

O cantor foi casado com a atriz Marieta Severo (Nenê de A Grande Família) e após 33 anos se separaram. Chico Buarque de Holanda é pai de Sílvia Buarque, Luísa Buarque e Helena Buarque. Uma das filhas de Chico “Helena Buarque” é casada com o músico, diretor, cantor e produtor baiano Carlinhos Brown. Sua obra é imprescindível para os amantes da boa música popular, que primam pelo conteúdo das letras e um deleite para os ouvidos mais exigentes. Chico é um legado musical de primeiríssima qualidade. E como tal dele ser ouvido, analisado e divulgado. 👏👏👏👏👏👏

#78anosdechicobuarque
#historiadamusicapopularbrasileira
#ParabensChicoBuarque

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Site Biografia Resumida (adaptado).

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HOJE NA HISTÓRIA - 19.06.22 - Gustavo Petro é eleito Presidente da Colômbia

🗳️🇨🇴🥳 GUSTAVO PETRO, um economista e ex-combatente da guerrilha M-19, venceu as eleições presidenciais da Colômbia neste domingo (19) e se tornou o primeiro presidente de ESQUERDA a ser escolhido pelos COLOMBIANOS. Assim, o esquerdista chega à Casa de Nariño, a sede do Executivo colombiano, em sua terceira tentativa, depois de percorrer uma longa trajetória. Antes de entrar na vida democrática, foi guerrilheiro do grupo M-19, preso e exilado. Depois, foi eleito senador em duas ocasiões e prefeito da capital Bogotá.

Entre suas propostas estão uma mudança do modelo econômico do país, tornando-o menos extrativista e com mais ênfase na produção agrária, industrial e científica. Ele também promete uma reforma agrária baseada na taxação de terras improdutivas e no aumento dos impostos aos colombianos mais ricos.

Ele venceu o candidato Rodolfo Hernández, empresário e ex-prefeito da cidade de Bucaramanga, que havia surpreendido no primeiro turno. Petro teve 50,49% dos votos, e Hernández, 47,25%, segundo informações do órgão de contagem de votos nacional. Foram cerca de 22 milhões de votos.

A diferença foi de cerca de 717 mil votos. As pesquisas indicavam um empate técnico entre Petro e Hernández, mas apontavam pequena vantagem do candidato que, no fim, saiu derrotado. Essa foi a terceira vez que Petro concorreu à presidência.

Logo após a divulgação do resultado, ele fez um comentário em redes sociais: "Hoje é um dia de festa para o povo. Que festeje a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos sejam absorvidos pela alegria que hoje inunda o coração da pátria. Essa vitória é para Deus e para o povo e sua história. Hoje é o dia das ruas e das praças".

Hernández reconheceu a vitória de Petro menos de uma hora depois da divulgação do Resultado. "Colombianos, hoje a maioria dos cidadãos escolheu o outro candidato. Como eu disse durante a campanha, eu aceito os resultados dessa eleição", disse ele em um vídeo publicado em redes sociais.

Mais de 39 milhões de eleitores estavam aptos para votar no segundo turno na Colômbia. A votação começou às 8h e terminou às 16h deste domingo, dia 19. Trata-se do capítulo final de uma campanha eleitoral que teve de tudo: ataques verbais, vazamentos de vídeos de reuniões de campanha, recusa em participar de debates, supostas ameaças de morte e até a sugestão de Petro de que poderia não aceitar o resultado, apontando supostas irregularidades do órgão eleitoral. 🤔🗳️

#eleicoescolombianas2022
#historialatinoamericana

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Portal G1 e Site da Folha de São Paulo.

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sábado, 18 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 18.06.22 - 15 Anos da Morte de Núbia Lafayette

🎶🖤🎤🎸👩 🎷🎤🖤🎶

🎤😭 Num dia como hoje, 18 de junho, há 15 anos, morria no Hospital das Clínicas de Niterói, no Rio de Janeiro, a cantora NÚBIA LAFAYETTE, conhecida intérprete do cancioneiro romântico popular brasileiro. Ela era conhecida nos Festivais da Seresta realizados em Recife durante o mês de maio, onde chegou a gravar um CD "Ao Vivo" em 2015. Ela se tornou uma das principais cantoras românticas brasileiras, e gravou mais de vinte discos entre 78 rpm, LPs e CDs em mais de 40 anos de carreira.

Idenilde Araújo Alves da Costa, seu nome de batismo, nasceu no dia 21 de janeiro de 1937 em Assu, no interior do Estado do Rio Grande do Norte, onde residiu até os três anos, idade que tinha quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Núbia, desde criança demonstrou talento para a música e se apresentava em programas infantis desde os 8 anos de idade.

A sua carreira teve início no final da década de 1950, com o nome artístico de Nilde Araújo. Nessa época trabalhava como vendedora nas Lojas Pernambucanas do Rio de Janeiro quando resolveu participar no programa de calouros "A voz de ouro", da TV Tupi, interpretando canções da época. Foi crooner da boite Cave do Rio e estreou cantando Dalva de Oliveira.

O nome artístico definitivo de Núbia Lafayette foi adaptado em 1960 por sugestão do compositor Adelino Moreira. Foi este compositor que à gravadora RCA, com o apoio de Nelson Gonçalves. Foi nesse ano que gravou o seu primeiro disco com o samba-canção "Devolvi", de Adelino Moreira. Este trabalho projetou-a definitivamente como cantora romântica e popular.

Núbia continuou a participar em programas especiais e apresentações esporádicas até ao fim da sua vida. Morava em Maricá, no litoral do Rio de Janeiro. Núbia sofreu um AVC hemorrágico no dia 10 de março de 2007 e ficou internada 10 dias. No dia 25 de maio do mesmo ano voltou a ser internada no Hospital das Clínicas de Niterói devido a complicações, vindo a falecer em 18 de junho de 2007, aos 70 anos de idade. Até hoje os seresteiros românticos entoam seus sucessos inesquecíveis como Lama, Devolvi, Casa e Comida, Fracasso, etc. Todas disponíveis nas principais plataformas musicais de streaming. 📱🎶🎧

#15anosdamortedenubialafayette
#historiadamusicaromanticapopularbrasileira
#SaudadesdeNubiaLafayette

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sexta-feira, 17 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 17.06.22 - 200 Anos do Grande Oriente do Brasil - GOB

🏛️🎉 2️⃣0️⃣0️⃣ 🎉🏛️

📐 Num dia como hoje, 17 de junho, há exatos 200 anos, três Lojas do Rio de Janeiro – Comércio e Artes, União e Tranquilidade e Esperança de Nictheroy – se juntaram para formar a maior obediência maçônica (associação de Lojas Maçônicas) da América Latina: o GRANDE ORIENTE DO BRASIL, cujo primeiro mandatário foi José Bonifácio de Andrada e Silva, ministro do Reino e de Estrangeiros e Joaquim Gonçalves Ledo, seu Primeiro Vigilante. Seu primeiro nome foi Grande Oriente Basílico. O GOB, sigla usada para designá-lo, possui, hoje, aproximadamente 2.400 Lojas e cerca de 97000 obreiros.

É reconhecido por toda a Maçonaria Regular. Destacam-se suas fraternais relações com a Grande Loja Unida da Inglaterra (com o Primeiro Tratado realizado em 1919, e depois ratificado em 1935), e com todas as Obediências Maçônicas regulares da Europa e América do Norte. O GOB foi a primeira Obediência, com Jurisdição nacional, criada exatamente com a incumbência de levar a cabo o processo de emancipação política do país.

A 4 de outubro do mesmo ano, já após a declaração de independência de 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo então príncipe-regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos primeiros dias de nação independente e considerando a rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo – que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o cônego Januário da Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons – mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, a 25 de outubro de 1822.

Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I – ocorrida a 7 de abril daquele ano – é que os trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.

Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em praticamente todas as províncias, o Grande Oriente do Brasil logo se tornou um participante ativo em todas as grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo com que sua História se confunda com a própria História do Brasil Independente.

Em 1960, sua sede administrativa se mudou para Brasília, com sua instalação em 1978 no Palácio Maçônico “Jair de Assis Ribeiro”, uma homenagem ao Soberano grão-mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil e do Grande Oriente do Estado de Goiás, chamado de “O Construtor” . O imponente edifício, suspenso e em formato triangular, possui área construída de mais de 7.800 metros quadrados.

O GOB e seus membros estiveram presentes em importantes fatos históricos nacionais, como a campanha pela abolição dos escravos e no processo da queda da monarquia e proclamação da República. Importantes personagens da História brasileira como: Luís Alves de Lima e Silva, Euzébio de Queiroz, Visconde do Rio Branco, Marechal Deodoro da Fonseca, Marechal Floriano Peixoto, Manoel Ferraz de Campos Salles, Marechal Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás, Washington Luís, João Café Filho, Jânio da Silva Quadros e Michel Temer estiveram entre suas fileiras.

Atualmente a Maçonaria se define como uma organização discreta, mas com segredos, dos quais apenas os iniciados têm acesso. Praticam a filantropia, a solidariedade mútua e a fraternidade entre os irmãos maçônicos. Estão presentes em todo o território nacional, distribuídos em várias lojas maçônicas. 🤝🏛️

#200anosdograndeorientedobrasil
#historiadamaconariabrasileira
#GrandeOrientedoBrasil

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📝 Fontes consultadas:

💻 Site Oficial do Grande Oriente do Brasil
💻 Site Oficial do Grande Oriente do Brasil - Rio de Janeiro

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quinta-feira, 16 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 16.06.22 - 5 Anos da Morte da Cantora Eliza Clívia

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😓🖤 Num dia como hoje, 15 de junho, há 5 anos, morria tragicamente num acidente automobilístico, em Aracaju (Sergipe), a cantora de forró ELIZA CLÍVIA, que ficou famosa como vocalista da Banda Cavaleiros do Forró. O carro, um Pálio prata, com placa de Maceió, dirigido por Clebton José dos Santos, que conduzia a cantora e a equipe, João Paulo Tavares da Silva e o baterista Paulo Texeira de Carvalho, foi atingido por um ônibus quando cruzou as esquinas das ruas Arauá e Maruim no centro da capital sergipana. A cantora e o atual marido dela morreram na hora, enquanto que os demais foram socorridos para um hospital local com ferimentos e escoriações.

Eliza Clívia Angelino Maranhão nasceu na cidade do Livramento, na Paraíba, em 14 de novembro de 1979, e era filha de Pedro Angelino Maranhão e Lúcia de Fátima Rodrigues. Começou sua trajetória como cantora na Big Band da cidade de Monteiro em 1997, que posteriormente viria a se chamar Laços de Amor. Entrou no conjunto Cavaleiros do Forró – a banda que viria a consagrar sua carreira – em 2003, permanecendo durante dez anos e saindo apenas por divergências quanto a questões salariais, juntamente ao seu marido e colega de banda na época, Jaílson Santos.

Em 2013, fundou o "Forró Cavalo de Aço" em parceria com o marido. Jaílson Santos, Marcelo Jubão, Neto Araújo e Eliza Clívia compuseram a banda até 2017, quando ela decidiu sair, um ano após separar-se do marido. No mesmo ano de 2017 ela anunciou sua carreira solo, planejando o lançamento de um CD e um DVD intitulado Eliza Clívia 20 Anos (disponível nas plataformas musicais de streaming).

Após participar de um programa na TV Aperipê, a cantora e a sua equipe se dirigiam para outra apresentação televisiva, quando ocorreu o acidente automobilístico que vitimou Eliza Clívia e Sérgio Ramos. Também estava programado um reencontro com ex-integrantes da banda Cavaleiros do Forró. Eles fariam também um show em Aracaju no Armazém Avenida e na cidade de Rio Largo, em Sergipe. Seu último show teria sido na cidade de Areia Branca na casa de show Largo do Forró.

A cantora foi sepultada na cidade-natal de Livramento, a 240 km de João Pessoa, onde em 14 de novembro de 2017 foi inaugurado um memorial em sua homenagem, localizado no bairro Santa Terezinha, justo no dia em que a artista completaria 38 anos. O local guarda um acervo que vai de roupas a material fonográfico da cantora.

As apurações do acidente apontaram que a responsabilidade pelo acidente foi de Clebton José dos Santos, motorista que dirigia o carro da cantora, pois ele não deu atenção à sinalização da via, segundo o inquérito. Ele acabou sendo indiciado por homicídio culposo de trânsito e por lesão corporal culposa de trânsito em 13 de setembro de 2017.

Eliza foi um dos quatro membros da banda Cavaleiros do Forró que morreram em acidentes; antes dela José Inácio Alexandre da Silva e Edivan Paulo da Silva, vocalista e guitarrista da banda, morreram em um acidente de trânsito em 2 de dezembro de 2019 na PB-108, e em 27 de maio de 2019 Gabriel Diniz, que também foi vocalista da banda, morreu em um acidente aéreo em Porto do Mato, Sergipe. 😞😓😥😢😭

#5anosdamortedeelizaclivia
#historiadamusicapopularbrasileira
#SaudadesdeElizaClivia

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HOJE NA HISTÓRIA - 16.02.22 - 95 Anos do Nascimento de Ariano Suassuna

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📖✍️ O poeta, romancista, dramaturgo e acadêmico ARIANO SUASSUNA (Ariano Vilar Suassuna, 1927-2014), natural da cidade de Parahyba do Norte, hoje João Pessoa, capital do estado da Paraíba, nasceu nas dependências do Palácio da Redenção, sede do Executivo paraibano, pois, na época, seu pai, João Suassuna, era governador daquele estado. Durante o movimento armado que culminou com a Revolução de 1930, quando Ariano Suassuna tinha três anos de idade, seu pai foi assassinado, por motivos políticos, na cidade do Rio de Janeiro, e a família mudou-se para Taperoá, na região paraibana de Campina Grande, onde morou de 1933 a 1937.

O assassinato de João Suassuna ocorreu como desdobramento da comoção posterior ao assassinato de João Pessoa (1878-1930), que foi governador da Paraíba e candidato a Vice-Presidente do Brasil, na chapa de Getúlio Vargas. Ariano Suassuna atribuía à família Pessoa a encomenda do assassinato de seu pai, por meio da contratação do pistoleiro Miguel Laves de Souza, que atirou na vítima pelas costas. Por esse motivo, não concordava com a alteração do nome da cidade natal, em homenagem ao governador assassinado.

Em 1942, mudou-se para Recife, capital pernambucana, onde concluiu os estudos secundários e o de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito. Ariano Suassuna fez sua estreia literária em 1945, aos 18 anos de idade, com o poema "Noturno", publicado no “Jornal do Commercio”, de Recife. Dez anos depois, em 1955, publicou “Auto da Compadecida”, sua obra mais conhecida, que o projetou para o cenário nacional. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi afirmou que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".

Suassuna foi um dos idealizadores do Movimento Armorial, iniciativa artística cujo objetivo era criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste brasileiro. Nas palavras de seu idealizador, “A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos 'folhetos' do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus 'cantares', e com a xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo romanceiro relacionados.”

Ariano Suassuna foi Secretário de Cultura de Pernambuco (1994-1998) e Secretário de Assessoria do Governador Eduardo Campos. Publicou mais de 30 livros, entre peças de teatro, romances, poemas e obras acadêmicas. Em seu livro “Iniciação à Estética” (1975), assim definiu poesia: “... é uma linguagem com predominância da imagem e da metáfora sobre a precisão e a clareza”.

A literatura, incluindo a poesia lírica ou épica, é uma das sete artes, conforme classificação até o início do século XX. Por meio da linguagem humana utilizada com fins estéticos ou críticos, a literatura representa um mundo em que tudo pode acontecer, dependendo – sempre – da imaginação e criatividade de quem escreve ou lê. Hoje, 16 de junho de 2022, aniversário de nascimento de Suassuna. Se vivo fosse estaria completando 95 anos de idade. 👏👏👏👏👏👏

#95anosdonascimentodearianosuassuna
#historiadaculturanordestina
#historiadomovimentoarmorial
#GrandesAutoresNordestinos

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👉 Para saber mais sobre Ariano Suassuna, acesse:


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domingo, 12 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 12.06.22 - 205 Anos da Morte de Domingos José Martins

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😓🖤 Num dia como hoje, 12 de junho, há 205 anos, era executado em Salvador (Bahia), DOMINGOS JOSÉ MARTINS, um dos mártires da REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817. Junto com MARIA TEODORA DA COSTA, formaram o casal mais revolucionário da História Colonial brasileira. Ele, um mazombo, filho dos nativos da terra, e ela, filha de portugueses, logo um romance que parecia impossível, ainda mais naquela época onde portugueses e brasileiros se estranhavam em contendas chamadas de "mata marinheiro", e os recifenses chamavam os lusos de "pés-de-chumbo".

Domingos José Martins, nasceu no dia 9 de maio de 1781 na Fazenda Caxangá, em Itapemirim, onde hoje se localiza o município de Marataízes (Espírito Santo). Filho do militar Joaquim José Martins e de Joana Luiza de Santa Clara Martins, que tiveram mais sete filhos. Casou-se com Maria Teodora da Costa poucos dias antes de seu fuzilamento. Ela era filha de Bento da Costa, comerciante, capitalista e traficante de escravos, e um dos três homens mais ricos de Pernambuco. O romance entre os dois ficou oculto durante quatro anos.

Quando chegou ao Recife em 1813, Domingos Martins tinha apenas interesses comerciais, mas suas aspirações libertárias logo viriam a tona quando ele começou a participar das reuniões da Maçonaria, junto com Antônio Gonçalves Cruz (Cabugá), Domingos Teotônio Jorge, e os religiosos João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima (padre Roma) e Miguel Joaquim de Almeida e Castro (frei Miguelinho). A participação dos religiosos, a maioria oriunda do Seminário de Olinda, foi tão forte que a revolta ficou conhecida como Revolução dos Padres.

O levante começou em 6 de março de 1817 quando José de Barros Lima (Leão Coroado) matou a golpes de espada o brigadeiro Manoel Joaquim Barbosa de Castro encarregado de prendê-lo a mando do governador Caetano Pinto Montenegro. A nova República instaurada pelos pernambucanos tinha Constituição própria, liberdade religiosa, bandeira (a mesma que é usada até hoje, mudando apenas o número de estrelas, três na original) e forte sentimento de regionalidade, basta lembrar que nas missas as hóstias de trigo foram substituídas por hóstias de mandioca e o vinho por aguardente. Os revolucionários pretendiam até mesmo ir à ilha de Santa Helena e libertar Napoleão Bonaparte.

As contradições entre libertar os escravos ou manter a estrutura escravista que sustentava os engenhos fragilizou o movimento. Sem o apoio dos grandes senhores de engenho, a República pernambucana não vingaria por muito tempo. Domingos Martins decidiu jogar a última cartada contra os legalistas de D. João e com um pequeno séquito seguiu para a Bahia. Sua inexperiência no campo militar (Martins sempre foi um comerciante) fez com que a coluna sob seu comando fosse surpreendida ao cruzar o riacho Merepe, em Porto de Galinhas no dia 12 de maio de 1817, onde foi preso e enviado à Bahia. Domingos Martins foi fuzilado em 12 de junho de 1817, no Campo da Pólvora, hoje conhecido como Campo dos Mártires, em Salvador. Suas últimas palavras, ante o pelotão de fuzilamento, foram "Viva a Liber...".

Em 1916, quando da criação do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, ele foi alçado à condição de herói capixaba e patrono desta instituição, em um momento da história do Brasil, no qual o surgimento de mitos e símbolos foi importante para legitimar o regime republicano. Martins representa para o Espírito Santo o que Tiradentes representa para Minas Gerais. 

Hoje, Domingos Martins é nome de rua, no Recife, e de cidade, no Espírito Santo. E em 2009 foi inscrito no “Livro dos Heróis da Pátria”, através de projeto do deputado federal Maurício Rands. O escritor Paulo Santos de Oliveira imortalizou ele em sua obra "A Noiva da Revolução", que serviu de roteiro para o filme "1817 - A Revolução Esquecida" de Tizuka Yamasaki, disponível no Youtube. 🎥🎞️📺

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#historiadarevolucaopernambucana1817
#GrandesHeroisdaHistoriaPernambucana

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a Revolução Pernambucana de 1817, acesse:


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quarta-feira, 8 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 3 Anos da Morte de Andre Matos

Há exatamente 3 anos, todos nós éramos surpreendidos com a passagem do grande André Coelho Matos. O músico tinha apenas 47 anos e faleceu vítima de um ataque cardíaco.
Em seus 35 anos de carreira o músico teve passagens marcantes por Viper, Angra, Shaman e sua ótima e curta carreia solo. Também participou do projeto Symfonia ao lado de Timo Tolkki, Virgo ao lado do guitarrista e produtor Sascha Paeth, cantou nas Rock operas Avantasia, Aina, Hamlet e  Soulspell, além de diversas participações em discos de bandas do mundo todo.

Em 2004 Matos participou do extinto RockGol da MTV e foi campeão do torneio jogando como goleiro, lá ganhou o apelido carinhoso de "Musa Nissei-Sansei" e “mil graus de miopia”

HOJE NA HISTÓRIA - 08.06.22 - 360 Anos da Morte de Henrique Dias

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😓🖤 Num dia como hoje, 8 de junho, há 360 anos, morria em Recife (Pernambuco), HENRIQUE DIAS que ficou conhecido como o "Governador dos crioulos, pretos e mulatos do Brasil". Ele foi decisivo na Insurreição Pernambucana pois recrutou um grande número de africanos escravizados, sedentos de coragem e liberdade. Henrique Dias nasceu em Pernambuco, em data desconhecida no início do século XVI, filho de escravos libertos. Quase nada é conhecido relativamente aos seus primeiros anos.

Sua primeira participação no conflito entre colonos e batavos foi quando ofereceu-se para lutar nas tropas de Matias de Albuquerque ainda em 1631. Nesse período, participou de diversas batalhas, sendo destacado por sua bravura nos combates de Igaraçu, de Goiana e de Porto Calvo, em 1637. As forças holandesas foram avançando e obrigando as tropas lideradas por Albuquerque a recuar para a capitania da Bahia. Derrotadas as forças luso-brasileiras foram obrigadas a aceitar a dominação holandesa de João Maurício de Nassau Siegen.

Anos depois, em 15 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, dezoito líderes militares portugueses assinariam um compromisso para lutar contra o domínio holandês no Brasil, dando assim origem à Insurreição Pernambucana. Henrique Dias seria um dos líderes do movimento, que também era composto por nomes como André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira e Filipe Camarão, nascido com o nome de Poti, chefe nativo dos índios Potiguares.

Dentre as exigências para participar do movimento, Dias cobrou a alforria dos escravos que guerreassem contra os flamengos e recompensas para os pretos e pardos livres que servissem no seu terço (batalhão), além da manutenção dessa tropa, enquanto não houvesse paz definitiva com a Holanda.

No exército brasileiro, Henrique Dias tornou-se mestre de campo e cavaleiro da Ordem de Cristo. Participou de diversas batalhas, sendo destacado por sua bravura nos combates de Igaraçu, de Goiana e de Porto Calvo, em 1637. Foi comandante do Terço de Homens Pretos e Mulatos do Exército Patriota nas duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649). Mesmo ferido diversas vezes em combate, entretanto, nunca abandonou o campo de batalha e sempre foi leal a sua tropa.

Comentando o heroísmo de Henrique Dias, o Cronista Frei Manuel Calado não economizou elogios. A valentia e determinação do militar faziam-no um nobre guerreiro. Suas qualidades ficavam evidentes no episódio narrado por Frei Calado quando, no meio da "travada escaramuça", os holandeses fizeram em pedaços a sua mão. Como as balas inimigas estavam envenenadas, Dias pediu ao cirurgião para cortar a sua mão junto ao pulso: "E dizia algumas vezes, que se os holandeses lhe haviam tirado a mão esquerda, que ainda lhe ficava a direita para se vingar".

Henrique Dias envolveu-se ainda na repressão do Quilombo dos Palmares. Como mestre-de-campo, comandou o Terço de Homens Pretos e Mulatos do Exército Patriota, também denominados Henriques. Pela criação desse Terço, pode ser considerado o "pai" das milícias negras no Brasil.

Em 1992, por seus feitos e valores foi escolhido PATRONO do 28º Batalhão de Infantaria Blindada, atualmente 28º Batalhão de Infantaria Leve, em Campinas - SP. No Estado de Pernambuco, é o nome do 6° Batalhão da Polícia Militar localizado na Estrada da Batalha, Jaboatão dos Guararapes. Henrique Dias morreu em 8 de junho de 1662, há 360 anos, sendo sepultado no Convento e Igreja de Santo Antônio do Recife. 😭⚰️✝️

#360anosdamortedehenriquedias
#historiadainsurreicaopernambucana
#historiadepernambuco

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre a rendição dos holandeses em Pernambuco, acesse:


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domingo, 5 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 05.06.22 - 144 Anos do Nascimento de Pancho Villa

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🌵🔫 Num dia como hoje, 5 de junho, há 144 anos, nascia em San Juan del Rio, na província de Durango (México), José Doroteo Arango Arámbula, que mais tarde entraria para a História como PANCHO VILLA, líder da Revolução Mexicana, no início do século XX. Embora alguns o considerem um perigoso guerrilheiro, para a maioria dos mexicanos ele é um herói popular e um defensor dos pobres. De origem camponesa, mudou de nome após uma briga com o patrão da fazenda onde trabalhava, em 1894. Ainda jovem, ele chefiou uma gangue de criminosos e mudou de nome para Francisco Villa. Fugitivo e errante pelas montanhas, foi surpreendido pela eclosão da Revolução Mexicana de 1910. O ditador do México, Porfirio Díaz, era impiedoso com o povo. Villa ajudou um líder chamado Francisco Madero a derrubar Díaz em 1911, o que deu início à Revolução Mexicana. Victoriano Huerta, que era chefe das forças de Madero, não confiava em Villa e o mandou para a prisão. Mas Villa fugiu para os Estados Unidos. Em 1913, Huerta tomou o governo do México das mãos de Madero, motivando assim o retorno de Villa ao seu país. Villa arregimentou um grupo de milhares de combatentes chamado Divisão do Norte. Em 1914, ele e Venustiano Carranza, outro líder da revolução, derrotaram Huerta. Carranza tornou-se o novo líder do México. Como governador de Chihuahua, ele promoveu a educação pública de forma notável. Não demorou, porém, para que Carranza e Villa se desentendessem. Carranza obrigou Villa e Emiliano Zapata, outro líder rebelde, a deixar a Cidade do México, a capital do país. Em 1915, os Estados Unidos deram apoio a Carranza. Então, Villa matou dezesseis cidadãos americanos no México e nos Estados Unidos. Soldados americanos invadiram o México em 1916, mas não conseguiram achar Villa. Com a queda de Carranza em 1920, Villa parou de combater o governo, foi anistiado (ou seja, perdoado e livre de ser preso) e abandonou suas atividades políticas. Sua fama foi consagrada após a invasão dos Estados Unidos. Ele morreu assassinado em sua fazenda, na cidade de Hidalgo del Parral, no México, em 20 de junho de 1923. A polícia jamais solucionou o crime. 😵⚰️🔫

#144anosdonascimentodepanchovilla
#historiadarevolucaomexicana
#GrandesLideresLatinos

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sábado, 4 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 04.06.22 - 33 Anos do Massacre de Tiananmen

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🇨🇳 No dia 4 de junho de 1989, a bela praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em Pequim, foi o placo de uma terrível matança que resultou na perda das vidas de 400 a 2.000 pessoas, vítimas da força repressiva do exército chinês. Elas protestavam de forma pacífica, ao longo de quase dois meses, pelo fim da corrupção e por mais liberdade diante da ditatura imposta pelo Partido Comunista (PCCh). Contudo, em vez de atender aos pedidos dos manifestantes, o governo decidiu responder com a força, enviando tanques e o exército. No dia seguinte, 5 de junho, um jovem solitário e desarmado invadiu a Praça da Paz Celestial e faz parar uma fileira de tanques de guerra. O fotógrafo Jeff Widener, da Associated Press, registrou o momento, e a imagem entrou para a história do fotojornalismo. O rapaz ficou conhecido como "o rebelde desconhecido" e foi eleito pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do século XX. Sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos. Ainda na atualidade há manifestantes presos, enquanto ativistas e vítimas desejam que a Europa pressione o governo comunista a assumir sua responsabilidade na matança. Os protestos da praça de Tiananmen prejudicaram a reputação do governo chinês nos países ocidentais, já que os meios de comunicação tinham sido convidados ao país para cobrir a visita do político russo e Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética, Mijaíl Gorbachov, em maio. Por conta disso, emissoras internacionais estavam em uma excelente condição para cobrir ao vivo a repressão do governo chinês no episódo dos protestos, especialmente a BBC e a CNN. Os manifestantes aproveitaram esta oportunidade para exibir cartazes dirigidos à opinião pública internacional. 💪🖐️👊

#33anosdomassacredetiananmen
#historiachinesacontemporanea

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 📺 Canal History Channel do Brasil.

👉 Para saber mais sobre o Massacre na Praça da Paz Celestial, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

quinta-feira, 2 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 02.06.22 - 140 Anos da Morte de Giuseppe Garibaldi

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😓🖤 Num dia como hoje, 2 de junho, há 140 anos, morria aos 74 anos, em sua casinha na ilha de Caprera (Itália), GIUSEPPE GARIBALDI, considerado o "Herói dos Dois Mundos"; devido à sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, projetada pela organização republicana Jovem Itália da qual fazia parte ao lado de Giuseppe Mazzini e de Camilo Benso, Conde de Cavour.

Giuseppe Garibaldi nasceu em 4 de julho de 1807, em Nice, que na época era parte do departamento francês dos Alpes Marítimos. Foi o segundo dos seis filhos de Domenico Garibaldi e Rosa Raimondi, que desejavam vê-lo seguir carreira acadêmica. Giuseppe, porém, preferia a vida ao ar livre e se tornou marinheiro, chegando a capitão da Marinha Mercante.

Ele passou dez anos de sua vida a bordo de navios mercantes e com o tempo chegou a obter licença de capitão. Em 1833, enquanto comandava a escuna Clorinda, entrou em contato com a sociedade secreta Jovem Itália, que esperava alcançar a unidade italiana por meio de um levante popular. Garibaldi se uniu à causa, jurando dedicar sua vida à libertação da sua terra natal do jugo estrangeiro.

Em fevereiro de 1834 tomou parte da fracassada insurreição de Gênova, sendo condenado à morte por uma corte genovesa. Refugiou-se em Marselha e, em 1835, fugiu para a Tunísia, chegando depois ao Brasil. No Rio de Janeiro, Garibaldi conheceu Bento Gonçalves, que estava preso por liderar a Revolução Farroupilha. Foi quando obteve dele uma carta de corso para aprisionar embarcações imperiais. Em 1º de setembro de 1838, ele foi nomeado capitão-tenente, comandante da marinha farroupilha. Com a chegada da marinha farroupilha a Santa Catarina, unindo-se às tropas do exército, sob o comando geral de David Canabarro, foi possível preparar o ataque a Laguna por terra e pela água.

A marinha farroupilha entrou através da lagoa de Garopaba do Sul, passando pelo rio Tubarão e atacou Laguna por trás, surpreendendo os imperiais que esperavam um ataque de Garibaldi pela barra de Laguna e não pela lagoa. Pouco tempo depois, o império reagiu com força total, com mais de três mil homens atacando por terra. Enquanto isto, por mar, uma frota de 13 navios, melhor equipados e experientes, iniciou a batalha naval de Laguna. Garibaldi fundeou seus cinco navios, que se bateram contra os imperiais valentemente, mas sem chances de vitória. Nos navios farroupilhas nenhum comandante ou oficial escapou com vida. O próprio Garibaldi, vendo a derrota iminente, queimou seu navio, a escuna Libertadora, e se juntou à tropa de Canabarro, que preparou a retirada de Laguna. Era o fim da marinha farroupilha.

Em Laguna, Garibaldi ainda conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida depois como Anita Garibaldi, com quem se casaria e que se tornaria sua companheira de lutas na América do Sul e depois na Itália. Depois das quedas de Laguna, as tropas farroupilhas tomaram o caminho de Lages para retornar ao Rio Grande do Sul. A pedido, o Bento Gonçalves dispensou Garibaldi de suas funções e ele então mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti Garibaldi.

Foi em Montevidéu, que Garibaldi ingressou na Maçonaria, ingressando na Loja "Les Amis de la Patrie" e foi nessa cidade que começou a se inspirar pelo socialismo humanitário. Ainda no Uruguai, em 1842, foi nomeado capitão da frota uruguaia na luta contra o ditador argentino Juan Manoel Rosas. No ano seguinte, exerceu papel fundamental na defesa de Montevidéu, impedindo que a cidade fosse tomada pelos argentinos. 

Depois de retornar à Itália em 1848, ele se tornou uma figura de destaque no "Risorgimento", um movimento para expulsar as potências estrangeiras da Itália e unificar seus vários estados em uma nação independente. Garibaldi e suas tropas de “Camisas-Vermelhas” acabaram batalhando contra forças da Áustria, França e do papa. 

No ano seguinte, Anita, grávida e fragilizada, morreu em Ravena, após o casal ter que fugir de da invasão franco-austríaca a Roma em 4 de agosto de 1849. Condenado ao exílio, Garibaldi morou na África, em Nova York e no Peru. A maior conquista de Garibaldi veio em 1860, quando liderou um grupo de voluntários conhecido como “Os Mil” em uma campanha contra o governo dos Bourbon da Sicília. Embora em menor número e desarmado, seu exército esfarrapado saiu vitorioso depois de apenas alguns meses, abrindo caminho para a criação do Reino da Itália, sob o governante Victor Emmanuel II.

Em 1871, uniu-se ao venezianos na guerra Franco-Prussiana, onde venceu algumas batalhas, apesar das quais, a França perdeu a guerra. Não havendo aceitado o título de nobreza e a pensão vitalícia que o rei Vítor Emanuel lhe oferecera, Garibaldi retirou-se para sua casinha na ilha de Caprera, e lá permaneceu até o fim da vida, em 2 de junho de 1882, completando hoje 140 anos de sua morte.

Embora tenha deixado instruções detalhadas para sua cremação, seu corpo foi enterrado na ilha de Caprera, onde repousa com sua última esposa e alguns de seus filhos. Em 2012, foi decidido que o corpo de Garibaldi seria exumado para pôr fim às dúvidas acerca da verdadeira localização do cadáver. O objetivo é dar descanso aos rumores levantados pelos próprios descendentes de Garibaldi, que afirmam que a tumba que supostamente contém os restos mortais do antepassado terá sido remexida. Se as posteriores análises de DNA concluírem que se trata realmente do corpo de Garibaldi, talvez isso possa abrir o debate acerca de uma melhor preservação do cadáver, que terá sido embalsamado em vez de cremado, contrariando o pedido do próprio antes de morrer.

Ao longo dos anos, o culto a Garibaldi se manifesta na proliferação de folhetos patrióticos, calendários, cartões postais, adesivos. Naturalmente, surgiram inúmeras biografias de valor significativo, memórias pessoais, obras poéticas e teatrais. Muitos mantiveram o "garibaldinismo" vivo , tanto da direita quanto da esquerda. Claro que Garibaldi foi apropriado pelos fascistas, mas também pelos comunistas, a figura de Garibaldi tornou-se um símbolo de libertação popular.

Vemos as "Brigadas Garibaldi" dos comunistas lutando tanto na Espanha quanto na guerra civil na Itália. Basicamente Garibaldi parece ser uma figura intensamente romântica, rebelde e austera. Um personagem ímpar que viveu intensamente grandes acontecimentos históricos na Itália e na América do Sul. Duzentos anos depois Garibaldi ainda habita no imaginário mítico seja dos rebeldes que forjaram a república italiana, ou no cancioneiro gauchesco que exalta as lutas farroupilhas. Ao lado de Anita, formam o casal mais revolucionário de todos os tempos. 👏👏👏👏👏👏

#140anosdamortedegiuseppegaribaldi
#historiadaunificacaoitaliana
#historiadaguerradosfarrapos

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

👉 Para saber mais sobre Anita Garibaldi, sua fiel companheira, acesse:


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quarta-feira, 1 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 01.06.22 - Centenário de Bibi Ferreira

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🎂🎉 Num dia como hoje, há exatos 100 anos nascia no Rio de Janeiro, Abigail Izquierdo Ferreira, que se tornaria artisticamente conhecida como BIBI FERREIRA. Ela é um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro; foi atriz, cantora, compositora, diretora, apresentadora e empresária. Sua trajetória de vida é exemplar! Estrelou peças teatrais e de musicais de destaque no teatro brasileiro, como Gota D'Água e Piaf - A Vida de Uma Estrela. Com seu talento indiscutível e voz inconfundível ela deu voz ao repertório de grandes intérpretes como Piaf, Sinatra e Amália Rodrigues. Foi uma das artistas mais premiadas do teatro brasileiro.

Bibi Ferreira, de ascendência portuguesa e espanhola, era filha do ator brasileiro Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Com pouco mais de 20 dias de vida, apareceu em cena no colo da madrinha Abigail Maia, na peça Manhãs de Sol de Oduvaldo Vianna, para substituir uma boneca cenográfica. Seu talento foi precoce: aos três anos já era dançarina na companhia da mãe, embora não considerasse esse um período feliz. 

A estreia profissional nos palcos aconteceu em 28 de fevereiro de 1941, quando interpretou "Mirandolina", na peça “La locandiera”. Ela passou pelo colo de Carmem Miranda e tomou dicas de canto com Noel Rosa. Em 1942, montou sua própria companhia, por onde passam futuros grandes nomes do teatro, como Cacilda Becker, tornando-se uma das primeiras mulheres a dirigir teatro no Brasil.

Na década de 50 monta repertório com sua companhia e depois de bem-sucedidas temporadas cariocas, sai viajando pelo Brasil. Em 1960 inaugura a TV Excelsior com o programa Brasil 60. Em 1968 volta à televisão e comanda na TV Tupi carioca o musical Bibi ao Vivo no histórico auditório da Urca.

Na virada dos anos 1950 e 60, quando o teatro de revista ainda reinava, ele trouxe para o Brasil o modelo de musicais da Broadway e influenciou gerações de realizadores, como Charles Möeller e Miguel Falabella. 

Na década de 60, torna-se a primeira atriz do teatro musical brasileiro, aquela que interpreta, canta e dança com perfeição. Em 1975 recebe o Prêmio Molière pela personagem Joana, de Gota D’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, adaptação da tragédia Medéia, de Eurípedes, para os morros cariocas. Em cena, despojada, sem maquiagem, enriquece seu comovente desempenho.

Em 1983, interpreta a cantora francesa Edith Piaf no espetáculo Piaf – A Vida de uma Estrela, ganha diversos prêmios: Molière, Mambembe, entre outros...  Na virada do milênio, personifica a fadista Amália Rodrigues em Bibi Vive Amália. Causa novo impacto nas plateias brasileira e portuguesa tal a verossimilhança.

Em anos mais próximos, o público a vê brilhar nos recitais Bibi In Concert, acompanhada por grande orquestra e coral, nos quais mostra, de forma totalmente à vontade, um dos seus maiores prazeres: o de cantar. Em 2003 recebe homenagem da escola de samba Viradouro, e se torna o enredo "A Viradouro Canta e Conta Bibi", homenagem ao Teatro Brasileiro, do carnavalesco Mauro Quintaes.

Entre trabalhos no cinema, na TV e no teatro, a artista recebeu diversos prêmios por sua atuação em diferentes funções, incluindo uma homenagem no Prêmio APTR de 2011. A Viralata Produções está produzindo um documentário sobre Bibi Ferreira. O longa-metragem intitulado "Abigail" será dirigido por Walter Lima Jr. e co-dirigido por Félix Ferreira. A obra está atualmente em desenvolvimento e conta com a distribuição da Vitrine Filmes. A Cidade das Artes construída no Rio de Janeiro foi rebatizada com nome de Bibi Ferreira.

Bibi manteve-se sempre discreta e reclusa em sua vida pessoal. Reservada, viveu em seu apartamento no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, e raramente era vista em acontecimentos sociais. Mas estava sempre pronta para qualquer novo projeto. Como diva absoluta, estava acima do bem e do mal, com temperamento, verve e humor sempre renovados a cada nova aparição para o seu imenso público. Faleceu aos 96 anos de idade, no dia 13 de fevereiro de 2019, após uma parada cardíaca.

Bibi é pérola rara! Uma Estrela reluzente a cruzar céus e memórias da ribalta e do Brasil ao longo de um século. Bibi Ferreira foi monumental, apoteótica, total; um raro fenômeno que vem unicamente predestinado a encantar. A esta artista, não cabia superlativos para explicar sua grandiosidade nos palcos. Bravos!!! Bravíssimo!!!! Viva Bibi Ferreira, sempre e para sempre em nossos corações! 👏👏👏👏👏👏

#centenariodebibiferreira
#historiadoteatrobrasileiro
#BibiEternaFerreira

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📝 Fontes consultadas:

💻 Site da Funarte
🖱️ Enciclopedia Itaú Cultural
🖱️ Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

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