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🔰 Luís Carlos Prestes prestou um grande legado para a História brasileira do século XX. De líder tenentista a articulador do golpe aliancista de 1935 (Intentona Comunista) até ser preso, ter a esposa morta numa câmara de gás, e exilado várias vezes. O Cavaleiro da Esperança, como ficou conhecido, liderou a maior marcha militar da história brasileira (quiçá não for a maior do mundo!), quando liderou a Coluna Prestes, percorrendo mais de 25000 quilômetros pelo interior do Brasil, passando por 13 Estados sem sofrer nenhuma derrota para as forças legalistas; do sul ao nordeste do país para sublevar o povo contra o presidente Artur Bernardes e as oligarquias que o sustentavam. Após dois anos e três meses, apenas 620 dos quase 1500 homens que chegaram a participar desde o início dessa saga, conseguiram chegar na Bolívia, onde refugiaram-se. Prestes trabalhou na Bolívia, foi para a Argentina, e finalmente para Moscou, União Soviética. Em 1929 recebeu convite do PCB para candidatar-se à presidência da República, mas recusou-se por achar o programa do partido demasiadamente radical. O prestígio junto às lideranças do Partido Comunista Soviético foram as suas credenciais para articular e liderar o grande levante comunista de 1935. Para voltar ao Brasil, como clandestino, Prestes veio com Olga Benário, escolhida pelo partido para ser sua escolta e simular ser sua esposa durante o trajeto. Amor e revolução se encontraram e Prestes e Olga se apaixonaram de verdade e se casaram. O fracasso da Intentona colocou Prestes na mira da polícia política de Vargas, sob o comando de Felinto Müller. As ordens eram de matar Prestes, mas no momento da prisão, Olga Benário salva sua vida colocando-se na frente dos atiradores (no último dia 5 de março de 2021 completou-se 85 anos dessa prisão). Prestes permaneceria preso nos cárceres da ditadura varguista do Estado Novo, e sua esposa Olga seria deportada para a Alemanha, grávida de Anita Leocádia Prestes, que nasceu num campo de concentração. Anos depois, em 1945, Prestes seria libertado, Olga não teve a mesma sorte, teve seu fim numa câmara de gás no campo de Bernburg em 23 de abril de 1942. O encontro entre pai e filha, Prestes e Anita, só aconteceria em 8 de outubro de 1945, véspera da queda de Vargas. O Partido Comunista pôde voltar enfim à legalidade, mas foi por pouco tempo. Prestes perdeu espaço dentro do PCB, que passa a ser controlado pelo secretário de organização do partido, Diógenes de Arruda Câmara, cujas divergências entre ambos eram evidentes. Em 1953, ele se casa com Maria do Carmo Ribeiro, filha de um antigo dirigente do PCB, com quem teve sete filhos. Com o racha interno do PCB e o golpe de 1964, Prestes exilou-se na União Soviética, de onde voltaria em 1979. Prestes ainda participaria dos movimentos políticos dos anos seguintes: pela Anistia e pelas eleições diretas e pelas liberdades democráticas. Nelas era recebido com carinho e deferência. Mas sua estrela já não brilhava como antes. Aos 92 anos, há exatamente 31 anos, o Cavaleiro da Esperança fez sua última jornada, aquela rumo ao infinito da qual não se tem mais volta. Ficaram as lembranças, os registros, o legado, a história do homem que quis mudar para melhor o país onde ele viveu e amou. A história dele pode ser conferida no documentário "O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes" (BRA, 1997) dirigido por Toni Venturi, e disponível na Amazon Prime Vídeo. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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