quinta-feira, 11 de março de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 11.03.21 - 50 Anos da Morte de Anísio Teixeira

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🏤 A História da Educação brasileira no século XX teve como um de seus principais protagonistas o educador, escritor e jurista baiano ANÍSIO SPÍNOLA TEIXEIRA (1900-1971), defensor e pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Suas ideias foram inspiradas na filosofia de John Dewey, de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-graduação nos Estados Unidos.

Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e alunos, como a Escola Parque por ele fundada em 1950 em Salvador, que mais tarde inspiraria os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) do Rio de Janeiro. Cuidando desde a higiene e saúde da criança até sua preparação para a cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação primária no livro "Educação Não É Privilégio". Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para atender aos interesses de cada comunidade.

Nos anos 1930, ganhou força o movimento da Escola Nova, da qual Anísio foi um dos articulares e precursores, principalmente após a divulgação do Manifesto da Escola Nova (1932). O documento pregava a universalização da escola pública, laica e gratuita. Entre os 22 nomes de vanguarda que o assinaram estavam: o sociológo Fernando de Azevedo, o professor Lourenço Filho e a poetisa Cecília Meireles. A atuação desses pioneiros se estendeu por décadas, muitas vezes criticada pelos defensores da escola particular e religiosa. Mas eles ampliaram sua atuação e influenciaram uma nova geração de educadores como Darcy Ribeiro e Florestan Fernandes. Citada pela primeira vez na Constituição de 1934, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi também influência de Anísio Teixeira. Trata-se do conjunto de normas que regularizam a organização da educação brasileira, a partir dos princípios constitucionais, e só foi aprovada em 1961. Anísio foi mentor de duas universidades: a do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, desmembrada pela ditadura de Getúlio Vargas, e a de Brasília, da qual era reitor quando do golpe militar de 1964, sendo aposentado compulsoriamente porque seus posicionamentos e pensamentos incomodavam o regime ditatorial.

Em 11 de março de 1971 (exatamente há 50 anos), Anísio iria almoçar com o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda, no apartamento dele, em Botafogo, no Rio. Mas ele foi encontrado morto no fosso do elevador do prédio. Oficialmente, um acidente. Mas muitos acreditam que Teixeira tenha sido vítima da ditadura militar. Anísio Teixeira deixou uma vasta obra. Entre seus livros mais importantes estão "Educação é um direito", "Educação não é privilégio" e "A educação e a crise brasileira". O educador empresta seu nome a diversas instituições de ensino do país. Autarquia do Ministério da Educação, responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que ele presidiu nos anos 1950, também incorporou Anísio Teixeira ao seu nome oficial. Ele estampava a nota de mil cruzeiros reais (1993-1994).

Para o sociólogo Florestan Fernandes, Anísio Teixeira foi "o campeão na luta contra a educação como privilégio". 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

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