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🎉 Hoje a cidade de Salvador completa 472 anos. A Bahia foi o berço da chegada dos portugueses ao Brasil. A Baía de Todos os Santos foi mapeada em 1º de novembro de 1501, e a primeira colônia foi feita em Porto Seguro. Os franceses já passavam por lá desde 1504. Alguns anos depois, Caramuru e Paraguaçu formavam uma das primeiras família brasileiras no local.
Em 5 de abril de 1534, a Capitania da Bahia foi doada a Francisco Pereira Coutinho, que se estabeleceu na Barra e acabou morto em 1546 pelos tupinambás. O rei de Portugal, d. João III, adquiriu a Capitania da Bahia dos herdeiros de Coutinho e a transformou em capitania real. No mesmo ano, em 17 de dezembro de 1546, o rei nomeou Tomé de Sousa para o governo do Brasil, deu-lhe um regimento, colonos e religiosos, além de um regimento de normas, considerada a primeira constituição do Brasil. Este incluía as diretrizes para a construção da primeira capital do Brasil, que se chamaria Salvador.
Tomé de Sousa desembarcou no Porto da Barra em 29 de março de 1549. O primeiro nome dado à cidade foi São Salvador da Bahia de Todos os Santos. A data foi oficializada pela Portaria N° 299 de 11 de março de 1592, assinada pelo então prefeito Osvaldo Veloso Gordilho. O marco de fundação é o Forte de Santo Amaro. Mais do que a fundação da cidade, a data simboliza a constituição do Brasil como uma unidade política. O local escolhido para a cidade foi estratégico. O arquiteto Luís Dias, que veio com as plantas da nova capital para adaptá-las de acordo com a natureza do local, construiu a cidade na parte alta, ficando na parte baixa o porto. Os primeiros jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega, vieram com Tomé de Souza e fundaram a primeira escola do Brasil.
Quarenta e cinco anos depois que Salvador deixou de ser a capital do Brasil, foi lá que aportaram os navios que trouxeram a família real portuguesa para o Brasil, no início do século XIX (1808). Para escapar ao domínio francês, com a invasão de Portugal por Napoleão, a sede do governo português foi transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, no Brasil. Durante sua curta estada de apenas 34 dias na cidade, dom João, então príncipe-regente, abriu os portos brasileiros às nações amigas e fundou a primeira faculdade de medicina do país. Após a proclamação da independência do Brasil, em 1822, Salvador continuou sob o domínio português. Em 2 de julho de 1823, as tropas portuguesas foram finalmente expulsas, e a data passou a ser comemorada anualmente pelos baianos como a da independência.
No centro histórico, o Pelourinho é um dos símbolos da arquitetura colonial portuguesa com monumentos erguidos entre os séculos XVII e XX. Declarado patrimônio mundial pela UNESCO, em 1985, ali tem sido palco de um dos mais animados carnavais do mundo. Salvador em 2017 era a cidade mais populosa do Nordeste com seus 2,9 milhões de habitantes, a terceira maior do Brasil, com uma população de maioria afrodescendente e adepta das religiões de matriz afro, grande influenciadora da cultura baiana. Salvador foi o celeiro de grandes artistas como o escritor Jorge Amado, os músicos Dorival Cayammi, Caetano Veloso, Gilberto Gil e o pintor Carybé entre outros.
Salvador foi o cenário de grandes revoltas como a Conjuração Baiana de 1798, a Revolta dos Escravos Malês (1835), a Sabinada (1837-1838), e palco da guerra pela independência na Bahia (1823), quando os baianos enfrentaram as tropas do general português Inácio Luís Madeira de Melo, numa épica batalha em que se destacaram nomes como Joana Angélica, Maria Felipa, Corneteiro Lopes e é claro Maria Quitéria de Jesus Medeiros, "soldado medeiros", considerada a Joana D'Arc brasileira! A cidade cumpriu o seu destino de centro do poder político do Brasil por mais de 200 anos, de 1549 a 1763, quando a capital do Brasil foi deslocada para o Rio de Janeiro. Antigamente, Salvador era chamada de "Bahia" ou "cidade da Bahia" e seus gentílicos até hoje são chamados de soteropolitanos, nome que vem do grego "soteropolis" que significa “cidade do Salvador”. ✝️🙏🛐
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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