quarta-feira, 7 de abril de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 07.04.21 - 190 Anos da Abdicação de D. Pedro I

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👑 Em 1822, D. Pedro I proclamou a independência do Brasil, tornando-se o primeiro Imperador brasileiro. Durante esse período chamado Primeiro Reinado (1822-1831), D. Pedro I enfrentou diversos conflitos e insatisfações contra seu governo autoritário e centralizador. Vários fatos provocaram a impopularidade de D. Pedro I ao longo do reinado: o fechamento da Assembleia Constituinte de 1823, a imposição da Constituição de 1824, as mortes e despesas com a Guerra da Cisplatina; a violência contra os rebeldes da Confederação do Equador (1824), a crise econômica (que provocou a falência do Banco do Brasil), o assassinato do jornalista liberal Líbero Badaró (1830), o relacionamento extraconjugal com Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos.

Após a morte de seu pai, D. João VI, em 1826, houve uma crise de sucessão no trono português. D. Pedro I foi aclamado Rei de Portugal, mas abdicou em favor de sua filha D. Maria II, que se casaria com D. Miguel, seu tio. Com o apoio de Carlota Joaquina, D. Miguel deu um golpe e tomou o trono para si, provocando um conflito interno que dividiu o país em "pedristas" e "miguelistas". O envolvimento de D. Pedro I nessa disputa monárquica lusitana acirrou os receios de uma possível recolonização do Brasil.

A situação de instabilidade política estimulava mais ainda os conflitos entre portugueses e brasileiros, como o que aconteceu na "noite das garrafadas", entre os dias 13 e 15 de março de 1831. A crise veio a piorar quando D. Pedro I, no uso do poder moderador que lhe concedia totais poderes, destituiu o "ministério dos brasileiros" e pôs em seu lugar o "ministério dos marqueses". 

No dia 6 de abril, desde o amanhecer, numerosos grupos concentraram-se no Campo da Aclamação onde circulavam boatos de represálias do imperador à oposição. Exigia-se o retorno do gabinete formado por liberais brasileiros. O monarca teria respondido então: "Tudo farei para o povo, mas nada pelo povo". Às 23 horas, à população ali reunida vieram se juntar os corpos de tropa sob o comando do brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Na madrugada de 7 de abril de 1831, completando hoje seus 190 anos, D. Pedro I abdicou em nome de seu filho D. Pedro de Alcântara (1825-1891), que tinha à época apenas 5 anos de idade. Escreveu um documento de abdicação:

“Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, sette de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império. – Pedro”

D. Pedro I embarcou de volta a Europa com sua esposa D. Amélia e sua filha D. Maria. Deixou no Brasil seus filhos D. Pedro, D. Januária, D. Paula e D. Francisca. Foram encarregados da educação do pequeno imperador e de suas irmãs: José Bonifácio de Andrada e Silva, Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho (sua aia carinhosamente chamada de Dadama), e um empregado do Paço chamado Rafael.

A abdicação de D. Pedro I marcou o fim do Primeiro Reinado e início do chamado Período Regencial. Nesse mesmo dia o Príncipe Imperial foi aclamado Dom Pedro II, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil”. Em 1840, foi antecipada a maioridade de D. Pedro II, aos 14 anos de idade, e ele tornou-se o segundo Imperador do Brasil, dando fim ao Período Regencial. Ele reinou até 1889, quando foi exilado do Brasil por conta da Proclamação da República. ⚜️👑⚜️👑⚜️

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📚 Sugestões de Leitura:

📖 1822. Laurentino Gomes. Globo Livros.
📖 D. Pedro - A História Não Contada. Paulo Rezutti. Leya.

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