segunda-feira, 10 de maio de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 10.05.21 - 6 Anos da Morte de Selma do Coco

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✝️😭⚰️ Há seis anos a cena cultural e musical pernambucana perdia uma de suas maiores expoentes: DONA SELMA DO COCO. Filha de Maria Valentina da Conceição e José Teodósio da Silva, Selma Ferreira da Silva nasceu em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, a 10 de dezembro de 1929. As lembranças mais antigas envolvendo a brincadeira do coco de roda remontam à infância, claro, quando pais e avós levavam aquela criança esperta e de voz melodiosa para dançar e se divertir nos terreiros de chão batido e luz de candeeiro. Freqüentemente cantavam coco nas casas dos compadres, sobretudo para comemorar São João. 

Ainda criança, aos 10 anos, transferiu-se para o Recife, bairro da Mustardinha, onde se casou, teve 14 filhos e, mal saía da juventude, ficou viúva. Há 50 anos, decidiu morar em Olinda, tradicional reduto de samba de coco, e daí por diante cultivou o hábito de promover concorridas rodas para animar os finais de semana da família e ganhar uns trocados. Quando foi tapioqueira no Alto da Sé, jogava charme para os turistas com o feitiço da voz, do temperamento e ritmo envolventes. Cantava coco na Sé, no Carmo e na frente da própria casa, aos domingos. 

Em 1996 participou do festival Abril pro rock no Recife. Fez sucesso no festival com "A rolinha", que foi sucesso no carnaval do ano seguinte, sendo em seguida gravada por diversos artistas. No mesmo período fez shows em São Paulo e na Europa. Em 1998 lançou pela Paradoxx seu primeiro CD, "Minha história", que também foi lançado na Europa. Nesse primeiro CD estão presentes diversas composições de sua autoria como a música título, parceria com Zezinho, "Santo Antônio", "Dá-lhe Manoel" e "A rolinha", todas em parceria com o mesmo Zezinho. Esse álbum conquistou o Prêmio Sharp de 1999.

Em 2001 foi a principal atração brasileira no 32º New Orleans jazz & Heritage Festival, considerado o maior evento do gênero nos Estados Unidos. Apresentou-se acompanhada por três percussionistas e três vocalistas, teve seu show transmitido pela Rádio pública de New Orleans. É considerada a musa da nova geração da música de Pernambuco. Em 2002 apresentou-se no Rio de Janeiro no Centro Cultural Ariano Suassuna.

Já conhecida em diversos países da Europa, em 2004, aos sessenta e oito anos, Selma integrou um grupo de artistas populares de Pernambuco, juntamente com Silvério Pessoa, entre outros, em 3 turnês internacionais, excursionando pela Europa, sendo dois meses só na Alemanha. O grupo foi convidado por diversos países para representar a música tradicional do Brasil em shows e eventos culturais. No mesmo ano lançou o CD "Jangadeiro". Em 2008, recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, pela relevância da sua obra musical para a cultura popular do estado.

Em 2015, ela sofreu uma queda em casa que provocou uma fratura no fêmur. Começava o fim da trajetória terrestre dessa grande artista, após passar pelo Hospital da Restauração e Hospital Miguel Arraes, onde veio a faleceu num sábado, dia 10 de maio, após sofrer sofreu parada cardíaca e depois falência múltipla de órgãos, aos 85 anos. Selma do Coco foi sepultada no Cemitério do Guadalupe em Olinda. Deixou um legado cultural imprescíndivel para a cena musical pernambucana que nunca deve ser esquecido. 👏👏👏👏👏👏

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#historiadamusicapernambucana

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Portal Cravo Albin da Música Popular Brasileira, Portal Cultura PE, e G1-PE.

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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