sexta-feira, 4 de junho de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 04.06.21 - 32 Anos do Massacre da Praça da Paz Celestial

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🇨🇳 Uma das cenas mais icônicas do século XX foi a imagem de um estudante prostado diante de uma fileira de tanques impedindo a sua passagem. O acontecimento fez parte do Massacre da Praça da Paz Celestial (Tian’anmen), em Pequim, que hoje está completando 32 anos, quando civis desarmados foram mortos pelos disparos dos soldados ou morreram esmagados pelos tanques do exército chinês depois que o Partido Comunista Chinês ordenou que o exército pusesse fim aos protestos populares que exigiam reformas democráticas.

Em abril de 1989, Hu Yaobang, líder reformista destituído pelo presidente Deng Xiaoping após as primeiras revoltas estudantis de 1986, havia falecido. Sua morte despertou protestos entre a comunidade universitária, indignada pela maneira como o líder havia sido
tratado pelo Partido. Os estudantes encheram Pequim de fotografias dele e levaram coroas de flores em sua homenagem ao Monumento aos Heróis do Povo da Praça da Paz Celestial.

Yaobang havia lutado pela reabilitação dos perseguidos durante a Revolução Cultural e era partidário de uma mudança política na China, o que havia lhe criado inimigos na linha dura do Partido Comunista. A manifestação de luto se converteu em um protesto popular que denunciava o setor mais ortodoxo do Politburo chinês, reivindicando o fim da corrupção burocrática e, sobretudo, maior liberdade no país. A visita oficial do dirigente russo Mikhail Gorbatchev, em meados de maio, estimulou estudantes, operários e profissionais de distintas cidades e províncias chinesas a se unirem aos protestos.

Tratou-se de um movimento espontâneo. Seu objetivo não era acabar com o comunismo na China, mas pedir reformas. As greves de fome e os gritos dos estudantes refletiram as reclamações de muitos cidadãos, embora a maioria da sociedade chinesa não tenha participado da luta deles. Na cúpula comunista, o primeiro-ministro Li Peng, partidário do uso da força para sufocar a revolta, se impôs à solução dialogada proposta por Zhao Ziyang, secretário-geral do partido, que foi destituído.

Os estudantes, conscientes da presença de correspondentes estrangeiros em Pequim, construíram em Tian’anmen uma estátua, a Deusa da Democracia, para lançar uma mensagem ao mundo. Liu Xiaobo, um dos líderes informais dos protestos, tentou sem sucesso dialogar com os setores menos conservadores do regime para evitar uma matança, mas não pôde evitar que muitas pessoas morressem debaixo dos tanques nas avenidas adjacentes à Tian’anmen; quando o exército chegou à praça, os estudantes combinaram sua retirada.

Ainda que os militares tenham apagado os restos da revolta estudantil, a imagem de um rebelde desafiando uma linha de tanques sozinho até pará-la deu a volta ao mundo. No Ocidente, essa foto se converteu no símbolo da resistência democrática e, na China, foi usada para mostrar o bom trato que o exército chinês deu aos civis em sua intervenção.

Atualmente, o governo chinês continua sem reconhecer a veracidade desses fatos. O “incidente” de Tian’anmen, como é chamado oficialmente, que acabou com a vida de mais de 1.300 pessoas e acarretou milhares de prisões e torturas, é uma lembrança fantasma na China. "Em 1990 o cantor e ator Jacky Cheung gravou Ren Jian Dao", recentemente censurada na China, por citar o Massacre de Paz Celestial, cujo trecho diz: "Os jovens estão bravos, o céu e a terra estão chorando, como foi que a nossa terra se tornou esse mar de sangue?" 😞😓😥😢😭 

#32anosdomassacredapracadapazcelestial
#historiachinesacontemporanea

🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto: The History Channel Iberia. 365 Dias que Mudaram o Mundo. Planeta. Edição do Kindle. (Adaptado)

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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