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👮♂️⚰️🔫 Ao completar os 77 anos do desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia, na costa francesa, a maior operação anfíbia militar da História, cujo codinome era "operação overlord", algumas considerações precisam ser feitas. Como dizia Otto von Bismarck, o chanceler de ferro da unificação alemã, "nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada". É óbvio que a narrativa histórica é uma prerrogativa dos vencedores, que usam e abusam do discurso para moldar como as gerações futuras contarão sobre determinado feito. E não se trata aqui de puro e rasteiro revisionismo histórico, algo que está em moda hoje em dia.
O Dia D, 6 de junho de 1945, entrou para a narrativa dos vencedores, como o dia decisivo da Segunda Guerra Mundial, o início do fim da dominação nazista na Europa, o que significava a derrota de Hitler e do seu III Reich. Durante anos esta visão heroíca prevaleceu nos livros, nas comemorações do Dia D, na literatura e principalmente no cinema norte-americano, basta lembrar do épico "O Resgate do Soldado Ryan" (Saving Private Ryan. EUA/1998) dirigido por Steven Spielberg ou de "O Mais Longo dos Dias" (The Longest Day. EUA/1962). O tema foi revisitado em 2001 pela HBO com a série Band of Brothers baseada no livro de Stephen E. Ambrose.
É claro que o desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia foram importantes para a derrota do Eixo no front europeu, mas quem fez a diferença mesmo foram os soviéticos, estes sim tiveram maior número de baixas, suportaram durante meses o cerco a cidade de Leningrado, e foram de fato os responsáveis pela derrocada dos nazi-fascistas. Quem de fato definiu os rumos do conflito a favor dos aliados foram os RUSSOS, não os norte-americanos.
Apropriar-se de uma narrativa para conquistar fama e poder sobre ela é bastante comum quando se fala de uma guerra. Sugiro que assistam dois longas do cinema americano que ilustram bem como uma mesma história pode ser contada a partir de ângulos diferentes: "A Conquista da Honra" (Flags of Our Fathers. EUA/2006) e "As Cartas de Iwo Jima" (Letters from Iwo Jima. EUA/2006) ambos dirigidos por Clint Eastwood. 🎥🎞️💣
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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