🔫👮♂️👮🏽♂️👮🏼♂️ ⚔️ 🧑👱🏽♂️👨🏿🦰🔫
💣💥 Num dia como hoje, 9 de julho, há 89 anos os paulistas pegavam em armas para depor o presidente da república Getúlio Vargas e elaborar uma nova Constituição para o Brasil. A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA, também conhecida como Revolução de 32 ou Guerra Paulista, durou 87 dias e terminou com a derrota dos paulistas no dia 4 de outubro de 32. São Paulo, juntamente com Minas Gerais, se revezaram na presidência da República durante a chamada República Oligárquica (1894-1930) que foi encerrada com o golpe de Estado que derrubou Washington Luís e colocou Getúlio Vargas no poder. A verdade é que os paulistas nunca aceitaram serem alijados do poder após a Revolução de 1930.
As tensões aumentaram com a nomeação de interventores estaduais para substituir os antigos governadores. Vargas terminou por indicar para os cargos de interventor e comandante da Força Pública de São Paulo João Alberto e Miguel Costa, ambos ligados ao movimento tenentista. Além disso, a convocação de novas eleições para elaborar uma nova Constituição não constava da pauta varguista, o que deixou os paulistas ainda mais irritados. A campanha constitucionalista fez sua primeira vítima em julho de 1931. Sem condições de governar, o interventor João Alberto renunciou. Iniciou-se então um período de intensa luta política entre os diversos grupos que buscavam o poder em São Paulo.
Os paulistas foram às ruas protestar e num desses protestos apoiadores de Vargas dispararam contra um grupo de estudantes, matando quatro – um quinto morreu algum tempo depois. A morte de Miragaia, Martins, Drausio e Camargo (cujas iniciais M.M.D.C. constituíram o símbolo do movimento) foi o estopim que faltava para explodir a revolta. Aderiram à Revolução Constitucionalista a Força Pública (atual Polícia Militar), unidades do exército e de civis armados. Os revoltosos tomaram estações de trem, prédios públicos e meios de comunicação tanto na capital paulista quanto em cidades do interior.
Nos dias seguintes, algumas unidades militares em Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Amazonas aderiram ao movimento, mas o apoio maciço esperado, visando marchar para o Rio de Janeiro e depor Vargas, não se materializou. Embora bem organizadas, as forças paulistas não tinham força suficiente para enfrentar as tropas federais, que chegaram a usar aviões para bombardear os rebeldes. Após três meses de combates intensos, os revolucionários se renderam em 2 de outubro de 1932 com a morte de 934 pessoas, de acordo com os números oficiais. Contudo, estima-se que até 2200 pessoas tenham morrido.
A Revolução Constitucionalista foi em parte financiada pela campanha “Ouro para o Bem de São Paulo”, para a qual pessoas doavam joias e outros objetos de valor. Os recursos que sobraram foram doados à Santa Casa, que entre outras coidas, construiu com eles um edifício com esse nome no centro de São Paulo.
Após a revolta paulista, Getúlio Vargas convocou eleições para compôr uma Assembleia Constituinte e em 1932 promulgou a segunda Constituição republicana, a primeira que faz referência aos direitos trabalhistas. Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, tiveram seus nomes inscritos no Livro dos Heróis da Pátria, seus restos mortais e os de 713 ex-combatentes repousam no Obelisco do Ibirapuera, e na data de sua morte, 23 de maio, é comemorado o Dia da Juventude Constitucionalista. Várias produções audiovisuais e literárias retratam a Revolução Constitucionalista, sendo a mais recente o remake da novela "Éramos Seis" exibida em 2019 e baseada no romance homônimo de Maria José Dupré. A bandeira usada pelos Constitucionalistas de 1932 foi adotada como bandeira do Estado de São Paulo. Até hoje, 9 de julho é feriado estadual, com direito a desfiles e homenagens. A luta dos paulistas não foi de todo em vão! 👊💪👊💪👊
#89anosdarevolucaoconstitucionalista
#historiadobrasilrepublicano
🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
Sem comentários:
Enviar um comentário