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🪓🗡️ Num dia como hoje, 14 de julho, há 232 anos, a cidade de Paris amanheceu em polvorosa. Revolucionários parisienses e tropas amotinadas invadem e desmantelam a Bastilha, uma fortaleza real e prisão que passou a simbolizar a tirania dos monarcas Bourbon. Os guardas monarquistas abrem fogo contra a multidão, mas se rendem logo em seguida. A partir desse momento, o rei francês Luís XVI foi perdendo progressivamente o poder diante dos ideais revolucionários. Essa ação dramática marcou o início da Revolução Francesa de 1789, uma década de turbulência política e terror na qual o rei Luís XVI foi deposto e dezenas de milhares de pessoas, incluindo o rei e sua esposa Maria Antonieta, foram executadas.
Apesar de ter herdado enormes dívidas de seu antecessor, Luís XVI continuou a sustentar despesas extravagantes, como ajudar as colônias americanas nas batalhas pela independência da Grã-Bretanha. No final da década de 1780, o governo da França estava à beira de um desastre econômico. Para piorar a situação, as colheitas ruins em 1788 causaram fome. O preço do pão subiu tanto que, em seu pico, o trabalhador médio teve de gastar 88% de seu salário com pão. O desemprego também foi um problema sério que a população atribuiu à redução adicional dos direitos alfandegários entre a França e a Grã-Bretanha. Depois de um inverno frio, revoltas violentas eclodiram em padarias, celeiros e outras instalações de armazenamento de alimentos em todo o país.
Em meio à crise, a destituição por Luís XVI do ministro da Fazenda, Jacques Necker, o único ministro não nobre, desencadeou uma revolução. No dia 12 de julho de 1789, três mil pessoas se reuniram nos jardins do Palais Royal, e desfilaram pela cidade com bandeiras negras e o busto de Necker, o ministro que representava a esperança do povo, coberto com um véu. Sua demissão mostrou que o rei queria interromper com a transformação constitucional iniciada dois meses antes: foi um ato despótico contra o qual era preciso reagir.
Na madrugada de 14 de julho, uma grande multidão armada com mosquetes, espadas e várias armas improvisadas começou a se reunir ao redor da Bastilha. No Hotel des Invalides, a multidão obteve 30.000 rifles e 12 canhões, e milhares de homens foram à Bastilha para estocar pólvora. Às 5 da tarde, o governador militar da Bastilha Bernard-René Jordan de Launay ordenou que as portas fossem abertas e a guarnição entregue. Launay e seus homens foram presos, a pólvora e os canhões da Bastilha foram apreendidos e os sete prisioneiros foram libertados. Ao chegar ao Hotel de Ville, onde Launay seria preso e julgado por um conselho revolucionário, ele foi afastado por uma multidão e assassinado. A rendição foi saudada como uma grande vitória, um feito heróico que se tornou o símbolo da Revolução e o início de uma nova era de liberdade.
A captura da Bastilha simbolizou o fim do Antigo Regime e deu à causa revolucionária francesa um ímpeto irresistível, sendo escolhido pelos historiadores como o marco inicial da Idade Contemporânea, que segundo a periodização tradicional segue até os nossos dias. Em 1792, a monarquia foi abolida e Luís e sua esposa Maria Antonieta foram enviados para a guilhotina por traição em 1793.
Os ventos libertários da Queda da Bastilha e da Revolução Francesa atravessaram o Atlântico e chegaram às terras brasileiras influenciando rebeldes e revoltas, inssurgentes e conjuras! Sob a guarda das lojas maçonicas se conspirava a separação definitiva da metropóle, ainda que isso custasse sangue, suor e lágrimas. As sementes do iluminismo europeu começavam a germinar nas mentes e corações dos colonos brasileiros, já sonhadores de novos tempos, sem altos impostos e com liberdade para o comércio. Os ideais de liberdade, igualdade, fraternidade, no entanto não estavam destinados para todos. Pelo menos não para a maioria da população que naquela época ainda vivia sob o chicote da escravidão. O liberalismo no campo político nem sempre era o mesmo no campo social.
Apesar do lema "liberdade, igualdade, fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité) a pergunta que fica em questão é: pra quem? Até hoje a França através de movimentos nacionalistas (como a Frente de Libertação Nacional Francesa - de Marie Le Pen) apoia a explusão de argelinos e marroquinos, imigrantes vindos das ex-colônias francesas. A França também foi colaboracionista dos nazistas, a França do marechal Pétain, com sede em Vichy. E se for pra falar de Revolução Francesa, temos ao final dela o 18 Brumário, golpe que colocou no poder um dos maiores déspotas do mundo: Napoleão Bonaparte! Enfim, um lema feito pelos burgueses e para os burgueses da maior revolução burguesa da História. 💰🪙💰
#232anosdaquedadabastilha
#historiadacontemporaineidade
#bastilleday
🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 📺 History Channel (os dois últimos parágrafos são de nossa autoria) 🙂
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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