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✝️🖤 Um dos maiores acidentes da história da aviação civil no Brasil, paradoxalmente, ocorreu em solo, durante aterrissagem. No início da noite de uma terça-feira chuvosa, o Airbus 320 da TAM que fazia o voo JJ-3054, proveniente de Porto Alegre, aparentemente sem freios, derrapou na pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, atravessou a área de escape de grama, cruzou parte da avenida Washington Luís e despencou sobre o setor de carga e descarga da própria companhia, a TAM Express. Morreram 199 pessoas, entre os 187 passageiros e tripulantes e outras doze que estavam no prédio atingido. Bombeiros relataram que durante o resgate a temperatura no avião teria chegado a 1.000°C.
As primeiras informações foram desencontradas. Testemunhas relataram que viram o avião derrapar até bater contra o prédio, mas fontes da Aeronáutica chegaram a dizer que o piloto teria tentado arremeter, ou seja, tentado nova decolagem ao detectar algum problema no pouso, antes de cair. O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu inquérito e apurou que a pista principal de Congonhas havia sido liberada sem estar pronta, sem as ranhuras (groovings) que atravessam o asfalto para escoamento da água da chuva e evitar aquaplanagens.
Segundo o que foi apurado na época do acidente, as obras haviam iniciado em 14 de maio, com interdição de 45 dias. A pista foi reaberta em 29 de junho, com a conclusão dos declives e da substituição das camadas gastas de asfalto. O trabalho vinha sendo feito durante as madrugadas, segundo a Infraero, com conclusão prevista para 27 de setembro, porém sem as ranhuras.
Na primeira fase da obra, o número de pousos e decolagens foi reduzido de 48 para 33 por hora, alguns foram suspensos, outros remanejados para o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Durante o período de fechamento da pista principal, todas as operações de pousos e decolagens foram feitas pela pista auxiliar.
A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Denise Abreu, foi responsabilizada pelo Ministério Público Federal (MPF), porque autorizou a liberação da pista do aeroporto sem as ranhuras que facilitam a frenagem das aeronaves. Além disso, o setor técnico da Polícia Federal apurou que um das manetes de controle das turbinas da aeronave estava na posição para acelerar e isso anulou o sistema de freios. Não foi esclarecido se o comando estava na posição errada por falha humana ou mecânica.
O diretor de segurança de voo da TAM na época, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, e o vice-presidente de operações da companhia aérea, Alberto Fajerman, segundo o MPF, deixaram de seguir o manual de segurança de operações, porque “não providenciaram o redirecionamento necessário das aeronaves para outro aeroporto, mesmo após inúmeros avisos de que a pista principal do aeroporto de Congonhas estaria escorregadia, especialmente em dias de chuva”. Os dois executivos também foram acusados de não alertarem os pilotos sobre a mudança de procedimentos quando o reversor estivesse desativado. De acordo com a análise do MPF, foram essas imprudências que causaram o acidente.
Em 2012, Denise Abreu impetrou habeas corpus no STF, para suspender a ação, e obteve parecer favorável do ministro Ricardo Lewandowski. O que restou do prédio da TAM Express foi implodido. A empresa aérea doou o terreno à Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ-3054, e surgiu no local a praça Memorial 17 de Julho, inaugurada em julho de 2012, cinco anos após o acidente. A área de 8 mil metros quadrados foi projetada pelo arquiteto Marcos Cartum. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 🖱️ Nunes, Valentina. 365 Dias Que Mudaram A História Do Brasil . Planeta. Edição do Kindle.
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