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✝️😭 Num dia como hoje, 8 de agosto, há exatamente um ano, o Brasil atingia a triste marca dos primeiros 100.000 mortos pela covid-19. A estatística oficial ignora o alto número de subnotificações, o que indica que os índices podem ter sido bem maiores do que os apresentados.
O governo federal optou por uma política pública de saúde desastrosa e irresponsável na época, pois quando não negava, relativizava os perigos da pandemia. A solução apresentada era o uso indiscriminado de cloroquina, medicação inócua para tratamento da covid-19. Além de transferir para governadores e prefeitos oposicionistas o ônus político da crise sanitária.
A pandemia no ano de 2020 foi marcada, nacionalmente, por várias trocas de ministros da saúde, sucessivas negativas para a compra de vacinas (enquanto nos outros países o foco era desenvolver e produzir o imunizante - aqui apenas o Instituto Butantã e a Fundação Fiocruz, apoiados por universidades participavam da corrida pela vacina), lockdonws em várias cidades, e episódios dantescos como o caos da falta de oxigênio em Manaus.
Não demorou muito para o país chegar a índices mórbidos: 200.000 (07/01/21), 300.000 (25/03/21), 400.000 (29/04/21) e 500.000 (19/06/21) – atualmente 563.470. Com medidas relativamente simples como testagem em massa da população, isolamento e distanciamento sociais, uso contínuo de álcool em gel, maior controle e vigilância sanitária nos portos, rodoviárias e aeroportos, muitas mortes poderiam ter sido evitadas enquanto não se chegava o processo de imunização da população. Infelizmente, o governo federal optou pelo caminho do negacionismo, do anticientificismo e da truculência enquanto centenas de pessoas perdiam amigos e parentes numa pandemia sem precedentes. 😞😓😥😢😭
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
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