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✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 13 de agosto, há 16 anos, Pernambuco se despedia de um de seus maiores expoentes políticos. Deixa a vida, para ganhar os anais da História, MIGUEL ARRAES, deputado estadual, federal e governador de Pernambuco por três vezes. Mitificado em praticamente todo o interior de Pernambuco, onde sempre foi considerado defensor intransigente dos pobres, Miguel Arraes ainda é lembrado com carinho e respeito pelos sertanejos.
Miguel Arraes de Alencar nasceu no Araripe, Ceará, no dia 15 de dezembro de 1916. Filho dos produtores rurais José Almino de Alencar e Silva e Maria Benigna Arraes de Alencar. Em 1932 concluiu o curso secundário no Colégio Diocesano na cidade do Crato. Nesse mesmo ano mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito.
Após aprovado no concurso público para escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), foi designado para a cidade do Recife onde começa a carreira pública e concluiu o curso na Faculdade de Direito do Recife, em 1937. Em 1948, o ex-presidente do IAA, Barbosa Lima Sobrinho, eleito Governador de Pernambuco, nomeia Arraes para Secretário da Fazenda do Estado, cargo que exerceu até 1950. Foi Deputado Estadual pelo Partido Social Democrata (PSD) de 1950 a 1958. Em 1959 candidata-se a prefeito do Recife pelo (PSD) e elege-se conseguindo derrubar as oligarquias locais.
Em 1962, Miguel Arraes se candidata a governador de Pernambuco pelo Partido Social Trabalhista (PST) e em 1963 inicia seu mandato, marcado pelo apoio às Ligas Camponesas e à reforma agrária. Firmou um pacto com os usineiros garantindo benefícios para os trabalhadores da cana-de-açúcar, garantindo os direitos sociais e trabalhistas incluindo o pagamento do salário mínimo.
No dia 31 de março de 1964 um golpe militar depôs o presidente João Goulart. No dia 1º de abril de 1964 os avanços sociais do governo Arraes foram interrompidos. Por não se aliar aos militares foi deposto pelo golpe. Saiu do Palácio dos Campos das Princesas escoltado e levado para o 14º Regimento de Infantaria, no Recife e depois para Fernando de Noronha. Em 1965 foi levado para a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, no Estado do Rio, de onde partiu para o exílio na Argélia.
Com a anistia, Arraes retornou ao Brasil no dia 15 de setembro de 1979. No Recife, sua volta foi marcada por um grande comício no bairro de Santo Amaro. Em 1980 participou da fundação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1982, foi eleito deputado federal pelo PMDB.
Em 1986 protagonizou a maior campanha política de Pernambuco com manifestações de rua e o engajamento da militância. Miguel Arraes foi eleito governador de Pernambuco pela segunda vez. Para chefe de gabinete nomeou seu neto Eduardo Campos. Implantou programas para o homem do campo como o “Chapéu de Palha”, que consistia na contratação de canavieiros, nos períodos de entressafra da cana, para trabalharem em pequenas obras públicas, e a “Água na Roça”, que fornecia moto-bombas para a irrigação de pequenos agricultores.
Como não havia reeleição, em 1990, Miguel Arraes ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidatou-se a deputado federal. Em 1994 iniciou a terceira gestão dando continuidade a programas de eletrificação rural e abastecimento de água. Essa gestão foi marcada por denúncias de emissão irregular de títulos públicos para pagamento de dívidas judiciais. Essa operação ficou conhecida como o “escândalo dos precatórios” – do qual foi inocentado depois. Mesmo com poucas chances de ganhar, ele se candidata à reeleição, mas perdeu para Jarbas Vasconcelos. Em 2002 foi eleito pela terceira vez para deputado federal. No ano seguinte foi reconduzido pela sexta vez para a presidência do PSB.
Na campanha para presidente apoiou Lula no segundo turno, pois o PSB tinha candidato próprio, Anthony Garotinho. No dia 16 de junho de 2005, Arraes foi internado por 57 dias, inicialmente sob suspeita de dengue. Depois de várias complicações veio a falecer no dia 13 de agosto de 2005. Seu corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas e sepultado no Cemitério de Santo Amaro.
Miguel Arraes foi casado com Célia de Sousa Leão com quem teve oito filhos, entre eles, Ana Arraes (política) e Guel Arraes (diretor de TV). Após a morte da primeira esposa em 26 de fevereiro de 1961, Arraes se casou com Magdalena Fiúza Arraes, com quem teve mais dois filhos, Mariana Arraes de Alencar e Pedro Arraes de Alencar. Entre seus netos destacam-se Eduardo Campos (político, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto de 2014), Antônio Campos (advogado, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras), Marília Arraes (vereadora do Recife) e Luísa Arraes (atriz). Em 2006, foi criado o Instituto Miguel Arraes, por iniciativa de familiares, colaboradores e correligionários, para preservar seu legado e sua obra. 👏👏👏👏👏👏
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 🖱️ Site E-Biografia (adaptado)
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