domingo, 22 de agosto de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 22.08.21 - 45 Anos da Morte de Juscelino Kubitscheck

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✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 22 de agosto, há 45 anos, uma colisão entre um opala e um ônibus na via Dutra vitimava um das personagens mais emblemáticos e carismáticos da história republicana brasileira: o ex-presidente JUSCELINO KUBITSCHEK, que ficou conhecido como JK, o presidente bossa nova, e cujo maior mérito foi, sem dúvidas, a construção da nova capital nacional, Brasília.

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em Diamantina, Minas Gerais, em 12 de setembro de 1902, filho de João César de Oliveira e de Júlia Kubitschek. Kubitschek estudou no seminário diocesano de Diamantina. Depois, cursou medicina na Universidade de Minas Gerais, graduando-se em 1927. Foi residente de cirurgia em Paris, Viena e Berlim. Tornou-se capitão-médico da polícia militar de Minas Gerais em 1932 e representou o estado na Câmara dos Deputados de 1934 a 1937 e de 1946 a 1950.

Como prefeito de Belo Horizonte (1940–45), destacou-se no planejamento urbano e na criação de clínicas médicas e de outras instalações para serviços públicos. Como governador de Minas Gerais (1951–55), concentrou-se na construção de rodovias, na geração de energia e no desenvolvimento da agricultura e da indústria.

A campanha de Kubitschek para presidente teve como plataforma “energia, transporte e alimentação”. Com ela, JK conseguiu vencer seus dois adversários: Juarez Távora e Adhemar de Barros. O lema do governo JK, cujo período vai de 1956 e 1961, era “50 anos em 5”, ou seja, em seus 5 anos de mandato, ele pretendia trazer para o país o equivalente a 50 anos de progresso. Enquanto esteve na presidência, Kubitschek impulsionou o rápido desenvolvimento da indústria de máquinas, com a construção de hidrelétricas, de siderúrgicas e de outras indústrias pesadas. Além disso, fez construir também 18 mil quilômetros de novas estradas.

Mas, sem dúvida, seu governo ficou marcado pela transferência da capital nacional do Rio de Janeiro para o planalto Central, onde foi construída Brasília. Esse empreendimento levou um grande número de trabalhadores para uma região até então praticamente desabitada. Em pouco menos de quatro anos, nasceu a cidade, projetada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e situada a mais de 1.000 quilômetros da costa litorânea. A transferência estava prevista na Constituição, como forma de incentivar o desenvolvimento do interior do Brasil. O surgimento de Brasília estimulou a integração econômica nacional, porém os custos da obra também acabaram gerando uma alta inflação na época.

Kubitschek foi eleito para o Senado em 1962 e tornou-se presidente do Partido Social Democrata em 1964. A junta militar que tomou o poder no país naquele mesmo ano forçou-o ao exílio. JK retornou ao Brasil em 1967, para tornar-se banqueiro.

A morte de Juscelino se deu em circunstâncias duvidosas. A versão oficial é de que o motorista do opala preto, Geraldo Ribeiro, desviou de um ônibus e perdeu o controle do veículo, cruzando a pista da Rodovia Presidente Dutra, e se chocando frontalmente com um uma carreta Scania, em 22 de agosto de 1976, próximo a Resende, no Rio de Janeiro. JK e o motorista morreram na hora. 

Em 2013, a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo concluiu que o acidente foi provocado para matar Juscelino. O presidente da comissão, Gilberto Natalini, disse ter mais de 90 indícios de que “JK foi vítima de complô e atentado político”. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade, após investigar a hipótese de atentado levantada pela Comissão Municipal da Verdade, concluiu que o governo militar não teve participação na morte de JK. Até hoje, a polêmica ainda suscita debates calorosos.

Em abril de 1980, teve início em Brasília a construção de um monumento em homenagem a Juscelino – O Memorial JK – projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Em 12 de setembro, dia em que JK completaria 79 anos, a viúva Sarah Kubitschek e o presidente João Batista Figueiredo inauguraram o Memorial JK, onde foram instalados um museu e uma biblioteca. Os restos mortais do ex-presidente foram depositados no Memorial. A história da vida de Juscelino Kubitschek foi marcada por fatos curiosos. A música o Peixe Vivo do folclore mineiro (Como pode um peixe vivo viver fora d` água fria...) acompanhou momentos alegres e difíceis da vida pública do ex-presidente. Por onde passava, era saudado com a canção popular, que hoje é quase um hino da sua cidade natal, Diamantina/MG. 🎶🐟🐠🐟🎵

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Versão WEB (adaptado)

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