sexta-feira, 10 de setembro de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 10.09.21 - 91 Anos do Nascimento de Ferreira Gullar

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🎉📝 Num dia como hoje, 10 de setembro, há 91 anos nascia José Ribamar Ferreira, que mais tarde se tornaria no poeta, ensaísta e crítico literário FERREIRA GULLAR. Coube a Goullar abrir caminho para a "Poesia Concreta" com o livro "A Luta Corporal". Organizou e liderou o movimento literário "Neoconcreto". Recebeu o Prêmio Camões, em 2010. Em 2014, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Ferreira Gullar nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 10 de setembro de 1930. Iniciou seus estudos em sua cidade natal. Com 13 anos passou a se dedicar à poesia. Ingressou na Escola Técnica São Luís, onde queria aprender uma profissão. Com 19 anos publicou seu primeiro livro de poesias “Um Pouco Acima do Chão”. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde atuou como jornalista. Escreve “A Luta Corporal” (1954), abrindo caminho para a Poesia Concreta no Brasil. Nesse mesmo ano participou da Primeira Exposição de Poesia Concreta em São Paulo.

Pouco antes do golpe militar de 1964, o poeta rompeu com a poesia concreta e passou a abordar temas de interesse social. São desse período as obras “João Boa Morte, Cabra Marcado Para Morrer” (1962) e “Quem Matou Aparecida” (1962). Ferreira Gullar presidia o Centro Popular de Cultura, quando em 1964, veio o golpe militar. Filiado ao PC e um dos fundadores do grupo Opinião, após a edição do Ato Institucional Nº 5, em 1969, foi preso junto com intelectuais e músicos, como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Como poesia de resistência, ele escreveu nesse período o ensaio “Cultura Posta em Questão” (1964), e as peças “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come” (1966) e “A Saída, Onde Fica a Saída” (1967). Em 1971, mudou-se para Paris. Morou em seguida no Chile, Peru e Argentina. Ficou exilado por cinco anos, retornando ao Brasil em 1977, quando foi preso e torturado. Libertado por pressão internacional, voltou a trabalhar na imprensa do Rio de Janeiro e, depois, como roteirista de televisão.

Durante o exílio em Buenos Aires, Gullar escreveu Poema sujo – um longo poema de quase cem páginas – que é considerado a sua obra-prima. Este poema causou enorme impacto ao ser editado no Brasil e foi um dos fatores que determinaram a volta do poeta a seu país. Poema sujo foi traduzido e publicado em várias línguas e países.

Ferreira Gullar recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção de 2007, com “Resmungos”, o Prêmio Camões, em 2010, o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ e o Prêmio Jabuti de Livro do Ano – Ficção de 2011, com a obra “Em Alguma Parte Alguma” (2010), o primeiro livro de poemas em mais de dez anos. Em 2000, recebeu o Prêmio Multicultural Estadão, de O Estado de São Paulo, pelo conjunto de sua obra. Em 2002, foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.

No dia 9 de outubro de 2014, Ferreira Gullar foi eleito para a cadeira n.º 37 da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro desse mesmo ano realizou a exposição "A Revelação do Avesso" onde apresentou 30 quadros feitos a partir de colagens com papel colorido, que foram produzidas como passatempo. A mostra foi acompanhada por um livro com fotos da coleção completa e também com poemas do autor. Uma curiosidade interessante é que "Borbulhas de Amor" (borbujas de amor, em espanhol), uma das músicas de maior sucesso em 1991 e de toda a carreira de Fagner, teve sua versão em português assinada por Ferreira Gullar. 

Ferreira Gullar faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de dezembro de 2016, foi vítima de uma pneumonia. Seu corpo foi sepultado no mausoléu da ABL, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo. Sua obra permanece atemporal, imprescindível e inesquecível. Gullar deixou um legado para a literatura brasileira que jamais deverá ser esquecido. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas 🖱️ Sites O Pensador, E-Biografia, portal G1 e A.B.L.

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