quarta-feira, 13 de outubro de 2021

HOJE NA HISTÓRIA - 13.10.21 - 53 Anos da Morte de Manuel Bandeira

📚🖤 📖✍️ 🖤📚

✝️😭⚰️ Num dia como hoje, 13 de outubro, há 53 anos MANUEL BANDEIRA partia definitivamente para Pasárgada, deixando uma lacuna na História da poesia brasileira, da qual foi uma de suas maiores expressões. Destacou-se também como cronista, professor, crítico literário e tradutor. Em 1940 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ocupou a cadeira número 24).

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em 19 de abril de 1886, na cidade de Recife, no Estado de Pernambuco. Ainda jovem, Bandeira abandonou o curso de arquitetura depois de descobrir que sofria de tuberculose, uma doença grave que ataca principalmente os pulmões. A partir de então, passou a vida inteira achando que poderia morrer a qualquer momento.

Publicou seu primeiro livro, A cinza das horas (1917), aos 31 anos, mas desde os 10 anos de idade já brincava de fazer versos. Entre os livros de poesia mais importantes de Bandeira estão Carnaval (1919), Ritmo dissoluto (1924), Libertinagem (1930), Estrela da manhã (1936), Lira dos cinquent’anos (1940), Mafuá do malungo (1948) e Estrela da tarde (1963). Também publicou livros de crônicas poéticas.

A poesia de Bandeira é marcada pela linguagem coloquial e trata de assuntos do cotidiano. Mas também aborda temas densos e sérios, como família, angústia, solidão e morte — este último bastante presente em sua obra. Em seu famoso poema “Pneumotórax”, os versos falam sobre “a vida inteira do que podia ter sido e não foi”.

Bandeira é considerado um dos principais escritores modernistas no Brasil. O modernismo foi um movimento em que os artistas queriam expressar a realidade, os costumes e o modo de ser dos brasileiros de forma mais direta e atual. Esse movimento culminou na Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Teatro Municipal de São Paulo. Bandeira não participou diretamente do evento, mas seu poema “Os sapos” foi lido pelo escritor Ronald de Carvalho. Nele, Bandeira critica os poetas parnasianos, cujos versos se caracterizam por muitas regras e rimas.

Manuel Bandeira alcançou fama e reconhecimento no Brasil e no exterior com o livro Libertinagem, de 1930. Um dos poemas desse livro é “Evocação do Recife”, em que o poeta rememora sua terra natal e faz uma homenagem à cultura popular. O livro também traz o poema “Vou-me embora pra Pasárgada”. Nele, o poeta fala sobre um paraíso imaginário, onde é possível ser amigo do rei.

Em “Porquinho-da-índia”, Bandeira relembra a infância. Escreve sobre as brincadeiras tradicionais em “Na rua do sabão”. Em “Berimbau”, traz criaturas e seres do imaginário popular. Em “Meninos carvoeiros”, conta histórias de outras infâncias, nem sempre felizes.

Bandeira permaneceu solteiro. Costumava escrever versos para presentear filhos de amigos em datas especiais. Eram poemas curtos, divertidos e carinhosos. Muitos deles foram publicados no livro Mafuá do malungo. A palavra “mafuá”, de origem africana, significa “parque de diversões”, “festa”; “malungo”, também africana, quer dizer “amigo”, “camarada”.

Manuel Bandeira morreu em 13 de outubro de 1968, aos 82 anos, na cidade do Rio de Janeiro após uma hemorragia gástrica. Seus poemas permanecem atuais, como por exemplo, o poema "O Bicho" escrito em 1947, que denunciava a fome e a miséria, ainda presentes na atual realidade brasileira. Dentre as muitas homenagens a ele devidas, está a sua estátua localizada na rua do Aurora no Recife, como parte do chamado "Circuito da Poesia", confeccionada pelo artista Demétrio Albuquerque. 👏👏👏👏👏👏

#53anosdamortedemanuelbandeira
#historiadapoesiamodernistabrasileira
#GrandesPoetasPernambucanos

🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Créditos do texto 🖱️ Enciclopédia Britannica Escola - Versão WEB (adaptado)

⏳#muitahistoriapracontar⌛


Sem comentários:

Enviar um comentário

NOSSA LOGO OFICIAL DA REDE MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR

O projeto "MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR" surgiu da necessidade de levar às pessoas conhecimento e informação pautadas no conhecimento...