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👨🏻✈️🗡️ A Sabinada é uma das revoltas regenciais menos estudadas e citadas nos manuais de História. Seu projeto político republicano não teve o alcance popular de outras revoltas baianenses como a Conjuração Baiana de 1798 ou a Revolta dos Malês de 1835, nem tampouco tocou no principal problema social da época: a escravidão. Seus protagonistas, membros das classes médias soteropolitana queriam apenas formar uma república provisória até a coroação de D. Pedro II, mas acabaram sendo combatidos pelas forças regenciais com o apoio dos grandes senhores de engenho do recôncavo baiano, resultando em centenas de mortos e condenações para as principais lideranças.
O estopim da Balaiada ocorreu quando o governo regencial decretou recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos Farrapos, outra rebelião que ocorria no sul do país. Ao ver seus jovens obrigados a pegar em armas em favor de um governo impopular e contra rebeldes cujos ideais se aproximavam dos seus, as lideranças baianas julgaram que era o momento de resistir. O médico e jornalista Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira tornou-se o líder da revolta que ficaria conhecida como Sabinada. Sabino Vieira estivera no Rio Grande do Sul antes de 1835, e retornou entusiasmado com a rebelião gaúcha.
Na noite do dia 6 de novembro de 1837, os revoltosos baianos foram para as ruas. Sabino Vieira e mais quatro companheiros dirigiram-se ao Forte de São Pedro. Convocaram o corneteiro do forte e o mandaram executar o toque "Chamada Ligeira", que era a senha para o início da revolta. Em seguida tomaram o forte com a ajuda de integrantes da própria guarnição. Durante a madrugada , o governo provincial tentou sufocar o levante, despachando trezentos soldados armados para a praça da Piedade. Entretanto, a tropa legalista debandou e também aderiu ao movimento.
O presidente da província, Francisco de Sousa Paraíso, abandonou a cidade e se refugiu num brigue ancorado na Baía de Todos os Santos. Apesar de dominar inteiramente a cidade de Salvador, os rebeldes fracassaram em obter a adesão dos senhores de terras do Reconcâvo Baiano, de modo que a revolta ficou restrita aos limites urbanos da cidade. A Sabinada não conseguiu tampouco angariar apoio significativo junto à população escrava.
A estratégia usada pela regência para combater a Sabinada foi submeter Salvador a rigoroso sítio terrestre e naval pela Marinha e pelo Exército, conseguindo que a revolta não ganhasse o interior. Em 17 e 18 de fevereiro de 1838 os rebeldes sofreram a primeira grande derrota. Na manhã de 13 de março o general João Crisóstomo Calado investiu contra Salvador com três brigadas do Exército. Centenas de casas foram incendiadas. Os rebeldes não conseguiram resistir e capitularam.
Registros da época indicam que 2989 revoltosos foram presos. As perdas revolucionárias mencionadas por algumas fontes citam a morte de 1258 indivíduos, segundo os sepultamentos efetuados, e 160 casas incendiadas. As perdas entre integrantes das forças do governo foram estimadas em até setecentos combatantes. E a Bahia foi restaurada à Regência, após quatro meses sob a República Baianense - de 7 de novembro de 1837 a 15 de março de 1838. Alguns líderes foram executados e outros deportados. Francisco Sabino Vieira acabou os seus dias na Fazenda Jacobina, na então remota província do Mato Grosso, onde morreu no natal de 1846, aos 49 anos. A Sabinada foi a última grande revolta baiana no período do Império brasileiro. 👊💪👊
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto: LIMA, Luiz Octavio. 21 Grandes Batalhas que Mudaram o Brasil. São Paulo: Planeta, 2018. (adaptado)
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