terça-feira, 18 de janeiro de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 18.01.22 - 3 Anos da Morte do Cantor Marciano

🎶🖤🎤🎸🧑‍🦰 🎻🎤🖤

🎤😭 Num dia como hoje, 18 de janeiro, há 3 anos, por volta das 2h da madrugada, morria em sua residência, na cidade de São Caetano (SP), enquanto dormia, o cantor e compositor MARCIANO, aos 67 anos. Segundo familiares, Marciano não demonstrava nenhum problema grave de saúde. O cantor sofreu um infarto fulminante. Junto com o parceiro João Mineiro, durante anos formaram uma das duplas mais famosas e bem sucedidas da música sertaneja. 

José Marciano era natural de Bauru, São Paulo, onde nasceu em 1° de abril de 1951. Começou cantando ainda criança, com o pai, em festas religiosas. Na adolescência, passou a apresentar-se em programas de rádio e televisão de sua região. Aos 16 anos, conheceu João Mineiro, na região metropolitana de São Paulo. Com ele, formou a dupla João Mineiro & Marciano, e fez grande sucesso entre os anos 1970 e 1990, com músicas como “Ainda ontem chorei de saudade”, “Seu amor ainda é tudo”, “Aline”, “Se eu não puder te esquecer”, entre outras, muitas delas composições suas.

A dupla João Mineiro & Marciano vendeu cerca de 10 milhões de discos, tendo 10 conquistado o disco de ouro, 5 conquistado o disco de platina, e 2 o de platina duplo, além de realizar turnê para os Estados Unidos e comandar um programa semanal no SBT, nos anos 1980. Durante a carreira, por ele próprio e por outros artistas sertanejos, teve cerca de 150 composições suas gravadas, entre elas sucessos nacionais como “Crises de amor”, “No mesmo lugar”, “Esta noite como lembrança”, “Paredes azuis” e “A bailarina”.

Em 1983, sua parceria com Darci Rossi, “Fio de cabelo”, foi gravada pela dupla Chitãozinho & Xororó, e tornou-se um marco ao ser uma das primeiras músicas sertanejas a fazer sucesso no Brasil todo, inclusive sendo uma das primeiras músicas sertanejas a serem tocadas em rádios FM no país. Em 1989, teve sua parceria com Waldemar de Freitas Assunção, “Sozinho na Estrada”, gravada por Milionário e José Rico no LP da trilha sonora do filme “Sonhei com você”, protagonizado por esta mesma dupla.

Em 1993, separou-se de João Mineiro e iniciou carreira solo. Dessa forma, gravou 10 discos de carreira, e fez sucesso com músicas como “Massachussetts”, de Barry Gibb-Maurice Gibb-Robin Gibb, com versão de Tony, Edy e Waldir dos Santos, “Paixão proibida”, e “Champanhe”. Em 1998, seu sucesso “Miragem”integrou a trilha sonora da novela “Estrela de fogo”, exibida pela Rede Record.

Em 2004, foi indicado ao prêmio Grammy Latino, na categoria “Melhor disco de música romântica”, com o CD “Meu ofício é cantar”, gravado ao vivo e lançado pela gravadora Atração. Em 2009, lançou seu primeiro DVD ao vivo, “Marciano Inimitável”, comemorando 15 anos de carreira solo.  O disco foi produzido por ele mesmo e teve participações especiais de Rick & Rener, Darci Rossi, Teodoro & Sampaio, Matogrosso & Mathias, Dani & Danilo e Milionário & José Rico.

Sua composição “Fio de cabelo”, em parceria com Darci Rossi, desde os anos 1980, é uma das músicas mais regravadas do estilo sertanejo, e tornou-se uma referência do segmento a partir dos anos 2000. Entre mais de 40 nomes que já gravaram a música, estão Bruno & Marrone, Fábio Júnior, Chitãozinho e Xororó, Tinoco & Zé Paulo, Ivan Villela, Zezé di Camargo & Luciano e Leonardo.

Em 2015, anunciou nova dupla com Milionário, ex-parceiro de José Rico. No mesmo ano, gravaram o DVD “Lendas”, ao vivo no Citibank Hall em São Paulo (SP), com produção de Fernando Zor, da dupla Fernando e Sorocaba.

Em 2017, teve sua composição “Fio de Cabelo” (c/ Darci Rossi) incluída no repertório da peça teatral “Bem sertanejo – O Musical”, estrelada por Michel Teló e dirigida por Gustavo Gasparani. O espetáculo esteve em cartaz em diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto.

Ainda em 2017 apresentou-se, com a dupla Milionário e Marciano, na 23ª edição da Semana Nenete de Música Caipira. No mesmo ano, o álbum “Lendas”, da dupla Milionário e Marciano, foi indicado ao Prêmio de Música Brasileira, na categoria “Canção popular – Melhor dupla”.

Seus últimos anos de vida foram marcados por desavenças com Fabiano Martins, seu filho com Ruth Martins, com quem o sertanejo teve um affair de uma noite. Marciano entrou com um processo na Justiça contra o próprio filho, que também é cantor, por danos morais e pedindo uma indenização de R$ 20 mil. O motivo seria uma publicação que Fabiano fez em seu Facebook no dia 12 de abril, em que diz que o pai nunca o aceitou e o chama de mau-caráter.

A celeuma entre pai e filho desgastou o prestígio que o cantor tinha nas redes sociais. E mesmo quando morreu, Fabiano alega ter sido impedido pela família do cantor de ir velar o pai. Após a morte do cantor, a briga continou na Justiça, desta vez por causa da herança de Marciano, uma vez que ele deixou como herdeiras, apenas as duas filhas, excluindo os dois filhos, dentre eles, o Fabiano.

Após ser velado na Câmara Municipal de São Caetano do Sul, Marciano foi enterrado no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano. A morte do “O Inimitável”, como ele era conhecido, deixou uma lacuna no cancioneiro sertanejo, pois além de ser um grande interpréte, Marciano também foi um excelente compositor. A sua obra é revisitada até hoje, como por exemplo, no álbum "Gian e Giovani Cantam João Mineiro e Marciano" lançada neste ano e disponível nas principais plataformas de streaming. 📱🎼 🎧 🎼📱

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📖 Créditos do texto:

🖱️ Portais G1 e R7
🖱️ Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira (versão web).

⏳#muitahistoriapracontar⌛

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