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🙏 Coube a Duarte Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco, a construção do que seria o embrião do futuro Seminário de Olinda: uma ermida em taipa na colina mais alta da cidade. Em 1560, foi fundado no local o Colégio de Olinda, destinado à formação da juventude, mas as atividades só vieram a funcionar em 1568, como escola elementar. É importante ressaltar que, nesse colégio, o Padre Antônio Vieira, aos dezoito anos de idade, já ensinava Retórica. Nos séculos seguintes, ali se instalaram o Colégio Arquidiocesano, a primeira Faculdade de Arquitetura e a primeira Escola de Agronomia, e em 1880 o Seminário da Arquidiocese.
Com a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil em 1759 por determinação do Marquês de Pombal, o Colégio de Olinda, que estava sob cuidados dos Jesuítas foi fechado e assim ficou até 1796, quando o prédio foi doado a D. José Joaquim da Cunha, por ordem do príncipe regente D. João, para nele funcionar o Seminário Episcopal de Nossa Senhora da Graça ou Seminário de Olinda, como atualmente é conhecido. Seu fundador, o bispo D. Azeredo Coutinho, determinou a reabertura aos 16 de fevereiro de 1800. Assim sendo, o Seminário de Olinda abriu caminhos para a ascensão do Curso Jurídico nessas terras, recebendo a contribuição de ensino de ilustres. Por sua efervescência cultural, foi conhecido como foco de irradiação de ideias liberais, destacando Olinda no panorama intelectual nacional. As principais lideranças da Revolução Pernambucana de 1817 passaram pelos bancos eclesiásticos do Seminário de Olinda: padre João Ribeiro de Melo Montenegro, padre Miguel Joaquim de Almeida e Castro (padre Miguelinho), José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima (padre Roma), padre Venâncio Henriques de Rezende, Padre Antônio Pereira de Albuquerque, Padre Pedro de Souza Tenório, Frei Joaquim do Amor Divino Rabello (Frei Caneca, atuou como professor no seminário), não por acaso o seminário é chamado de "escola de heróis".
Em 1975, o conjunto foi restaurado sob supervisão do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Como particularidade, sob a nave foram encontradas mais de cem sepulturas de personalidades locais ilustres, dentre as quais a de Brites de Albuquerque, esposa de Duarte Coelho. A Igreja de Nossa Senhora da Graça e o antigo Seminário de Olinda são os mais importantes testemunhos da arquitetura jesuítica no Brasil do século XVI.
Desde 2014 a sede do Seminário Maior e as atividades foram transferidas para o Centro Arquidiocesano de Pastoral, na Várzea, por razões de segurança, para que sejam realizadas obras de restauro e conservação no prédio do Seminário de Olinda. O padre João Bosco Costa Lima é o atual reitor do Seminário Maior Nossa Senhora da Graça. 🙏🛐
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋️professor e historiador
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