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👻💋🎃 Num dia como hoje, 1° de março, há 330 anos, começava na povoação de Salém, ao norte de Boston, na colônia de Massachusetts Bay, Nova Inglaterra, o julagmento de Sarah Goode, Sarah Osborne e Tituba, uma escrava indígena de Barbados, acusadas de prática ilegal de feitiçaria. Naquele mesmo dia, Tituba, possivelmente debaixo de coerção, confessou o crime, encorajando as autoridades a iniciar uma caça às bruxas de Salém. A onda de intolerância e fanatismo religioso que se seguiu vitimou no início quase 20 pessoas.
Os problemas na pequena comunidade puritana começaram no mês anterior, quando Elizabeth Parris de nove anos e Abigail Williams de 11 anos, filha e sobrinha, respectivamente, do reverendo Samuel Parris, passaram a sofrer ataques e outras misteriosas doenças. Um doutor concluiu que as meninas estavam a sofrer os efeitos de bruxarias. Elas corroboraram o diagnóstico médico.
Com o encorajamento de muitos adultos da comunidade, as jovenzinhas, às quais se juntaram prontamente outros “aflitos” residentes de Salém, acusaram um amplo círculo de habitantes locais de prática de feitiçaria, a maioria mulheres de meia-idade, mas também diversos homens e até uma criança de quatro anos. Durante os meses que se seguiram, atormentados moradores daquela área incriminaram mais de 150 mulheres e homens de Salém e zonas circunvizinhas de práticas satânicas.
Em junho de 1692,o tribunal de Oyer, suspende as “audiências”. A primeira a ser julgada foi Bridget Bishop de Salém, considerada culpada e executada na forca em 10 de Junho. Treze outras mulheres e quatro homens de todas as idades foram também conduzidos ao patíbulo e um homem, Giles Corey, foi executado por esmagamento. A maioria dos submetidos a julgamento foi condenada com base no comportamento das próprias testemunhas durante os procedimentos judiciais, caracterizado por ataques e alucinações que alegavam estar a ser causados pelos acusados naquele mesmo momento.
Em outubro de 1692, o governador William Phipps de Massachusetts ordenou que os Tribunais de Oyer e Terminer fossem dissolvidos e substituídos por um Tribunal Superior que proibiu esse tipo de testemunho sensacionalista nos julgamentos subsequentes. As execuções cessaram e o Tribunal Superior finalmente libertou todos os acusados que aguardavam julgamento e indultou aqueles sentenciados à pena de morte. Terminava assim os processos das feiticeiras de Salém que resultou na execução de 19 mulheres e homens inocentes.
As perseguições às bruxas de Salém serviram, dois séculos e meio depois, como tema para que o dramaturgo Arthur Miller – sofrendo as intimidações feitas pelo Comité de Atividades Antiamericanas do senador Joseph McCarthy –, escrevesse a peça de teatro "The Crucible", conhecida como "As Bruxas de Salém". Encenada no início dos anos 1950, eram evidentes as analogias que Miller fez entre as perseguições à esquerda americana na época da Guerra Fria, com os tormentos sofridos pelas “bruxas” de Salém. 😳😨😱
#330anosdosjulgamentosdasbruxasdesalem
#historiadaintoleranciareligiosa
🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Créditos do texto 🖱️ Site Opera Mundi
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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