terça-feira, 19 de abril de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 19.04.22 - 140 Anos do Nascimento de Getúlio Vargas

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🎂🎉 Num dia como hoje, 19 de abril, há 140 anos, nascia em São Borja, no Rio Grande do Sul, GETÚLIO DORNELLES VARGAS, um dos personagens mais importantes da História do Brasil no século XX. A trajetória política de Vargas é uma das mais bem sucedidas da galeria presidencial brasileira, embora tenha terminado de forma trágica em 24 de agosto de 1954 quando ele suicidou-se com um tiro suicidou-se com um tiro no coração, deixando uma carta-testamento, cuja última frase dizia: "Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História". E que História Vargas deixou! Amado por uns, odiado por outros. Se para alguns ele foi o "pai dos pobres", para outros foi a "mãe dos ricos". Personagem controverso e ambíguo, que ora lutava pelos direitos dos trabalhadores, ora reprimia com força e violência as manifestações sindicais.

Getúlio Vargas formou-se Bacharel pela Faculdade de Direito de Porto Alegre (1907), elegeu-se pelo Partido Republicano Rio Grandense. Foi deputado estadual, deputado federal e líder da bancada gaúcha, entre 1923 e 1926. Foi Ministro da Fazenda de Washington Luís (1926-27) e presidente do Rio Grande do Sul (1927-1930). Em 1929 candidatou-se à presidência da República na chapa oposicionista da Aliança Liberal. Derrotado, chefiou o movimento revolucionário de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo seu 13º e último presidente, Washington Luís, e impedindo a posse do presidente eleito em 1º de março de 1930, Júlio Prestes.

Durante 15 anos consecutivos, Vargas governou o país, divididos em três períodos: Governo provisório (1930-1934), Governo constitucional (1934-1937), e a ditadura do Estado Novo (1937-1945). O período getulista foi marcado por grandes conflitos. Aliás, iniciou-se com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência da república. Depois, vieram a Revolução Constitucionalista de 1932, a Intentona Comunista de 1935, o Golpe de 1937, e a Segunda Guerra Mundial, na qual o Brasil entrou em 1942.

Com o fim da guerra, em 1945, uma onda liberal varreu o mundo, influenciando a vida política do Brasil. Não por acaso, a Era Vargas terminou justamente nesse ano, deixando um rastro de polêmica e controvérsia sobre Vargas e o Varguismo. Alguns o amavam freneticamente, outros o odiavam com estupendo rancor. Uns apontavam em Vargas o ditador implacável, o demagogo sem escrúpulos. Outros viam nele o político com sensibilidade social em relação aos trabalhadores, o governante nacionalista.

Vargas foi deposto em 29 de outubro de 1945, por um movimento militar liderado por generais que compunham seu próprio ministério. Afastado do poder, ele retirou-se para sua fazenda em São Borja, no Rio Grande do Sul, apoiando a candidatura do general Eurico Dutra, seu ex-ministro da Guerra, à presidência da República. Nas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946, Vargas foi eleito senador por dois estados: Rio Grande do Sul, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), e São Paulo, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). 

Candidato à presidência da República pelo PTB, em 1950, Getúlio Vargas derrotou os candidatos, Eduardo Gomes (UDN) e Cristiano Machado (PSD), elegendo-se com 3.849.000 votos.

Seu segundo período de governo foi marcado pela retomada da orientação nacionalista cuja expressão maior foi a luta para a implantação do monopólio estatal sobre o petróleo, com a criação da Petrobrás e pela progressiva radicalização política. Vargas enfrentava oposição cerrada por parte da UDN, em especial do jornalista Carlos Lacerda, proprietário do jornal carioca Tribuna da Imprensa. 

O atentado realizado contra Lacerda em 5 de agosto de 1954, no qual foi morto o major-aviador Rubem Florentino Vaz, detonou a crise final do governo, pelo envolvimento da guarda pessoal de Vargas no episódio. Para a investigação do que ficou conhecido como Atentado da rua Toneleros, foi instaurado um inquérito policial-militar, pelo Ministério da Aeronáutica. Pressionado pelas Forças Armadas, durante reunião ministerial realizada na madrugada de 23 para 24 de agosto, Vargas se viu confrontado com a eminência da renúncia ou deposição, e cumpriu a promessa feita dias antes e publicada no jornal Última Hora: "só morto sairei do Catete".

Segundo Lira Neto, escritor e biógrafo de Vargas, autor da trilogia Getúlio (publicada pela Companhia das Letras), “Getúlio fazia tudo pensando realmente que estava fazendo o melhor para o país”. No cinema e na TV, Vargas foi representado por grandes atores como Carlos Bernardo (Minissérie Agosto, TV Globo, 1993), Osmar Prado (Filme Olga, 2004 - disponível no Globoplay) e mais recentemente por Tony Ramos (Filme Getúlio, 2014 - disponível na Netflix). 🎥🎞️📺

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fonte consultada 🖱️ Site do CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (adaptados).

👉 Para saber mais sobre Getúlio Vargas:



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