quinta-feira, 23 de junho de 2022

HOJE NA HISTÓRIA - 23.06.22 - Morre a Atriz Geninha da Rosa Borges - A Dama do Teatro Pernambucano

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✝️😭⚰️ A arte cênica pernambucana entardeceu hoje enlutada pela partida de GENINHA DA ROSA BORGES, atriz, diretora teatral, educadora e merecedora do título de "a dama do teatro pernambucano". Segundo a família, a atriz faleceu em sua residência na zona norte do Recife de causas naturais. A informação foi confirmada à imprensa local pelo filho da artista, Breno. Curiosamente, na última terça-feira, dia 21, ela completou seu centenário de vida. Apesar da felicidade pela efeméride alcançada, Geninha sentiu falta de ar no dia seguinte e uma médica da família foi chamada e alertou que seria um problema nas vias respiratórias, de acordo com informações da família.

Geninha da Rosa Borges foi dirigida entre outros por Valdemar de Oliveira e Ziembinski, mestra de várias gerações, atravessou o século XX como uma referência para o teatro pernambucano e brasileiro. Com mais de 81 anos de carreira, participou de 63 peças teatrais, 10 filmes e dirigiu 21 espetáculos, além dos trabalhos no rádio e para a TV. Além de ter ocupado os cargos de gestora cultural no Museu da Cidade do Recife, no Teatro de Santa Isabel e no Instituto de Assuntos Culturais da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Maria Eugênia Franco de Sá, filha de um amazonense e de uma carioca, nasceu em 21 de junho de 1922 na cidade de Recife, Pernambuco. Estuda no Colégio São José, onde participa de atividades culturais e revela o seu pendor para o teatro. Aos 19 anos, no ano de 1941, Geninha da Rosa Borges atuou em uma apresentação teatral beneficente no Colégio São José, a peça "Noite de estrelas", quando foi notada pelo médico e diretor Valdemar de Oliveira, que a convidou para integrar o grupo que originou o Teatro de Amadores de Pernambuco - TAP. Waldemar apresentou-a à Otávio da Rosa Borges, que era irmão de sua esposa Diná, com quem ela se casou em 1946.

De lá para cá foram dezenas de peças, filmes e novelas, onde se destacou como diretora e intérprete em Yerma, de Garcia Lorca (1978), A Promessa, de Luiz Marinho (1983) e As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Fassbinder (1987). Geninha já foi chamada de a "Greta Garbo do nordeste", e pavimentou grandes estradas para as mulheres no teatro brasileiro.

No final da década de 30, participa do primeiro filme pernambucano falado: O Coelho Sai, de Firmo Neto (1939). Em 1983 é contratada por Tizuka Yamazaki para fazer a diretora da escola no filme Parahyba Mulher Macho. Também atua no filme Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Teixeira (1997) e nos curtas-metragens Nóis Sofre Mais Nóis Goza, de Sandra Ribeiro e Conceição, de Heitor Dhalia, ambos filmados no ano de 2002.

"Um sábado em 30", é um dos seus mais memoráveis trabalhos, peça escrita por Luiz Marinho e ambientada na Revolução de 1930  que levou Getúlio Vargas à presidência da República. Na televisão, atuou na novela "Da cor do Pecado", da TV Globo em 2004, interpretando Dona Nonô, uma cortesã que contracenava com Ney Latorraca e Maitê Proença. Recebeu várias vezes os prêmios de “Melhor Atriz” e “Melhor Diretora”, e é conhecida como a “Grande Dama do Teatro Pernambucano”. Em 2007, a atriz virou enredo da peça "Geninha da Rosa Borges é Leão do Norte", em que, aos 85 anos, relatava a rica trajetória entremeada com poemas.

O velório de Geninha será realizado no Teatro de Santa Isabel, nesta sexta-feira (24). Em seguida, será realizada uma cerimônia de cremação no Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista. Ainda segundo o filho da atriz, Geninha gostaria de ser cremada e que as cinzas fossem jogadas no Teatro de Santa Isabel, no Centro do Recife. 

Um mínimo de educação de qualidade ou um mínimo de cuidado com a nossa cultura bastariam para reverenciar Geninha da Rosa Borges. Mas o que esperar de um país eternamente sem memória? Artistas feito Geninha da Rosa Borges não morrem, se encantam para descansar nos elísios da dramaturgia, onde estrelas como ela deverão brilhar eternamente. Geninha da Rosa Borges plantou uma semente e deixou um legado. Sua arte é eterna, etérea e emblemática! Um nome que sempre será lembrado quando formos falar da cena teatral pernambucana. 👏👏👏👏👏👏

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#lutoporgeninhadarosaborges
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

🖱️ Portais G1 e NE10
📰 Site da Folha de Pernambuco
💻 Portal Brasil Memória das Artes da Funarte

👉 Para saber mais sobre Reinaldo de Oliveira, outro grande nome do teatro pernambucano, acesse:


⏳#muitahistoriapracontar⌛

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