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💣💥 Num dia como hoje, 8 de novembro, há exatamente 200 anos, os baianos travaram a batalha mais sangrenta e decisiva das Guerras pela Independência na Bahia: A BATALHA DO PIRAJÁ, com 5000 combatentes de ambos os lados lutaram corpo a corpo armados de arcabuzes, bacamartes, baionetas, arco e flechas, facões e outras armas artesanais. A batalha durou cerca de oito horas e foi uma tentativa dos militares fiéis a Lisboa de furar o cerco terrestre que as tropas brasileiras aliadas a D. Pedro 1º impunham a Salvador para consolidar a Independência. A luta representou o ápice de uma guerra que registrou os primeiros distúrbios em fevereiro de 1822, eclodiu como luta armada em junho daquele ano e só teve fim em julho de 1823 com a expulsão das tropas portuguesas. O conflito armado começou ainda na madrugada com o desembarque de soldados portugueses nas praias de Itacaranha e Plataforma, local que concentrou os mais duros embates da batalha, que se estenderam da costa até às escarpas que dão acesso a Pirajá. Outro ponto de combate aconteceu entre os hoje bairros de São Caetano e Campinas de Pirajá. O terceiro ataque dos portugueses partiu do Morro do Conselho, no hoje bairro do Rio Vermelho, em direção à região de Armação, orla atlântica de Salvador. As batalhas seguiram nas semanas seguintes. Maria Quitéria de Jesus Medeiros, que fugiu da casa dos pais vestida de homem para alistar-se como voluntário no Batalhão dos Periquitos participou desse combate. Conta-se que os portugueses estavam avançando e o comandante Barros Falcão ordenou que se tocasse a retirada das tropas, mas o corneteiro Luís Lopes tocou "cavalaria, avançar e degolar", o que levou os portugueses ao desespero, mesmo sem o Exército pacificador ter uma cavalaria na época. Até hoje, se discute se o gesto de Lopes, que garantiu a vitória brasileira em Pirajá foi proposital ou casualidade provocada por um erro de interpretação. O fato é que sem Lopes o resultado teria sido outro. Em 19 de novembro, cerca de 200 escravizados armados dos engenhos da Mata Escura e Saboeiro atacaram Pirajá enganados por promessas de alforria caso aderissem aos portugueses. Os brasileiros prevaleceram no ataque e Labatut mandou fuzilar os 50 homens e chicotear as 20 mulheres escravizadas que haviam sido presas. Atualmente, Pirajá é um bairro do Subúrbio Ferroviário de Salvador, fica na costa da Baía de Todos os Santos. A Batalha de Pirajá foi imortalizada no mural homônimo pintado pelo artista plástico Carybé em 1978, que ilustra esta postagem. Até hoje, os baianos recordam dessa batalha cantada em versos por Castro Alves ("Ode ao Dois de Julho") e citada no Hino ao Dois de Julho cujo refrão lembra com eloquência: "Com tiranos não combinam. Brasileiros, brasileiros, corações"! 👊👊🏽👊🏿
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo - professor e historiador.
👉 Para saber mais sobre as Guerras pela Independência na Bahia, acesse:
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