sábado, 20 de maio de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 20.05.23 - 143 Anos da Morte de Ana Néri

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😓🖤 Num dia como hoje, 20 de maio, morria há 143 anos, no Rio de Janeiro, ANA NÉRI, pioneira da enfermagem no Brasil. Pela ajuda prestada aos feridos brasileiros durante a guerra do Paraguai recebeu do exército o título de “Mãe dos Brasileiros”, pois foi a primeira mulher enfermeira que não fazia parte de alguma ordem religiosa contratada pelo exército. A primeira escola de enfermagem brasileira leva o seu nome.

Ana Justina Ferreira nasceu no dia 13 de dezembro de 1814 em Cachoeira, na Bahia, vinda de uma família econômica e socialmente bem posicionada. Casou-se com o oficial de marinha Isidoro Antônio Néri. O casal teve três filhos: Justiniano, Isidoro e Pedro. Viúva aos 29 anos, com o mais velho com 5 anos e o mais novo 2 incompletos, acabou por mudar-se para Salvador em busca de melhor educação e colocação social para seus filhos. Os dois primeiros ingressam na faculdade de medicina, e o mais novo foi posteriormente enviado para a Escola Militar, no Rio de Janeiro.

Com a eclosão da Guerra do Paraguai, Ana Néri pediu ao governador da Bahia para que pudesse seguir para o conflito junto com os filhos para poder oferecer seus seriços em hospitais no Rio Grande do Sul ou onde eles fossem necessários, para satisfazer "ao mesmo tempo os impulso se de mãe, e os deveres da humanidade para com aqueles que ora sacrificam suas vidas".

Junto ao irmão, o tenente-coronel Joaquim Maurício Ferreira, embarcou em agosto para o Sul. Ao longo de cinco anos, seguiu o exército nas campanhas de Curupaiti, Humaitá, Assunção, Cerro Corá e Corrientes. Antes, porém, de se estabelecer em hospitais de campanha, teria sido treinada pelas Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo e feito um estágio em Salto, na Argentina.

Além de atuar em hospitais improvisados próximos aos campos de batalha, ela montou com seu filho Isidoro, médico, um corpo de saúde do Exército em sua casa em Assunção, no Paraguai, onde atendia pacientes. Perdeu na guerra o seu filho Justiniano e mais um sobrinho. Em 1871, com o fim da guerra, retornou para o Brasil, levando consigo três crianças adotadas, filhos de soldados desaparecidos nas lutas, e os educou como seus filhos, conforme escreveu Semira Adler Vainsencher, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco.

De passagem pelo Rio de Janeiro, em direção à Bahia, recebeu diversas demonstrações sociais de apreço pelos seus serviços, assim como ao chegar em sua província natal. Recebeu do governo pelos serviços prestados uma condecoração e um soldo anual. Terminou seus dias no Rio de Janeiro junto a um de seus filhos que ali servia, falecendo em 20 de maio de 1880, aos 65 anos de idade. Até hoje, ela é lembrada como exemplo de dedicação e virtude no segmento da enfermagem brasileira. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📝 Fonte consultada: REZZUTTI, Paulo. Mulheres do Brasil, a história não contada. LeYa Brasil

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