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✝️ LUTO 😓 Dia triste para a nação rubro-negra e para o futebol pernambucano. Com enorme tristeza e pesar, o Sport Club do Recife recebeu a notícia do falecimento de DONA MARIA JOSÉ, símbolo e ilustre torcedora do Leão, que nos deixou às 6h40 da manhã deste domingo, dia 10 de setembro de 2023, aos 98 anos de idade, após múltipla falência dos órgãos, em decorrência de complicações de um câncer. A torcedora símbolo do Leão da Ilha já estava recebendo cuidados paliativos após o quadro de saúde dela piorar, desde julho, num hospital no Recife.
Dona Maria José nasceu em 23 de janeiro de 1925, em Nazaré da Mata, Zona da Mata de Pernambuco, vinda de família pobre e filha única de um lavrador de cana-de-açúcar. Dona Maria teve que tomar as rédeas da própria vida desde muito cedo. Abandonada pela mãe após seu nascimento, ela passou a morar com o pai ao lado da madrasta. A ausência da figura materna, nunca conhecida por Dona Maria, também não foi suprida pela madrasta.
Logo depois de nascer, ela foi para Carpina, também na Zona da Mata, onde foi criada e onde ela tomou gosto por futebol. Ainda não pelo Sport. Se dependesse de influência seria tricolor, inclusive, já que todas as amigas torciam pelo Santa Cruz e faziam de tudo para induzi-la.
Até que um dia foram assistir a uma partida entre os times do Sport e do Santa Cruz do Carpina, nos anos 50, e foi aí que Dona Maria se apaixonou. "Quando vi aquela camisa vermelha e preta achei linda. Meus olhos chega brilharam. Minhas amigas ainda tentaram me fazer mudar de opinião dizendo que o time era o leão, um animal mau que comia gente. Eu disse que não queria saber e a partir daquele momento eu era Sport!”, relembrou, em entrevista ao Jornal do Commercio.
A torcedora mais icônica do Sport foi uma sobrevivente: enfrentou o abandono dos pais, racismo e o trabalho infantil, além de ter sido vítima de violência doméstica. Apesar de todas as dificuldades, Dona Maria José deixou um legado de dedicação e devoção ao seu time do coração. Sua presença nas arquibancadas era um exemplo de amor incondicional ao Leão da Ilha, tanto que em 10 dezembro de 2019, ela recebeu o título de sócia benemérita do Sport, a maior comenda do clube.
A última vez que ela foi ao estádio do Sport aconteceu em janeiro, dois anos após o início da pandemia. Em entrevista ao GloboEsporte, ela revelou o desejo de voltar a ser mais presente nos duelos do clube rubro-negro no Recife. "Deixar o Sport? Só quando morrer.", disse. Seu corpo está sendo velado na sede do Clube e deverá ser sepultado amanhã, dia 11, no cemitério de Santo Amaro, no centro do Recife.
Dona Maria era um exemplo vivo de muita luta, resistência e amor incondicional ao Sport Club do Recife. Após 98 anos de muito frevo, apoio e vários ensinamentos sobre o que é torcer pelo Leão, ela nos deixa, mas proporcionando um legado indissolúvel na memória do clube e da sua torcida. Mais do que estampada nas paredes da Ilha, estará marcada enquanto o Sport viver. Agora, mais do que nunca, o eterno símbolo de orgulho é a avó dessa arquibancada rubro-negra que continuará vivendo em gerações e corações fazendo a história. Até porque símbolos não morrem, se eternizam!!! Para sempre!!! 👏👊👏🏻👊🏽👏🏾👊🏿👏🏾
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas:
🖱️ Portais G1 e NE10
💻 Sites Superesportes e Leia Já
📰 Jornais Folha de Pernambuco e Diário de Pernambuco.
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