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✝️ LUTO 😞 A cena cultural pernambucana perdeu hoje, 4 de novembro, a atriz, atriz, gestora cultural, ex-secretária de Cultura do Recife e histórica militante socialista LEDA ALVES, a Dama da Cultura Pernambucana. Aos 92 anos, ela morreu em sua casa, hoje pela manhã, de causas naturais, segundo familiares. Leda Alves teve uma atuação importantíssima para a cultura pernambucana, tendo sido uma das criadoras do Teatro Popular do Nordeste (considerado até hoje como um dos movimentos teatrais mais revolucionários do Brasil), juntamente com seu esposo, o teatrólogo palmarense Hermilo Borba Filho.
Quando ela nasceu, em 17 de junho de 1931, na certidão de nascimento constava o nome Leocádia Alves da Silva. Filha de um pai agrestino e de uma mãe nascida e criada na Zona da Mata Sul de Pernambuco, ela veio para o Recife na juventude e não demorou a se envolver em diversas frentes de atuação, como a pastoral da Igreja Católica e o teatro. Aonde quer que fosse, o que quer que fizesse, aquela mulher, agora já rebatizada de Leda Alves, estava fadada a se destacar e, em se destacando, a iluminar o horizonte para aquelas áreas nas quais fazia questão de se inserir.
Seja fazendo trabalho de base religiosa nas comunidades periféricas da região metropolitana, seja estudando teatro na faculdade e integrando o Teatro Popular do Nordeste – TPN e o Teatro de Arena, onde estreou como atriz em uma montagem com texto de Augusto Boal e direção de Hermilo Borba Filho – que viria a ser seu grande amor, Leda foi se afirmando como um dos nomes mais relevantes do cenário cultural pernambucano.
Na vida pública, além de secretária da Cultura, Leda foi dirigente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), diretora do Teatro Santa Isabel e Assessora Especial de Cultura na gestão de Miguel Arraes, a quem era literalmente ligada política e pessoalmente.
Viúva do dramaturgo Hermilo Borba Filho, Leda foi uma das principais lideranças do Movimento de Cultura Popular na década de 1960, época em que se aproximou do ex-governador Miguel Arraes, se destacando como uma das melhores assessoras na área de cultura nas três gestões de Arraes à frente do Governo do Estado.
Quando o Paço do Frevo foi inaugurado, em 2014, Leda Alves era secretária de Cultura da Prefeitura do Recife, na qual se notabilizou por uma gestão de muita proximidade com o frevo e com as expressões das culturas populares.
O corpo da atriz e gestora cultural será velado na Capela do Cemitério de Santo Amaro. O velório prosseguirá amanhã (dia 05), a partir das 8h00, com missa a ser celebrada às 9h30, seguindo-se homenagens de representantes da cultura popular, amigos e admiradores. Às 13 horas, o corpo será levado para o Cemitério Morada da Paz, em Paulista. A cremação está marcada para às 17 horas.
Seu amor genuíno pelos nossos patrimônios materiais e imateriais, seu olhar generoso para todas as manifestações artísticas e sua trajetória em prol da consolidação de políticas públicas, será lembrado, para sempre, em Pernambuco, na nossa região e no Brasil. A presença física de Leda Alves desaparece, mas tudo o que ela representa estará eternizado nos equipamentos de cultura, nos fazeres artísticos e em cada política cultural que se concretizar nesta capital, neste Estado e neste Nordeste que ela tão bem viveu e retratou. 👏👏👏👏👏👏
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#lutoporledaalves
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.
📖 Fontes consultadas:
🖱️ Portais G1 e NE10
📰 Jornais Folha de Pernambuco e Diário de Pernambuco.
⏳#muitahistoriapracontar⌛
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