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🤝📜 Num dia como hoje, 17 de novembro, há 120 anos, era assinado na cidade de Petrópolis, região metropolitana do Rio de Janeiro, o TRATADO DE PETRÓPOLIS, acordo diplomático entre o governo brasileiro e o governo boliviano, articulado por José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco – ministro das Relações Exteriores do Brasil à época.
A região era estrategicamente importante devido à exploração do látex da seringueira durante o boom da borracha na Amazônia. O Tratado de Petrópolis pôs fim ao conflito entre brasileiros e bolivianos pelo território acreano.
O que viria a ser o estado do Acre era parte integrante do território boliviano desde 1750. A partir do início do ciclo da borracha, em 1879, deu-se nessa região a busca intensa por látex e isto fez com que os seringueiros do Brasil subissem o rio Purus, iniciando, então, o povoamento do Acre. No ano de 1898 o Brasil reconheceu que o atual Estado do Acre pertencia à Bolívia, porém os bolivianos eram incapazes de povoá-lo dado o seu difícil acesso.
Em 6 de agosto de 1902, um militar brasileiro chamado Plácido de Castro foi enviado para o Acre pelo governador do Estado do Amazonas e iniciou a Revolução Acriana. Os rebeldes tomaram toda a região e implantaram a Terceira República do Acre, agora com o apoio do atual presidente do Brasil, Rodrigues Alves e do seu ministro do exterior, Barão do Rio Branco.
A Bolívia pensou em reagir novamente quanto à tomada do território acriano, mas antes que ocorresse alguma batalha significativa, o Barão do Rio Branco intermediou diplomaticamente propondo um acordo entre o Brasil e a Bolívia, que ficou conhecido como o Tratado de Petrópolis.
As cláusulas do tratado estabeleceram a permuta de territórios entre Brasil e Bolívia – uma faixa de terra entre os rios Madeira, o rio Abunã do Brasil para a Bolívia – o atual Estado do Acre da Bolívia para o Brasil. O governo brasileiro também se comprometia a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para dar trânsito às trocas comerciais bolivianas pelo rio Amazonas.
Conhecida como Ferrovia da Morte, a Madeira-Mamoré foi concluída em 30 de abril de 1912, mas deixou milhares de trabalhadores mortos, vitimados pela disenteria, pela malária e por outras doenças tropicais durante suas obras, que tiveram início em agosto de 1907.
Nos termos do tratado envolveram compensações financeiras ao governo boliviano, uma vez que o Brasil assumiu as dívidas do governo da Bolívia com a Bolivian Syndicate Limited, uma empresa britânica que tinha interesses econômicos na região. A anexação do território acreano custou dois milhões de libras esterlinas aos cofres brasileiros.
O Acre, após o Tratado de Petrópolis, passou a ser um território federal, administrado diretamente pelo governo federal, e passaria ainda algumas décadas até se tornar um estado em 1962, com o movimento autonomista. A capital do Estado passou a se chamar Rio Branco em homenagem ao Barão do Rio Branco. “Nós lutamos para ser brasileiros”. É com essa frase que muitos acreanos resumem a história do Acre. 💛💚💛💚
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🧭 Concepção e elaboração do post 📝José Ricardo 🖋 professor e historiador.
📖 Fontes Consultadas:
📺 Canal History Channel do Brasil.
📻 Programa A Música do Dia - Rádio Senado.
🖱️ Site da Secretaria de Comunicação do Estado do Acre.
🖼️ A fotografia foi tirada nos jardins da casa do Barão do Rio Branco (atual Av. Barão do Rio Branco, 279, no centro histórico de Petrópolis, imóvel tombado pelo INEPAC desde 1983).
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