domingo, 26 de novembro de 2023

HOJE NA HISTÓRIA - 26.11.23 - Morre o Africanista Alberto da Costa e Silva

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✝️ LUTO 🖤 O mundo cultural está bem mais pobre a partir de hoje. Um dos grandes africanistas brasileiros, mestre e inspirador de tantos pesquisadores em história da África, nos deixou. O acadêmico, diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador ALBERTO DA COSTA E SILVA morreu em casa, no Rio de Janeiro, de causas naturais, na madrugada deste domingo, aos 92 anos. Especialista na cultura e na história da África, Costa e Silva foi embaixador do Brasil na Nigéria e no Benin, e é considerado um dos mais importantes intelectuais brasileiros.

Alberto da Costa e Silva nasceu em São Paulo, em 12 de maio de 1931. Filho do poeta piauiense Da Costa e Silva. Sabia que ele resolveu ser embaixador para “vingar o pai”? O Barão do Rio Branco não admitiu a inclusão de Da Costa e Silva no corpo diplomático do Brasil porque, segundo ele, era… feio. “Não representaria bem o Brasil”. Que absurdo!! O filho torna-se embaixador e historiador, uma das maiores autoridades em História da África. Desde adolescente cultivava duas paixões: a poesia e a história do continente africano.

Ainda na infância muda-se com a família para Fortaleza, onde inicia seus primeiros estudos; depois, no Rio de Janeiro, termina sua formação e torna-se diplomata, carreira que o levará a várias funções em países como Portugal, Bolívia, Venezuela, Estados Unidos, Espanha, Itália, Paraguai e Nigéria. Foi também chefe do Departamento Cultural e subsecretário-geral de Administração do Ministério das Relações Exteriores.

Reconhecido historiador da cultura brasileira, africana e das relações Brasil-África, sua atividade literária inicia com a poesia ao publicar “O parque e outros poemas” (1953). Depois deste, vieram, entre outros, “O tecelão” (1962), “Livro de linhagem” (1966), “As linhas da mão” (1978), “A roupa no estendal, o muro, os pombos” (1981) e “Ao lado de Vera” (1997). Na atividade de historiador é autor dos indispensáveis “A enxada e lança: a África antes dos portugueses” (1992), “As relações entre o Brasil e a África Negra: de 1822 à Primeira Guerra Mundial” (1996), “A manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700” (2003) – livro que mereceu o prêmio da Biblioteca Nacional e o Prêmio Jabuti, no mesmo ano –, “Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África” (2003) e “Das mãos do oleiro” (2005).

Sua obra é fundamental para o desenvolvimento dos estudos e do ensino da história do continente africano. Escreveu mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infantojuvenil, memória, antologia, versão e adaptação, a qual lhe valeu, entre outros, os prêmios Juca Pato de Intelectual do Ano, em 2003, e o Camões, em 2014. Escreveu ainda ensaios sobre a poesia de João Guimarães Rosa e Castro Alves e as culturas populares brasileiras e africanas, memórias, livros para crianças e participou como autor e organizador em e de inúmeras antologias.

Por seu trabalho de aproximação entre o Brasil e a África recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Obafemi Awolowo, de Ifé, na Nigéria (1986). Seu último livro foi "A África e os africanos na história e nos mitos", lançado pela Nova Fronteira em 2021. Ele também era membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras. Seu legado é essencial para a compreensão da rica história e cultura africanas.

Alberto era viúvo e deixa três filhos, sete netos e uma bisneta. A cerimônia de cremação acontecerá na segunda-feira (27) e será restrita a familiares. ✨😥⏳💔 Que o outro plano o receba, sabendo que seu legado aqui será sempre lembrado. 👏👏👏👏👏👏

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🧭 Concepção e elaboração do post 📝 José Ricardo 🖋️ professor e historiador.

📖 Fontes consultadas:

💻 Portais G1 e UOL
📰 Agência Brasil - E.B.C.
🏛️ Site da Academia Brasileira de Letras

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⏳#muitahistoriapracontar⌛

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